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HIP HOP NA ESCOLA: PONTO DE PARTIDA DE UM DIÁLOGO PEDAGÓGICO

A partir de Gramsci, estabeleceu-se o objetivo do trabalho: o desafio de resgatar esse grupo social como sujeito de seu processo de estudos, a partir de atividades pedagógicas definidas a partir de seu interesse principal, o HIP-HOP.

Não há atividade humana da qual se possa excluir toda a intervenção intelectual, não se pode separar o homo faber do homo sapiens. Em suma, todo homem, fora de sua profissão, desenvolve uma atividade intelectual qualquer, ou seja, é um “filósofo”, um artista, um homem de gosto, participa de uma concepção de mundo, possui uma linha consciente de conduta moral, contribui assim para manter ou para modificar uma concepção do mundo, isto é, para suscitar novas maneiras de pensar (...). (GRAMSCI, 2004, p. 52-53)

Aqui está a questão central, ou seja, ver em cada aluno um intelectual com experiências, concepções, que vai à escola em busca de algo além do que traz. O desafio está em a escola ser capaz de elaborar atividades que considerem essas questões e dar novos sentidos e significados à prática social desses alunos.

A negociação com a escola para a realização do trabalho passou pela apresentação da proposta das atividades, organizadas a partir da temática HIP-HOP, em reuniões do HTPC. Após amplo debate — que alguns momentos se aproximaram de uma sabatina, não propriamente dos conteúdos, mas referente ao como trabalhar com os alunos indisciplinados —, ficou definido que o espaço seria na escola, aos sábados. De início, já se apresentaram as primeiras dificuldades, uma vez que aos finais de semana acontecia o projeto “Escola da Família”2, sob a responsabilidade

de um coordenador externo à escola, que tentava, a todo custo, enquadrar a atividade HIP-HOP nos moldes do referido projeto. Apesar disso, os encontros foram acontecendo com um grupo composto de 16 jovens, sendo que alguns de outras escolas da região.

A partir da temática “Sociologia no Ensino Médio” e da particularidade demandada pela escola, a proposta foi estruturada, tendo como eixo central o “pensar sociologicamente”, que se coloca como um aprender a pensar, um “pensar criticamente”, isto é, em essência, “pensar historicamente”. Saber a história do que se vê e daquilo que se participa, é tomar consciência e dar sentido ao que fazemos e por que fazemos parte. Esta foi uma finalidade do projeto ensinar/ aprender a pensar criticamente, a outra, implicação e determinante desta, consistiu na revalorização do espaço da escola, em específico da sala de aula. Mas como fazer isto?

É notória, a energia, a disposição para a ação dos adolescentes, ao mesmo tempo em que é mínima a disposição para o aprendizado do “conteúdo sistemático dado em sala de aula”. Para dar um sentido mais adequado à escola aos filhos dos trabalhadores, é preciso, também, construí-lo fora dela, em atividades que no espaço-tempo não estejam diretamente ligadas à escola, mas que, ao mesmo tempo, se articule conteúdos curriculares e necessidades desses jovens alunos. Entretanto, para tal, é essencial partir de demandas reais locais, para só depois disso poder agir com maior objetividade. Desse modo, entre muitas demandas apreendidas juntos aos jovens da escola, sobressaiu o movimento HIP-HOP.

HIP-HOP é um movimento caracterizado por três disposições artísticas, o rap (Mc’s e Dj’s), o Breack (dança) e o grafite (pintura). A maioria dos jovens da escola em mérito tem uma apreensão nítida do que é o HIP-HOP no(s) espaço(s) onde convivem. Todavia, pecam na compreensão do sentido histórico do movimento, o ouvir dizer é seu manual e principal arcabouço de conhecimentos, no máximo buscam uma ou outra revista especializada que, certamente, não supre a necessidade para uma melhor compreensão do movimento. Deste modo, a atuação do Núcleo de Ensino foi de “muni-los” intelectualmente dos mecanismos mínimos para uma ação autônoma do e no movimento HIP HOP, o que seria debater a história e sentido do movimento no mundo e no Brasil, ligando-se isso a própria história de Marília. Essa empreita, forçadamente, requisitará os conteúdos de História e conhecimentos da Língua Portuguesa.

