• Nenhum resultado encontrado

A LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE TOLEDO E PRINCIPAIS FONTES DE DADOS UTILIZADAS

GLOSSÁRIO

1.2 A LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE TOLEDO E PRINCIPAIS FONTES DE DADOS UTILIZADAS

Antes de iniciar a apresentação dos resultados de todos os capítulos é preciso ressaltar que a Parte I desta tese, por ter caráter teórico e conceptual, é desenvolvida a partir de uma revisão de literatura detalhada. Nas demais seções, inclusive no final do capítulo 4 da Parte I e em toda a Parte II, são apresentadas diversas informações de dados secundários e primários agregadas em forma de mapas temáticos, quadros, tabelas e outras ilustrações, segundo diferentes unidades geográficas e utilizando, sempre que possível, a classificação avançada conjunta da OECD/Eurostat, apresentada por Marques da Costa (2008) e Alves & Marques da Costa (2013a), a partir de EUROSTAT (2009 e 2013), em que os subsetores são classificados por graus de intensidade de tecnologia e conhecimento (Anexo III).

Reestruturação produtiva e desenvolvimento local - o caso do Município de Toledo, Estado do Paraná, Brasil

10

Tal como referido, ao longo do trabalho apresentam-se resultados agregados reportados a diferentes escalas geográficas que importa apresentar. O Brasil é dividido em cinco grandes regiões (Centro-Oeste, Norte, Nordeste, Sudeste e Sul). Cada região é formada por Unidades de Federação (26 Estados mais o Distrito Federal). Internamente, os Estados são divididos em mesorregiões (137 no total), e estas, em microrregiões (558 no total). Estas últimas agregam um conjunto menor de municípios1. A Figura 3 apresenta um resumo das regionalizações existentes e, ainda, a localização do município de Toledo2, caso de estudo desta tese e que está inserido na Microrregião de Toledo3, localizado na Mesorregião Oeste do Estado do Paraná, na região Sul do Brasil. Em determinados momentos recorre-se a dados agregados por mesorregiões e microrregiões, que servem de base às análises de enquadramento e caracterização da realidade do Brasil e do Oeste do Paraná.

Além de diferentes regionalizações também são utilizados diversos domínios, escalas de análise e fontes de dados, particularmente na Parte II da tese, que serão fundamentais para caracterizar a estrutura produtiva e populacional, definir o perfil de especialização do emprego e conhecer as variáveis que podem explicar a reestruturação produtiva e o desenvolvimento local do município de Toledo. Uma síntese dos principais domínios, conceitos, escalas de análise e fontes de dados utilizados é apresentada pela Figura 4.

1 Um detalhamento sobre a divisão regional do Brasil e do Estado do Paraná é apresentado pelo Anexos I e II. 2

A mesorregião Oeste do Paraná é composta por 50 municípios, sendo estes agrupados em três microrregiões. Cada uma destas microrregiões recebe o nome do município mais importante na hierarquia urbana interna. Sendo os municípios de Cascavel, Toledo e Foz do Iguaçu os mais importantes na rede urbana do Oeste do Paraná, as três microrregiões existentes recebem os nomes destes mesmos municípios.

3 As divisões de meso e microrregiões foram efetuadas pelo IBGE na década de 1960 e 1970, e foram

constituídas levando-se em consideração as áreas que agrupassem, dentro de um mesmo Estado, municípios com características físicas, sociais e econômicas mais aproximadas. Levaram-se em consideração características do meio físico geográfico, as áreas de população, as regiões agrícolas ou urbanas (industrial e de serviços/comércio) para a sua definição (IBGE, 1970; CONTEL, 2014). A regionalização de mesos e microrregiões foram formuladas no sentido de permitir a elaboração de estatísticas mais detalhadas em unidades territoriais maiores, facilitando as análises regionais do que se fossem efetuadas sempre ao nível municipal. É comum, em bancos de dados oficiais estaduais e federais, coletar dados a níveis municipais, de mesos ou microrregiões , por Estados e por grandes regiões. O uso de mesos e micros são igualmente comuns em estudos nacionais, como no caso da criação da PNDR (Política Nacional de Desenvolvimento Regional) que se utilizou de dados microrregionais para delimitar regiões prioritárias para a política, o que a mostra a importância e a constante utilização deste tipo de regionalização.

Introdução

Figura 3 - Regionalizações oficiais do Brasil, segundo IBGE, e localização do município de Toledo, por regionalizações e hierarquia urbana do IBGE

12

Figura 4 - Principais conceitos, escalas de análise e fontes dos dados utilizados na Parte II

Fonte: Elaborado pelo autor.

Capítulos com resultados Fontes de Informações Objetivos para atingir Escala Conceitos Domínios Objeto de Estudo Reestruturação produtiva e desenvolvimento local do município de Toledo, Paraná- Brasil Socioeconómico Estrutura Produtiva (Emprego, PIB, VAB) Local, Regional Atividades económicas principais, estrutura das empresas IBGE, RAIS, IPEADATA, IPARDES Caps. 5, 6 e 7 Socioeconómico (Qualificação do emprego, população, urbanização) Local, Regional Mudanças nas qualificações e bacia de empregos IBGE, RAIS, IPEADATA, IPARDES Caps. 5, 6 e 7 Geográfico Hierarquia/Redes de

cidades Regional, Nacional

Participação na rede urbana IBGE, RAIS, IPEADATA, IPARDES Caps. 5, 6 e 7 Internacionalização

do capital Regional, Nacional Região de influência SECEX, Inquéritos Caps. 5 e 7

Institucional

Desenvolvimento

regional de base local Local, Regional

Cooperação entre os agentes/meio

inovador

Inquéritos Caps. 7 e 8

Políticas Públicas Local, Regional

Quais os incentivos à diversificação

produtiva

Entrevistas Caps. 7 e 8

Desenvolvimento

local e regional Local, Regional

Desenvolvimento integrado do

município

Inquéritos e

Introdução

Os domínios de análise utilizados vão no sentido de demonstrar, juntamente com os conceitos que os envolvem, a dinâmica da estrutura produtiva de Toledo, enquadrando-a num contexto local, regional, nacional e internacional. O contraponto de várias escalas de análise demonstrará se o município se destaca ao nível nacional e regional, quais os setores que apresentam esse destaque, se este segue um padrão de crescimento igual ou distinto ao nacional, para além de demonstrar a sua capacidade de polarização regional.

De forma geral, o período de análise de dados desta tese decorre de 1990 à atualidade, o que é justificado por dois grandes fatores: i) por um lado a estabilização da economia brasileira (Plano Real) que ocorreu a partir de 1994; ii) por outro, a expansão política de abertura comercial que permitiu que diversos setores apresentassem grande crescimento, dentre esses, os do agronegócio e os subsetores de alta tecnologia e intensivos em conhecimento. Complementando a informação económica, diversas informações serão coletadas dos censos demográficos do IBGE, publicados para os anos de 1991, 2000 e 2010. Ressalta-se que sempre que for possível, se recorrem a outras estatísticas para recolha de dados de anos anteriores e mais atuais.

Detalhamentos das metodologias específicas utilizadas na Parte II serão apresentados nos respetivos capítulos de resultados conforme se detalhou na Figura 4 anterior.

2. DAS TEORIAS TRADICIONAIS ÀS TEORIAS MAIS RECENTES DE