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2.2 EIXO 2

2.2.2 PDI, planejamento didático-instrucional e política de ensino de

Edgar Morin inspirou-se em Montaigne para compor o título de seu livro: “La tête bien faite”. Assim como o filósofo do século XVI, Morin (2001) acredita que “mais vale uma cabeça bem feita que bem cheia”, ou seja, em vez de acumular conhecimentos é preciso saber como organizar e aplicar o saber acumulado. Nas palavras do autor: “A educação deve favorecer a aptidão natural da mente para colocar e resolver os problemas e, correlativamente, estimular o pleno emprego da inteligência geral” (p.22).

Nesta mesma linha está Lipman (1995) quando afirma que "o fortalecimento do pensar” deveria ser a principal atividade das escolas (p.11). Os objetivos do ensino ultrapassam a construção de conteúdo das diferentes disciplinas e se voltam para o “pensar bem”, para tanto é preciso oferecer atividades que estimulem o pensar dos alunos, que desse modo vai sendo desenvolvido e fortalecido. Na concepção do autor, “pensar é o processo de descobrir ou fazer associações e disjunções” [....] "pensar é fazer associações e pensar criativamente; é fazer associações novas e diferentes" (p.140).

Concordando com os autores, nos sentimos desafiados a encontrar os caminhos que levem ao desenvolvimento do pensamento produtivo. No ensino presencial, é preciso estabelecer com os alunos uma relação que desperte a consciência sobre as potencialidades de suas mentes; que se estabeleça uma interação pedagógica que ofereça oportunidade e espaço para o aluno exercitar operações de pensamento que o tornem um ser reflexivo, questionador, crítico e criativo.

No ensino à distância a provocação é ainda maior. Trata-se de construir material instrucional que, a par de conteúdos

6 O PDI da UFRRJ está disponível na página institucional, link:

https://institucional.ufrrj.br/pdi/documentos-dos-pdis/.

93 significativos, contenha proposições instigadoras que estimulem o exercício de operações de pensamento, que incluem desde a observação sistemática, até o uso da lógica, da dedução, da indução, da análise, da síntese e do julgamento, consideradas operações mais complexas. Um pensar assim, para Lipman, é um

“pensar bem”, é um pensar de ordem superior que é crítico e criativo (Lipman, 1995).

O material instrucional hoje, seja ele texto impresso, áudio, vídeo ou hipertexto veiculado em software multimídia, deverá suprir a maior parte das funções tradicionalmente atribuídas ao professor, oferecer oportunidade e espaço para diálogo com o próprio material e, mantendo coerência com os rumos da educação para o século XXI, enfatizar seu papel de administrador das várias técnicas e recursos para aprendizagem do saber, assim como do saber- pensar.

Para o aluno dos cursos de educação à distância, as primeiras operações a serem desenvolvidas têm relação com o “aprender a aprender”. O material instrucional “bem feito” conscientiza o aluno de que, mais importante do que o volume de informações, que resultará em “cabeça cheia”, é aprender a elaborar e a usar as informações acumuladas, o que exige desenvolvimento de operações mentais que favorecem a auto-aprendizagem, assim como a formação do cidadão independente, sujeito reflexivo, capaz de raciocínio crítico e criativo. (MOULIN &PEREIRA, 2021) No PDI 2018-2021 da UFRRJ, desenvolvido pela PROPLADI e pelo grupo de trabalho formado com as principais representações da comunidade acadêmica (docentes, discentes e técnicos), foi realizado um levantamento sobre as ações e metas cumpridas no período entre 2013 e 2017 e contém os indicadores e metas para o próximo quadriênio.

Os novos indicadores foram apresentados em audiências públicas nos campi da UFRRJ, antes de ser aprovado nas instâncias superiores, estabelecendo a comunicação com a comunidade acadêmica e, assim, proporcionando oportunidade de discussão e melhorias das propostas. A criação das comissões setoriais da CPA permitiu planejar para o ano de 2021 a criação de indicadores de autoavaliação institucional utilizando o PDI, as deliberações da UFRRJ e as portarias do MEC como base para essa construção.

