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4 SISTEMATIZAÇÃO DOS RESULTADOS: ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO

4.3 CATEGORIA 1 A IMPLEMENTAÇÃO DA PAE E DAS AÇÕES PREVISTAS NO

4.3.1 A Implementação Sob a Ótica dos Gestores

Na primeira categoria pesquisada, sobre a implementação da PAE – PNAES nos campi da Região Noroeste, sobre os serviços/ações e benefícios da política de assistência estudantil (PAE), previstas no PNAES, as informações prestadas pelos gestores são as seguintes.

Questão 1 Analisando a implementação da PAE por meio das ações do PNAES no seu campus, você considera que essas ações são importantes?

Respostas:

Com certeza, considero a política de assistência estudantil importante pois são ações que fazem com que os estudantes permaneçam na instituição, essa política vem ao encontro do programa permanência e êxito da instituição e penso que pelo que temos monitorado, se não houvessem essa política que subsidia a permanência de nossos alunos, talvez a evasão seria num número bem maior do que a que temos hoje; então, com certeza a política de Assistência Estudantil através do PNAES é de suma importância para as instituições de Ensino, principalmente a nossa que atende um número de estudantes que ficaram muitas vezes a margem (G1).

“Com certeza. Nós trabalhamos com praticamente todas as ações do PNAES, só não temos moradia, e entendemos que estas ações são determinantes” (G2).

Muito importantes. Tendo em vista que ela atinge os mais variados cursos, e devido as políticas e ações afirmativas, através das cotas, podemos dizer que 70% dos nossos alunos não tem uma renda tão elevada. Então se a gente tem estas políticas de acesso para estas pessoas precisamos ter também políticas de permanência, então acredito que ela é uma importante ferramenta, e o retorno que a gente tem por parte dos alunos, conversando com os pais, percebemos que é fundamental e precisamos dar suporte para estas ações que estamos proporcionando (G3).

“São muito importantes, principalmente para a permanência do aluno na instituição. Nós temos uma grande porcentagem de alunos carentes no nosso campus” (G4).

Sem dúvida sim. São fundamentais, na minha caminhada como servidor acompanhei que houve um progresso muito grande nessa política, os institutos federais vieram pra dar uma inovada nessa política, estruturou essa política, hoje os alunos precisam de um suporte muito maior e essa política colaborou para a permanência deles dentro da instituição (G5).

Ao responderem sobre a importância da PAE para a permanências dos estudantes, nota-se que os gestores em sua totalidade afirmam a importância das ações e serviços da PAE indicando, portanto, que estas são determinantes para a permanência e êxito dos estudantes no IFFAR, principalmente para aqueles que se encontram em situação de vulnerabilidade social.

Questão 2 - Das ações ofertadas pelo PNAES, quais são ofertadas atualmente pelo seu campus? E quais você considera fundamentais para contribuir para a permanência dos estudantes.

São ofertados auxílios permanência, transporte, alimentação, eventual e participação em eventos; considero fundamental a alimentação em primeiro lugar porque muitos alunos se deslocam muito cedo de suas cidades de origem então eles têm essa necessidade de alimentação diária aqui, e também considero fundamental o auxílio permanência e o auxílio transporte que são valores que eles recebem em dinheiro (G1).

Ofertamos transporte, permanência, eventual, atleta e alimentação. Diferentes campis terão diferentes necessidades de auxílios, isso depende também da questão socioeconômica dos alunos, então entendo que o auxílio transporte e permanência possibilitam aos estudantes com renda menor que 1,5 salários mínimos per capita que não teriam o dinheiro da passagem ou dependendo da distância da cidade ou dos bairros onde moram não teriam como se deslocar até o campus, então estes auxílios são determinantes para a permanência dos alunos, bem como a alimentação (G2). Dentre as várias ações ofertadas os gestores dos campi enfatizam a oferta da alimentação, e dos auxílios transporte e permanência, sobre os quais podemos perceber a

importância e necessidade destes auxílios considerando que muitos estudantes moram longe do campus onde estudam como pode-se visualizar nas falas do G1 e G2; a maioria dos estudantes de ensino médio passam o dia todo na instituição com aula em turno integral e no caso dos estudantes dos cursos superiores que estudam à noite muitos deslocam-se de seus trabalhos diretamente para estudar e nestes casos a oferta da alimentação torna-se fundamental, como refere também o G3.

