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CAPÍTULO IV – PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

5. Grupos de fatores sociais

5.1 Idade/Escolaridade

5.1.1 Caracterização e hipóteses

As fases da vida que são compreendidas pelas diversas faixas etárias relacionam- se a diferentes mudanças físicas, psicológicas e até mudanças referentes à língua, o que caracteriza os indivíduos como pertencentes a diferentes grupos de pares, que podem ter crenças, identidades e responsabilidades sociais distintas. A esse respeito, Chambers (1996) diferencia três etapas de vida como tendo especial relação com a utilização da língua: infância, adolescência e idade adulta. Segundo o autor, tais etapas transcorrem do seguinte modo: (i) a infância é o período em que as crianças adquirem a língua vernácula através do contato com os pais e parentes próximos; (ii) a adolescência é tida como o período focal da inovação e da mudança linguística, pois os adolescentes, em geral, tentam se igualar a outros adolescentes como sinal de pertencimento a um grupo de pares, e, para tanto, precisam se autoafirmar, buscando diferenciar-se dos adultos inclusive no que tange aos usos linguísticos; (iii) na fase adulta, os indivíduos costumam alcançar estabilidade no tocante à língua e, especialmente se sofrerem pressões profissionais, podem passar a empregar formas linguísticas de prestígio com maior frequência.

Nesta pesquisa, trabalho com duas faixas etárias, a pré-adolescente (enquadrando-se aqui os alunos de 10 a 13 anos) e a adolescente (enquadrando-se aqui os alunos de 14 a 17 anos). Segundo Tavares (2003), tais faixas etárias podem ser tomadas como similares no que diz respeito às escolhas linguísticas porque, nessas duas fases de vida, os indivíduos estão envolvidos com a questão da construção da identidade social. Para Tavares (op. cit., p. 225), “[...] nesse processo de busca de identidade, formas já existentes na região podem ser tomadas como marcas identitárias, havendo

predileção por aquelas que fogem à língua culta”. A autora completa afirmando que: [...] as formas tomadas como marcas identitárias pelos pré- adolescentes e/ou adolescentes apresentam, comumente, duas propriedades correlacionadas: são relativamente recentes e, em decorrência, possuem baixo status no mercado linguístico [...].

Sendo assim, tanto os alunos pré-adolescentes quanto os alunos adolescentes poderiam, por hipótese, recorrer com grande frequência ao AÍ, que, por ser uma forma marcada estilisticamente como informal, possui, em geral, menor status no mercado linguístico (cf. resultados obtidos para o teste de atitude linguística feito junto aos alunos participantes da pesquisa, na seção 1 acima). Assim, o AÍ candidata-se a um uso frequente entre os usuários mais jovens da língua. 26

5.1.3 Resultados e discussão

E

IDADE/ESCOLARIDADE Apl./Total % PR Apl./Total % PR 10 a 13 anos / 6º ano 430/487 88 0.456 57/487 12 0.564 14 a 17 anos / 9º ano 317/362 88 0.553 45/362 12 0.448 TOTAL 747/849 88 ---- 102/849 12 ----

Input: 0.880Sig: 0.000 Input: 0.120Sig: 0.000 Tabela 5: Influência da idade/escolaridade sobre o uso do E e do AÍ

A hipótese de que o AÍ seria favorecido em ambas as faixas etárias controladas não se confirmou, uma vez que esse conector recebeu peso relativo ligeiramente mais

26 Neste estudo, não relaciono os resultados obtidos para o grupo de fatores idade com a questão da

mudança em tempo aparente (cf. LABOV, 1972, 1994, entre outros) porque controlei apenas duas faixas etárias muito próximas entre si, o que tornaria imprecisa uma análise que considerasse as diferentes faixas etárias como reflexos de estágios distintos de mudança geracional.

alto (0.564) em uma das faixas, a dos pré-adolescentes. Por sua vez, o E teve um pequeno favorecimento entre os adolescentes, com peso relativo de 0.553. O comportamento do AÍ em estudos cujo corpus é de fala informal costuma ser diferente: AÍ predomina tanto entre falantes adolescentes, quanto entre falantes pré-adolescentes (cf. SILVA; MACEDO, 1996; TAVARES, 2003, 2007; SOUZA, 2010). Acredito que os resultados expostos na tabela 5 possam ser melhor esclarecidos se analisados do ponto de vista da escolaridade, tarefa a que passo a me dedicar a seguir.

