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4. SOBRE OS POEIRAS: CIRCUITO ALTERNATIVO DE EXIBIÇÃO

4.2. Festivais de Cinema

4.2.7. I Semana do Cinema Brasileiro

A I Semana do Cinema Brasileiro aconteceu em novembro de 1965 e tinha como objetivo promover o cinema brasileiro, proporcionar uma vitrine especialmente dedicada ao filme nacional, como revelou o texto de abertura da programação.

Chegou a hora de constatar, declarar e demonstrar que os filmes brasileiros asseguram, hoje, ao cinema nacional, um nível igual ao da literatura, música, artes plásticas, teatro e arquitetura do Brasil moderno. E também reconhecer, depois da crítica internacional, que o cinema brasileiro é, atualmente, um dos mais vivos e estimulantes do mundo.

A tomada de consciência desses fatos pela elites políticas e administrativa do país terá como harmoniosa conseqüência a execução das medidas indispensáveis à continuidade e ou desenvolvimento do cinema brasileiro.

Êsse é sentido da I Semana do Cinema Brasileiro, promovida pela Secretaria de Educação e Cultura e Fundação Cultural do Distrito Federal.64 (s/a, 1965)

Os filmes apresentados em competição foram: A Hora e a Vez de Augusto Matraga (1965), de Roberto Santos; Vereda da Salvação (1964), de Anselmo Duarte; Menino de

Engenho (1965), de Walter Lima Jr.; O Desafio (1965), de Paulo César Sarraceni; Society em

Baby Doll (1965), de Luís Carlos Maciel e Waldemar Lima; Os Fuzis (1964), de Rui Guerra;

A Falecida (1965), de Leon Hirzman; e São Paulo S.A. (1965), de Luís Sérgio Person.

A I Semana do Cinema Brasileiro tinha o intuito difundir o Cinema Brasileiro. Dessa maneira, não se restringiu a exibição dos filmes já citados. Foram exibidas também as seguintes películas em uma mostra informativa: Três Histórias de Amor (1966), de Alberto d’Aversa; Os Selvagens (1965), de Franz Eichorn; O Roubo dos 500 Milhões (1965), de Primo Carbonari; Um Ramo para Luisa (1965), de J. B. Tanko; Briga, Mulher e Samba (1960), de Ronaldo Lupo; História de um Crápula (1965), de Jece Valadão; Crônica da

Cidade Amada (1965), de Carlos Hugo Christensen; Crime de Amor (1965), de Rex Endsleigh; e Grande Sertão (1965), de Geraldo e Renato Santos Pereira. Também contou com a projeção de diversos documentários e filmes experimentais, dos quais se destacam nomes como: Humberto Mauro, Rex Schindler, Gustavo Dahl, Sérgio Muniz e Maurício Capovilla. Fora a inovação da mostra de filmes nacionais da época, a Semana contou com Seminários. O deputado Ewaldo Pinto foi relator da mesa “Problemática Econômica do Cinema Brasileiro”, que retomou a problemática já na conferência apresentada por Paulo Emilio no Festival de Arte Cinematográfica. Jean-Claude Bernardet, que não teve a oportunidade de defender a sua dissertação durante o Curso de Cinema na Universidade de Brasília “Brasil em Tempo de Cinema” por causa da demissão em massa dos professores desta instituição. Com a ajuda de Pompeu e Paulo Emilio, simulou uma banca de defesa com o seminário: “Problemática Artística do Cinema Brasileiro”.

Nas páginas do Correio Braziliense da época, nota-se a importância da Semana para Brasília nesse período. A primeira publicação a respeito foi no dia 17 de novembro, uma terça-feira. A I Semana do Cinema Brasileiro, todavia, começou no dia 15. A veiculação sobre o festival só não pode ser publicada antes porque o jornal não circulava às segundas- feiras e nem nos dias após feriado. Contudo, no dia 17 foi veiculada uma fotografia na capa do jornal, referindo-se à abertura da Semana. Na imagem visualizamos homens trajados com gravata borboleta, revelando a formalidade do evento. As mulheres de vestidos longos, também traje formal, acompanhando provavelmente os seus maridos. Em um texto de Paulo Emilio sobre a Semana, percebemos que essa imagem é condizente com o que ele escreveu:

