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Segundo Eliseu Sposito (2008, p.35), “como a cidade é estruturada por processos contraditórios, não se deve encará-la como uma totalidade fechada. Ao contrário, ela deve ser compreendida como uma totalidade em constantes transformações”. Para compreendermos como se dão essas transformações e como a cidade cresce, o autor afirma que é preciso considerar as determinações históricas características de cada cidade.

Diante do pressuposto, percebemos que, assim como a maioria dos núcleos urbanos do Nordeste, Patos se constituiu a partir das relações que envolviam tanto os interesses da elite fundiária local, como também um “processo histórico mais amplo, relacionado à formação do perfil territorial brasileiro que, a partir do Século XVI, situa-se no bojo da configuração do mundo americano, atrelado às relações de formação e reprodução do capital” (CAVALCANTE, 2008, p. 21). O núcleo urbano em que hoje se encontra a cidade de Patos surgiu, segundo Cavalcante (op. cit.), em meio às fazendas de gado que se encontravam nos percursos denominados por Maia e Cardoso (2007) de “caminhos de boiada” e que serviam

como ponto de apoio aos tropeiros16 que buscavam água e pastagens. Esse núcleo urbano foi elevado à categoria de Vila no ano de 1833 e à categoria de Cidade somente em 1903. Durante todo esse período, até os anos de 1940, a economia local teve como base a agricultura, principalmente a pecuária, apesar de o algodão, entre as décadas de 1930 e 1940, despontar como uma nova possibilidade de crescimento econômico local (CAVALCANTE, 2008).

Cavalcante (op. cit) também destaca algumas mudanças que começaram a ocorrer na cidade e que foram configurando o modo de vida urbano em Patos, como: a da localização da igreja Matriz da Padroeira Nossa Senhora Daguia, que influenciou a expansão dos estabelecimentos comerciais para a Rua Grande17 (Figura 02, p. 54); a instalação de alguns equipamentos urbanos e serviços como a Estação Telegráfica em 1908; o surgimento de meios de comunicação impresso (jornal) em 1914 e, na década de 1940, a ampliação do número de escolas estaduais na zona urbana (e também rural); a inauguração de uma agência do Banco do Brasil em 1941; a chegada da ferrovia vinda do Ceará em 1944; a doação de um terreno para a construção do Hospital Regional e a implementação do novo conjunto elétrico para iluminação urbana, adquirido pela Prefeitura Municipal em 1948, entre outras.

Figura 02: Estabelecimentos comerciais na Rua Grande (Atual Solon de Lucena). Fonte:

<http://www.patosemrevista.com/home.html> Acesso em dezembro de 2013

Assim, vemos que esse movimento histórico da sociedade demanda funções urbanas que se materializam nas formas espaciais e sabemos que elas são socialmente produzidas por

16 Viajantes que transitavam do litoral ao sertão e vice-versa que, em geral, eram os responsáveis por transportar o gado por esse percurso. Para tanto, estabeleciam alguns pontos de parada que originaram uma série de núcleos urbanos no interior da Paraíba, entre eles, enfatiza-se o município de Patos (Gonçalves, 1999).

17 O comércio se localizava, inicialmente, na praça da primeira Igreja de Nossa Senhora Daguia (denominada posteriormente de Praça João Pessoa e hoje, Praça Edvaldo Motta) e aos poucos foi se expandindo para a Rua Grande (atual Solon de Lucena), onde passou a se localizar a nova igreja matriz e hoje é uma das principais avenidas da cidade.

