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DE 1930 A 1970: A INTEGRAÇÃO DO MERCADO INTERNO À ECONOMIA NACIONAL E A INDUSTRIALIZAÇÃO PESADA NO BRASIL

GLOSSÁRIO

5. A ECONOMIA, A POPULAÇÃO E A DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS ATIVIDADES PRODUTIVAS NO BRASIL

5.2 DE 1930 A 1970: A INTEGRAÇÃO DO MERCADO INTERNO À ECONOMIA NACIONAL E A INDUSTRIALIZAÇÃO PESADA NO BRASIL

De acordo com Cano (1993), o processo de industrialização e de implementação de avanços tecnológicos no Brasil começou sempre tardiamente se comparado aos países centrais. Uma comparação pode ser feita com relação a primeira revolução industrial - cujo auge na Inglaterra foi entre 1820 e 1830, centro hegemónico do capitalismo deste período - sendo que o Brasil demorou em torno de mais de cinquenta anos para iniciar o processo.

Ainda que essas novas bases técnicas tenham sido relativamente simples, com tecnologia não muito complexa, baixa densidade de capital por trabalhador, baixa relação capital-produto e acesso fácil ao mercado internacional de equipamentos, esse implante industrial no Brasil se arrastou por mais de 50 anos, somente se iniciando entre as décadas de 1870 e 1880 e consolidando-se entre as décadas de 1920 e 1930. (...) Em primeiro lugar, o longo período de nossa convivência com a escravidão e o fato de que nossas elites fossem extremamente conservadoras, fez com que – salvo raríssimas exceções –, não tivéssemos efetivas preocupações para com a industrialização e o progresso social. Por outro lado, também não tivemos condições de formar um Estado estruturante que minimamente se preocupasse com a industrialização e com uma política de engajamento no progresso internacional (CANO, 1993, p. 99).

Sendo assim, a industrialização no Brasil teve seu desenvolvimento somente na década de 1920 e se consolidou em 1930, se concentrando no Estado de São Paulo, principalmente.

(…) a liderança do desenvolvimento capitalista em São Paulo, uma vez obtida (pré-1930), tendeu a acentuar-se por razões que dizem respeito, antes de mais nada, à dinâmica do próprio polo. Isto é,

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essa liderança pode ser entendida pela crescente capacidade de acumulação de capital em São Paulo, somada à marcante introdução de progresso técnico e diversificação de sua estrutura produtiva. Em resumo, o processo de concentração industrial obedeceu (...) à fria lógica capitalista de localização industrial (CANO, 2008, p. 13).

O período a partir de 1930 também foi marcado por diversos projetos desenvolvidos pela esfera federal em relação às políticas de desenvolvimento industrial e de promoção do crescimento. Das várias políticas apresentadas no capítulo anterior, se pode destacar a construção de Brasília e seu papel como nódulo do sistema de transportes rodoviários durante o Plano de Metas na segunda metade da década de 1950; a implantação da infraestrutura de apoio à atividade produtiva (transportes, energia, telecomunicações, saneamento urbano e ambiental) a partir de 1950; os incentivos fiscais para as regiões Norte, Nordeste e Centro- Oeste a partir da década de 1960; e os investimentos produtivos das empresas estatais desde 1930.

Especialmente a década de 1930 marcou também uma mudança na própria política económica do Brasil onde o modelo agrário-exportador foi substituído pelo modelo nacional- desenvolvimentista, com o governo de Getúlio Vargas24. A política económica passou a dar maior ênfase ao mercado interno, favorecendo o crescimento industrial e o processo de urbanização. O sistema económico do café justificou o fato de que a disponibilidade de capital em São Paulo fosse maior e também que este Estado assumisse a liderança do processo de acumulação de capital no Brasil, ampliando as desigualdades regionais. Cano (1998) acrescenta que

integrar o mercado interno requeria a eliminação, se possível, de todas as barreiras existentes à movimentação económica entre as regiões do país. Mais que isso seria aumentar o grau de interdependência regional através de um significativo aumento da complementaridade económica inter-regional. (CANO, 1998, p. 177)

Havia duas dificuldades para a integração do mercado interno que começaram a serem solucionadas no governo Vargas: os impostos interestaduais que incidiam sobre o comércio de mercadorias entre os Estados e a melhoria e ampliação dos sistemas de transporte. Houve eliminação de diversas barreiras à integração nacional, investimentos públicos que foram essenciais para o crescimento do Brasil neste período e também um projeto de industrialização nunca antes implementado.