A escola pode exercer papel sobre as escolhas linguísticas dos indivíduos que passam por seus bancos, pois ela é promotora de mudanças no sentido de, por um lado, influenciar positivamente o uso de certas variantes linguísticas, especialmente aquelas que são consideradas de prestígio pela comunidade de fala, e, por outro lado, inibir o uso de variantes tidas como não pertencentes à norma de prestígio. É especialmente através da escolarização que a comunidade vai sendo alertada a respeito das diferenças entre variantes de maior e de menor prestígio, formais e informais, estigmatizadas e não estigmatizadas (cf. RAMOS; DUARTE, 2003; VOTRE, 2003).

Assim, quanto maior o nível de escolarização de um indivíduo, menor tenderá a ser o seu uso de variantes de baixo prestígio no mercado linguístico de sua comunidade de fala. Nessa ótica, minha hipótese era de que os alunos de maior escolarização, do nono ano, fizessem menor uso do AÍ em comparação com os alunos de menor escolarização, do sexto ano, devido ao maior tempo de contato dos primeiros com a pressão escolar para o abandono de formas não consideradas cultas, caso do AÍ. Lembro, a esse respeito, das palavras de Abreu (1992, p. 11): “apesar do uso deste elemento tanto por adultos quanto por crianças ser um fato até certo ponto natural, a

sociedade culta, a escola o rejeita”.

Como se observa na tabela 5, a hipótese que fiz a respeito do nível de escolarização foi atestada: o conector AÍ é levemente favorecido nos textos dos alunos do sexto ano, ao passo que o conector E é levemente favorecido nos textos dos alunos do nono ano.

Acredito que a leitura dos resultados expostos na tabela 5 é mais significativa do ponto de vista da escolaridade do que da idade, pois analiso textos escritos, mais sujeitos à pressão escolar rumo a adequações em termos de formalidade, do que a fala informal, menos sujeita à normatização escolar. Defendo, assim, que não é por serem mais velhos do que os alunos do sexto ano que os alunos do nono ano diminuem o emprego do AÍ em seus textos, mas sim por terem tido, durante mais tempo de ensino

regular, maior contato com pressões por parte da escola para abandonar esse emprego em situações formais – como parece indicar a resposta da primeira professora no teste de atitude linguística – ou mesmo em qualquer situação – como parece indicar a resposta da segunda professora ao mesmo teste.

Depois da avaliação das respostas dadas pelos alunos e seus professores ao teste de atitude linguística e da análise dos resultados referentes aos grupos de fatores linguísticos, estilísticos e sociais controlados, passemos às considerações finais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A título de conclusão, recupero em poucas palavras, a seguir, os principais tópicos tratados nos capítulos desta dissertação. Dou relevo, também, aos objetivos alcançados através desta pesquisa, e apresento um quadro onde sintetizo os resultados obtidos em termos das distribuições linguísticas, estilísticas e sociais do uso dos conectores E e AÍ. Destaco, na sequência, questões que acredito necessitarem de um maior aprofundamento, sugerindo desdobramentos para trabalhos futuros.

No primeiro capítulo, sintetizei alguns estudos que tiveram – à semelhança desta pesquisa – os conectores sequenciadores E e AÍ como objeto de investigação. Receberam espaço os seguintes estudos: (i) Tavares (2003), sobre os percursos de gramaticalização seguidos por E e AÍ rumo à indicação de sequenciação retroativo- propulsora de informações; (ii) Santos (2003), sobre conectores em romances infantis e juvenis – destacando-se os casos do E e do AÍ; e (iii) Tavares (2007), sobre o emprego dos conectores E e AÍ em textos orais e escritos produzidos por estudantes de diferentes níveis de escolaridade.

No segundo capítulo, apresentei o quadro teórico em que se insere esta pesquisa, que combina pressupostos do funcionalismo norte-americano e da sociolinguística variacionista para estudar o fenômeno de alternância de uso entre os conectores E e AÍ em textos narrativos escritos por alunos de nível fundamental de ensino. Primeiro, tiveram destaque conceitos vindos de cada uma dessas teorias, e, depois, foi descrita uma perspectiva de investigação que busca estabelecer uma conversa entre o funcionalismo e a sociolinguística, a qual vem sendo denominada

“sociofuncionalismo”. Foi essa a perspectiva que guiou este estudo.

No terceiro capítulo, descrevi os dois gêneros textuais em que se enquadram os textos produzidos pelos alunos participantes da pesquisa: a narrativa de experiência pessoal e o conto. A seguir, no quarto capítulo, destinado aos procedimentos metodológicos, caracterizei o corpus do qual recolhi os dados e elenquei os procedimentos adotados para a obtenção dos textos junto aos alunos, bem como os procedimentos adotados para a análise dos dados.

