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LITERATURA INFANTIL: FORMANDO PROFESSORES PARA O ENSINO DA

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

· Verificar, por meio de entrevistadas semi-estruturadas, o perfil teórico- metodológico dos professores que compõe o corpo docente da escola na qual está sendo realizada a presente pesquisa;

· Realizar uma atividade diagnóstica com os alunos, a fim de verificarmos o nível de conhecimento relacionado a leitura e escrita que estes se encontram.

3. METODOLOGIA

Para a aplicação das atividades e entrevistas propostas pela pesquisa, selecionamos uma Escola Estadual da cidade de Presidente Prudente - SP. A justificativa por termos escolhido esta escola deve-se ao fato de que ela possui uma quantidade de turmas ideal para o bom desenvolvimento da pesquisa. Além do mais, essa escola conta com uma clientela um tanto quanto diversificada, com alunos de classe média e classe baixa.

Como primeira atividade prática da pesquisa, realizamos uma entrevista semi- estruturada com os professores das quatro séries do ensino fundamental da presente escola, com o intuito de detectar o perfil teórico metodológico de cada um deles, ou seja, verificar, através de suas próprias falas, o que cada um entende sobre os principais temas abordados pela pesquisa e como estes são trabalhados em sala de aula. Analisando ainda, através de suas próprias perspectivas, a reação dos alunos perante as atividades relacionadas à leitura e produção de texto.

Os dados obtidos com o uso da entrevista foram registrados através de gravações diretas, pois dessa maneira foi possível registrar todas as expressões orais, deixando o entrevistador livre para prestar toda a sua atenção ao entrevistado.

Em relação à atividade diagnóstica proposta, dividimos esta em duas etapas, sendo que na primeira propusemos aos alunos uma produção de texto apresentando a eles apenas um tema sem mesmo contextualizá-lo, esse tema já previamente escolhido pensando na atividade posterior; já na segunda etapa contextualizamos o tema proposto contando para os alunos uma história infantil e discutindo com os discentes sobre o assunto em questão, esclarecendo para eles duvidas que surgiram e, também, ouvindo o que eles sabiam e entendiam sobre o que estava sendo trabalhado.

Com a aplicação desta atividade, pretendemos verificar o nível de conhecimento sobre leitura e produção de texto que os alunos se encontram, bem como examinar se existiu uma evolução entre uma atividade e outra.

Após o levantamento do corpo docente e discente da determinada instituição esco- lar optamos por iniciar atividades com poesia já que é um texto literário de fácil e rica interpretação, sendo que os professores trabalham pouco em sala de aula porém mesmo assim os alunos possuem grande interesse. Esse corpo de atividades foi dividido em três semanas.

Na primeira semana foi explicada a definição da poesia como estrofe, verso, rima e quadra, isso em uma linguagem simplificada, para que todos pudessem compreendem com clareza o tema, após contamos a historia “Batalhão das Letras”, de Mario Quintana, a escolha do livro deu-se por ser um livro refleto de rima e quadra e pela pesquisa ser desenvolvida com alunos de 1ª a 4ª série do ensino fundamental, onde encontramos alunos no processo de alfabetização e com dificuldades de escrita e leitura.

Na segunda semana foi levado aos alunos a proposta de produzirem o próprio “Batalhão das Letras”, ou seja, baseado na proposta de Mário Quintana, produzir um livro próprio da sala contendo todas as letras do alfabeto, sendo que através de sorteio cada aluno ficaria responsável por elaborar uma poesia com a determinada letra do alfabeto que obtivesse no sorteio, devendo essa poesia ter rima, e que seus versos fossem feitos em forma de uma quadra.

Por fim, na terceira semana aplicou uma atividade entitulada “Book Club” (Clube do Livro), a atividade procedeu-se da seguinte forma: a sala foi dividida em turmas de cinco alunos, cada um do grupo teria sua função, sendo essas: coordenação geral responsável por monitorar o grupo, responsável pela escrita, escrevendo somente aquilo que o grupo num todo concordasse,

responsável pela leitura, esse leria a poesia ao final para todos da sala, responsável pelo livro, tal ficaria encarregado de cuidar para que o livro não fosse danificado e por fim o responsável pela estrutura que ao fim da execução da poesia observaria se possui erros, e de acordo como foi pedido.

Cada equipe recebeu um livro sendo esses: “Quem lê com pressa tropeça” de Elias José, “Tigres no Quintal”, de Sergio Caparelli e “Uma letra puxa a outra” de José Paes e Kiko Parkas, todos os livros possuem são relacionados a letras do alfabeto, mantendo a idéia inicial do “Batalhão das Letras”, Mario Quintana, em seguida teriam que escolher uma letra do livro e fazer uma poesia baseada no livro, o grupo pode trabalhar como quis, teve autonomia para escolher quantos versos quisessem sendo estabelecido apenas a quantidade de estrofes (quatro), visamos um trabalho coletivo entre todos, e uma discussão de idéias.

É importante ressaltar que todas as atividades realizadas foram elaboradas juntamente com o orientador do projeto, com um levantamento bibliográfico realizado antes, sendo também todas as atividades monitoradas pelos professores da unidade escolar, além de serem discutidas antes e após a execução, para detectarmos os avanços, as dificuldades encontradas, e as possíveis melhoras, já que visamos à formação dos docentes e discentes.

4. RESULTADOS PARCIAIS

Como já explicitado anteriormente realizamos uma entrevista com os professores da escola pesquisada, a partir das gravações e analises realizadas posteriormente, percebemos que de um modo geral existe um desconhecimento teórico sobre os temas leitura, produção de texto e literatura, assim também pelo interesse das crianças ao que diz respeito à literatura infantil. Percebemos também a insegurança dos professores ao perguntarmos sobre conceitos teóricos, onde detectamos respostas vagas e sem embasamento.

Foi possível observar também o empenho dos professores ao se falar em formação de alunos leitores, mostrando a esses diversos tipos de textos e matérias, além de levá-los freqüentemente a biblioteca. Todos afirmaram serem leitores, sendo que uma das docentes afirmou ser uma leitora critica, consideramos isso fator fundamental para o estimulo dos alunos na formação de leitores. Quanto a produção de texto muitos afirmam a dificuldade em levar os alunos a produzirem textos, mais concordaram com a importância da escrita para a plena formação do aluno.

Em relação às atividades diagnosticas realizadas foi possível perceber uma melhora dos discentes comparando a primeira e a segunda atividade. Consideramos que por volta de 60% dos alunos apresentaram evolução da primeira para a segunda escrita, isso quanto coerência e estrutura do texto e desenvolvimento de idéias, 25% não apresentaram evolução em nenhum dos quesitos citados e 15% desses apresentaram regressão quanto a coerência e elaboração de idéias.

primeira atividade individual com a segunda em grupo, os alunos se empenharam mais, acreditamos nisso pois se tratava de um trabalho coletivo onde cada um tinha sua tarefa definida, e produziram textos conforme pedido o que não aconteceu efetivamente na primeira atividade.