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ma equipe de handebol completa é composta de 12 jogadores. Na quadra de jogo não podem estar presentes mais do que sete jogadores ao mesmo tempo. Os demais são os substitutos (reservas). Em todo o tempo de um jogo de handebol deverá ter em quadra um jogador de cada equipe designado como goleiro. Para o início de uma partida são necessários, no mínimo, 5 jogadores em quadra, um deles exclusivamente na função de goleiro. Todos os jogadores de uma equipe poderão, a qualquer momento do jogo, ocupar qualquer posição em quadra, inclusive a do goleiro, e o goleiro por sua vez poderá jogar na linha.

Para que um jogador ocupe a função de goleiro (ou vice-versa), em qualquer momen- to do jogo, ele deve respeitar as regras de:

Substituições;

Equipamentos de jogadores.

a) SUBSTITUIÇÃO: Uma SUBSTITUIÇÃO pode ser realizada a qualquer momento no jogo e sem a necessidade de avisar a nenhum dos membros da equipe de arbitragem, nem mesmo ao secretários e cronometristas nem mesmo no momento de um tiro de sete metros. A principal regra a ser respeitada é a de que o jogador que está saindo do jogo deve estar TOTALMENTEfora de quadra, inclusive não estando em contato com a linha late- ral que também faz parte da quadra de jogo, para que o jogador substituto possa entrar na quadra. Todas as entradas e saídas de jogadores de quadra são consideradas como substituições, e elas só podem acontecer na própria zona de substituição que fica na frente de cada bancos de reservas, marcada na linha lateral a 4,5 metros da linha central. Os atletas devem respeitar essas regras durante todo o tempo de jogo inclusive durante o time-out (parada de tempo). Somente durante o tempo-técnico, em que os dirigentes instruem seus atletas, é que eles poderão sair e entrar na quadra de jogo próximo do banco de reservas sem nenhuma conseqüência. Quando um atleta não respeitar esta regra, ele será punido com uma exclusão ficando 2 minutos fora da partida. Se a equipe do jogador excluído por um erro de substituição, estiver com a posse da bola no momen- to do erro de substituição (exceto para a execução de um tiro), será dado a outra equipe um tiro livre no local da zona de substituição.

b) EQUIPAMENTOS: A outra regra que os jogadores de Handebol devem respeitar para ocuparem outras posições em quadra refere-se aos EQUIPAMENTOSdos atletas. O uniforme que o atleta utiliza é que vai definir de certa forma sua função, posição dentro de qua- dra. Os atletas de uma mesma equipe devem usar uniformes idênticos, mas de cores bem diferentes dos jogadores de linha adversários, e do seu goleiro e também do goleiro da outra equipe. O atleta que estiver cumprindo a função de goleiro deverá usar vestimen- tas que o diferenciem dos seus companheiros de equipe, dos jogadores de quadra e do(s)

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goleiro (s) da outra equipe. Todos os uniformes devem ser numerados nas costas e na frente com cores que contrastem com a(s) core(s) do uniforme. A cor do uniforme preto é primariamente reservada aos árbitros. As federações internacional (IHF), nacional (CBHb) e estaduais, já estão adotando outras cores de uniformes para seus árbitros, o que pode- rá facilitar para o cumprimento das regras de não haver coincidências de cores dos uniformes dos atletas entre si e para com a arbitragem. As regras oficiais são omissas no item de qual equipe deve trocar os uniforme em caso de serem de cores ou padrão que confundem. Este assunto normalmente consta no regulamento das competições. Caso não conste, os árbitros deverão fazer um sorteio para definir qual equipe deverá trocar os uniformes, inclusive se houver coincidências de cores entre os goleiros das duas equipes. Se por exemplo, uma equipe chega à quadra com uniforme que confunde com o uniforme da arbitragem, e se a equipe chegou no horário hábil para o preenchimento da súmula e para a troca de uniformes, os árbitros, como são em menor número e já devem estar prontos para o início da partida, trocam seu uniforme. Mas se a equipe chega já em cima do horário para o início da partida e se os árbitros estiverem de uniforme preto, os mesmos podem fazer valer a regra que diz que a cor preta é reservada a eles e não trocarem suas camisas para também cumprirem o horário de início do jogo. Essa necessi- dade de os atletas estarem de uniformes diferentes, inclusive os goleiros, é pelo fato de facilitar a identificação imediata dentro de quadra para o momento de um passe por exem- plo. Outro motivo é para diferenciação rápida das funções e das equipe pelos telespec- tadores em uma transmissão da televisão ou do próprio público presente no ginásio.

Assim, para um atleta que está jogando como jogador de quadra exercer a função de goleiro, ele deverá sair pela zona de substituição, vestir no mínimo uma camisa que o dife- rencie dos outros atletas com a mesma numeração e efetuar a substituição com o goleiro que está na quadra. Da mesma forma, se o atleta que estava cumprindo a função do goleiro for jogar na quadra ele deverá descaracteriza-se de goleiro e estar idêntico aos seus colegas de quadra estando autorizado a entrar em quadra como jogador de linha.

