• Nenhum resultado encontrado

Responda aos itens a seguir apresentados.

GRUPO II Leia 0 seguinte texto.

As 7 coisas mais originais que apareceram, em Lisboa e no Porto, em

2. Responda aos itens a seguir apresentados.

2.1. Classifique a oração “que a autarquia permitiu transform ar em tela gigante" ( ll. 1 9 - 2 0 ) .

2.2. Identifique o processo irregular de formação configurado no vocábulo “graffiters” (l. 21). a

2.3. Indique a função sintática do grupo sublinhado em "Entre os vários momentos altos do ano, esteve, também, a exposição de dezenas de artistas no edifício AXA" ( ll. 22-23).

GRUPO III

Os Descobrimentos portugueses foram de importância capital para o desenvolvimento de conhecimen­ tos a vários níveis.

Num texto expositivo, entre 150 a 180 palavras, refira-se à importância das descobertas portuguesas para o alargamento do conhecimento ao nível da geografia, das técnicas e instrumentos de navegação, bem como da fauna e da flora de diferentes regiões do globo.

Atente nos aspetos que deverá abordar: Introdução

- justificação para a expansão marítima. Desenvolvimento

- evolução da arte de marear, de instrumentos de navegação e da construção naval;

- conhecimento de novos fenómenos naturais, novos territórios, novas faunas e floras, novos hábitos ou culturas.

Conclusão

- aproximação entre povos e territórios graças à expansão marítima.

E D I T A V E L

03. T E S T E S D E A V A L I A Ç Ã O

A Leia as estâncias seguintes, pertencentes ao canto IX.

88

Assi a fermosa e a forte companhia O dia quási todo estão passando Nua alma1, doce, incógnita alegria, Os trabalhos tão longos compensando. Porque dos feitos grandes, da ousadia Forte e famosa, o mundo está guardando O prémio lá no fim, bem merecido, Com fama grande e nome alto e subido. 89

Que as Ninfas do Oceano, tão fermosas, Tétis* 1 2 e a Ilha angélica pintada,

Outra cousa não é que as deleitosas Honras que a vida fazem sublimada. Aquelas preminências gloriosas, Os triunfos, a fronte coroada

De palma e louro, a glória e maravilha3, Estes são os deleites desta Ilha.

90

Que as imortalidades4 que fingia5 A antiguidade, que os Ilustres ama, Lá no estelante6 Olimpo, a quem subia Sobre as asas ínclitas da Fama,

Por obras valerosas que fazia, Pelo trabalho imenso que se chama Caminho da virtude, alto e fragoso7, Mas, no fim, doce, alegre e deleitoso,

91

Não eram senão prémios que reparte, Por feitos imortais e soberanos,

O mundo cos varões que esforço e arte Divinos os fizeram, sendo humanos. Que Júpiter, Mercúrio, Febo8 e Marte, Eneas e Quirino9 e os dous Tebanos10, Ceres, Palas e Juno com Diana,

Todos foram de fraca carne humana.

Luís de Camões, Os Lusíadas ((leitura, prefácio e notas de A. J. Costa Pimpão), 4.a ed., Lisboa, Instituto Camões - Ministério dos Negócios Estrangeiros, 2000.

1 reconfortante, santa; 2 deusa do mar, esposa do Oceano; 3 admiração; 4 condição de imortal; 5 inventava; 6 constelado; 7 pedregoso; 8 Apoio; 9 R ó m u lo ;10 Hércules e Baco

Responda de forma completa aos itens seguintes.

1. Indique 0 local onde se encontram os navegadores portugueses, justificando a sua paragem nesta região.

2. Explique o sentido alegórico deste momento textual.

3. Justifique a referência aos deuses pagãos na última estrofe.

.SENTIDOS 10 ■ Livro de Testes • A S A

E DI TAV E l fOTOCOPlÀVEl 7 3

B Leia o texto seguinte.

Carregada a nau de muita fazenda no belo porto de Olinda, deu à vela com o vento em popa a 16 de maio de 65. Não eram ainda bem saídos da barra quando se acalmou 0 vento com que partiram; logo depois se lhes tornou contrário, os levou de través e os atirou para um baixo, onde permanece­ ram por quatro marés e se viram em risco de se perderem, o que lhes teria sem dúvida acontecido s se fossem então os mares mais grossos.

Acudiram-lhes com presteza muitos batéis, que lograram salvar a gente toda e a maior parte da carregação. Porém, nem assim descarregada se desencalhou, pelo que decidiram cortar os mastros; então, nadou e saiu dos baixos.

Tornada a nau ao porto da vila, foi examinada por oficiais para verem se poderia seguir viagem; 'o e, por acharem que não recebera dano que a impossibilitasse para a navegação, se tornou a preparar

e a carregar.

Vários amigos de Albuquerque Coelho, vendo que ele pensava em reembarcar na nau, quiseram dissuadi-lo de tal proceder pelos maus princípios que já tivera; mas nem ele, nem os demais pas­ sageiros quiseram dar ouvidos a tais prognósticos, e tornaram a embarcar na “Santo António”, que is largou enfim da vila de Olinda a 29 de junho de 65.

Cinco dias depois da largada mudou o vento de maneira súbita, tornando-se tão contrário e de tal violência que trataram de alijar1 fazenda ao mar, por isso que a nau lhes mareava* 2 mal, pela muita carga com que dali partira. Pela tarde piorou ainda e o casco3 abriu água. Davam à bomba continuamente, às seis mil zonchaduras4 entre noite e dia. Pouco depois, um pé de vento quebrou 2° o gurupés5.

