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PDI, políticas institucionais voltadas à valorização da diversidade,

2.2 EIXO 2

2.2.4 PDI, políticas institucionais voltadas à valorização da diversidade,

e ações afirmativas de defesa e promoção dos direitos humanos e da igualdade étnico-racial

Sobre o PDI voltado à valorização da diversidade, do meio ambiente, da memória cultural, da produção artística e do patrimônio cultural, ver EIXO 3 – item 2.3.4.

Em 2018, a PROAF, em ação conjunta com a PROAD, atual PROGEP, e PROPLADI, buscou incentivar a participação e envolvimento da comunidade

120 universitária ampliando a oferta de atividades de esporte, arte e cultura. Através dos recursos orçamentários captados através do Termo de Execução Descentralizada (TED) no final do exercício de 2017, junto ao Ministério dos Esportes, a UFRRJ pôde restaurar parte das quadras poliesportivas da Praça de Desportos para ofertar e estimular mais atividades de esporte, arte e cultura à comunidade acadêmica do campus Seropédica. A PROAF, em parceria com as demais pró-reitorias, e obedecendo os trâmites legais necessários, tem se empenhado em dar celeridade no processo de licitação dos projetos estratégicos, bem como a execução dos pagamentos aos fornecedores de serviços.

A universidade adotou a cota PPI (pretos, pardos e indígenas) de 50%, articulando escola pública com renda. O processo é realizado por uma comissão local, composta por docentes, técnicos da Núcleo de Apoio a Graduação (NAGRAD) e da PROAES.

A UFRRJ foi a primeira das federais no Rio de Janeiro a implementar a “comissão de verificação de autodeclaração étnico-racial”. Em 12 e 13 de dezembro de 2017, uma equipe de 13 pessoas compostas por professores, técnicos-administrativos e dos três campi e pró-reitora adjunta receberam curso de representante do Ministério do Planejamento para treinamento sobre as leis que regem a reserva de vaga por autodeclarados pretos, pardos e indígenas.

A Tabela 12 abaixo refere-se à verificação de autodeclaração étnico-racial de 2018-1 a 2020-1. Cada período refere-se ao somatório da entrada regular mais as três listas de espera realizadas em cada campus. Somente em 2020-1 não houve a chamada da terceira lista devido a Covid-19.

No campus de Seropédica, o total de inscritos para o PPI de 2018-1 a 2020-1 foi de 3553, destes, 1972 foram deferidos presencialmente, 511 indeferidos e 1250 eliminados/ausentes. Dos 511 indeferidos na primeira etapa, 114 entraram com diversos recursos, quando foi deferida a autodeclaração após análises. Segundo a UFRRJ (2021), “os candidatos com status “indeferido” não tiveram a autodeclaração étnico-racial aceita pela Comissão de Verificação Étnico-racial”, já os eliminados são os

“candidatos que não entregaram a documentação exigida do Edital”.

No campus de Nova Iguaçu o total de inscritos para o PPI de 2018-1 a 2020-1 foi de 985, destes, 535 foram deferidos, 159 indeferidos e 291 eliminados/ausentes.

Dos 159 indeferidos, após diversos recursos, 52 candidatos conseguiram ser deferidos.

121 Os campi de Nova Iguaçu e Seropédica possuem duas entradas anuais, já o campus de Três Rios, possui apenas uma entrada no início de cada ano letivo.

No campus Três Rios o total de inscritos para o PPI de 2018-1 a 2020-1 foi de 296, destes, 155 foram deferidos, 36 indeferidos e 105 eliminados/ausentes. Dos 36 indeferidos, após diversos recursos, 8 candidatos conseguiram ser deferidos.

122 Tabela 12 - Verificação de Autodeclarações Étnico-raciais no período entre 2018-1 e 2020-1 na UFRRJ

pós-recurso

* Somatório da Entrada Regular com as três listas de espera

** Somatório da Entrada Regular com as duas listas de espera, a terceira lista não se efetivou em 2020-1 devido ao Covid-19.