5 A economia, a população e a distribuição espacial das atividades produtivas no Brasil

No período de 1930 até 1940 o processo de industrialização se deu através do processo de substituição de importações, ou seja, a produção no Brasil daquilo que antes era importada do exterior. Neste primeiro momento, a ênfase industrial foi no subsetor de bens de consumo não duráveis (alimentação, vestuário, tecidos, calçados, chapéus, utensílios domésticos, instrumentos de trabalho, equipamentos simples, bens de uso caseiro, bebidas, etc.). Assim,

germinam o artesanato, pequenas fábricas e indústrias de médio porte em todos os pontos habitados do país, onde há razoável demanda dos consumidores, com maior ênfase nos centros mais populosos e onde é maior a presença de imigrantes europeus, que têm algum conhecimento desse tipo de atividade económica (BRUM, 1984, p. 54).

Ainda nesta ideia de integração do mercado nacional, foi realizado no Governo Vargas a política da Marcha para o Oeste, onde se tinha como objetivo "preencher os vazios" do território nacional, principalmente na região Centro Oeste. Assim, ainda na década de 1930, esta política incentivou a expansão ferroviária em Goiás, a expansão rodoviária e a expansão da “fronteira agrícola” para a colonização do restante do Paraná, Goiás e Mato Grosso. Da mesma forma, na Constituição de 1934 também foi reafirmada a proposta de mudança da capital federal para o "centro do país" (CANO, 2008 e 2005).

Não se pode deixar de mencionar o papel da agricultura no processo de substituição de importações do Brasil. Segundo Gremaud, Vasconcellos & Toneto Júnior (2002), a agricultura foi responsável por liberar mão de obra, gerar divisas a partir da exportação de

commodities, fornecer matéria-prima e alimentos para o setor industrial e urbano, e a própria

transferência de capital do setor agrícola para o setor industrial.

No final da década de 1940 e começo dos anos 1950, foi lançado o Plano SALTE, pelo presidente Eurico Gaspar Dutra. O Plano infelizmente não teve sucesso e as principais causas do insucesso foram a defasagem entre os recursos previstos e os aplicados, a falta de controle e a excessiva centralização de poderes. Durante o segundo Governo Vargas (1951/1954), também houve investimentos em infraestruturas a partir das sugestões da Comissão Mista Brasil-Estados Unidos. A criação do BNDES e o incentivo a investimentos em projetos em setores atrasados da economia foram iniciativas deste período.

Conforme ressaltado por Cano (2008 e 2005) quando se analisam a estrutura produtiva e a interiorização de investimentos, verifica-se que talvez tenha sido no Governo de Juscelino Kubitschek, entre 1956 e 1961, um dos períodos mais importantes para o Brasil. Nesse período, a industrialização se deu na indústria pesada e de bens de consumo durável, e

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o Plano de Metas apresentou vários resultados expressivos, dentre eles a construção de Brasília.

A construção de Brasília é considerada como um dos fatores de maior impacto no processo de integração económica do território brasileiro, principalmente: i) por sua localização (no centro do País); ii) porque Brasília passou a funcionar como um entroncamento de um complexo sistema rodoviário ligando regiões do Norte e do Centro- Oeste do país e suas ramificações; e, iii) pela incorporação produtiva dos cerrados, viabilizando a expansão da extensa fronteira agrícola do Centro-Oeste brasileiro (CNDR, 2012).

Com as medidas do Plano de Metas foi possível visualizar êxitos no plano de industrialização da economia e na superação de pontos de estrangulamento que impediam o desenvolvimento nacional. Houve migração de pessoas para as localidades mais dinâmicas, acelerando transformações nas estruturas produtivas regionais, com impacto direto nos produtos de exportação destas regiões e, de certo modo, desconcentrando a produção nacional. Um exemplo foi a criação da Zona Franca de Manaus (ZFM) a partir do Decreto-Lei 288/1967, onde houve transferência de parte substancial de produção de eletrónicos de consumo e de veículos de “duas ou três rodas” (CANO, 2008).

Os processos de industrialização trouxeram desequilíbrios económicos e sociais, principalmente relacionados com a inflação e a concentração de renda. Uma primeira tentativa de atenuar essas assimetrias, principalmente no plano económico, ocorreu com o Plano PAEG a partir de 1964. Porém, o principal objetivo deste plano ainda residia no controle da inflação e de reformas institucionais, deixando as demais assimetrias em segundo plano. Somente a partir do II PND em 1975 é que houve uma maior preocupação com a questão espacial e regional do desenvolvimento. Além da preocupação em se manter taxas de crescimento elevadas, também havia o objetivo de descentralizar espacialmente os projetos de investimentos utilizando-se de incentivos fiscais e creditícios. Simões & Cruz Lima (2009) afirmam que:

O Estado procurou estimular os efeitos para frente e para trás na cadeia produtiva (linkage effects), bem como entre regiões (trickling-down e polarization effects), através de vários projetos de investimento especialmente em bens de produção intermediários na região mais atrasada do país – Nordeste –, mas como o processo de desenvolvimento era liderado por sua região mais dinâmica – Sudeste – estes efeitos não foram tão grandes quanto o esperado (a estrutura industrial da região Nordeste desenvolveu-se de forma complementar e dependente do centro económico nacional, o que aumentava os vazamentos em prol da região Sudeste). Como a diversificação das exportações, o estímulo às atividades rotineiras e o processo de adição de novo trabalho na economia local continuavam em segundo plano, todo o processo de crescimento da economia brasileira manteve- se limitado (SIMÕES & CRUZ LIMA, 2009, p. 29-30).

5 A economia, a população e a distribuição espacial das atividades produtivas no Brasil

A década de 1960 também foi um período de grande entrada de capital estrangeiro no país. Havia muitos incentivos ao capital externo destacando-se a permissão para a importação de matrizes, máquinas e equipamentos obsoletos, valorizando-os como se fossem novos, sem cobertura cambial ou restrição de qualquer espécie quanto aos similares de fabricação nacional, ao mesmo tempo que se negava o mesmo procedimento às empresas brasileiras. O processo de industrialização do Brasil, até 1950, tinha pouca participação do capital externo, sendo essa situação alterada a partir desta década, quando o capital estrangeiro passou, gradualmente, a controlar os ramos mais dinâmicos da economia brasileira, e

de 1955 em diante, intensifica-se o processo de integração crescente da economia brasileira à estratégia do capitalismo internacional, começando pela integração de importantes setores da indústria, operando a interligação com a agricultura, crescentemente modernizada, e também com a mineração. Assim, o desenvolvimentismo vai acarretar elevado preço, em termos de perda de controle sobre os setores mais importantes da indústria do país, o que se amplia e aprofunda, progressivamente, para toda a economia brasileira. (BRUM,1984, p. 64).

O Gráfico 1 mostra que os incentivos à entrada de capital estrangeiro tiveram maior reflexo a partir de 1964, e mais ainda a partir de 1967, quando os aumentos foram mais vultosos.

Gráfico 1 - Investimento direto estrangeiro (IDE)25 no Brasil, US$ (milhões) - 1947-1970

Fonte: Elaboração do autor a partir de BACEN (2014)

25 É comum encontrar na literatura tanto Investimentos diretos estrangeiros (IDE) como Investimentos

estrangeiros diretos (IED). Optou-se por utilizar a primeira opção levando-se em consideração como o BACEN (Banco Central do Brasil) utiliza.

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Quando se analisa a origem destes investimentos, percebe-se pela Tabela 2 que na década de 1960 aumentou a participação dos EUA. Mesmo reduzindo sua participação, é possível notar que os Estados Unidos foram os principais investidores estrangeiros no Brasil a partir de 1950, sendo que o total do período analisado representava em torno de 19,3% de todo o Investimento Estrangeiro Direto (IDE) do Brasil. Em segundo lugar ficou a Alemanha e em terceiro a Suíça. Ambos aumentaram consideravelmente seus investimentos a partir de 1950. Por outro lado é possível observar que os 10 países que mais investiram, até 1970, perderam participação relativa no período, mostrando que houve entrada de IDE por parte de um maior conjunto de novos países.

Tabela 2 - Investimento estrangeiro direto no Brasil, em mil US$ - 1950/1970

País Até 1950 1951 a 1960 1961 a 1970 TOTAL ATÉ 1970

Valor % Valor % Valor % Valor %

Estados Unidos (EUA) 40.508 22,0 208.444 34,8 322.313 27,6 571.265 29,3 Alemanha Ocidental 8 0,0 101.413 16,9 216.623 18,6 318.044 16,3 Suíça 6.591 3,6 103.239 17,2 127.118 10,9 236.948 12,2 Canadá 93.928 51,1 43.814 7,3 91.264 7,8 229.006 11,7 Japão 2.614 1,4 28.631 4,8 101.723 8,7 132.968 6,8 Panamá 1.466 0,8 21.138 3,5 42.846 3,7 65.450 3,4 Reino Unido 13.414 7,3 19.101 3,2 13.452 1,2 45.967 2,4 Luxemburgo 1.959 1,1 7.363 1,2 32.854 2,8 42.176 2,2 Holanda 4.397 2,4 2.505 0,4 34.116 2,9 41.018 2,1 Itália 8.711 4,7 5.031 0,8 26.597 2,3 40.339 2,1

TOTAL dos 10 mais 173.596 94,4 540.679 90,1 1.008.906 86,5 1.723.181 88,4 Outros países 10.217 5,6 59.118 9,9 157.416 13,5 226.751 11,6 TOTAL GERAL 183.813 100,0 599.797 100,0 1.166.322 100,0 1.949.932 100,0 Fonte: Elaboração do autor a partir de BACEN (2014).