agentes sociais concretos, cuja ação inclui práticas que conduzem a um constante processo de reorganização espacial, como afirma Corrêa (1989). No entanto, Sposito (2008, p. 27) mostra que, com base nessas explicações, “podemos acrescentar mais algumas características para compreender como a cidade cresce”. O autor destaca que, sem nos esquecermos de considerar essas determinações históricas de cada cidade, é possível compreendê-las a partir de três tipos de crescimento: o populacional, o horizontal e o vertical. Segundo Sposito (op. cit), o primeiro é de fácil apreensão, posto que o número de habitantes é um dos principais fatores para se identificarem as cidades, tanto no nível do senso comum quanto no estatístico; o segundo tipo é definido pelo perímetro da cidade, com sua planta urbana, que vai se desdobrando com a incorporação de novas áreas, de forma descontínua ou não à malha urbana, através da ação dos agentes sociais e onde o traçado das ruas e das avenidas irá orientar a circulação de pessoas, a implantação de infraestrutura e de equipamentos de consumo coletivo; o terceiro e último tipo, o vertical, pode ser caracterizado pelas mesmas estratégias dos agentes que propiciam o crescimento horizontal, destacando-se os mecanismos da especulação imobiliária etc.

Observando o mapa 02 (p. 56), que mostra a expansão do perímetro urbano de Patos, percebemos que, até a década de 1960, a cidade se encontrava bastante adensada em seu núcleo original, embora já houvesse, na época, vazios urbanos ao norte e ao sul, que existiam devido à formação de áreas mais distantes do centro e descontínuas da malha urbana que foram ocupadas pela população mais pobre. As atividades comerciais se concentravam no centro da cidade, localização resultante da sua própria conformação histórica e da proximidade com a linha férrea.

Mapa 02: Expansão da malha urbana da cidade de Patos/PB desde 1960 até 2010

Fonte: Setor de Geoprocessamento da Prefeitura Municipal de Patos/PB - 2012

Entre os anos de 1960 e 1970, o crescimento da cidade seguiu os caminhos que ligam Patos às regiões vizinhas, destacando-se as estradas de ligação ao litoral, ao sertão da Paraíba,

a Pernambuco e ao Rio Grande do Norte, “cujos caminhos lançaram-se sobre os cumes, fugindo das cheias no período do inverno” 18. Vale destacar que, já nesse período, o poder

público tentou ordenar o espaço urbano no que diz respeito ao uso e à ocupação do solo, como observamos no Projeto de Lei 63/50, que definia os loteamentos onde não poderiam ser construídos prédios industriais, como oficinas mecânicas, serrarias e beneficiamento de algodão, milho e outros cereais. Em outros projetos, também constatamos que, nas áreas mais distantes, não havia, minimamente, os serviços básicos necessários às famílias que ali habitavam, como sistema de abastecimento de água e rede de distribuição de energia elétrica, entre outros.

Essas condições, políticas e sociais, já demonstram uma primeira diferenciação no espaço urbano da cidade de Patos, em termos de uso e ocupação do solo e de distribuição de equipamentos e serviços urbanos. Além disso, acreditamos que, nesse contexto, havia a concentração de vastas terras nas mãos de proprietários fundiários e a ação de especuladores imobiliários, visto que há documentos desse período que o mencionam, mesmo que indiretamente, como o Projeto de Lei 64/89, em que consta que a Prefeitura de Patos “não dispõe de mais terrenos para construções, desde que as administrações anteriores fizeram desordenadamente a distribuição de todo o patrimônio territorial pertencente à Municipalidade”. As plantas dos loteamentos19 desse período também mostram que vastas

áreas se encontravam em propriedade de empresas como a Anderson Clayton Ltda e a CO S/A, que parcelou algumas de suas terras com o intuito de fazer dessas áreas um espaço residencial.

Entre os anos de 1970 e 1989, ampliou-se a oferta de serviços na cidade de Patos, principalmente o educacional, como demonstra Cavalcante (2008), destacando-se as instituições de nível superior, com a criação da Faculdade de Ciências Econômicas de Patos e da Escola de Agronomia e Medicina Veterinária, o que atraiu um contingente populacional cada vez maior.