O Projeto Político Pedagógico (PPP) foi aprovado pelo CEPE através de deliberação 103 de 24 de setembro de 2019 e suas resoluções são vislumbradas e avaliadas no relatório da CPA para 2020. Além do PPP, o Programa Institucional de Formação de Professores para a Educação Básica da UFRRJ, que se constitui como

94 referência para elaboração dos Projetos Pedagógicos para os Cursos de Licenciatura, foi aprovado pelo CEPE através da deliberação 140 de 12 de novembro de 2019.

Enquanto a deliberação/CEPE nº 37, de 27 de abril de 2017, aprovou o novo Regulamento dos Programas de Pós-graduação Stricto Sensu da UFRRJ.

A PROPLADI estabeleceu como princípio norteador o diálogo com todas as unidades responsáveis pelo cumprimento das metas do PDI UFRRJ 2018-2022, a fim de acompanhar a execução das metas e contribuir nas ações de sua competência.

Em relação às medidas direcionadas ao aprimoramento da qualidade dos cursos de graduação, bem como elevação das notas externas baseado no indicador de qualidade do INEP, Conceito Preliminar de Curso (CPC), a PROPLADI entrou em contato com a PROGRAD, a qual informou que, além de várias ações abordadas ao longo do relatório, a PROGRAD, em parceria com a PROPPG, realizou ações com as direções dos institutos no sentido de equipar os respectivos laboratórios.

Em 2019, a PROPLADI realizou reuniões entre os institutos de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS), Tecnologia (IT), Química (IQ), Veterinária (IV), Florestas (IF) e Agronomia (IA), e representantes da PROAF, PROPLADI e PROPPG, para identificar os itens prioritários a serem adquiridos em função dos recursos disponíveis.

Foram adquiridos 14 itens de equipamentos de laboratório (como microscópio, balanças etc) perfazendo um total de 475 unidades a serem distribuídos entre os institutos. Após o recebimento de todo o material pela Universidade, foi feita a distribuição entre os laboratórios dos cursos de graduação dos campi Seropédica e Três Rios; dos cursos técnicos do CTUR; e do curso de pós-graduação de Campos dos Goytacazes.

Os objetivos estratégicos para o ensino, descritos no PDI, foram atingidos parcialmente, conforme o Relatório de Gestão 2019. Abaixo, a Tabela 2 demostra o que foi realizado para atingir o objetivo elencado no PDI na área de ensino.

95 Tabela 2 – Andamento dos objetivos estratégicos de ensino – 2018 e 2019

OBJETIVOS ESTRATÉGICOS PARA O ENSINO

Objetivos 2018 2019 O que foi feito?

conclusivo Não Parcialmente alcançado

Em 2018, a PROGEP/CODEP insituiu o Programa da Qualificação Institucional, que tem por objetivo

inserir técnicos e docentes nos programas de pós-graduação

stricto-sensu. Há 24 servidores atendidos pelo PQI

Sem dados Parcialmente alcançado Tabela 3 – Status de atualização do PPC nos cursos da UFRRJ

3. Implantar um

No dia 09/09/2019 a PROGRAD lançou o Portal dos Egressos. Para coletar informações sobre a atuação dos ex-alunos no mercado de trabalho

4. Consolidar e Secretaria de Educação da Prefeitura

de Seropédica assinaram um acordo de cooperação, definindo as

educação à distância Sem dados Parcialmente

alcançado

Fonte: Relatório de Gestão 2019.

Como pode ser observado no Gráfico 1, dos 58 cursos da UFRRJ, 15 possuem PPCs atualizados, 10 cursos não atualizaram seus PPCs nos últimos 3 anos, outros 10

96 cursos não possuem PPCs e 13 estão em atualização. No Gráfico 2 é observado o ano de atualização dos PPCs dos cursos da UFRRJ e na Tabela 3 o status de atualização.