PROPOSTA DE ATIVIDADES

1. Pretende-se trabalhar, num primeiro instante, com todos aqueles que têm ligação com o HIP-HOP - rap, grafite e breack - de modo conjunto, contextualizando primeiro como o rap surge, o que expressa e o que representava sociedade - no caso, estadunidense - e como, posteriormente, de modo sincrônico, o grafite e o breack passam a fazer parte de um único todo. Nesta etapa, fazer-se-á uma contextualização histórica e geopolítica do mundo e, especificamente, dos Estados Unidos da América. Serão destacados os seguintes itens para debate: por que a maioria das pessoas que se alinhavam e construíam o HIP-HOP era negra (guerra do Vietnã); o que significa a divisão política entre os grupos em norte e sul e por que da disputa entre os rappers (herança da guerra de secessão), além da cor da pele qual situação os unia e o que os desunia? (questão de classe e implicação dos conflitos entre negros).

Conjuntura artística: popularização do Jazz, Cultura do rock, Folck — também se colocavam como música de protesto — e final dos anos 70 surgimento do movimento punk. Brasil, surgimento da Bossa nova, tropicalismo, musicais de protesto, jovem guarda...

Atividade para reunião: ouvir um rap ou vídeo norte americano sobre os rappers da época. (Música Gangster Paradise: Coolio)

Atividade específica: Fazer uma letra, ou um grafite, ou um passe de dança (dramatização) para representar o debate ocorrido.

Atividade geral: fazer um texto com o seguinte tema: o que o rap, o grafite e o Breack significavam quando surgiram? E em que contribuíram os embates entre as gangs?

2. A segunda parte consiste, inicialmente, numa pequena explanação do processo de instauração da lei áurea e do processo de êxodo rural demonstrando como, pelo menos, esses fatores, são determinantes, para o surgimento da periferia no processo de urbanização. Após isto, iniciaremos análise da construção do HIP-HOP no Brasil, circunstanciando o “instante” histórico mundial, fins de guerra fria, e o período particular em que o país se encontrava, abertura “democrática”. Neste ponto será importante salientar a importância do estado de São Paulo nesta incorporação do movimento HIP-HOP pelo Brasil. Para nortear o debate, sugerir-se-á as seguintes

problematizações: tendo em vista a composição histórica brasileira ser diferente da estadunidense (lei áurea + êxodo rural x guerra de secessão) o que significa aqui a separação política de grupos entre norte e sul (ideologia do país dominante)? Por que São Paulo foi o estado no qual o HIP-HOP chegou primeiro (estado mais desenvolvido economicamente)? Qual a relação do HIP-HOP com a criminalidade? (a quem o crime serve), além da cor da pele qual situação une o que desune os rappers? (classe e racismo)

Conjuntura artística: Funk, James Brown, principalmente; consolidação do reggae em âmbito mundial, Jimi Cliff e Bob Marly; surgimento do rock pop e da música eletrônica, ganho de expressividade do movimento punk e crescimento do metal.

Atividade para a reunião: Ouvir raps da década de 80 ou vídeos da/sobre época. Atividade específica: Fazer uma letra, ou grafite, ou um passe de dança/breack (dramatização), que perpasse algumas das questões aparecidas no debate ocorrido.

Atividade geral: fazer um texto a partir das seguintes frases: “...todo camburão tem um pouco de navio negreiro” e “....periferia é periferia em qualquer lugar...”.

3. Esta terceira e última etapa tem por incumbência iniciar o debate de como o movimento HIP-HOP apresenta-se hoje. Retomando todo o processo histórico analisado até então, se fará uma análise da conjuntura internacional atual — globalização, neoliberalismo, imperialismo — e como se inseriu, nessa atualidade, o HIP-HOP nos Estados Unidos e no mundo. Posteriormente, discutir como este processo ocorreu no Brasil e em São Paulo e, assim sendo, como num novo cenário nacional o HIP-HOP se expressa. Pontuar-se-á algumas questões para o debate: qual o significado do HIP-HOP hoje? O que aconteceu com os 4 elementos? Qual a relação do HIP-HOP com o mercado? Qual era, qual “está sendo” e qual deve ser o objetivo do HIP-HOP, o que “nos une” e o que “nos desune”?