Fonte: UFRRJ24, 2021

123 No IM, há práticas de valorização à diversidade, todas com apoio institucional. O Centro de Documentação e Imagem (CEDIM), em 2019, investiu na visibilidade de seu acervo e nas pesquisas desenvolvidas no local. Criado em 2013, o CEDIM tem o objetivo de reunir, sistematizar, preservar e dispor da documentação histórica digitalizada (fontes históricas sobre a Baixada Fluminense) ao público mais amplo, por meio da internet. Não há espaço, nem condições de manutenção de um acervo físico, daí a opção pela digitalização. Esses acervos digitais são produzidos a partir de parcerias com instituições (órgãos de imprensa, cartórios, Prefeitura Municipal, Cúria Diocesana etc.) e movimentos sociais locais.

As condições de acesso a esses acervos são negociadas caso a caso, com os detentores de direitos sobre a documentação, resultando, em geral, em transferência temporária e gradual dos acervos para o CEDIM, a fim de que seja processada sua digitalização e catalogação. O Centro funciona também como laboratório de pesquisa e ensino aberto aos vários cursos existentes no Instituto, ainda que, por sua natureza, esteja ligado mais diretamente à graduação e à pós-graduação em história (Ribeiro;

Sales; Nascimento; Fortes, 2020: 159).

O CEDIM, cuja atuação está voltada à preservação da história e cultura local, da mesma forma que o mestrado PPGPACS, que tem como proposta a produção do conhecimento relacionado às perspectivas que contribuam aos estudos sobre o patrimônio cultural, em sua dimensão tangível e intangível. Assim, as análises histórico-social e cultural dialogam com as pesquisas sobre os processos de conservação arquitetônica e das políticas de gestão patrimonial, da premissa estética e da dimensão artística, dos impactos significados para o turismo na região, dos processos de gestão pública relacionados ao patrimônio, da educação patrimonial e do legado afrodescendente e indígena para a cultura imaterial e material.

Todas essas dimensões do diálogo interdisciplinar estão amparadas no âmbito do patrimônio cultural: insere-se este na preocupação social com os direitos humanos, onde amparam-se os conceitos norteadores dos diálogos estabelecidos entre essas diferentes áreas de conhecimento. Devido ao caráter interdisciplinar, o PPGPACS apresenta as características que contemplam demandas sociais regionais e nacionais. A partir da área de concentração patrimônio cultural “Memória, Identidades e Cultura”, vinculam-se duas linhas de pesquisas: “Patrimônio Cultural: Identidades e Sociedade” e

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“Patrimônio Cultural: Memória e Sociedade”. Desta forma, a atuação da pós-graduação, assim como o CEDIM, está voltada a preservação da cultura local.

Outro espaço voltado à valorização da cultura e da diversidade é o LEAFRO, que tem significativa atuação nas redes estabelecidas com o município de Nova Iguaçu, organismos da sociedade civil e movimentos sociais no desenvolvimento de projetos que impactam as ações sobre políticas étnico-raciais tanto local, quanto regionalmente.

É um dos laboratórios que trabalham com ações afirmativas privilegiadamente.

Além disso a UFRRJ possui o Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI), que foi criado, em 2009, a partir de dois projetos de pesquisa e extensão “Programa de Formação inicial e continuada de professores da Baixada Fluminense para a inclusão de pessoas com necessidades educacionais especiais na educação básica e no ensino superior” (edital nº 6 do MEC, 2009) e “A inclusão de pessoas com necessidades educacionais especiais na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro: uma prática em construção” (edital nº 5 do Programa INCLUIR, 2009) desenvolvidos no Instituto Multidisciplinar – campus da UFRRJ de Nova Iguaçu sob coordenação de professora do Departamento de Educação e Sociedade (DES). O Núcleo de Acessibilidade e Inclusão foi aprovado e instituído pela Deliberação nº 112 em 12 de julho de 2012.

