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. Competências técnicas . Comunicação . Interdependência Tecnológica

FONTE: Nahapiet & Ghoshal (1998)

FONTES:

Tabela 4: Colaboração e Comportamentos Relacionados (Adaptado de DAVIS & SPEKMAN, 2000, p.234-235) Tabela 5: Condições e Análise dos Requisitos para o

Compartilhamento de Conhecimento (Adaptado de HUYSMAN, 2004) Figura 1-

Dimensões do Capital Social (NARAYAN & CASSIDY, 2001)

HABILIDADE COGNITIVA PARA COMPARTILHAR CONHECIMENTO . Relativa às Pessoas . Relativa à Organização . Relativa à Tecnologia FONTE: Tabela 5: Condições e Análise dos Requisitos para o Compartilhamento de Conhecimento (Adaptado de HUYSMAN, 2004) CAPITAL HUMANO CAPITAL ORGANIZACIONAL CAPITAL TECNOLÓGICO FONTES: Edvinsson (1997) e Spender (1996) (CAP. ESTRUTURAL) FONTES: Edvinsson (1997) e Spender (1996)

Para que se possa compreender a lógica do modelo teórico simplificado, apresentado como um esquema na Tabela 6, faz-se necessário ressaltar que ele traz as três dimensões, ou sub-construtos, do capital social, segundo Nahapiet & Ghoshal (1998), as quais podem ser caracterizadas por uma série de elementos estruturais, cognitivos e relacionais, assim como os respectivos comportamentos manifestados entre os participantes da estrutura de rede. Tais comportamentos estão presentes nos estudos citados e esquematizados nas Tabelas 1, 2, 3, 4 e 5, bem como na Figura 1.

O esquema indica, por meio da seta apontada para a direita entre o quadro dos comportamentos manifestos na interação em rede, que, por meio de processos de conversão de conhecimento, o capital intelectual das empresas sofre uma influência ou efeito, em função de certas condições para formação do capital intelectual presente nas empresas da rede. Por exemplo, se há uma série de condições estruturais na rede ou comportamentos que criem certo capital social, o capital intelectual das empresas sofre um acréscimo porque estão presentes a oportunidade estrutural e a motivação para troca de conhecimento na rede.

No conceito do modelo simplificado representado na Tabela 6, o capital intelectual criado pode ser do tipo humano, organizacional, tecnológico ou de relacionamento, sendo impreciso identificar qual tipo de capital intelectual seria resultado direto de cada sub- construto do capital social indicado. Contudo, é razoável, por indução, inferir-se que determinados tipos de capital intelectual sejam mais influenciados por uma dimensão ou outra do capital social. Por isso, as setas à direita do esquema relacionam a dimensão estrutural do capital social e a existência de oportunidade estrutural ao capital intelectual do tipo estrutural, o mesmo acontecendo com os demais tipos.

O capítulo 6, a seguir, explica esse processo de conversão de conhecimento em função das condições presentes na rede, ou seja, o capital social ali presente, para a formação de capital intelectual nas empresas participantes, à medida que o modelo é detalhado, com a identificação dos comportamentos e elementos presentes em cada sub-construto descrito.

Em resumo:

Este capítulo procurou conceituar redes estratégicas empresariais e discutir questões relevantes acerca da sua gestão, operacionalização e colaboração entre as firmas, para que possam compartilhar recursos e conhecimento, com fins ao crescimento de sua capacidade de atingir objetivos econômicos e melhorar o desempenho.

As redes estratégicas foram definidas como uma comunidade econômica, organizada numa estrutura topológica específica, na forma de uma rede de relacionamentos que unem os diversos “nós”, os participantes, nominalmente as empresas e os indivíduos que interagem competitiva ou colaborativamente e compartilham recursos operacionais, os clientes, os intermediários de mercado, os fornecedores, além da própria empresa. Como empresa focal, foi definida a empresa dominante e determinante dos padrões técnicos e de conduta num segmento ou subsistema do ambiente de negócios, ou seja, numa determinada rede pré-delimitada.

Neste contexto, tendo como pano de fundo a competição e a busca de resultados econômicos, a colaboração manifesta-se quando as firmas participantes de uma rede estratégica se relacionam com base em interdependência, complementaridade de competências, respeito às regras firmadas e confiança, com o propósito geral de obter melhores resultados comparativamente ao seu desempenho isolado. O atingimento dos

objetivos de uma rede estruturada seria, por fim, muito sensível à intensidade com que tais comportamentos colaborativos se manifestam, considerando-se a multiplicidade de formas com que as interações entre as firmas podem ocorrer e a grande quantidade de laços que podem surgir entre os participantes fixos ou temporários da rede.

Desenvolveu-se uma revisão teórica sobre capital social e capital intelectual, caracterizando-os em termos das dimensões com que se manifestam nas redes estratégicas e nas empresas, individualmente. O capital social foi definido como uma competência associada à capacidade das empresas manterem relacionamentos e gerarem algum tipo novo de conhecimento resultante da associação em rede e, o capital intelectual, por sua vez, associado à capacidade de aprendizagem e estruturação do conhecimento em sistemas e processos, para que possam ser convertidos em ação.

O descrito referencial traz a fundamentação teórica para a construção do modelo de análise descrito no capítulo a seguir. Com base nele, é possível expressar uma hipótese acerca da influência do capital social na formação de capital intelectual das empresas focais em redes estratégicas e elaborar dois construtos, capital social e capital intelectual, de modo a que o método da pesquisa seja desenhado com fins a testar tal hipótese em pesquisa de campo, fazendo uso dos elementos recolhidos no citado estudo de caso com múltiplas unidades de análise.

Foi feito um esquema resumido do modelo teórico utilizado na análise dos dados de pesquisa colhidos no campo, de modo a que seu entendimento fosse facilitado no desenrolar de sua formulação e detalhamento.

No próximo capítulo será, então, expressa a hipótese da pesquisa e construído teoricamente o modelo de análise utilizado para verificá-la.

Capítulo 3