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Explique 0 seu conteúdo, evidenciando a crítica que encerram 3 Clarifique a importância do espelho que será dado a Roma pelo Tempo.

 1 Leia, atentamente, o excerto do Auto da Feira que se segue.

2. Releia os versos 38 a 40.

2.1. Explique 0 seu conteúdo, evidenciando a crítica que encerram 3 Clarifique a importância do espelho que será dado a Roma pelo Tempo.

A -2

Leia, atentamente, o excerto da Farsa de Inês Pereira que se segue.

[Pero vai-se, dizendo] [Vai-se Pero Marques e diz] Inês Pereira:

(Estas vos são elas a vós: anda homem a gastar calçado, e quando cuida que é aviado, Escarnefucham1 de vós!

Não sei se fica lá a pea... Pardeus! Bom ia eu à aldeia!)

[voltando atrás]

Senhora, cá fica 0 fato2?

Inês Olhai se 0 levou o gato... Pero Inda não tendes candea3?

Ponho per cajo4 que alguém

vem como eu vim agora, e vos acha só a tal hora: parece-vos que será bem? Ficai-vos ora com Deos: çarrai a porta sobre vós com vossa candeazinha. E sicais5 sereis vós minha,

entonces veremos nós...

M ã e

Inês 30 Mãe

Pessoa conheço eu

que levara outro caminho... Casai lá com um vilãzinho, mais covarde que um judeu! Se fora outro homem agora, e me topara a tal hora, estando assi às escuras, falara-me mil doçuras, ainda que mais não fora...

[torna a Mãe e diz]

Pero Marques foi-se já? Pera que era ele aqui? E não t’agrada ele a ti?

EDITAVEl

05. T E S T E S DE A V ALIAÇ ÃO

Inês Vá-se muitieramá6!

Que sempre disse e direi: mãe, eu me não casarei senão com homem discreto7, e assi vo-lo prometo

ou antes o leixarei.

Que seja homem mal feito, feo, pobre, sem feição, como tiver descrição,

não lhe quero mais proveito. E saiba tanger viola,

e coma eu pão e cebola. Siquer ua canteguinha! Discreto, feito em farinha, porque isto me degola.8

Mãe Sempre tu hás-de bailar

e sempre ele há-de tanger? Se não tiveres que comer, o tanger te há-de fartar?

50 Inês Cada louco com sua teima.

Com ua borda de boleima9

E ua vez d’água fria, não quero mais cada dia.

Gil Vicente, Farsa de Inês Pereira, in António José Saraiva (apresentação e leitura), Teatro de Gil Vicente, ed. revista, Lisboa, Dinalivro, 1988, pp. 176-178.

1 escarnecem; 2 fato é um a palavra do vocabulário dos pastores que designa os objetos de uso pessoal; 3 candeia (Pero espanta-se por ser escuro e Inês não ter acendido “um a luz"; 4 suponham os; 5 se por ventura; 6 em m á hora; 7 qualidade do que possui as virtudes palacianas - saber, educação, finura, etc.; 8 é disso que eu gosto, sou doida por isso; 9 um bocado de bolo.

Apresente, de forma bem estruturada, as suas respostas aos itens que se seguem. 1. Explicite 0 conteúdo dos versos parentéticos da primeira estrofe.

2. Releia os versos 23 a 27.

2.1. Comente as palavras de Inês Pereira, evidenciando a crítica que encerram.

3. Trace 0 retrato do homem que Inês Pereira pretende para marido, fundamentando a sua resposta com citações textuais pertinentes,

B

Leia 0 seguinte excerto da Crónica de D. João I, de Fernão Lopes.

O

Soarom as vozes do arroido pela cidade ouvindo todos braadar que matavom o Meestre; e assi como viuva que rei nom tiinha, e como se lhe este ficara em logo1 de marido, se moverom todos

com mão armada, correndo a pressa pera u2 deziam que se esto fazia, por lhe darem vida e escusar

morte. Alvoro Paaez nom quedava3 d‘ ir pera alá4, braadando a todos:

5 - Acorramos ao Meestre, amigos, acorramos ao Meestre que matam sem por quê!