De 2012 a agosto de 2018, ele funcionou como uma comissão constituída por diferentes servidores da UFRRJ, sob a coordenação de um professor da área. No período de agosto de 2018 a 30 de abril de 2019, o NAI ficou sem comissão e sem coordenação formais ou formalizadas.

A partir de abril de 2019, com base na Deliberação nº 112 de 2012, por meio de uma da Portaria 395 da Reitoria, se fundou o NAI com regulamentação da sua estrutura e o seu funcionamento. Atualmente, o NAI da UFRRJ é organizado por meio de uma comissão permanente constituída por diferentes servidores que atuam especialmente no cotidiano das atividades administrativas e de apoio educacional aos estudantes com deficiências matriculados em cursos presenciais de graduação, assim como nas bancas de ingresso que foram instituídas depois da lei de reserva de vagas 2017. São atribuições da comissão permanente:

- À Coordenação do NAI/UFRRJ:

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• assegurar as condições de infraestrutura para o desenvolvimento das Comissões de Apoio;

• convocar reuniões com comissões e outros agentes de interesse para que a política de inclusão progrida;

• cumprir e fazer cumprir a política de inclusão da UFRRJ, observando a legislação vigente;

• elaborar e executar plano de ação que responda às demandas da UFRRJ, estabelecendo prioridades a curto, médio e longo prazo, observando-se a legislação pertinente, a fim de assegurar as condições de acessibilidade;

• apresentar à comunidade acadêmica relatórios de sua administração, propondo as providências necessárias para promoção e melhoria da inclusão e acessibilidade na UFRRJ;

• prever, no Plano de Desenvolvimento Institucional, diretrizes/metas para a efetivação da política de inclusão da UFRRJ;

• participar de fóruns que tenham a finalidade de discutir questões referentes à inclusão e acessibilidade.

- Aos demais membros da Equipe Permanente do NAI/UFRRJ:

• atuar como mediador das questões relativas à inclusão e acessibilidade de estudantes com deficiência entre a UFRRJ e toda a Equipe NAI;

• participar em seu GT do levantamento, planejamento, desenvolvimento e monitoramento das ações voltadas para inclusão e acessibilidade na Universidade;

• atuar juntamente com as diversas instâncias de sua unidade acadêmica (departamentos e coordenações de cursos de graduação) para que as diretrizes da política de inclusão institucional sejam referenciadas nos documentos institucionais e atividades de ensino, pesquisa e extensão;

• elaborar e enviar, em parceria com os membros da Comissão de Apoio do NAI/UFRRJ, relatório das atividades realizadas durante o ano letivo;

• participar de eventos que tenham a finalidade de discutir questões referentes à inclusão e acessibilidade no ensino superior;

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• informar aos coordenadores de curso sobre o ingresso de estudantes com deficiência ou que estejam em acompanhamento pelo NAI/UFRRJ matriculados nos cursos de graduação presenciais da UFRRJ;

• promover formações continuadas que atendam as demandas da UFRRJ;

• solicitar reuniões com os coordenadores de curso ou outros atores da comunidade, quando necessário, para tratar de assuntos relacionados à inclusão e/ou acessibilidade;

• identificar, juntamente com o trabalho da Comissão de Apoio, demandas visando à melhoria da qualidade do ensino, pesquisa e extensão para as pessoas com deficiência;

• acompanhar, juntamente com o colegiado de curso, a trajetória acadêmica dos estudantes com deficiência;

• participar do levantamento, planejamento, execução, acompanhamento e avaliação das ações desenvolvidas para a inclusão e acessibilidade na Universidade;

• elaborar e apresentar relatório, anualmente à Coordenação do NAI/UFRRJ, acerca da experiência vivenciada como membro da Comissão Permanente e das atividades desenvolvidas na rede de apoio para acessibilidade na Universidade.