Conjuntura Artística: Popularização do techno e sincretismo/fusão musical de estilos: Rapcore, Rapmetal, etc, Movimento de retomada de espíritos de época:Setentismo, Seicentismo, etc.; absorção da cultura artística Oriental, etc. Cabe dizer aqui que no Brasil o HIP-HOP adquiriu várias novidades estilísticas, por exemplo, a influência da capoeira no Break.

Atividade para reunião: Escutar várias bandas de diversos lugares do Brasil e do mundo. Exemplo: do Brasil, MV Bill, Racionais, Face do Subúrbio, Gog; do mundo Orixás, Expressão Maria Marta, alguma banda de algum país europeu.

Atividade específica: Fazer uma letra, ou grafite, ou um passe de dança/breack (dramatização) que perpasse algumas das questões aparecidas no debate ocorrido.

Atividade geral: por que se deve (re)organizar política e artisticamente o movimento HIP-HOP?

1.1 Assistir filme sobre um fundador de gangs nos EUA, debate indicando uma conclusão geral sobre este primeiro momento do projeto HIP-HOP CoMCiência.

A duração de cada reunião será no mínimo de 1h e30min. Sempre será entregue um texto produzido pelo próprio Núcleo de Ensino para os alunos. A compilação das poesias dos alunos será para a produção de músicas para o CD, dos grafites para a grafitagem na parede da

escola e,por fim, manufatura de um texto único a partir daqueles feitos pelos alunos para uma dramatização.

DO PÁTIO À SALA DE AULA: UM REENCONTRO INTERESSANTE

A análise sociológica da escola foi um instrumento essencial para a mediação en- tre a equipe do Núcleo de Ensino e a instituição. Aos poucos, a equipe ia penetrando no cotidiano escolar, tendo na observação das relações sociais entre os agentes da escola, a ferramenta privilegiada para desvendar o seu dia a dia. Essa atividade despertou, também, o olhar da equipe para as questões centrais da instituição, especialmente ao pouco espaço para o aluno efetivamente poder se colocar como sujeito de seu processo de formação.

As atividades, inicialmente, foram desenvolvidas aos sábados, envolvendo cerca de 16 alunos da escola e também de outras escolas, interessados no HIP-HOP. O número de interessados era maior, porém os que vieram efetivamente foram somente 16. Esse já foi o primeiro problema. Outros se apresentaram a partir da coordenadora do Programa da Escola da Família, que insistia em enquadrar o projeto HIP-HOP nessa modalidade. Diante da recusa da equipe do Núcleo de Ensino, as dificuldades começaram a se manifestar desde o uso do espaço físico até a entrada dos alunos na escola. Mesmo assim, o projeto começou, tendo a atenção dos participantes às atividades do projeto. Houve envolvimento com o grupo, porém a ausência alternada dos alunos, aliada às dificuldades relatadas, impediam o desenrolar efetivo do projeto em sua plenitude. Tal fato aconteceu logo no início do segundo semestre.

Numa avaliação dessa problemática no HTPC da escola, constatou-se que essa forma de organização do trabalho — meio aberta, aos sábados — não estava atingindo o objetivo principal do projeto, ou seja, resgatar o interesse dos alunos pelos estudos e a sala de aula. Nesse contexto, surgiu a proposta de se trabalhar com duas aulas de História, uma vez por semana, numa turma de ensino médio classificada pelo conjunto dos professores como “impossível de se dar aula”. O conteúdo de História, nesse momento, era escravidão no Brasil, fato que favoreceria a articulação com as atividades do projeto.

Assim, a equipe do Núcleo de Ensino assumiu as duas aulas semanais de História e uma nova fase do projeto se delineava. A interação do grupo com a classe levou algumas aulas, mas a identidade com a discussão e o conteúdo propostos logo estavam presentes de modo sistematizado. Estabeleceu-se um plano de trabalho coletivamente, tendo como eixo “Liberdade e Escravidão: trabalhador de hoje é o escravo moderno?”. As atividades pedagógicas conjugaram- se em pequenos grupos de discussão, que mantinham o eixo central, mas o discutia a partir de interesses específicos dos alunos, como a questão da mulher, do jovem, do HIP-HOP, do trabalhador de hoje. Através de vídeos, músicas, textos didáticos e muita interação, as atividades foram ganhando forma e conteúdo, de um lado, e, de outro, os alunos foram estabelecendo sentidos e significados ao que era discutido em aula, mostrando uma postura diferenciada frente à nova situação pedagógica.