No quinto capítulo, avaliei as respostas dadas pelos alunos e por seus professores de língua portuguesa a um teste de atitude linguística versando o uso de conectores

sequenciadores em contextos mais e menos formais de fala e de escrita. A seguir, apresentei e exemplifiquei os grupos de fatores linguísticos, estilísticos e sociais controlados. Para dar conta dos resultados obtidos, tracei explicações recorrendo ao princípio da persistência – ligado aos estudos funcionalistas sobre gramaticalização – e ao princípio da marcação estilística – ligado aos estudos da sociolinguística variacionista.

Segundo os objetivos geral e específicos desta pesquisa, analisei os conectores E e AÍ como formas variantes na indicação de sequenciação retroativo-propulsora de informações em textos narrativos escritos por alunos do ensino fundamental, averiguando grupos de fatores linguísticos, estilísticos e sociais que exercem influência sobre o uso e avaliando o papel do princípio da persistência e do princípio da marcação estilística no uso variável desses conectores. Quanto a esses objetivos, destaco que os resultados foram bastante satisfatórios, pois os caminhos metodológicos traçados me levaram a observações valiosas tanto no que se refere à distribuição dos conectores sob enfoque na produção textual dos alunos como no teste de atitude realizado por esses alunos e seus respectivos professores. Pontuo, também, que a abrangência dos resultados alcançados fez-me compreender que os caminhos teórico-metodológicos de uma interface sociofuncionalista são seguros e viáveis.

Os resultados nos revelam que os fenômenos de variação e de mudança envolvendo os conectores E e AÍ atingem a escrita no contexto escolar. A escrita, mesmo sendo tipicamente mais formal que a fala (considerando-se gêneros similares em ambas as modalidades) e mais sujeita à normalização, não é imune à mudança. Caso percebamos que inovações gramaticais surgidas na fala – caso do AÍ – começarem a aparecer também em textos escritos, podemos concluir que a disseminação dessas inovações na fala é ampla e que essas inovações estão começando a vencer eventuais barreiras que dificultavam seu uso na escrita.

Deparamo-nos, pois, com as seguintes constatações: (i) o conector E é reconhecido, pelos alunos e seus professores, como pertencente à língua culta; apesar disso, considero seu uso excessivamente repetitivo na escrita dos alunos, tanto do sexto, quanto do nono ano do ensino fundamental, o que parece indicar que esses alunos demonstram domínio precário no uso de outros conectores que desempenham a mesma função retroativo-propulsora de informações; (ii) por outro lado, verifiquei um uso tímido do conector AÍ, o que parece condizer com o fato de esse conector ter sido avaliado pelos alunos como forma não pertencente à língua culta. A despeito dessa

avaliação, o uso de AÍ como conector é intenso em situações informais de fala. Creio que não cabe à escola combater o uso desse item linguístico, estimulando uma visão preconceituosa para com aqueles que o utilizam; cabe à escola apresentar situações de uso variadas, formais e informais, de fala e de escrita, para que o aluno reconheça onde e por que escolher algumas formas conectivas em detrimento de outras.

Por fim, o quadro abaixo destaca os contextos favoráveis ao aparecimento dos conectores investigados:

GRUPO DE FATORES E

LINGUÍSTICO (relação semântico- pragmática) Favorecido no desempenho da sequenciação textual Favorecido no desempenho da sequenciação temporal LINGUÍSTICO (nível de articulação) Favorecido na interligação de orações Favorecido na interligação de partes mais amplas dentro do parágrafo e entre parágrafos TEXTUAL-ESTILÍSTICO

(gênero textual)

Favorecido no gênero textual conto

Favorecido no gênero textual narrativa de experiência pessoal SOCIAIS

(idade/escolaridade)

Levemente favorecido nos textos dos alunos do nono ano

Levemente favorecido nos textos dos alunos do sexto ano Quadro 9: Contextos favoráveis ao aparecimento dos conectores E e AÍ.

Quanto às sugestões de desdobramentos futuros, aponto a necessidade de contrastar conectores sequenciadores não apenas em textos da esfera narrativa, mas de outras esferas, como a argumentativa e a descritiva. No que se refere aos textos da esfera narrativa, pode ser frutífera a realização de estudos que comparem o uso de conectores sequenciadores em diferentes gêneros, além dos considerados nesta pesquisa. É possível, ainda, cotejar o uso dos conectores em tela em textos de um mesmo gênero produzido na fala e na escrita (por exemplo, narrativas de experiência pessoal orais e escritas, relatos de opinião orais e escritos etc.).

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