Além disso, o período final da década de 1960 foi de intensas modificações na dinâmica da económica brasileira. No período de 1961 a 1964,

esgotam-se as possibilidades de crescimento da economia brasileira baseada na expansão da indústria de bens duráveis, que na década anterior fora a mola propulsora principal do crescimento económico. O país entra num período de estagnação e recessão (BRUM, 1984, p. 75).

O início da década de 1960 marca o início da queda do crescimento do PIB brasileiro que só vai retornar com maior afinco a partir de 1967, conforme mostra o Gráfico 2.

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Gráfico 2 - Variações do PIB real no Brasil - 1930-1970

Fonte: Elaboração do autor a partir de IPEADATA (2014)

O período de 1962 a 1967 foi de estagnação económica e, junto com ele, fraco em políticas económicas de desenvolvimento ou de diminuição de desigualdades regionais. Também neste período, ocorreu o golpe militar em 1964:

O declínio do processo de desenvolvimento no início da década de 60 com o consequente agravamento das tensões sociais, a crise político-institucional delas resultantes, que levou à renúncia de Jânio Quadros e à ascensão tumultuada ao poder do vice-presidente João Goulart em 1961, se constituíram em fatores determinantes da emergência do golpe de estado de 1964. O presidente João Goulart, que defendia as mesmas ideias de Getúlio Vargas, foi também apeado do poder em 1964. A ditadura militar, implantada no Brasil a partir de 1964, deu continuidade ao modelo de desenvolvimento capitalista dependente iniciado no governo Kubitschek (ALCOFORADO, 2000, p. 103).

Dentre as políticas económicas adotadas pelo governo militar estavam os incentivos às exportações, que se refletiram na promoção do desenvolvimento e modernização na agroindústria do Sul, Sudeste e Centro-Oeste. O crescimento da demanda e de crescimento das cidades não foi acompanhado pelo mesmo crescimento da produção agrícola, o que gerou problemas no setor primário. A oferta inferior à demanda resultou na elevação dos preços, principalmente nos produtos alimentares. Além disso, havia problemas na própria comercialização dos produtos agrícolas, na qualidade e na não existência de estradas, bem como de instalações de armazenamento suficientes. Esses problemas passaram a ser combatidos a partir dos Planos Nacionais de Desenvolvimento (PND) na década de 1970 e que serão detalhados na próxima seção.

Na década de 1960 tinha-se a seguinte configuração do território nacional, conforme mostra a Figura 28.

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Figura 28 - Tipos de regiões em função das interações espaciais - 1960

Fonte: Becker & Egler (1992).

As iniciativas de integração nacional do período de 1930 a 1970 se refletiram em maior desenvolvimento das regiões do Brasil. Houve expansão da fronteira agrícola com as migrações de paulistas, mineiros, baianos e sulistas colonizando o Paraná, Goiás e Mato Grosso, a construção de rodovias para o Norte e Centro-Oeste, a construção de Brasília e a colonização da Amazônia que dinamizaram a agricultura dessas regiões dando margem ao surgimento de agroindústrias e da urbanização. As direções das frentes pioneiras, bem como os principais centros urbanos e as interações espaciais das regiões, são também visualizados na Figura 28. A criação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE) e da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM) e Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA) na Amazônia, juntamente com os incentivos fiscais destas regiões, intensificaram a migração do capital produtivo para estes locais.

Outra característica marcante do período analisado foi o crescimento significativo da população urbana, conforme se visualiza pelo Gráfico 3.

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Gráfico 3 - População total, urbana e rural do Brasil - 1930-1970

Fonte: Elaboração do autor a partir de IPEADATA (2014).

Nota-se pelo Gráfico 3 que a população total crescente refletiu o crescimento da população urbana, em detrimento da diminuição da população rural brasileira. Na metade da década de 1960 a população urbana ultrapassou a população rural, sendo esta última sempre decrescente a partir deste período, refletindo as consequências das políticas de mecanização da agricultura e de incentivos aos setores urbanos, que foram intensificados na década seguinte.

O aumento da população se deu em todo o território nacional. Porém, alguns centros urbanos apresentaram crescimento significativo em, conforme mostra a Figura 29.

164 Figura 29 - Distribuição da população total, por municípios do Brasil - 1940/1970

População em 1940 População em 1970