Gráfico 1 – Situação dos PPCs dos cursos de graduação da UFRRJ

Fonte: PROGRAD/DAACG, 2021.

Gráfico 2 – Ano dos cursos de graduação PPCs da UFRRJ

Fonte: PROGRAD/DAACG, 2021.

27 22

9

0 5 10 15 20 25 30

Não Regular Regular C_Graduação

1 9

5 5

2 1

2 5

1 5

3 8

11

0 2 4 6 8 10 12

2005 2008 2009 2010 2011 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 SEM

97 Tabela 3 – Status de atualização do PPC nos cursos da UFRRJ

Curso Código PPC SCAG SIGAA Ano DCN Cat

98

Farmácia 37 2018 2018-2 2017 NOVA C G

Química 64 2018 2019-1 2002/2015 LIC N R

Física 18 2019 2020_1 2015 LIC N R

Ciências Contábeis 46 2019 2019-2 2004 ANTIGA R Relações

Internacionais 49 2019 2020-1 2017 NOVA R

Ciências Econômicas 69 2019 2020-1 2007 ANTIGA R

História 70 2019 2020-1 2002/2015 LIC R

Pedagogia 72 2019 2020-1 2006 ANTIGA R

Direito 77 2019 2020-1 2018/2020 NOVA R

Ciências da

Computação 78 2019 2020-1 2016 NOVA R

Agronomia 1 SEM 2018-1 2006 ANTIGA N R

Engenharia Química 2 SEM 2017-1 2019 NOVA N R

Geologia 4 SEM 2008-1 2015 NOVA N R

Zootecnia 7 SEM 2014-1 2006 ANTIGA C G

Ciências Agrícolas 9 SEM 2017-2 SDCN SDCN N R

Administração 11 SEM 2010-1 2020 NOVA N R

Educação Física 14 SEM 2013-1 2018 NOVA C G

Ciências Biológicas 17 SEM 2017-2 2001 ANTIGA C G Engenharia de

Alimentos 21 SEM 2008-2 2019 NOVA N R

Arquitetura e

Urbanismo 25 SEM 2008-1 2019 NOVA N R

Administração 61 SEM 2010-1 2020 NOVA N R

Seropédica SDCN

Nova Iguaçu LIC

Três Rios DCN R

DCN A

Legenda: R = Regular; NR = Não Regular; CG = Curso de Graduação.

Fonte: PROGRAD/DAACG, 2021.

Já nos Objetivos Estratégicos para ensino, pesquisa e extensão, foi possível observar, conforme Tabela 4 abaixo, que dos 7 objetivos traçados, 4 foram alcançados e 3 alcançados parcialmente, e também é notório que os objetivos tiveram significante melhoria em 2019 se comparado ao ano anterior.

99 Tabela 4 – Andamento dos objetivos estratégicos de ensino, pesquisa e extensão –

2018 e 2019

OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO

Objetivos 2018 2019 O que foi feito

Em 2019 a PROGRAD ralizou reuniões regulares dos fóruns de

coordenações dos cursos de graduação. 71% dos cursos de

graduação possuem CPC 4

2. Instituir a política de internacionalização,

1 - A Política de Internacionalização foi aprovada pelo CONSU dia26/09/2018; 2-O Plano de Linguística Internacional (PLI) foi aprovado dia 02/08/2018; 3-Em 2019 a CORIN teve 63 parcerias institucionais para atividades de internacionalização (aumento de 30%); 4-A CORIN informou que, em

2019, 55 discentes estiveram em aprendizagem no exterior; 5- Durante o ano de 2019 foram abertas de turmas de Inglês, Francês, Espanhol e Português para estrangeiros, para

discentes e servidores docentes e técnicos-administrativos

O Projeto Político Pedagógico foi aprovado pelo CEPE, através da Deliberação 103, de 24 de dezembro

de 2019

A PROExt realizou Editais de Pesquisa e Extensão em Direitos Humanos, com o envolvimento de 13 bolsistas

100

A Política Institucional de suporte ao gerenciamento de projetos acadêmicos ainda não foi instituída.