Observando o mapa da expansão urbana de Patos (Mapa 02, p. 56), vimos que, ainda nesse período, permaneceram vazios urbanos nas áreas mais centrais, ao mesmo tempo em que se expandiam as áreas mais distantes do centro, muitas delas descontínuas da malha urbana. Algumas dessas últimas foram ocupadas, inicialmente, através de ações do poder público, como na Zona Norte, com a construção do Conjunto Habitacional Noé Trajano (em 1967), promovida pela CEHAP, e a construção do matadouro municipal, no atual Bairro

18 Informações obtidas através do Plano Local de Habitação de Interesse Social do Município de Patos. 19Essas plantas foram obtidas na Secretaria de Infraestrutura (SEINFRA) do Município de Patos.

Jardim Magnólia e na Zona Sul, com a construção de um conjunto habitacional no Bairro Nova Conquista, através da Fundação de Ação Comunitária (FAC), em regime de mutirão. No entanto, nessas mesmas áreas, uma parte da população também construía suas habitações, muitas vezes, de forma irregular, como foi o Bairro Nova Conquista, por exemplo. Além dessa, a população de áreas como Alto da Tubiba (ao sul), Sete Casas (a leste), Morro (a oeste) e uma significativa parte do São Sebastião (a leste) e imediações construiu suas moradias através da autoconstrução (casas de taipa, a princípio), onde muitos obtinham o terreno ocupando-o irregularmente. Nessas localidades, o acesso aos serviços básicos, à infraestrutura e a equipamentos urbanos era quase inexistente. Além disso, o deslocamento para as áreas mais centrais era bastante difícil, visto que a cidade, até então, não dispunha de um sistema de transporte coletivo.

Vimos que, na década de 1970, o município de Patos, impulsionado pela “onda” de planejamento que caracterizava a política urbana da época, teve o seu espaço urbano como alvo de inúmeros Projetos de Lei, com vistas à realização de obras de infraestrutura e urbanização. Destacamos, nesse caso, o Projeto de Lei 24/77, que dispõe sobre o Plano de Organização do Espaço Urbano de Patos, que visava “orientar e controlar seu desenvolvimento físico”, com a definição de zonas funcionais (campus universitário, área industrial, zona residencial, zona comercial de serviços e zonas especiais de preservação), o que mostra a consolidação desse espaço como fragmentado e simultaneamente articulado, assim como Corrêa (1989) caracteriza o espaço urbano e como demonstra Lefebvre (1974), ao discutir sobre o espaço social no modo de produção capitalista, que é, ao mesmo tempo, homogêneo, por métodos de gestão e controle, de vigilância e comunicação, entre outras razões; fragmentado, na medida em que se produzem guetos, “pseudoconjuntos” etc., mal ligados aos arredores e ao centro; e, por sua vez, hierarquizado, com os espaços residenciais, de lazer, comerciais etc.

É importante destacar, também, que, mesmo com essa intervenção direta do poder local, no sentido de ordenar o espaço urbano de Patos, e com a implantação de equipamentos urbanos e de serviços que impulsionou a ocupação de determinadas áreas, os eixos de expansão da cidade continuaram a seguir suas principais vias de circulação, que dão acesso às diversas rodovias que, atualmente, cruzam a cidade, o que nos remete à afirmação de Villaça (2001, p. 80) de que “as vias de transporte têm enorme influência não só no arranjo interno das cidades, mas também sobre os diferenciais de expansão urbana”. Sobre o crescimento do perímetro urbano de Patos, o atual PLHIS da prefeitura municipal sintetiza assim esse padrão de crescimento: “a forma de ocupação resultou em uma área central adensada e expansões

radiais, deixando grandes vazios, de modo que a mobilidade urbana, obrigatoriamente, se dá pela passagem pelo centro da cidade, movimento induzido também pela linha férrea que contorna essa área central e pelos rios periféricos, com destaque para os rios da Cruz e Espinharas”. Esse Plano ainda destaca que a construção do contorno rodoviário da BR-230, que desviou o tráfego de ligação do litoral ao sertão, passando agora pelo lado leste/nordeste da cidade, interviu na expansão dessa área.