Ao atleta que estiver como goleiro cabe a função de defender a meta dos lançamen- tos que objetivem o gol. Para exercer essa função o goleiro tem um espaço reservado e exclusivo de atuação – a área de gol – que é definida por uma linha a 6 metros do gol. Dentro da área de gol, com objetivo de defesa, o goleiro poderá utilizar qualquer parte do corpo para evitar que a bola penetre nas balizas. Os movimento que os goleiros fizerem em tentativa de defesa ou não, dentro de sua área não podem colocar em perigo a saúde ou integridade física do adversário.

Os goleiros dentro da área de gol poderão movimentar-se com a bola livremente sem precisar de se preocupar com as regras referente ao: duplo drible – (quicar a bola, segurá- lá e quicá-la novamente no solo); e ou ficar mais de três segundos com a bola na mão; ou com o dar mais de três passos em posse de bola (andada). Estas regras só se aplicam aos jogadores de quadra. Mas quando o jogador que estiver como goleiro, estiver fora de sua área de gol e, mesmo uniformizado de goleiro, ele deverá respeitar todas as regras dos joga- dores de linha.

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Para o goleiro atuar como um jogador de quadra, ele deverá sair de sua área sem a bola e sem ter sido o último a tocar na bola de dentro da área (execução do tiro de meta), ou seja, se ele efetuou uma defesa e tem a posse da bola, deverá passá-la a um compa- nheiro, sair da área e lá fora ser um jogador de linha com os mesmos direitos que os outros e sujeito às mesmas regras que os joga- dores de quadra. Toda bola que o goleiro coloca em jogo é oriunda de um tiro de meta

( ver fotos de 1 a 5) , inclusive aquela que foi

defendida e jogada para fora da linha de fundo. Assim, se na execução de tiro de meta, a bola cai da mão do goleiro e ultrapassa a linha entre as balizas, não é considerado gol, pois não vale gol contra dos goleiros. Esta bola deverá ser colocada em jogo, após o apito do árbitro e antes dos três segundos que qualquer atleta tem par executar qualquer tiro precedido de um apito do árbitro. Vale ressaltar que o tiro de meta é o único tiro que se pode perder o contato com o solo no momento da execução ( foto 1) .

O goleiro será considerado fora da área de gol quando qualquer parte de seu corpo tocar o terreno de jogo. Fora da área de gol

ele poderá atuar em qualquer parte da quadra, inclusive passar do meio da quadra, fazer gol de qualquer parte da quadra e mesmo quando estiver dentro da sua área, lançar a bola para o gol adversário, bater tiro de sete metros, enfim, participar do jogo efetivamente com um sétimo jogador de ataque. Para retornar à sua área não poderá ter a posse da bola. Assim

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Foto 1 - Execução corretado tiro de meta Foto 2 - Execução corretado tiro de meta

Foto 3 - Execução incorretado tiro de meta

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ele terá o direito de continuar a jogar normal- mente.

Quando o goleiro efetua uma defesa dentro da área, e a bola sai da mesma sem ter sido jogada intencionalmente para fora, o goleiro poderá domina-la fora da área, mesmo tendo sido ele o último a ter tocado na bola dentro da ára. Caso o goleiro saia da área ou retorne para ela com a posse da bola, ou rece- ba um passe de seus companheiros de equipe estando dentro da área, deverá ser marcado um tiro livre para a equipe adversária. Esse tiro deverá ser cobrado fora da linha de 9 metros o mais próximo do local da infração.

A bola sempre que estiver parada ou rolando dentro da área de gol pertence ao goleiro. Se a bola estiver indo em direção à quadra de jogo, e um jogador adversário estiver aguar- dando-a imediatamente fora da área, o goleiro não poderá tocá-la com o pé ou a perna abaixo do joelho. Caso isso aconteça, será considerado tiro de sete metros por fazer fracas- sar uma clara chance de gol, atitude esta passiva de sanção/ punição. Da mesma forma quan- do “o goleiro saiu de sua área e um adversário, com a bola e o corpo controlados, que tem uma clara e desimpedida oportunidade de arremessar a bola dentro da baliza vazia”. (Clarificações das regras de jogo; 8).

Dentro da área de gol, a 4 metros da linha de fundo, existe uma linha de 15 centímetros que se chama linha de limitação do goleiro. Ela serve para marcar até onde o goleiro pode se posicionar no momento da execução de um tiro de sete metros ( foto 6) . Estando o goleiro até esta linha no momento do tiro de sete metros, estará sendo garantida a distância mínima de 3 metros do executante dos tiros conforme a regra 14.9 que diz que o tiro de sete metros será reco- brado, a não ser que um gol seja marcado, se o goleiro cruzar a linha de limitação, antes que a bola tenha saído da mão do executante; e também os companheiros do goleiro (jogadores defensores) devem permanecer fora da linha de tiro livre (linha tracejada ou de 9 metros) e a pelo menos 3 metros distantes da linha de 7 metros, até que a bola tenha saído da mão do execu- tante. Se eles não cumprirem isto, o tiro de sete metros será recobrado se ele não resultou em gol

(regra 14.8), pois desta forma a regra da vantagem será respeitada.

Quando em um tiro de sete metros, o técnico de uma equipe quiser fazer uma troca de goleiros, esta substituição deverá acontecer antes que o executante do tiro se posicione com a bola na mão para a execu- ção. Se houver tentativa de substituição após o posicionamento do atleta executante, será penalizada como atitude anti-desportiva, punida com advertência, e progressivamen- te, com uma exclusão de 2 minutos.

Foto 5 - Execução corretado tiro de meta

O MEDO,