O público era constituído em boa parte pelos altos quadros do Executivo, do Legislativo, da Magistratura, do Serviço Público e das Forças Armadas. Foi precisamente para esses setores-chave da vida oficial que o cinema brasileiro surgiu como inesperada revelação. [...] É bastante fechado o pequeno mundo do cinema brasileiro. As permanentes dificuldade e incompreensões, geradores de malogro e frustração, levam a profissão a uma mentalidade acanhada de gueto corporativo.”65

(GOMES, 1981)

Figura 20 – Capa do jornal do dia 17 de novembro de 1965, nesta imagem pode-se ver a foto publicada sobre a I Semana do Cinema Brasileiro. Na legenda, o texto: “A solenidade de abertura da I Semana do Cinema Brasileiro, segunda-feira última, no Cine Brasília, revestiu-de de êxito absoluto. Artistas de renome, presentes à

abertura, garantiram o sucesso da programação” (CORREIO BRAZILIENSE, 1965)

No dia seguinte, novamente a Semana ganhou espaço na capa do jornal. Entretanto, tratava-se da imagem de uma mulher – a atriz Leila Lopes – deitada na beira da piscina, de biquíni. Na legenda da imagem, o evento foi apenas citado:

‘SHOW’ DE BELEZA – Leila Lopes, 20 anos, a caminho do estrelato, nome feito na Televisão carioca, deu o seu ‘show’ particular na manhã de ontem, na piscina do Hotel Nacional, enquanto o Cine Brasília exibia, pela última vez na I Semana de Cinema Brasileiro, o filme ‘Um Ramo Para Luíza’, no qual a atriz loura

aparece em trajes considerados íntimos demais Leila foi a única artista a se banhar ontem de manhã na piscina do Hotel Nacional. Leila regressa hoje para a Guanabara com os demais artistas que vieram participar da I Semana de Cinema Brasileiro. (CORREIO BRAZILIENSE, 1965)

Figura 21 – Imagem publicada na capa do jornal de 18 de novembro de 1965. A atriz Leila Lopes na beira da piscina do Hotel Nacional, que recebeu os convidados da I Semana do Cinema Brasileiro.

Essa fotografia integra muito bem o contexto do jornal na época, mas revela outra face do evento, totalmente diversa daquela buscada pelos seus organizadores. O Correio

Braziliense organizara no ano de 1965 o concurso de miss Brasil e sempre houve espaço na capa do jornal para mostrar as belezas femininas. O ângulo da câmera é um tanto quanto inusitado, revela mais o corpo do que o próprio rosto da atriz.

Em 21 de novembro de 2011 foi veiculado o still de uma cena do filme de Jece Valadão, História de um Crápula (1965), que não obteve muito sucesso. A legenda tratou a respeito do público frequentador do festival e o seu envolvimento com os filmes. Mostrou a cena desse filme na imagem e diz que não agradou muito. Na legenda da imagem, seguiu o texto:

O público cinematográfico de Brasília – o mais sensível do País, no dizer de Paulo Emilio Salles Gomes – não tem negado aplausos aos filmes apresentados na I Semana do Cinema Brasileiro. Salta aos olhos de qualquer observador o entusiasmo com o que estão sendo recebidas as obras do cinema novo, desde as de cineastas já consagrados, como Roberto Santos e seu ‘A Hora e a Vez de Augusto Matraga”, até a de jovens estreantes na sétima arte , como Walter Lima Júnior e seu “Menino de Engenho”. Aliás, é entre estes dois filmes que se dividem as opiniões do público, até o momento, mas faltam exibições de grande importância, como “A Falecida” e “Os Fuzis”, o que poderá mudar o panorama. No flagrante acima, cena de ‘História de um Crápula’, de Jece Valadão, filme que não agradou.

Figura 22 – Imagem veiculada no Correio Braziliense, no dia 21 de novembro, com still do filme História de Crápula (1965), de Jece Valadão.

Essa legenda poderia muito bem ser completada pelo texto de Paulo Emilio Salles Gomes em crítica publicada no Suplemento Literário do Estado de S. Paulo.