(...) construímos significados cada vez que somos capazes de estabelecer relações “substantivas e não-arbitrárias” entre o que aprendemos e o que já conhecemos. Assim, a maior ou menor riqueza de significados que atribuiremos ao material de aprendizagem dependerá da maior ou menor riqueza das complexidades que formos capazes de estabelecer. (...) (SALVADOR, 1994, p. 149)

O trabalho com a classe tinha como meta produzir material para a semana de Consciência Negra da escola, uma das poucas atividades que despertava interesse junto aos alunos. Nesse sentido, as atividades tinham de convergir para a Semana em questão, mostrando o resultado do trabalho daquele segundo semestre, que concretamente foram 6 semanas de encontro da classe com a equipe do Núcleo de Ensino.

No começo, as atividades desenvolviam-se nas duas aulas previstas de História, porém, paulatinamente, esse tempo foi se tornando pequeno para as atividades pedagógicas e, assim, mostrando a necessidade de mais aulas. Esse processo teve seu ápice quando tomou o espaço das seis aulas do dia, com a autorização dos professores da classe, que não conseguiam entender a complexidade do que estava acontecendo com aqueles alunos, para os quais era “impossível de se dar aula”. Ao final, produziu-se o material para a semana de Consciência Negra, expressas em cartazes, com a síntese das discussões realizadas em sala de aula coletivamente, com destaque para:

1. Liberdade de Mercado é o Caos da desigualdade social.

A Mudança de tudo vem da luta, consciência agora. Sonho hoje é por igualdade e Liberdade (alunos do ensino médio)

2. Agora mudança: desigualdade social consciência realista do gueto. Periferia, classes, sonhos, luta. (alunos do ensino médio).

Essas sínteses expressaram concretamente a resignificação do processo de ensino/aprendizagem, ao evidenciar novos sentidos para a sala de aula, numa interação equipe do Núcleo de Ensino e alunos da turma, já estigmatizada na escola como impossível de ser trabalhada. O efetivo diálogo e as discussões realizadas chamaram a atenção de alunos de outras classes vizinhas, que também queriam participar daquela “aula”, onde todos podiam falar e tinham suas responsabilidades com o grupo.

As atividades organizadas a partir do HIP-HOP contribuíram imensamente para aglutinar o interesse disperso dos alunos no pátio, ao mesmo tempo em que colocou essa atividade cultural em novo patamar de respeitabilidade no interior da própria escola. O novo enfoque ao HIP- HOP como atividade historicamente construída, com conteúdo, forma, valores abriu caminhos até então desconhecidos para grande parte desses jovens. A presença de um raper famoso de uma banda de São Paulo, numa palestra realizada no pátio da escola, foi um dos momentos mais importantes do projeto, pois ali ficou constatado que quando há interesse, intencionalidade e organização a atividade pedagógica se concretiza com sucesso. A palestra no pátio para centenas de alunos — num clima de absoluto silêncio e expectativa por parte dos alunos e de relativa perplexidade por parte dos professores — muniu um grupo importante de alunos a valorizar seu

interesse cultural, junto com a necessidade de voltar à sala de aula e se apropriar da cultura ainda não assimilada a que tem direito. O grupo HIP-HOP se apresentou algumas vezes na Unesp, na Semana Cultural da Faculdade, como artistas jovens da cidade, fato que muitos deles não esquecerão tão cedo.

Antes do final do ano, uma parte da turma da escola visitou a Faculdade, com um novo olhar, com o desejo de um dia poder ser aluno do ensino público superior, sonho que agora era possível de acalentar, depois de terem redescoberto o caminho do pátio à sala de aula, mas a partir de suas perspectivas como sujeitos de seu processo de formação, agora de fato com novos sentidos e significados, com intencionalidade no pensar e agir.

CONCLUSÃO

Diante desse contexto, as Ciências Humanas têm um papel fundamental no resgate da identidade da instituição escolar, passando por um amplo processo de reflexão e transformação de seus agentes, isto é, alunos, professores, funcionários e a comunidade local. Isso implica uma nova perspectiva de atuação da universidade, trazendo para si a necessidade de redefinir o seu trabalho acadêmico, principalmente no que se refere à formação de professores e pesquisa educacional. Neste sentido, as Ciências Sociais têm uma contribuição valiosa a fazer nesse processo de busca de novas relações sociais no âmbito escolar, que venham a colaborar na construção de alternativas pedagógicas, que possam estar subsidiando, de modo mais efetivo, os desafios do fazer pedagógico no cotidiano escolar.

