• Nenhum resultado encontrado

Estrutura do instrumento de colheita

3.1. A Problemática Inicial

3.1.4. Estrutura do instrumento de colheita

Conforme já referido, o instrumento de colheita de dados consistiu num inquérito por questionário, composto por perguntas fechadas, deixando a último ponto como uma pergunta de resposta aberta, na qual os (as) inquiridos (as) se podiam pronunciar abertamente dando as suas opiniões ou sugestões.

A estrutura do inquérito por questionário estava assim dividida em 3 grupos, organizados de acordo com as informações a recolher:

1º Grupo de questões: Este primeiro grupo destinava-se a recolher dados pessoais sobre os (as) inquiridos (as), de modo a possibilitar uma breve caracterização do perfil destes. Foram colocadas 6 questões fechadas, relacionadas com o género, idade, estado civil, habilitações literárias, profissão e categoria profissional, e tempo de serviço.

69 2º Grupo de questões: O segundo grupo de questões destinou-se à recolha de informação, tendo em contas as variáveis em análise, dentro de cada área de intervenção, sendo assim dividido por subgrupos:

1. Planeamento estratégico- Missão e Valores do Organismo; 2. Gestão de Recursos Humanos;

3. Comunicação;

4. Relação com a Comunidade.

Tendo em conta a natureza das questões e as variáveis em causa, optamos pela utilização de dois tipos de escala.

Pela sua simplicidade e adequação às variáveis, permitindo medir o nível de concordância ou não concordância, optamos pela utilização de escalas do tipo Likert, portanto uma escala não comparativa. Neste caso, optamos por uma escala de avaliação com as alternativas descritas, de modo a simplificar a interpretação das possibilidades de resposta.

Foram assim definidas escalas nominais, compostas por 5 níveis, que consistiam na definição de um conjunto de opções de resposta “qualitativamente diferentes e mutuamente exclusivas” (Hill & Hill, 1998)

A segunda escala utilizada foi uma escala Dicotómica Simples, também designada em escala binária ou de pares. Tendo em conta a extensão deste trabalho, bem como o período para a sua realização, assim como o tipo de questão e resposta que se pretendia obter, o método dicotómico, apresentou-se como o mais adequado, apresentando vantagens, na medida em que permite a obtenção de respostas mais diretas e objetivas. Na análise do questionário, no sentido de dar uma maior liberdade aos (as) inquiridos (as), proporcionando-lhes a possibilidade de se abster na sua opinião, foi ainda acrescentada em algumas questões a categoria “ Não sabe”.

3º Grupo de questões- Na fase final do questionário, conforme já referido, tivemos o cuidado de deixar um espaço para que os (as) inquiridos (as) pudessem livremente expressar a sua opinião sobre a temática em análise.

70 3.1.5. A População Alvo

Para efeitos deste estudo, definimos como população alvo os municípios portugueses com plano para a igualdade implementado.

Neste sentido, e dada a falta de informação de forma agregada de quais os municípios com planos para a igualdade implementados, solicitados apoio e colaboração à CIG.

Neste seguimento, em 24 Fevereiro, 2014, foi-nos facultada uma listagem, dos municípios nacionais com planos municipais aprovados, no âmbito da execução da Medida 17 “Promover a elaboração e a aprovação de planos municipais para a igualdade”, integrada na Área estratégica nº1- “Integração da Dimensão de Género na Administração Pública, Central e Local, como Requisito de Boa Governação”, nomeadamente através de financiamentos da tipologia 7.2 do eixo n.º 7 do POPH.

De salientar a referência de que, apenas constava desta listagem os Planos que a CIG tinha conhecimento e que estavam de acordo com as normas metodológicas do Guia para o Combate à Discriminação nos Municípios- IGOT/CIG. Foi referido ainda que as candidaturas aprovadas no âmbito da Tipologia de Apoio 7.2 do POPH, apenas são contabilizadas pela CIG, e integradas nesta listagem, quando derem origem ao produto final, portanto à efetiva implementação de um Plano.

