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Programa de Turismo Sustentável em MiraPrograma de Turismo Sustentável em Mira

3.3.4. D ESPORTOS DA N ATUREZA

Os desportos de natureza são já praticados de uma forma marcadamente sazonal. As actividades de desportos náuticos promovidas pelo Clube Náutico da Praia de Mira ou as provas de orientação promovidas pelo Clube Domus Nostra são alguns dos

4. criação de bases para o desenvolvimento local tendo como motor a Conservação da Natureza e Biodiversidade;

5. promover a sustentabilidade local tendo por base a promoção do turismo ambiental;

6. implementar medidas que minimizem o impacte ambiental da incidência do turismo em massa, concentrado na época balnear através da introdução de um plano de gestão integrado desta zona costeira” (DRAOT_Centro, 2002).

exemplos, no entanto parece-nos necessário uma programação anual e sistemática capaz de atrair pessoas e oferecer-lhes possibilidades de praticarem esses desportos (Anexo XIII).

3.3.4.1. R

EVITALIZAÇÃO E

P

ROMOÇÃO DOS DESPORTOS NÁUTICOS

Na Praia de Mira existe já um Clube Náutico onde são praticados desportos como Canoagem, Remo, Vela, entre outros, no entanto, este clube está apenas a ser dinamizado pelas escolas locais, que têm um acordo com este clube permitindo, desta forma, a prática de alguns desportos náuticos pelas camadas jovens. Refira-se ainda que apenas é praticado como modalidade federada e como desporto escolar o Remo.

Além deste acordo com as escolas, o Clube Náutico disponibiliza os seus Kayaks, durante o Verão para aluguer aos visitantes do concelho, que assim podem praticar desporto na Barrinha de Mira e apreciar a sua beleza. No entanto, pensamos que, de acordo com as potencialidades do concelho em termos de áreas lagunares, como é o caso da Barrinha e da lagoa de Mira, e ainda das valas existentes, seria possível dinamizar mais estas actividades náuticas. Propõe-se, assim, que seja dado um maior incentivo a este clube, para a promoção deste tipo de turismo. A visibilidade deste incentivo só poderá ter efeito se as entidades responsáveis pela manutenção e limpeza destas áreas lagunares estiverem conscientes que esta limpeza é urgente, de forma a poder ser praticado este tipo de desportos.

3.3.4.2. O

RIENTAÇÃO E

BTT

É possível no concelho de Mira a prática destes tipos de desporto que aparecem muito ligados ao turismo de natureza. Existe no concelho um clube desportivo, o Clube Domus Nostra (CDN), que promove, esporadicamente, algumas actividades deste género e que começam a ter já uma elevada participação, tanto pela população local, como por população visitante. Como se referiu anteriormente, o elo de ligação deste programa é a pista ciclável e pedonal, assim, também para a realização destas actividades, é possível utilizar-se esta pista, como pontos de referência tanto em circuitos de orientação como em BTT. No entanto, propõe-se que seja feito um levantamento exaustivo do concelho e elaborados mapas de orientação, para que se possa praticar esta actividade de forma segura. Existem já algumas áreas do concelho

que se encontram cartografadas pela Federação Portuguesa de Orientação, mas seria necessário que toda a área florestal fosse cartografada.

3.3.5. E

QUIPAMENTOS

No que se refere aos equipamentos, alguns deles já existem, outros estão programados ou enquadrados no projecto ECOMira (Anexo XIII). Mas podem ser na sua globalidade uma oferta de conhecimento e de curiosidades única na região e mesmo no país:

a) A Casa do Artesanato Local; Existem no concelho de Mira muitas pessoas que se dedicam ao artesanato local. Estas pessoas trabalham em diversos tipos de materiais, como barro, madeira, entre outros. Seria interessante que existisse uma Casa de Artesanato Local onde todos os conhecedores desta arte do concelho pudessem expor os seus objectos. Muitos visitantes têm curiosidade em saber como se trabalham determinados materiais e através do conhecimento das pessoas locais, estes poderiam transmitir os seus conhecimentos, tanto aos jovens locais como aos visitantes da área. Esta casa serviria também como uma casa de formação em artesanato local;

b) Eco-Museu; este é um projecto estruturante de todo o programa. Encontra-se já em fase de projecto no âmbito do protocolo Câmara Municipal/DRAOT-Centro do programa ECO-MiRA. Terá uma forte componente multimédia e abordará os principais temas locais como a fauna, a flora, a floresta, o sistema dunar. Entre outros, a vertente educacional será essencial e a relação com as escolas uma preocupação permanente;

c) Jardim das Dunas; é um sítio vocacionado para a educação e sensibilização ambiental relacionada com o sistema dunar. Pretende sensibilizar a população para as características deste sistema em termos de fauna e de flora bem como do respectivo processo de formação e actuais perigos de erosão. Este é mais um dos projectos que foi sugerido integrar o programa ECO-MIRA e que se encontra ainda em fase de definição de programa.

d) Parque Botânico; esta iniciativa envolve já um parceiro privado. Pretende- se criar numa extensão de cerca de cinco hectares 10 campos temáticos com informação disponível acerca das principais espécies, com especial relevo para as espécies autóctones. Este projecto encontra-se em fase de definição de programa.

e) Museu etnográfico; estrutura municipal já existente e em funcionamento. A casa típica gandaresa, as artes de pesca locais, e outras formas de vida local são temas permanentes. Existe ainda espaço para exposições de artistas locais;

f) Campo Escola Escutista; campo vocacionado para actividades de formação de escuteiros com uma componente forte de sensibilização e educação ambiental. Pretende ser um complemento ao campo escola de Serpins (Lousã) mas com uma vocação especial para os problemas e potencialidades das zonas costeiras;

g) Parque de Campismo Municipal; revalorização do parque actual

introduzindo construções em madeira e espaços de maior relação com o lago do mar;

h) Clube Náutico Praia de Mira, revitalização das actividades desportivas anteriormente organizadas através de protocolos e incentivos ao clube; i) Apoio de Pista Lagoa, este espaço servirá como apoio aos visitantes que

pretendem percorrer a pista ciclável e pedonal. Deverá entrar em funcionamento em 2004;

j) Viveiros piscícolas, estrutura existente que importa revalorizar. Deve ser alvo de esforço acrescido para melhorar a informação disponível.

k) Moinhos, revitalização dos moinhos existentes junto ao sistema hídrico como pontos fulcrais no desenvolvimento de um turismo cultural;

l) Casas Florestais, recuperação das casas florestais adaptando-as a usos culturais de fruição pública;

m) Casas Gandaresas, são praticamente todas de posse privada. No entanto seria interessante promover a recuperação de algumas, valorizando este elemento patrimonial importante a nível regional e nacional. Para tal devem ser realizados contactos com os proprietários.