A gente começou de se juntar a ele, e era tanta que era estranha cousa de veer. Nom cabiam pelas ruas principaes, e atravessavom logares escusos, desejando cada uu de seer o primeiro; e pre- guntando uus aos outros quem matava o Meestre, nom minguava5 quem responder que o matava

0 Conde Joam Fernandez, per mandado da Rainha.

10 E per voontade de Deos todos feitos duu coraçom6 com talente7 de o vingar, como forom8 aas

portas do Paaço que eram já çarradas, ante que chegassem, com espantosas palavras começarom de dizer:

- U matom o Meestre? que é do Meestre? quem çarrou estas portas?

Ali eram ouvidos braados de desvairadas maneiras. Taes i havia que certeficavom que o Meestre 15 era morto, pois as portas estavom çarradas, dizendo que as britassem9 pera entrar dentro, e veeriam

que era do Meestre, ou que cousa era aquela.

mrlm

E . T E S T E S D E A V ALIAÇ ÃO

Deles10 braadavom por lenha, e que veesse lume pera poerem fogo aos Paaços, e queimar o tree-

dor11 e a aleivosa12. Outros se aficavom13 pedindo escaadas pera sobir acima, pera veerem que era do

Meestre; e em todo isto era o arroido atam grande que se nom entendiam uus com os outros, nem 20 determinavom neua cousa. E nom soomente era isto aa porta dos Paaços, mas ainda arredor deles per u homeês e molheres podiam estar. Úas viinham com feixes de lenha, outras tragiam carqueija pera acender o fogo cuidando queimar o muro dos Paaços com ela, dizendo muitos doestos14 contra

a Rainha.

De cima nom minguava quem braadar que o Meestre era vivo, e o Conde Joam Fernandez morto; 25 mas isto nom queria neuu creer, dizendo:

- Pois se vivo é, mostrae-no-lo e vee-lo-emos.

Fem ão Lopes, in Teresa Am ado (apresentação crítica, seleção, notas e sugestões para análise literária), Crónica de D. João I de Femão Lopes (textos escolhidos), ed. revista., Lisboa, Editorial Comunicação, 1992, pp. 96-98.

1 em lugar de; 2 onde; 3 não parava; 4 lá; 5 não faltava; 6 todos feitos duu coraçom: todos anim ados pela m esm a coragem; 7 desejo; 8 comoforom-, logo que chegaram; 9 arrom b assem ;10 alguns d e le s;11 traid or;12 adultera (alusão a D. Leonor Teles); 13 in sistiam ;14 insultos

Apresente, de forma bem estruturada, as respostas aos itens que se seguem,

4. Transcreva dois segmentos exemplificativos da sensação auditiva e dois que exemplifiquem a sen­

sação visual, comentando 0 seu valor expressivo.

5. Clarifique 0 modo de sentir do povo relativamente ao Mestre e à rainha, fundamentando a sua res­

posta com citações textuais pertinentes.

Leia atentamente o texto.

GRUPOU

Como melhorar o meu cérebro

E m Lucy, a h e r o ín a d o f ilm e s e n s a ç ã o d o m o m e n t o g a n h a s u p e r p o d e r e s a o c o n s e g u ir u s a r 1 0 0 % d a s u a c a p a c id a d e c e re b r a l. S a ib a c o m o o s o n o , a a lim e n t a ç ã o , m e d ic a m e n t o s e 0 e x e r c íc io f ís ic o e m e n t a l n o s p o d e m a ju d a r a m o d e la r a in t e lig ê n c ia .

É difícil não acreditar em Morgan Freeman. [...]. Mas a sua afirmação, que dá o mote ao filme

5 Lucy , [...] de que só usamos 10% da nossa capacidade cerebral, não podia estar mais errada. “É 0

maior mito urbano que existe”, sublinha Tiago Reis Marques, 37 anos, psiquiatra e investigador do Kings College, em Londres. O médico, que trabalha num dos maiores institutos do mundo na área das neurociências, está farto de desconstruir esta falsa ideia. [...]

Afinal, 0 cérebro representa 3% do peso do corpo, consumindo 20% da sua energia. Só pode

10 estar a fazer alguma coisa! “Essa ideia, errada, também se alimenta do facto de, em exames ao

cérebro, só uma parte parecer ativa, a funcionar. O que acontece é que, tal como num computador, boa parte do órgão é constituído por sistemas de apoio, como vias de transmissão da informação, que circula de um lado para o outro”, continua o médico.