“Alimentação, bolsas de auxílio permanência e auxílio transporte. Eu acho que todas são fundamentais, mas a alimentação contribui para os estudos e permitem que eles tenham qualidade no tempo que eles usufruem aqui dentro” (G3).

“Alimentação e as bolsas permanência, transporte, atleta, eventual, e eventos que esse ano não tivemos, mas tivemos no ano passado. A bolsa permanência é fundamental e a alimentação, esses dois auxílios fazem com que o aluno realmente fique aqui” (G4).

“Nós procuramos que ela seja o mais abrangente possível, trabalhamos com toda assistência ao educando, alimentação, alojamento, auxílios transporte, permanência, atleta. Eu não diria que uma ou outra é mais importante, todas são” (G5).

Questão 3 - O Campus tem Moradia Estudantil? Se sim, como é o investimento? Qual sua visão sobre este benefício? Se não, o que pensa sobre?

O campus ainda não possui moradia estudantil, para a permanência do estudante e para que possamos atingir uma população que ainda não atingimos, eu considero de suma importância, no entanto pra gestão no atual cenário que vivemos eu penso que é bem difícil fazer a gestão de uma moradia estudantil, tem que ter toda uma organização, uma logística, um quadro de profissionais terceirizados pra dar conta desse público que vai permanecer conosco praticamente 24 horas por dia os 365 dias do ano, então olhando pelo lado da gestão ao mesmo tempo que é positivo pra você fazer com que estudantes carentes tenham acesso a um ensino de qualidade velo como positivo, mas olhando o lado da gestão não é uma coisa tão simples assim de gerir tudo o que envolve a moradia estudantil (G1).

Nós não temos moradia e no nosso PDI não temos previsão para tê-la. Percebo que nos cursos superiores temos um prejuízo em termos de permanência por não ter a moradia, pois pelo SISU recebemos alunos de vários lugares do país. Vejo dificuldade em ter moradia no campus pois viemos em uma política de redução de cargos permanentes em função das terceirizações dos serviços, não fazemos um esforço maior em buscar uma moradia pelo receio da precarização deste serviço, mas é um fator muito importante para a permanência dos estudantes (G2).

O campus não tem moradia estudantil. Nós não somos um campus agrícola, somos um campus localizado dentro da zona urbana do município, e hoje contamos com a gratuidade do transporte dentro do município mediante a apresentação da carteira de estudante pelo aluno, então a gente percebe que não teríamos uma necessidade tão grande da moradia. Pensamos que ao invés da moradia seria interessante uma bolsa em dinheiro porque recebemos principalmente nos cursos de bacharelado muitos alunos de longe, de fora do estado, e sentimos essa necessidade deles, pela dificuldade em se manter aqui por ter o gasto com aluguel, então na nossa realidade um auxílio moradia seria mais benéfico do que a moradia estudantil em si para os alunos que se encontram nesta realidade. E hoje o campus não teria como dispor de servidores e de uma estrutura adequada para o funcionamento da moradia (G3).

“O campus não tem. Seria importante principalmente para os cursos de agricultura que a maioria do pessoal não é daqui da cidade, muitos são do interior, e se tivéssemos a moradia estudantil ajudaria muito a eles permanecer” (G4).

Sim. Hoje nós temos 175 alunos internos, entre 130 meninos e 45 meninas em alojamentos separados, todos alunos do Ensino médio, se conseguirmos reformar outros dois alojamentos que temos aqui passaremos a ofertar para os alunos dos cursos superiores também. Temos uma estrutura muito boa de moradia. Vejo que é necessário ter moradia estudantil porque muitos alunos têm dificuldade financeira e também pela distância de seus municípios de origem para poder estar aqui para estudar. É necessário toda uma equipe porque atendemos eles 24h por dia, temos servidores do campus e terceirizados atendendo nas moradias. Recebemos o RIP que é um valor a mais repassado pela reitoria para os campis que tem moradia, mas ele não cobre todos os gastos que se tem com a moradia, mas ajuda muito. A moradia já é uma tradição da instituição, o campus pertencia a UFSM e tem 53 anos de funcionamento, passou a integrar o IFFar somente em 2013 (G5).