Em 2020, o NAI realizou consulta pública online do seu regimento. A consulta durou 5 meses, sendo aprovada em dezembro de 2020 através da Deliberação CONSU no 269/2020. Além disso, no ano de 2020, o NAI elaborou documento com orientações aos docentes sobre acessibilidade e inclusão, disponível no link:

https://portal.ufrrj.br/orientacoes-sobre-acessibilidade-de-pessoas-com-deficiencia-no-ensino-superior.

No ano de 2020, mesmo com todas as dificuldades, o NAI se adaptou ao ECE e contou com 45 alunos com deficiência matriculados, 18 alunos não se matricularam neste período especial e 7 alunos cancelaram ou trancaram a matrícula. Durante este período, o NAI contou com uma equipe de 5 bolsistas CTC – PROEXT/PROGRAD – valor mensal da bolsa 800,00 (foram 4,5 parcelas pagas em 2020); 3 bolsistas Residência Profissional – PROEXT (valor de 1.400,00 mensal- uma bolsa de 12 parcelas, uma de 6 parcelas e uma de 7 parcelas); 6 bolsistas de apoio – PROAES (valor mensal de 400,00, foram 12 parcelas pagas). Na Tabela 13 abaixo, consta total de alunos atendidos pelo NAI ao longo dos últimos três anos (NAI, 2021).

127 Tabela 13 – Alunos atendidos pelo NAI/UFRRJ nos anos de 2018, 2019 e 2020 nos

três campi

Período Seropédica Nova Iguaçu Três Rios Total

Matr.

* Total para os três campi, incluindo os alunos já matriculados.

Fonte: NAI, 2021.

Além dessa comissão permanente, o NAI conta com comissões de apoio organizadas por grupos de trabalho específicos. Atualmente, há nove grupos de trabalho formados por mais de 30 servidores da UFRRJ, desde representantes da COPEA, Divisão de Saúde, COTIC, pró-reitorias, secretarias de curso, coordenadores de cursos e outros. Os grupos de trabalho que compõe a comissão de apoio são os seguintes (NAI, 2021):

1. Grupo de Trabalho de Acessibilidade Física;

2. Grupo de Trabalho de Acolhimento;

3. Grupo de Trabalho de Acessibilidade Curricular e Pedagógica;

4. Grupo de Trabalho de Formação Continuada;

5. Grupo de Trabalho de Comunicação, Informação e Tecnologias Assistivas;

6. Grupo de Trabalho de Políticas de Estágio;

7. Grupo de Trabalho de Política de Inclusão;

8. Grupo de Trabalho de Ingresso (homologação das vagas – atividades vinculadas a Comissão Permanente);

9. Grupo de Trabalho LIBRAS, Inclusão e Educação de Surdos.

Esses grupos de trabalho, ao longo de 2019, atuaram em parceria com a comissão permanente na elaboração de uma proposta de diretrizes políticas sobre

128 acessibilidade e inclusão para a UFRRJ. Essa proposta foi estruturada considerando as indicações dos grupos de trabalho e a legislação a seguir (NAI, 2021):

• Artigos 3° e 5° da Constituição Federal de 1988 têm a igualdade como princípio e a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação, como um objetivo fundamental da República Federativa do Brasil, do que decorre a necessidade de promoção e proteção dos direitos humanos de todas as pessoas, com e sem deficiência, em igualdade de condições;

• Lei Federal n°. 10.048 de 08 de novembro de 2000, na Lei n°. 10.098 de 19 de dezembro de 2000, no Decreto n°. 5.296 de 02 dezembro de 2004, na ABNT NBR 9050/2015 e na ABNT NBR 16537/2016, que estabelecem normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, mediante a supressão de barreiras e de obstáculos nas vias, espaços e serviços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios e nos meios de transporte e de comunicação, com prazos determinados para seu cumprimento e implementação;