Contudo, há políticas relevantes em fase de implantação

6. Estimular a participação de docentes e discentes em projetos que

integrem a pesquisa e a extensão

conclusivo Não Alcançado Em 2019 foram implementados 84 Projetos que integram pesquisa e

extensão

Fonte: Relatório de Gestão 2019.

2.2.2.1 Sobre as Políticas Acadêmicas de Graduação, Pós-Graduação e Extensão

As “políticas acadêmicas”, em sentido lato, são as políticas instituídas para os diversos níveis de ensino: o ensino médio, o ensino de graduação e pós-graduação, a pesquisa e a extensão. Além disso, tais políticas envolvem a definição dos parâmetros para inovação e cultura, bem como empreende ações de comunicação entre instituições acadêmicas e a sociedade. Em sentido estrito, as políticas acadêmicas na universidade têm em vista definir as tarefas necessárias para que o tripé ensino, pesquisa e extensão possa ser assegurado e mantido com qualidade social para os estudantes e a comunidade universitária.

As políticas acadêmicas aqui examinadas estão circunscritas ao campo da educação superior. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei Federal no. 9394/1996 (BRASIL, 2021), artigo 43, a educação superior tem por finalidade:

101 I - estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo;

II - formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua;

III - incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive;

IV - promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação;

V - suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e possibilitar a correspondente concretização, integrando os conhecimentos que vão sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de cada geração;

VI - estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade;

VII - promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição.

Entre as finalidades instituídas para a educação superior, verifica-se a ênfase em três sentidos distintos.

O primeiro é o ensino, que impõe a tarefa de formar cidadãos e de diplomar indivíduos aptos ao desempenho profissional em perspectiva de formação continuada;

na educação superior, o processo formativo extrapola o limite da relação pedagógica de sala de aula e ganha também a dimensão da divulgação de conhecimentos científicos, culturais e técnicos por meio de publicações e outras formas de comunicação.

O segundo é a pesquisa, que tem a missão de promover o permanente aperfeiçoamento cultural e profissional da sociedade, integrando conhecimentos que enfrentem problemas do mundo presente; a pesquisa, ademais, por propiciar o

102 desenvolvimento da ciência e da tecnologia, deve ser impulsionada a ponto de possibilitar um conhecimento maior dos cidadãos a respeito do seu próprio meio.

O terceiro é a extensão, que visa justamente prolongar os ganhos obtidos na educação superior à comunidade da qual faz parte pela prestação de serviços especializados, ao mesmo tempo em que dialoga com as vivências com as quais a comunidade acadêmica entra em contato; a extensão deve ser o espaço de abertura da educação superior e de seus frutos para a população, uma vez que lhe cabe difundir as conquistas e os benefícios resultantes da criação cultural e científica promovida na Universidade, ao mesmo tempo em que cria um canal de absorção e interação com experiências geradas fora do ambiente dito científico.

As políticas acadêmicas que tornam possível alcançar as finalidades da educação superior, tanto nas atividades de ensino, quanto no campo da pesquisa e da extensão estão previstas no PDI de cada universidade. O Decreto Federal no. 9.235, de 15 de dezembro de 2017 (BRASIL1, 2021), “dispõe sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação das instituições de educação superior e dos cursos superiores de graduação e de pós-graduação no sistema federal de ensino”. Em seu artigo 21, o decreto oferece os elementos que deverão integrar o PDI e, entre os onze aspectos acentuados, alguns deles convergem em maior grau para a definição das políticas acadêmicas de cada instituição.