Para dar conta de tal tarefa, ou seja, do fazer pedagógico, tem-se como fio condutor a indissociabilidade entre a teoria e a prática. Para tanto, se faz uma ferramenta vital desse processo a formação dos agentes sociais envolvidos. O planejamento de várias atividades que articulam a relação teoria/prática busca criar novos caminhos que consigam construir processos educativos mais consistentes e contribuir para o processo de desalienação, visando uma educação que possa ir além do capital.

Essa experiência nos fez considerar a força de uma concepção de educação que se paute na efetiva apropriação da cultura, do conhecimento historicamente construído pela classe trabalhadora, alunos da escola pública, e na imensa responsabilidade do professor nesse contexto atual, por mais que as políticas educacionais apontem na direção contrária. Como Mészáros ressalta, citando José Martí, “(...) a busca da cultura, no verdadeiro sentido do termo, envolve o mais alto riso, por ser inseparável do objetivo fundamental da libertação. (...)” (MÉZÁROS, 2005, p. 58). Ao mesmo tempo, resgata, ainda via Martí, a razão de ser da educação “(...) Educar es depositar em cada hombre toda la obra humana que lê há antecedido; es hacer a cada hombre resumen del mundo vivente hasta el dia em que vive (...)”(MÉZÁROS, 2005, p. 58). Esse trabalho expressou aos seus participantes a densidade teórico e prática dessa visão de educação.

Pensar criticamente é agir criticamente. Agir criticamente é agir com consciência histórica do por que da postura adotada. Agir com consciência histórica é, também, antes de tudo, circunstanciá-la a uma realidade dada. Circunstanciar uma ação é criticar o seu sentido e modus operanti na particularidade interferida, ou seja, pensar criticamente é agir refletindo sobre o que se faz, analisando “o que foi”, para entender “porque é” e, deste modo, saber como “queremos que seja”.

(Davi Vinicius)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DAYRELL, J., (org.). 1996. Múltiplos olhares sobre educação e cultura. Belo Horizonte: Ed. UFMG. GRAMSCI, A. 2004. Cadernos do cárcere. 3ª ed. Volume 2. Edição e tradução, Carlos Nelson Coutinho; co-edição, Luis Sérgio Henriques e Marco Aurélio Nogueira. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

MÉZAROS, I. 2005. A educação para além do capital. Tradução. Isa Tavares. São Paulo: Boitempo, 2005.

SALVADOR, C.C. 1994. Aprendizagem escolar e construção do conhecimento. Porto Alegre: Artes Médicas.

NOTAS

1 “Ciências Sociais na escola: sociologia em questão”, desenvolvido em 2005/06, junto ao Núcleo de Ensino da FFC/Unesp. Esse

projeto teve a participação dos bolsistas Michele de Lima Souza, João Paulo de Oliveira Alves, Mayra Simone N. Lemos, Davi Vinicius Gomes Lira, David Rodrigues e dos estagiários Bráulio Roberto de Castro Loureiro, Elton Reami, Rita de Cássia Pazeto, Felippe Leoni de Oliveira.

2 Programa da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, na gestão Alckmin, muito criticado por seu oportunismo, uso do

trabalho voluntário, sem qualquer articulação com o projeto pedagógico da escola. Nesse programa havia bolsas aos alunos das faculdades particulares, que faziam um rápido “treinamento pedagógico” para atuarem nas escolas aos finais de semana.

INTRODUÇÃO

O projeto sala de Professor é o desdobramento do programa de formação continuada proposto pela Secretaria de Estado de Educação de Mato grosso/SEDUC, através da Superintendência de Formação dos Profissionais da Educação/SUFP em parceria com os Centros de Formação de Professores/CEFAPRO1.

O propósito do projeto é a organização de grupos de estudos para fortalecer a Escola enquanto espaço de formação dos professores a fim de contribuir no desenvolvimento de suas atuações internas da escola.

Como base fundante pauta-se nos seguintes princípios: tematização da prática