• Lei Federal nº. 10.436, de 24 de abril de 2002 e o Decreto Federal nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005, que reconhece como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais - Libras e outros recursos de expressão a ela associados;

• Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva de janeiro de 2008, que prevê a inclusão da Educação Infantil ao Ensino Superior;

• Declaração dos Direitos das Pessoas Com Deficiências ratificada pelo Estado Brasileiro da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e de seu Protocolo Facultativo com equivalência de Emenda Constitucional, por meio do Decreto Legislativo nº. 186, de 9 de julho de 2008, com a devida promulgação pelo Decreto nº. 6.949, de 25 de agosto de 2009;

• Lei Federal nº. 13.146, de 06 de julho de 2015 - Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência;

• Lei Federal nº. 13.409, de 28 de dezembro de 2016, que altera a Lei n°.

12.711, de 29 de agosto de 2012, para dispor sobre a reserva de vagas para pessoas

129 com deficiência nos cursos técnicos de nível médio e superior das instituições federais de ensino.

A partir das discussões realizadas no ano de 2019 e durante as audiências públicas online da proposta política, foram definidos, conforme a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência e da atual política nacional, o seguinte público (NAI, 2021):

I – “pessoa com deficiência”: aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, intelectual, múltipla ou sensorial (pessoa cega, pessoa com baixa visão, pessoa surda, pessoa com deficiência auditiva, pessoa com surdocegueira), que, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas;

II – “pessoa com transtorno do espectro autista (TEA)”: desenvolvimento com déficit em habilidades sociocomunicativas e comportamentais, interesses repetitivos ou estereotipados;

III – “pessoa com altas habilidades/superdotação”: aquela que demonstra potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas:

intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes. Também apresenta elevada criatividade, grande envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu interesse;

IV – “pessoa com mobilidade reduzida”: aquela que tenha, por qualquer motivo, dificuldade de movimentação, permanente ou temporária, gerando redução efetiva da mobilidade, da flexibilidade, da coordenação motora ou da percepção, incluindo idoso, gestante, lactante, pessoa com criança de colo e obeso.

No documento proposto para a política, seguindo as indicações da LBI, é apresentado um conjunto de definições necessárias para garantir o direito à acessibilidade dessa população:

a) “acessibilidade arquitetônica”: sem barreiras ambientais físicas, nas residências, nos edifícios, nos espaços urbanos, nos equipamentos urbanos, nos meios de transporte individual ou coletivo;

130 b) “acessibilidade atitudinal”: ausência de barreiras impostas por preconceitos, estigmas, estereótipos e discriminações;

c) “acessibilidade comunicacional”: ausência de barreiras na comunicação interpessoal, na comunicação escrita e na comunicação virtual (acessibilidade no meio digital). Na acessibilidade comunicacional, sinaliza-se como fundamentais a Língua Brasileira de Sinais (Libras) para garantir acessibilidade linguística aos estudantes surdos, o acesso a textos em braile, o sistema de sinalização ou de comunicação tátil, os caracteres ampliados, os dispositivos multimídia, assim como o uso da linguagem simples (escrita e oral), os sistemas auditivos e os meios de voz digitalizados, os modos, meios e formatos aumentativos e alternativos de comunicação, incluindo as tecnologias da informação e das comunicações;

d) “acessibilidade instrumental”: ausência de barreiras nos instrumentos, utensílios e ferramentas de trabalho, estudo, lazer, recreação e de vida diária;

e) “acessibilidade metodológica no ensino, pesquisa e extensão”: ausência de barreiras nos métodos, teorias e técnicas de ensino/aprendizagem, de trabalho, de ação comunitária (social, cultural, artística, entre outras).

No período de 2019 a 2020, o GT Acessibilidade Física realizou trabalho de planejamento de ações para o diagnóstico de acessibilidade física, principalmente no campus de Seropédica. As ações previstas não foram concretizadas em função do início da pandemia (NAI, 2021).