A moradia estudantil atualmente existe em apenas um campus do IFFar na região Noroeste, que é herança da UFSM (e em outros 3 campi que não fazem parte desta região pesquisada|). Todavia, todos os gestores entrevistados consideram esta oferta muito importante para a permanência do estudante pontuando que muitos vêm de municípios distantes do campus como refere o G2 e encontram dificuldades para pagar aluguel e se manter estudando.

Cabe destacar que a oferta de moradia estudantil requer um grande investimento de estrutura física bem como de pessoal terceirizado pois exige atendimento 24h por dia. Neste sentido, o G3 sugere que se não é possível esta oferta neste momento que seria interessante ofertar então uma bolsa, um auxílio moradia em dinheiro. A existência de moradia estudantil em todos os campi é um desejo da atual reitora da instituição, porém até o momento ainda não foi possível a concretização em todos os campi.

Questão 4 – O Campus oferta Alimentação? Em todos os turnos? Produção própria ou terceirizado? Como isso reflete na Implementação e efetividade do serviço/oferta de alimentação?

O campus hoje possui refeitório, no entanto o refeitório não está adaptado e em condições de fazer a gestão própria, então hoje trabalhamos com refeições terceirizadas que são produzidas fora da instituição e servidas aqui, estamos trabalhando para a implementação do modelo próprio de gestão mas em virtude da falta de recurso pra adaptar a estrutura física e bem como adquirir os equipamentos e utensílios necessários isso ainda não foi possível [...]Então a nossa opinião seria de manter um contrato terceirizado com locação do nosso espaço depois de adaptado. No entanto o instituto, a reitoria como um todo não caminha para essa possibilidade, ela trabalha numa possibilidade real de implantação do modelo de gestão própria, produzir, contratar postos de trabalho terceirizados para que a produção aconteça aqui e a nossa visão de gestora local é de produzir aqui locando o espaço para uma empresa terceirizada (G1).

O campus oferta lanche pela manhã para todos os alunos nos 5 dias da semana e almoço nos 3 dias da semana que tem aula o dia todo e no dia de treino esportivo para os que ficam para participar deste, a noite é servido lanche para todos os alunos do PROEJA e para os cursos superiores e técnico subsequente é servido lanche apenas para os alunos com renda per capita de até 1,5 salários mínimos. Nós não temos produção própria, o serviço é terceirizado, é produzido fora do campus, vem pronto e é servido no nosso refeitório e não temos problema de aceitabilidade por parte dos alunos; entendo que a melhor forma de gestão da alimentação seria a locação do espaço aqui para empresa terceirizada (G2).

Nós seguimos à risca o que a política de alimentação escolar do Instituto preconiza, então para os cursos técnicos de ensino médio servimos para todos os alunos e nos cursos superiores para os alunos que comprovam a vulnerabilidade mediante comprovação da renda per capita de até 1,5 salários mínimos. Não temos a produção própria e o fornecimento de alimentação é terceirizado fornecido por uma empresa e ainda temos a chamada pública da agricultura familiar que tem nos fornecido os lanches. Para os alunos do integrado e dos cursos superiores aptos a receber é servido lanche da manhã, almoço e lanche da tarde; e para os alunos da noite é servido um lanche mais reforçado (G3).

Nós ofertamos em todos os turnos, conforme a lei, o serviço é terceirizado a gente não tem ainda o refeitório, o campus faz 5 anos que existe e nós não recebemos ainda orçamento para terminar isso. O serviço de oferta de alimentação é de qualidade vem as quantidades certas, a gente faz um controle rigoroso, eles trazem a comida e nós servimos nas cubas para manter quente em um refeitório que temos improvisado (G4).