Os poucos milhares de espectadores que o Rio e em São Paulo vislumbram o destino de nosso cinema, compreenderiam que os tempos estão chegando. Isso estaria muito aquém do impacto por assim dizer sociológico, causado em Brasília. [...]O fenômeno de Brasília foi o da conversão em massa. A nota dominante dos comentários era a surpresa, o espanto, a estupefação. Para o espectador mais velho que vira O Cangaceiro, para o mais moço que se lembrava de O Pagador de Promessas, parecia incrível assistir em alguns dias cinco ou dez filmes brasileiros, e gostar de quase todos. Os que haviam visto Vidas Secas, Deus e o Diabo na Terra do Sol e Noite Vazia, consideravam esses filmes acontecimentos fortuitos e se encontravam despreparados para que Brasília revelava: um conjunto onde até os piores haviam melhorado. [...]66 (GOMES, 1981)

A I Semana do Cinema Brasileiro também foi acompanhada pela colunista Katucha em Sociais de Brasília. A jornalista publicou diversos comentários sobre o evento e também publicou fotografias dos convidados que acompanharam a programação. No dia 21 de Novembro, foi impressa uma fotografia de Sônia Dutra, Cyl Farney, Vera Viana e J.B. Tanko no jornal. Os homens de gravata borboleta e as mulheres vestidas elegantemente, Sônia inclusive trajava em suntuoso casaco de pele.

Figura 23 – Imagem coluna Sociais de Brasília, de Katucha, em 21 de novembro de 1965.

Ao longo de toda publicação da coluna, informes sobre os presentes no evento, como: os quilos perdidos por Sérgio Marcondes por conta da participação na Comissão Coordenadora ou o traje pitoresco da atriz de O Desafio, Isabela Sasari, que a impediu de entrar uma boate. Contudo, entre todos esses comentários publicados por Katucha, destaco o que se refere diretamente ao evento:

Amanhã será o último dia da I Semana do Cinema Brasileiro, a maior promoção que já se fêz em Brasília, pois, durante uma semana, agitou esta cidade tão carente de diversões e movimentos dessa natureza. Artistas, Diretores, Cineastas e críticos cinematográficos circularam pelas pistas da Capital, gostaram e disseram isso para jornalistas do Rio e São Paulo que vieram acompanhar essa promoção da Secretaria de Educação e Cultura da PDF, através da Fundação Cultural. (ABREU, 1965)

No dia 25 de novembro, Katucha publicou uma foto da Comissão Coordenadora da Semana e enalteceu o trabalho desse grupo através da legenda:

Está de bola branca a Comissão Coordenadora da I Semana do Cinema Brasileiro, que promoveu de forma objetiva a vida noturna da cidade. Os coordenadores, da esquerda para a direita, Carlos Augusto Albuquerque, Paulo Emílio Salles Gomes,

Sérgio Marcondes e José Madeira que promoveram a vinda à Capital, de 44 artistas, críticos e cineastas do nosso cinema, exibindo para um cinema repleto nada menos de 12 filmes de alta categoria. A prova do sucesso foi os aplausos do público que lotava o Cinema Brasília, aplaudindo, não só os resultados que tornaram ‘A Hora e Vez de Augusto Matraga’ um filme premiadíssimo, mas também o sucesso da promoção, a maior repercussão já conseguida na Capital. (Foto de Jankiel)

Figura 24 – Fotografia da Comissão Coordenadora da I Semana do Cinema Brasileiro, publicada na coluna Sociais de Brasília.

Essa foi a última publicação encontrada a respeito da I Semana do Cinema Brasileiro. Apesar de a metodologia diferenciada em relação aos anos de 1960 e 1963, percebe-se que esse evento teve um impacto maior na cidade por conta da quantidade de filmes exibidos e de convidados presentes. Os reflexos também estão na coluna Sociais de Brasília, que pouco mencionou o cinema ao longo dos outros anos, e durante este evento dedicou duas edições de sua coluna apenas a essa Semana.

Além disso, a programação contou com as mais recentes películas nacionais lançadas, com uma grande diversidade de cineastas presentes, mostrando um panorama bem diversificado daquele exibido nas salas de cinema de Brasília. De tal maneira, o evento pode ter projeção nacional que até então não havia acontecido na Capital.

CONCLUSÃO

Com essa pesquisa revelei parte da vida cultural de Brasília em seus primeiros anos. De tal maneira, foi possível mostrar como a Capital incorporou o Cinema em sua cotidianidade. Esse estudo se justifica por traçar parte da História Cinematográfica Brasiliense, ainda carente de contribuições acadêmicas.