Portanto, de acordo com a informação, gentilmente disponibilizada pela CIG, a nossa população alvo, incidiu sobre os 49 municípios portugueses que implementaram planos para a Igualdade, conforme tabela infra.

71 Quadro nº 3- Municípios com Planos Municipais para a Igualdade de Género aprovados.

Planos Municipais Aprovados Distrito Nut III

1 Abrantes Santarém Centro

2 Alcanena Santarém Centro

3 Alcobaça Leiria Centro

4 Alenquer Lisboa Centro

5 Alvito Beja Alentejo

6 Amarante Porto Norte

7 Arruda dos Vinhos Lisboa Centro

8 Barreiro Setúbal Lisboa

9 Cascais Lisboa Lisboa

10 Cuba Beja Alentejo

11 Fafe Braga Norte

12 Felgueiras Porto Norte

13 Figueira da Foz Coimbra Centro

14 Fundão Castelo Branco Centro

15 Gondomar Porto Norte

16 Guarda Guarda Centro

17 Ílhavo Aveiro Centro

18 Loures Lisboa Lisboa

19 Lourinhã Lisboa Centro

20 Lousã Coimbra Centro

21 Macedo de Cavaleiros Bragança Norte

22 Mangualde Viseu Centro

23 Matosinhos Porto Norte

24 Mértola Beja Alentejo

25 Montijo Setúbal Lisboa

26 Moura Beja Alentejo

27 Nazaré Leiria Centro

28 Óbidos Leiria Centro

29 Odemira Beja Alentejo

30 Odivelas Lisboa Lisboa

31 Oeiras Lisboa Lisboa

32 Ourém Santarém Centro

33 Ponte da Barca Viana do Castelo Norte

34 Póvoa do Lanhoso Braga Norte

35 Resende Viseu Centro

36 Sabugal Guarda Centro

37 Santa Maria da Feira Aveiro Centro

38 Seixal Setúbal Lisboa

39 Sobral de Monte Agraço Lisboa Centro

40 Torres Vedras Lisboa Lisboa

41 Trofa Porto Norte

42 Valongo Porto Norte

43 Vagos Aveiro Centro

44 Vidigueira Beja Alentejo

45 Vila Franca de Xira Lisboa Lisboa

46 Vila Nova de Paiva Viseu Centro

47 Vila Verde Braga Norte

48 Vizela Braga Norte

49 Vouzela Viseu Centro

72 Da análise inicial dos dados facultados pela CIG, e conforme refletido no quadro infra, podemos verificar que a região NUT II Centro, foi a mais dinâmica, no que concerne à Implementação de Planos para a Igualdade, sendo que foram implementados planos em 22 municípios, pertencentes a 8 diferentes distritos.

De destacar também a inexistência de implementação (pelo menos reportado e constante dos dados da CIG),de quaisquer planos na NUT II do Algarve, assim como nas regiões autónomas da Madeira e dos Açores.

Quadro nº 4 - Implementação de Planos para a Igualdade por NUT II

Região

Nº de Municípios com Planos para a

Igualdade Implementados Nº de Distritos % NUTII Norte 12 4 24,49% NUTII Centro 22 8 44,90% NUT II Lisboa 9 2 18,37% NUT II Alentejo 6 1 12,24% NUT II Algarve 0 0 0,00%

Região Autónoma dos Açores 0 0 0,00% Região Autónoma da Madeira 0 0 0,00%

TOTAL 49 15 100,00%

Fonte: Elaboração Própria,2015

Os questionários em causa foram destinados às chefias dos diferentes departamentos e seções dos municípios. Consideramos que as chefias, enquanto elementos responsáveis por uma equipa interna em cada município respetivamente, seriam os elementos mais indicados para se pronunciar, quer em termos de uma autoanálise, quer pelos subalternos que estarão sob a sua responsabilidade.

73 Capitulo 4 – A recolha e tratamento dos dados