Nessa perspectiva, entendemos que, assim como ressalta Villaça (2001), o espaço urbano é estruturado, fundamentalmente, pelas condições de deslocamento do ser humano. Não podemos nos esquecer das observações de Eliseu Sposito (2008) de que essa estruturação interna da cidade, que é dinâmica e tem movimento próprio, também está relacionada à

implantação de equipamentos coletivos (conjuntos habitacionais, hospitais, escolas, supermercados e centros comerciais etc.) [como à] aspectos que só podem ser explicados socialmente, como a segregação espacial decorrente da localização de distintas camadas das populações identificadas pelas diferenças de poder aquisitivo, por exemplo. (SPOSITO 2008, p. 35, GRIFO NOSSO)

Sposito (2008) observa, ainda, que as modificações que ocorrem em determinados locais podem desencadear mudanças qualitativas em outras áreas. Esse é um aspecto que nos leva a entender o porquê da diferenciação socioespacial existente no espaço intraurbano, bem como visualizar suas possíveis consequências como, por exemplo, a intensificação das desigualdades socioespaciais e a alteração do fluxo de veículos, com a implantação de uma via de circulação, casos observados em Patos, entre outras implicações. Sobre a expansão da malha urbana de Patos, vale ressaltar que o crescimento da cidade foi predominantemente horizontal. Só foi possível verificar a presença de um número maior de prédios com grande quantidade de pavimentos (crescimento vertical), localizados nas áreas centrais, a partir de meados da primeira década dos anos 2000.

Já sabemos que outra informação necessária para compreendermos o crescimento de uma cidade diz respeito ao seu número de habitantes. O contingente populacional de Patos tem crescido continuamente, exceto na década de 1960, quando houve uma baixa populacional resultante do desmembramento dos distritos de Salgadinho, Santa Terezinha, Passagem, Areia de Baraúna, Cacimba de Areia e São José de Espinharas, no ano de 1961, e Jerimum, em 1964 (IBGE, 2013). Além disso, as secas rigorosas que assolavam o sertão, somando-se às pragas que destruíam as lavouras de algodão e à concentração de terras nas

mãos de latifundiários, provocavam o êxodo rural, o que explica o aumento da população urbana.

A oferta de serviços, cada vez mais diversificados, o emprego de mão de obra na realização de obras viárias e de implantação de infraestrutura, bem como a incorporação de terras rurais à urbana (como observamos na pesquisa documental) para a construção de conjuntos habitacionais e a instalação de equipamentos urbanos foram os fatores responsáveis pelo crescimento da população patoense, a partir da década de 1970, principalmente da população urbana. Entre 1970 e 1980, a população do município de Patos teve um crescimento de 18.746 habitantes (Tabela 01), o que representa um aumento de 40,3%, sendo que a população urbana apresentou um crescimento ainda maior de 47,2 % (18.916 habitantes). Desde então, a população desse município tem se caracterizado como predominantemente urbana, que segue, portanto, um padrão nacional, sobre o qual Santos (1993) afirma que “a urbanização se tornou praticamente generalizada a partir do terceiro terço do Século XX”, em que “a residência do trabalhador agrícola é cada vez mais urbana”. Assim, concomitantemente ao crescimento da população urbana, cresciam as demandas por habitação, serviços básicos, infraestrutura etc., gerando um déficit desses serviços e, ao mesmo tempo, uma pressão não só das esferas do poder local, como também estadual e, principalmente, federal, no sentido de apontar caminhos para “solucionar” os problemas oriundos desse momento.