Observa-se também diversas áreas a serem desenvolvidas para se ter uma dimensão mais completa da vida da cultural da cidade nos anos 60: como o Teatro, a Música, a Dança, a Educação, entre outros. Acredito, inclusive, que essa pesquisa poderá ser útil para o desenvolvimento de futuros estudos que visem conhecer um pouco mais da vida social da recém-fundada Capital.

Contudo, o recorte temporal da pesquisa foi limitado, reflexo dos procedimentos metodológicos adotados. Para expandir o tempo abordado, seria preciso mais tempo de pesquisa de campo e a formação de uma equipe para coletar os dados. Foram sete meses de pesquisa de campo para fazer a prospecção das informações apresentadas. Entretanto, essa delonga se justifica pelo fato desse trabalho recuperar um material inédito acerca da exibição cinematográfica brasiliense.

Ao realizar o mapeamento da programação de exibição cinematográfica de Brasília em seus primeiro anos, foi observado uma situação de constante adaptação desse campo até hoje na vida da cidade. O cenário atual em muito se assemelha ao constado nesses longínquos anos: o predomínio do produto estadunidense no parque exibidor local; o silêncio em relação ao circuito exibido nas periferias; o desconforto e sujeira em muitas salas; a importância da programação alternativa para suprir demandas desse mercado.

Entretanto, pensando-se o momento de construção da capital, muito me surpreendeu que uma cidade planejada para ser o centro das cabeças da nação, não ter apresentado uma programação cinematográfica mais cuidadosa. Películas recém-lançadas e de extrema importância para o cenário internacional ganharam telas em São Paulo e Rio de Janeiro, mas nem sempre em Brasília. Quando essas chegavam, eram com grande atraso.

Esse cenário revela um paradoxo quase incompreensível, afinal, podemos entender esse ambiente ao se observar como se estrutura esse mercado: o Exibidor, a fim de obter o menor risco possível, aposta no produto mais barato e de mais fácil acesso. André Sturm, representante da distribuidora Pandora Filmes, defende que esse panorama apenas mudará

quando o Estado buscar mecanismos legais de proteção ao produto e ao espectador brasileiros.

Mesmo assim, foi constatado no período pesquisado grandes esforços por dinamizar esse cenário na cidade. Os colunistas Fritz Teixeira Sales e Sérgio Marcondes publicaram quase que diariamente reclamações acerca da programação em Brasília. Eles ainda foram importantes agentes de mobilização da situação em que se encontravam. Fritz ministrou os cursos Cinema – Arte e Indústria com a projeção de filmes e Marcondes esteve presente na

Comissão Coordenadora da I Semana do Cinema Brasileiro. Além dos colunistas, teve a presença do responsável pela Fundação Cinemateca Brasileira, Paulo Emilio Sales Gomes. Grande parte dos filmes trazidos para a cidade no momento teve a participação dessa instituição. Paulo Emilio tinha a visão de que a Cinemateca precisava estar perto do poder público a fim de lutar por legislação que permitisse a sua sobrevivência: tratava-se de uma questão de patrimônio cultural nacional. Curioso observar que a Cinemateca veio a se consolidar em São Paulo e não na capital do país. Em Brasília até hoje não há um espaço para salvaguardar a memória audiovisual brasiliense.

Destaque-se também a importância do Correio Braziliense para essa pesquisa. Tratava-se no único veículo impresso a circular na capital em sua primeira década. Em suas publicações estão presentes informações valiosas acerca de Brasília em seus primeiros anos. Muitos documentos da época foram perdidos, tanto por falta de um arquivo que compilasse esses dados desde então e também por conta do momento político vivido entre 1964 a 1985 – a Ditadura Militar.

Com essa dissertação, foi possível levantar um material útil a estudos futuros, que ainda serão desenvolvidos. Esse acompanhamento nunca fora realizado e o tema ainda não havia sido desenvolvido na região Centro Oeste. Espero, portanto, colaborar com pesquisas futuras sobre o circuito exibidor brasileiro e investigações sobre a produção fílmica brasiliense, por ajudar a entender em que contexto foram realizadas os primeiros filmes na Capital.

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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