O PDI, de acordo com o Art. 21 do referido Decreto Federal, deve expor o

“projeto pedagógico da instituição, que conterá, entre outros, as políticas institucionais de ensino, pesquisa e extensão”, com “cronograma de implantação e desenvolvimento da instituição e de cada um de seus cursos”, de modo a especificar “as modalidades de oferta, da programação de abertura de cursos, do aumento de vagas, da ampliação das instalações físicas”. O PDI, além disso, aponta a “organização didático-pedagógica da instituição”, tanto de “cursos presenciais com a indicação de número e natureza de cursos e respectivas vagas, unidades e campus”, quanto de “polos de educação à distância”, articulando “as modalidades presencial e à distância” e incorporando recursos tecnológicos.

No PDI é traçado o “perfil do corpo docente e de tutores de educação à distância”, bem como é delineada a “organização administrativa da instituição” e das

“políticas de gestão”, identificando “as formas de participação dos professores, tutores

103 e estudantes nos órgãos colegiados responsáveis”. O campo da educação à distância (educação online) também deve ser amparado pelo PDI e pelas políticas acadêmicas de uma instituição, introduzindo um “projeto de acervo acadêmico em meio digital, com a utilização de método que garanta a integridade e a autenticidade de todas as informações contidas nos documentos originais”.

Na UFRRJ é o CEPE o órgão responsável por estabelecer as políticas acadêmicas que garantam as finalidades da educação superior. A missão do CEPE é, ademais,

“normatizar as atividades de ensino, pesquisa e extensão”. De acordo com o PDI da UFRRJ, “estão vinculadas ao CEPE as Câmaras de Graduação, Pesquisa e Pós-Graduação e Extensão cujas composições e competências seguem o regimento interno das respectivas pró- reitorias acadêmicas”.

De acordo com o PDI (2018-2022), o CEPE é composto por reitor; vice-reitor;

pró-reitor de extensão; pró-reitor de graduação; pró-reitor de pesquisa e pós-graduação; representantes dos coordenadores de cursos de cada Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão de Área (CEPEA), eleitos pelo colegiado na proporção de um representante para cada cinco coordenações de cursos de graduação e de pós-graduação stricto sensu; um representante docente do CTUR; um representante docente do Centro Atenção Integral à Criança e ao Adolescente (CAIC); um representante técnico de nível superior do campus Campos dos Goytacazes; dez por cento do colegiado constituído por representantes dos técnico-administrativos; dez por cento do colegiado constituído por representantes dos docentes; vinte por cento do colegiado constituído por representantes dos discentes.

A partir dessa composição são discutidas as políticas acadêmicas cuja forma será explicitada a seguir.

A UFRRJ possui cinco CEPEAs, conforme descrito a seguir:

1. Área de Ciências Agrárias (CEPEA-CA);

2. Área de Ciências Biológicas e Saúde (CEPEA-CBS);

3. Área de Ciências Exatas, da Terra e Engenharias (CEPEA-CETE);

4. Área de Ciências Humanas, Letras e Artes (CEPEA-CHLA);

5. Área de Ciências Sociais Aplicadas (CEPEA-CSA);

104 Cada CEPEA se compõe de diretores dos institutos com curso de graduação ou de pós-graduação stricto sensu em sua área, bem como coordenadores dos cursos de graduação e de pós-graduação stricto sensu.

Compreendida a composição e sentidos dos CEPEAs, vale registrar que as competências do CEPE envolvem, ainda segundo o PDI:

a) estabelecer diretrizes, coordenar e supervisionar todas as atividades de ensino, pesquisa e extensão;

b) atuar como instância recursal em matérias de ensino, pesquisa e extensão;

c) estabelecer normas acadêmicas gerais;

d) elaborar e aprovar o PPI;

e) apreciar propostas dos CEPEAs de criação ou suspensão de cursos de graduação e de pós-graduação;

f) elaborar e aprovar o calendário escolar; aprovar revalidação de diplomas estrangeiros de graduação e de pós-graduação; aprovar a distribuição de vagas de docentes;

g) aprovar normas de concursos públicos e outros processos seletivos para docentes;