Tabela 01: Crescimento populacional de Patos entre as décadas de 1960 e 2000

Ano População Urbana % População Rural % Total % 1960 28.922 47,3 32.256 52,7 61.178 100 1970 40.105 86,4 6.309 13,6 46.414 100 1980 59.021 90,6 6.139 9,4 65.160 100 1990 76.708 94,3 4.590 5,7 81.298 100 2000 87.949 95,8 3.812 4,2 91.761 100

Fonte: IBGE20 - Elaboração própria

Partindo de uma apreensão, na escala nacional, da combinação entre a atuação do Estado, através da implantação de equipamentos coletivos e da infraestrutura na lógica do planejamento urbano (criação de leis e programas), do favorecimento da especulação imobiliária e do crescimento populacional, em que se observa um modelo de crescimento geográfico espraiado, como define Milton Santos (1993), observado praticamente por todas as cidades brasileiras, como Patos, por exemplo, é fundamental destacar que os setores que mais absorveram recursos públicos e foram alvo de investimentos privados foram o de habitação e o de transporte.

Já referimos que a articulação de uma política de desenvolvimento urbano surgiu no âmbito das políticas de desenvolvimento regional e se consolidou com a elaboração e a implantação do II PND. Também essa política atuou no sentido de investir em setores específicos, como habitação, transporte, saneamento etc., priorizando os dois primeiros, com vistas a atender ao ideal do crescimento econômico. Contudo, é fundamental mostrar que, antes mesmo de se elaborar uma política de desenvolvimento urbano de forma mais efetiva, já se havia implantado, em escala nacional, um sistema que visava atender a esses setores. Esse era o Sistema Financeiro de Habitação – SFH (criado nos primeiros anos da década de 1960), que tinha como objetivos promover uma distribuição geográfica dos investimentos, diminuindo as disparidades regionais (referente principalmente à habitação) e que consequentemente diminuísse os fluxos migratórios para as metrópoles; eliminar a “promiscuidade” nas favelas e aumentar os investimentos nas indústrias de construção civil, de materiais de construção e bens de consumo duráveis (SANTOS, 1999).

No âmbito desse sistema, foi instituído, segundo a Lei nº 4.380, o Banco Nacional de Habitação – BNH, cuja função era de órgão central do SFH, orientando-o, disciplinando-o e o controlando. A criação dessas instituições, a princípio, fazia parte de uma estratégia de “esfriar as massas” e obter apoio delas21, tendo em vista as tensões sociais oriundas das condições sociais e econômicas do período. Nessa perspectiva, a ideologia da casa própria foi um importante discurso adotado pelo BNH, assim como foi para os governos anteriores a ele. Além disso, Andrade e Azevedo (1982, p. 41) afirmam que houve uma subordinação da política urbana à habitacional através da liderança institucional desse banco, “que faria do Serfhau um órgão a reboque dele, em uma inversão de papéis”. Esses autores afirmam, ainda, que a política habitacional regida pelo SFH não partiu de uma visão compreensiva do

21Autores como Véras e Bonduki (1968) e Andrade e Azevedo (1982), entre outros, justificam essa afirmação tendo como base trechos da carta de Sandra Cavalcanti, ao propor a criação do BNH, e da fala do antigo ministro Roberto Campos. Essas falas estão transcritas nos referidos textos.

“problema urbano”, mas, ao contrário, assumindo, desde o início de sua implantação, um caráter fragmentário. Contudo, Bonduki (2008) entende que, apesar de seu forte papel ideológico, foram os efeitos esperados que essa política habitacional exercesse na economia do país, um dos seus elementos centrais.

A seguir, elegemos alguns elementos que, embora não cubram todas as dimensões que assumiu essa política, ajudam-nos a entender como a cidade de Patos se inseriu nela e também contribuem para compreendermos e analisarmos, posteriormente, as constantes relações que vários autores – Compans (2012); Cardoso e Aragão (2013); Bastos (2012); Paulo Neto et al. (2012), entre outros, fazem do atual Programa Minha Casa Minha Vida – PMCMV com o antigo BNH.

1.4 O Sistema Financeiro de Habitação: a gestão do BNH e seus efeitos socioespaciais