O campus oferta alimentação nos 3 turnos, café, almoço e janta; não é servido lanche. O serviço é terceirizado e de qualidade. Os alunos do ensino médio recebem alimentação gratuita, os dos cursos subsequente e superior é subsidiado, pagam R$2,50 pela janta e isso foi uma decisão interna nossa, digamos que é uma herança da UFSM porque nos outros campis do IFFar não é cobrado; alguns alunos da subsequente e superior comprovada renda per capita de até 1,5 salários mínimos recebem gratuitamente. O acompanhamento do refeitório é feito pela nutricionista do campus da UFSM que funciona aqui ao lado da nossa instituição e a empresa

terceirizada tem a sua própria nutricionista. O agendamento das refeições é feito semanalmente (G5).

Os campis da região Noroeste seguem o que determina a política de alimentação escolar do Instituto, consideram esta oferta de suma importância, no entanto, nenhum deles possui produção própria, todos trabalham com o fornecimento de alimentação terceirizado (lanches, almoço, janta).

Pode-se verificar nas falas dos gestores, a maioria dos campi possui refeitório mas recebe a alimentação pronta de uma empresa terceirizada. O único campus com a oferta de alimentação organizada de forma um pouco diferente é do G5 o qual refere ser uma herança da UFSM instituição a qual pertenciam anteriormente, neste caso a alimentação também é feita por uma empresa terceirizada, porém para os estudantes dos cursos subsequentes e superiores é subsidiada, onde os estudantes contribuem com um valor R$ 2,50 pela janta, para os estudantes de ensino médio é gratuita conforme prevê o PNAES.

Nos demais campi do IFFar a oferta é gratuita para todos os estudantes, e no caso dos cursos superiores e subsequentes recebem aqueles estudantes com renda familiar per capita de até 1,5 salários mínimos. Cabe ressaltar, que a oferta de alimentação é um dos benefícios mais importantes ofertados pelo PNAES, pois muitos estudantes em situação de vulnerabilidade social, dependem destas refeições para permanecer na instituição estudando.

Questão 5 – O campus possui a equipe mínima de profissionais para atuar na PAE? (Assistente Social, Psicóloga, Pedagoga, Téc. Assuntos Educacionais, Odontólogo, Médico, téc. Enfermagem, Enfermeiro, Nutricionista, Assistente de Alunos).

( ) Sim ( ) Não Por que?

Parcialmente. Algum período atrás o nosso quadro que envolve todos esses profissionais estava quase 100% preenchido. Em virtude de alguns afastamentos, algumas questões judiciais e também vacância de cargos, hoje a nossa Assistência Estudantil está totalmente desestruturada, é insuficiente o quadro de profissionais que atuam na Assistência, [...} existe um edital de concurso em aberto com perspectivas futuras de provimento destes cargos [...] entendo que um quadro com todos estes profissionais em uma instituição do nosso porte é de suma importância, é necessário para o bom andamento das atividades e para assistir como deve ser todos os nossos estudantes [...] a assistência estudantil que vai dar o amparo pra ele, pedagogicamente, psicologicamente, e vai trabalhar essas questões para que ele supere suas necessidades e obtenha êxito nessa caminhada (G1).

Não. Não tenho pedagogo na Assistência, e nem no campus por ter sido removida para outro campus, e momentaneamente estamos sem médico e enfermeira também porque pediram exoneração. De resto temos todos os profissionais. Temos 3 assistentes de alunos, temos uma assistente social, duas psicólogas, uma técnica de enfermagem, temos odontólogo, mas não temos gabinete para atendimento. Temos

uma equipe praticamente completa e temos a convicção de que é necessária esta equipe, a Assistência Estudantil nunca vai ter gente demais ao meu ver (G2).

“Sim. A gente só não tem enfermeiro. Temos o orgulho e privilégio de dizer que hoje o campus tem a equipe completa na Assistência Estudantil” (G3).

Hoje nós temos assistente social, técnico em assuntos educacionais, odontólogo, médico, técnico de enfermagem, enfermeiro, nutricionista e dois assistentes de alunos. A equipe mínima a gente tem, falta a psicóloga ainda e uma pedagoga. Ainda não temos o quadro completo, mas com o que se tem consegue atender, todos contribuem para os cuidados com os alunos, temos uma parceria para atendimento psicológico com a URI que supre essa necessidade, e a nossa técnica em assuntos educacionais tem formação em pedagogia então consegue dar este suporte também, considero que estamos atendendo satisfatoriamente (G4).