h) homologar parecer do CEPEA sobre resultado de concurso público para docentes;

i) traçar normas para projetos pedagógicos de cursos em todos os níveis de ensino oferecidos pela universidade;

j) opinar sobre convênios de interesse para o ensino, a pesquisa e a extensão entre a Universidade e outras Instituições;

k) organizar, em sessão conjunta com o CONSU, a escolha do reitor e do vice-reitor, de acordo com a legislação vigente e o previsto neste regimento;

l) aprovar medidas destinadas a solucionar questões de natureza didática e científica; elaborar e aprovar seu próprio regimento;

m) fixar normas e aprovar o Regimento dos CEPEAs;

n) propor ao CONSU de qual CEPEA cada coordenação de curso de graduação e de pós-graduação stricto sensu deve participar, a partir de propostas dos CONSUNIs;

o) aprovar o regulamento de atividades de graduação e de pós-graduação;

p) fixar normas de afastamento para capacitação;

105 q) fixar normas sobre o funcionamento da graduação e da pós-graduação;

aprovar novos Projetos Pedagógicos dos Cursos de Graduação e Pós-Graduação, bem como as suas respectivas matrizes curriculares e reestruturações.

As dezesseis incumbências conferidas ao CEPE se relacionam às tarefas vinculadas à definição das políticas acadêmicas da UFRRJ.

A UFRRJ, como ambiente democrático, de diversidade, de inclusão e plural fundamentada para a disseminação, troca e o desenvolvimento do conhecimento em todos os seus aspectos, e de aprendizado simultâneo, deve oferecer recursos/mecanismos aos integrantes de sua comunidade para que possam obter o melhor do seu desenvolvimento acadêmico e pessoal. Como afirma Freire (2018, p.25), em “Política e Educação”:

“Além de um ato de conhecimento, a educação é também um ato político. É por isso que não há pedagogia neutra. Não basta dizer que a educação é um ato político assim como não basta dizer que o ato político é também educativo. É preciso assumir realmente a politicidade da educação.”

Por esta ótica, a educação é um ato político e desempenha papel transformador da sociedade, e as políticas acadêmicas exercem papel fundamental neste sentido, pois proporcionam o aporte necessário ao estudante nos mais diversos casos, como:

afastamento em casos de saúde, apoio pedagógico, desenvolvimento científico, permanência, intercâmbio, mobilidade, entre outros, que buscam garantir a isonomia e o direito à educação para todos, respeitando as suas diversidades.

A partir de decisão do CONSU, em reunião realizada em 14 de maio, a UFRRJ iniciou procedimentos a fim de elaborar políticas acadêmicas que orientem ações de ensino, pesquisa e extensão para os semestres de 2020 e 2021. A garantia da segurança da vida de todos exigiu adaptações aos períodos de distanciamento até que todos estejam imunizados contra o Covid-19. O sucesso das ações se deu pela ampla participação da comunidade universitária, dando ênfase na mobilização de setores acadêmicos ou grupos organizados neste trabalho.

Para a realização da política acadêmica para graduação, pós-graduação e extensão para 2020-2021, foi aprovada no CONSU a criação de quatro Grupos de Trabalho (GTs), identificados abaixo (UFRRJ30, 2021):

106

GT 1 – Modelos pedagógicos (alternância, semipresencial) – coordenado por professora, diretora do Instituto de Educação, e PROGRAD;

GT 2 – Modelos tecnológicos e infraestrutura (demanda por provedores, redes inter e intranet) – coordenado por dois professores, diretor do Instituto de Ciências Exatas e pró-reitor de Planejamento/PROPLADI;

GT 3 – Acesso e plataformas de ensino – coordenado por duas professoras, do Instituto Multidisciplinar e Universidade Aberta do Brasil e da PROEXT; e

GT 3 – Acesso e plataformas de ensino – coordenado por duas professoras, do Instituto Multidisciplinar e Universidade Aberta do Brasil e da PROEXT; e