Mas uma coisa está certa, no filme de Luc Besson, em que a protagonista ingere uma droga, is aumentando, assim, a sua capacidade cognitiva e alcançando superpoderes: é possível aumentar a

capacidade do nosso cérebro. Uma melhoria que até já vem acontecendo.

É bastante claro que os seres humanos estão a ficar mais inteligentes. A conclusão, extraída da análise dos resultados dos testes de Q. I. (Quociente de Inteligência), não é nada mais que o reflexo da escolarização cada vez mais generalizada e precoce - a educação revela-se, efetivamente, o mais

20 poderoso método de aumentar a nossa capacidade cerebral. EOI TÂVEL

03. T E S T E S D E AV A LIA Ç Ã O

Mas há outros. A Ciência tem vindo a desenvolver medicamentos, chips, campos eletromagnéti­ cos, estimulação elétrica, entre outras tecnologias, para tratar patologias neuronais, como a doença de Alzheimer ou a depressão. [...] “O aumento cognitivo é uma inevitabilidade”, afirma João Relvas, neurocientista do Instituto de Biologia Molecular e Celular da Universidade do Porto. [...]

25 De todas as causas da perda de memória, o sono, ou a falta dele, é a mais fácil de alterar. Hoje é ponto assente: dormir bem é essencial para a aprendizagem e a formação de memórias. E este efeito produz-se de duas formas. Por um lado, uma boa noite de sono é fundamental para que se possa aprender. Por outro lado, é durante a noite que o cérebro processa as informações captadas durante o dia, armazenando-as. Num estudo publicado na revista Science, no passado mês de ju-

30 lho, cientistas americanos e chineses viram este processo de formação de memórias a acontecer

em ratinhos. [...]

Num trabalho gigantesco que seguiu mais de um milhão de pessoas, ao longo de seis anos, concluiu-se que a menor mortalidade estava entre as pessoas que dormiam de 6,5 a 7,4 horas. [...] Num estudo publicado na revista Frontiers in Human Neuroscience concluiu-se que 0 desempenho 35 cognitivo dos voluntários ia aumentando à medida que as pessoas dormiam mais, atingindo um

pico nas sete horas.

Sara Sá, in Visão n.° 112 3 ,11 a 17 de setembro de 2014, pp. 62-64 (adaptado).

1. Para responder a cada um dos itens de 1 .1. a 1.7., selecione a opção correta. 1.1. No que se refere ao funcionamento do cérebro, Tiago Reis Marques afirma que

(A) só cerca de 10% da sua capacidade é utilizada.

(B) uma parte está ativa, mas a restante funciona como sistema de apoio a outros órgãos. (C) este consome cerca de 20% da sua própria energia.

(D) não será possível aumentar a sua capacidade.

1.2. A capacidade cognitiva do ser humano poderá ser aumentada através

(A) de métodos cujo desenvolvimento se deve exclusivamente à investigação científica. (B) do aumento de número de horas de sono e da qualidade do mesmo.

( 0 da escolarização, mas também dos componentes desenvolvidos pela ciência. (D) do incremento da escolaridade e do aumento de número de horas de sono.

1.3. 0 constituinte sublinhado em "Essa ideia, errada" (l. 10) desempenha a função sintática de (A) modificador do nome apositivo,

(B) modificador do nome restritivo. (C) complemento direto.

(D) predicativo do sujeito.

1.4. 0 articulador "tal como" (l. l l ) estabelece entre as duas frases uma relação (A) causal.

(B) co m p a ra tiva . ( 0 concessiva. (D) consecutiva.

EDI TAVEL

03. TESTES DE AVALIAÇÃO 1.5. A r e la ç ã o q u e se e s t a b e le c e e n tre os t e r m o s “ m e d ic in a " e " m e d ic a m e n to s " , “ p a to lo g ia s n e u ro - nais", " n e u r o c ie n tis ta " d e n o m in a - s e (A) sinonímia. CB) a n to n ím ia . (C) c a m p o s e m â n tic o . {D) c a m p o le x ic a l.