Não. Nós não temos assistente de alunos, temos uma psicóloga emprestada de outro campus que não sabemos se fica, e não temos no momento essa vaga de psicóloga pra poder ter outro profissional no lugar dela, não temos odontólogo. O nosso grupo é bem enxuto o que temos é o médico, técnico de enfermagem e a assistente social, e o técnico em assuntos educacionais que no momento está trabalhando no gabinete, estamos esperando uma pedagoga porque a nossa saiu. Mas a equipe faz um trabalho muito bom de acompanhamento dos alunos e estão sendo extremamente eficientes no trabalho deles, o trabalho da psicóloga está sendo muito bom, hoje ela é extremamente importante aqui dentro do campus. Precisaríamos ter mais gente, o que facilitaria para atender nossos alunos, mas pela equipe que nós temos e pelas circunstâncias e dificuldades, eu acho que estão fazendo um ótimo trabalho (G5).

Todos os gestores referem a importância da equipe de profissionais que atuam na Assistência Estudantil, entretanto a maioria deles não possui a equipe completa, e afirmam que estes profissionais fazem muita falta, contudo, em alguns campi a falta de profissionais se dá por ainda não ter o profissional na instituição e em outros pelo fato de estes profissionais que deveriam estar realizando suas funções na CAE estarem em outros setores.

Portanto, seria extremamente importante que fosse priorizado pelas gestões o quadro de profissionais do setor de Assistência Estudantil por ser ele um dos principais setores de atendimento ao aluno na instituição, e que dá o suporte para eles resolverem várias questões no decorrer do seu percurso educacional, refletindo diretamente na permanência destes estudantes.

Questão 6 – Fale sobre como é a política de atenção à saúde e apoio ao estudante PNE (Pessoa com Necessidade Especial) no seu campus?

No setor de saúde hoje contamos com um médico 20h, uma odontóloga 40h, uma nutricionista 40h e uma psicóloga 40h que no momento está em acompanhamento de cônjuge em outro campus [...] A política institucional de saúde é voltada mais para

trabalhar as questões de prevenção e orientação [...] entendo ser de suma importância ter toda essa estrutura a disposição dos estudantes porque aqui eles encontram uma oportunidade que lá fora ou em outras instituições eles não tiveram ou não tem [...] quanto ao apoio a pessoa com necessidade especial, existe a Coordenação de Ações Inclusivas (CAI) e o Núcleo de Atendimento a Pessoa com Necessidade Especial (NAPNE), a questão de acessibilidade física hoje já está mais adequada às normas e necessidades [...]desde que tomamos conhecimento de que vamos receber algum aluno que possua necessidade especial procuramos nos adaptar para receber da melhor maneira possível esse aluno, e isso não é um movimento muito fácil, pois é um órgão público federal que depende de contratação, de licitação e isso por vezes é demorado, vou te citar um exemplo: precisávamos contratar um profissional intérprete de libras, e eu não posso contratar esse profissional com dispensa de licitação mesmo justificando a necessidade porque tem uma lei que determina a forma de contratação, então nós dependíamos de uma autorização do ministério do planejamento [...] até que o processo fosse concluído, nós perdemos um estudante, não conseguimos resolver a tempo por causa do burocracia, foi feito contato através da coordenação de ações inclusivas, mas não conseguimos fazer com que este estudante retornasse [...] é preciso melhorar as ações na questão atitudinal, a atitude das pessoas hoje é a nossa maior fragilidade (G1).

A saúde no campus é basicamente de forma preventiva, trabalhando bastante a prevenção, além da realização dos demais atendimentos conforme surgem as necessidades; na saúde mental o trabalho é realizado pelas nossas psicólogas, e temos também uma educadora especial e duas intérpretes de libras, este ano não temos nenhum aluno surdo, mas em outros anos que já tivemos 3 alunos surdos. Na minha visão estamos atendendo minimamente as questões de saúde, o NAPNE atualmente não está muito ativo e é a educadora especial que acaba fazendo os atendimentos necessários nesse sentido (G2).

Desde a inscrição nas cotas específicas já vamos acompanhando, uma vez que esse aluno se matricula a equipe da Coordenação de Ações Inclusivas, coordenada por uma interprete de libras, já inicia um trabalho com essa família para compreender o