A partir destas ações, foi laborado um relatório de gestão contendo o planejamento das ações previstas para o ano de 2020. Além disso, também estruturou-se uma proposta de suporte/apoio educacional a partir da criação em parceria com a PROEXT do Programa de Residência em Iniciação Profissional na Área de Gestão Aplicada a Projetos Educacionais para atuação no NAI, tendo o primeiro edital de auxílio de aquisição de Tecnologias Assistivas, em parceria com a PROAES, seguido as disposições contidas no Decreto Federal nº. 7.234, de 19 de julho de 2010, que instituiu o PNAES, bem como os critérios dispostos na Deliberação n° 15 de 31 de março de 2017, na qual o CONSU aprovou o Programa de Auxílios da Assistência Estudantil da UFRRJ (PAAE/UFRRJ).

131 No mesmo período, manteve-se o Programa de Auxílio Acessibilidade com a PROAES e o Programa de Tutoria de Apoio aos estudantes com deficiências que demandam suporte educacional para a sua estada no ensino superior. Todas as ações e atividades desenvolvidas em 2019 foram sistematizadas no relatório de gestão referente ao ano de 2019, disponível em https://portal.ufrrj.br/pro-reitoria-de-graduacao/nucleo-de-acessibilidade-e-inclusao-da-ufrrj/ .

No ano de 2020 foram realizadas as seguintes ações:

1. atualização do PDI;

2. preenchimento das demandas solicitadas pelo Ministério da Educação por meio do ACORDÃO TCU/MEC-7/2020/DIFES/SESU/SESU-MEC;

3. elaboração de duas propostas de formações continuadas para servidores da UFRRJ: a) focando aspectos legais e conceituais sobre inclusão e acessibilidade de pessoas com deficiências no ensino superior; b) focando manejo de sala de aula e acessibilidade curricular;

4. oferecimento de uma formação continuada em uma parceria GT Formação do NAI e a CODEP para 97 servidores da instituição (em andamento);

5. participação da equipe permanente do NAI no GT3 – Acessibilidade e elaboração da Deliberação ECE – https://portal.ufrrj.br/consu-aprova-as-normativas-para-estudos-continuados-emergenciais/;

6. elaboração e publicação das orientações de acessibilidade e inclusão na educação superior em parceria com a UNIFESSPA – https://portal.ufrrj.br/orientacoes-sobre-acessibilidade-de-pessoas-com-deficiencia-no-ensino-superior/;

7. participação na organização do III Congresso Nacional de Inclusão na educação superior e Educação Profissional Tecnológica e III Fórum Nacional de Coordenadores de Núcleos de Acessibilidade das Instituições Públicas da Educação Superior e Profissional Tecnológica (IPESPTEC), dias 23 a 27 de novembro, no modo online;

8. estruturação de salas para o NAI em cada campi (Seropédica, Nova Iguaçu, Três Rios). Reforma da sala em Seropédica, com apoio da PROEXT e do GT Acessibilidade Física do NAI;

9. elaboração de propostas para suporte/apoio aos estudantes com deficiência intelectual;

132 10. Elaboração de propostas para suporte/apoio aos estudantes com surdez;

11. Elaboração de propostas para suporte/apoio aos estudantes com autismo;

12. manutenção da tutoria pedagógica e criação da tutoria de conteúdo;

13. criação do Programa de Treinamento e Capacitação Técnica, numa parceria NAI/PROEXT e PROGRAD para seleção de intérpretes de Libras e Audiodescritores;

14. participação nas equipes de pesquisa e implementação de ações de acessibilidade no SIGAA e Moodle a partir da parceria com a COTIC e seleção de bolsistas de Treinamento de Capacitação Técnica por meio do edital 1

14. participação nas equipes de pesquisa e implementação de ações de acessibilidade no SIGAA e Moodle a partir da parceria com a COTIC e seleção de bolsistas de Treinamento de Capacitação Técnica por meio do edital 1