Finalmente, já nos doze graus de latitude norte, o vento acalmou. Andaram dezanove dias em calmarias, acompanhadas de trovoadas. Resolveram, então, demandar5 uma das ilhas de Cabo Ver­ de, em cuja latitude se encontravam para tirarem a água que no navio entrava e repararem a avaria do gurupés.

História Trágico-Marítima - narrativa de naufrágios da época dos Descobrimentos

(adaptação de António Sérgio e ilustrações de André Letria), Lisboa, Sá da Costa Editora, Edição Expresso, 2008, pp. 126-127. 03. T E S T E S D E A V A L I A Ç Ã O ________________________________________________________________________________ ____ ____________________________________ ________

1 tirar ou deitar fora; 2 andava; governava; 3 parte do navio que assenta na água; 4 operação de levantar o zoncho ou o êmbolo da bomba do navio, para fazer subir a água; 5 mastro colocado na extremidade da proa, para diante, formando com a horizontal um ângulo de 30 a 40 graus; 6 procurar

Apresente, de forma bem estruturada, as respostas aos itens que se seguem.

4, Explique o que aconteceu à nau que partira do porto de Olinda, referindo-se ao modo como foi recu­ perada.

5. Justifique a paragem numa das ilhas de Cabo Verde.

EDI TAVEL

03. T E S T E S D E A V A L I A Ç Ã O

GRUPOU Inventar-se no Equador

Viajar serve também para perceber quem somos, o que nos diferencia, o que nos pertence e, pelo contrário, o que é apenas tomado de empréstimo de outros. Pergunto-me que revelação será para um francês comer os queijos italianos e beber os vinhos sul-africanos: "Afinal, não somos os melhores do mundo”, terá ele de concluir. Se tiver capacidade para isso.

5 Um dos lugares-comuns que nós, os portugueses, temos sobre nós próprios é que somos uma

nação de poetas. Talvez sim, mas não mais do que os chilenos, com dois poetas distinguidos com o Prémio Nobel; ou do que os italianos, com outros dois Nobel e provavelmente o maior poeta de todos os tempos, Dante; não para os ingleses, que dizem isso de Shakespeare. Os húngaros con­ sideram os seus poetas heróis nacionais e os chineses cultivam a poesia há milénios, e os persas, io já que lhes é proibido o vinho, escrevem poesia que o exalta.

Mas não quero falar desse lugar-comum. Interessa-me hoje outro: o de que nós, os portugue­ ses, somos extremamente criativos e desenrascados, que sabemos sempre dar a volta ao bico do prego, que temos uma capacidade acima da média internacional para inventar soluções, para os problemas que nos afligem. Uma voltinha pelo Equador, esse país com um pé em cada hemisfério

15 e a cabeça acima das nuvens, faz-me pensar que não há nada como viajar para questionar certos

lugares-comuns nacionais.

Passear a pé pelas ruas de Quito, a capital da nação sul-americana, ou de Guayaquil, o seu m o­ tor económico, é revelador. Nunca vi em Portugal nada que se assemelhe à enorme inventividade, imaginação e esperteza desta gente desesperada por chegar ao fim do dia com algo na barriga. Bem 20 se diz que a necessidade aguça o engenho, e o engenho dos equadorenhos é notável.

Cada esquina, cada semáforo, cada arcada apresenta uma nova solução para o velho problema de ganhar a vida. Inventa-se em todo o lado uma ocupação, uma fonte de rendimentos, um modo de arranjar uns trocos. O nível de receitas é quase sempre mínimo, e pergunto-me como é possível viver com tão pouco. Mas é uma pergunta banal, típica de um europeu que observa a vida dos sul- 25 -americanos. Eles perguntariam como podemos viver nós com tanto, e perguntariam, sobretudo:

Para quê?

Gonçalo Cadilhe, Encontros Marcados, Lisboa, Clube do Autor, SA, 2011, pp. 39-40.

O

1. Para responder a cada um dos itens de 1.1. a 1.7., seLecione a opção correta. 1.1. De acordo com o conteúdo dos dois primeiros parágrafos, os portugueses

(A) têm razão para se acharem superiores, ao nível da Literatura. (B) possuem o mesmo valor que outros povos em termos literários. (C) receberam o mesmo número de prémios Nobel que os italianos. (D) manifestaram a sua inferioridade relativamente aos italianos.

1.2. Atendendo ao conteúdo do terceiro parágrafo, e segundo o autor, há um outro Lugar-comum característico dos portugueses que

(A) corresponde, realmente, à verdade. (B) permite salientar a sua supremacia. (C) merece ser questionado/desmistificado. (D) inviabiliza a criatividade dos outros.

E D I T A V E l SENTIDOS 10 • Livro de Testes • A S A

B . T E S T E S D E A V A L I A Ç Ã O

1.3. A ideia de superioridade dos portugueses é

(A) comprovada nos dois últimos parágrafos do excerto,

(B) questionável, quando se passa pela capital do Equador. (C) comparável às dos equadorenhos, de Quito.

(D) devida à sua capacidade para inventar.

1.4. O vocábulo "Viajar" (l. l), quanto ao processo de formação, exemplifica um caso de (A) composição morfológica.

(B) derivação por parassíntese. (C) composição morfossintática. (D) derivação por conversão.

1.5. A oração “que revelação será para um francês...” (ll. 2-3) classifica-se como subordinada

(A) substantiva completiva.

(B) substantiva relativa.

(C) adjetiva relativa restritiva. (D) adjetiva relativa explicativa,

1.6. O grupo nominal "uma nação de poetas" (ll. 5-6) desempenha a função sintática de

(A) sujeito.

(B) complemento direto.

(C) predicativo do sujeito. j

(D) predicativo do complemento direto.

1.7. O conector "ou” (L. 7), no contexto em que surge, adquire um valor

(A) disjuntivo. (B) aditivo. (C) explicativo. (D) adversativo.