1.6. No segmento “a mais fácil de alterar" (l. 25), o adjetivo encontra-se no grau (Â) comparativo de superioridade.

íB) s u p e r la t iv o a b s o lu to s in té tic o . (C) s u p e r la t iv o r e la tiv o de s u p e rio rid a d e . CD) s u p e r la t iv o a b s o lu to a n a lític o .

1.7. O segmento "que dormiam de 6,5 a 7,4 horas" (l. 33) corresponde a uma oração subordinada CA) s u b s ta n tiv a c o m p le tiv a .

CB) a d je tiv a re la tiv a r e s tr itiv a . CC) a d je tiv a re la tiv a e x p lic a tiv a . (D) a d v e r b ia l c o n s e c u tiv a .

2, R e s p o n d a de fo r m a c o r r e ta a o s ite n s s e g u in te s .

2.1. Indique o referente do determinante "sua” em "sua capacidade", (i. 2) 2.2. Identifique o processo de formação da palavra “neurociências".

2.3. I n d iq u e a fu n ç ã o s in tá tic a da o r a ç ã o s u b o rd in a d a p re s e n te em “ É b a s ta n te c la r o qu e o s s e r e s h u m a n o s e s tã o a f ic a r m a is in te lig e n te s " . (1.17)

[!E

Considere o texto apresentado em I I de “E bastante claro" (l. 17) até ao final.

R e d ija a s ín te s e d e s ta s e q u ê n c ia n u m t e x to c o r r e to e c o e re n te , c o n te n d o e n tre 65 e 75 p a la v ra s . O b s e rv e a s s e g u in te s o rie n ta ç õ e s :

• r e s p e ite a s id e ia s do te x to ;

• e v ite o d e c a lq u e do te x to de p a rtid a ;

• utilize linguagem própria;

e re s p e ite o lim it e de p a la v r a s p ro p o s to ,

E D I T A V E L

Leia, agora, o excerto apresentado.

Vai Lianor Vaz por Pero Marques, efica Inês (Não lhe quero mais saber,

Inês Pereira só, dizendo: já me quero contentar...)

Andar1! Pero Marques seja. Lia. Ora dai-me essa mão cá. Quero tomar por esposo 2 0 Sabeis as palavras, si?

quem se tenha por ditoso Pero Ensinaram-mas a mi,

de cada vez que me veja. perém esquecem-me já...

5 Por usar de siso mero,2 Lia. Ora dizei como digo.

asno que me leve quero, Pero E tendes vós aqui trigo

e não cavalo folão3. 2 5 pera nos jeitar por cima5?

Antes lebre que leão, Lia. Inda é cedo... Como rima6! antes lavrador que Nero. Pero Soma, vós casais comigo,

Vem Lianor Vaz com Pero Marques e diz e eu com vosco, pardelhas7!

Lianor Vaz: Não compre aqui mais falar.

3 0 E quando vos eu negar

io Lia. No mais cerimónias agora; que me cortem as orelhas.

abraçai Inês Pereira Lia. Vou-me, ficai-vos embora.

por mulher e por parceira.

Pero Há homem empacho, má ora,4

quant’a dizer abraçar... is Depois que a eu usar

entonces poderá ser.

Gil Vicente, Farsa de Inês Pereira, in António José Saraiva (apresentação e leitura),

Teatro de Gil Vicente, ed. revista, Lisboa, Dinalivro, 1988, pp. 198-199.

1 adiante!; 2 para proceder com todo o juízo; 3fogoso; 4 sente-se um hom em atrapalhado, que diabo!; 5 alusão a um antigo costume de lançar grãos de trigo sobre os noivos; 6 que disparate; 7 (o m esm o que pardeos) interjeição “por Deus!”

Apresente, de forma bem estruturada, as respostas aos itens que se seguem.

4. Indique três aspetos que Levam Inês Pereira a aceitar Pero Marques como marido, fundamentando a sua resposta com citações textuais pertinentes.

5. Relacione o conteúdo dos versos parentéticos (ll. 17-18) com a réplica de Pero Marques que os ante­ cede.

E DI TAVEl

03. TESTES DE AVALIAÇÃO

GRUPOU