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Investigação Documental: Pesquisa e análise documental

O DESENHO DA INVESTIGAÇÃO: ACLARANDO O HORIZONTE

O PERCURSO METODOLÓGICO

4.2. Etapas da Investigação – As escolhas e os caminhos

4.2.1. Investigação Documental: Pesquisa e análise documental

Numa primeira fase procurámos responder à seguinte subquestão de investigação: Que currículo nos cursos nacionais de formação pré-graduada de

Enfermagem na pessoa ao envelhecer? O objetivo consistiu em Analisar o currículo nos cursos nacionais de formação pré-graduada de Enfermagem na pessoa ao envelhecer.

Nesta fase, tendo em conta o objetivo descrito, elegemos como metodologia a investigação documental. Assim, procedemos à pesquisa documental (técnica de colheita de dados) dos decretos-leis correspondentes aos planos de estudo dos CLE ministrados em Portugal, procedendo à sua análise documental (técnica de tratamento de dados).

“A investigação documental pode ser considerada como um procedimento indireto de pesquisa, reflexivo e sistemático, controlado e crítico, procurando dados, factos, relações ou leis sobre determinado tema, em documentação existente”. Visa “dar forma conveniente e apresentar de outro modo a informação, facilitando a compreensão e a aquisição do máximo de informação com a maior pertinência” (Sousa, 2009 p. 88).

Sendo uma das suas principais vantagens “permitir o conhecimento de uma série de factos muito mais vasta do que a que se poderia investigar diretamente” (idem, 2009 p.88) pareceu-nos interessante conhecer e explorar as fontes documentais que poderiam ser úteis para aprofundar o nosso objeto de estudo.

Os documentos, nomeadamente os legislativos, conservam a história e representam “um dos elementos estáticos da sociedade”, guardando em si “a vida íntima de uma nação” e dando a conhecer “materiais sobre as conceções vigentes” (Nunes, 2003 p. 13).

Os documentos legislativos referidos constituíram o primeiro inventário de fontes documentais, dado que esta metodologia, a investigação documental,

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Abordaremos a análise crítica de discurso em maior profundidade, quando comparada com as outras metodologias utilizadas. Esta opção deveu-se essencialmente à importância que o Discurso assume nesta investigação, sobretudo na terceira e última etapa metodológica, onde os verbatins das entrevistas realizadas a peritos na área em estudo são objeto de análise de discurso.

acompanhou todo o percurso da investigação, tendo sido realizada por níveis, com vista à ordenação de elementos que constituíram a matriz referencial.

Quadro 4- Inventário de fontes documentais: Primeiro nível de análise

Ensino Superior Público Politécnico

Escola Superior de Enfermagem de Coimbra DR 2ª série – nº164 de 25 de Agosto de 2009 (declaração de retificação 2077/2009)

Escola Superior de Enfermagem de Lisboa DR 2ª série – nº63 de 31 de Março de 2008 (despacho nº 154/2008)

DR 2ª série – nº134 de 12 de julho de 2012 (despacho nº 9468/2012)

Escola Superior de Enfermagem do Porto DR 2ª série nº 127 de 5 de Julho de 2011 (despacho 8888/2011)

Instituto Politécnico da Guarda Escola Superior de Saúde da Guarda

DR 2ª série nº 10 de 15 de Janeiro de 2010 (retificação 74/2010)

Instituto Politécnico de Beja Escola Superior de Saúde

DR 2ª série nº 122 de 27 de Junho de 2007 (despacho 13417-BZ/2007)

Instituto Politécnico de Bragança Escola Superior de Saúde de Bragança

DR 2ª série nº187 de 27 de Setembro de 2007 (despacho 22637-BH/2007)

Instituto Politécnico de Castelo Branco Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias

DR 2ª série nº70 de 12 de Abril 2010 (despacho 6468/2010):

Instituto Politécnico de Leiria Escola Superior de Saúde de Leiria

DR 2ª série nº 227 de 26 de Novembro de 2007 (despacho 26970-BD/2007)

Instituto Politécnico de Portalegre Escola Superior de Saúde

DR 2ª série nº 195 de 8 de Outubro de 2009 (despacho 22367/2009)

DR 2ª série nº 123 de 27 de junho de 2012 (despacho 22367/2009)

Instituto Politécnico de Santarém Escola Superior de Saúde de Santarém

DR 2ª série nº 36 de 20 de Fevereiro de 2009 (despacho 6001/2009)

Instituto Politécnico de Setúbal Escola Superior de Saúde

DR 2ª série nº9 de 14 de Janeiro de 2010 (despacho 979/2010)

Instituto Politécnico de Viana do Castelo Escola Superior de Saúde

DR 2ª série nº 46 de 5 de Março (despacho 6317/2008); - DR 1ª série-B nº 258 de 7 de Novembro (despacho 1273/2003); DR 1ª série-B nº 251 de 29 de Outubro (despacho 1250/2001); DR 1ª série-B nº 204 de 4 de Setembro (despacho 711/2000)

Instituto Politécnico de Viseu Escola Superior de Saúde de Viseu

DR 2ª série nº 234 de 5 de Dezembro (despacho 27379/2007)

Universidade da Madeira

Escola Superior de Enfermagem da Madeira

DR 2ª série – nº 219 de 11 de Novembro de 2008 (despacho 29033/2008)

Universidade de Aveiro – Politécnico Escola Superior de Saúde de Aveiro

DR 2ª série nº 17 de 26 de Janeiro de 2009 (despacho 3360/2009)

Universidade de Évora – Politécnico

Escola Superior de Enfermagem de São João de Deus

DR 2ª série nº 93 de 14 de Maio de 2008 (despacho 13495/2008)

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – Politécnico

Escola Superior de Enfermagem de Vila Real

DR 2ª série – nº 6 de 9 de Janeiro de 2009 (despacho 719/2009)

Universidade do Algarve – Politécnico Escola Superior de Saúde

DR 2ª série nº94 de 15 de Maio de 2008 (deliberação 13 98/2008)

Universidade do Minho – Politécnico Escola Superior de Enfermagem

DR 2ª série – nº 11 de 16 de Janeiro de 2007 (despacho 803-c/2007)

Universidade dos Açores – Politécnico (Angra do Heroísmo)

Escola Superior de Enfermagem de Angra do Heroísmo

DR 2ª série - nº200 de 14 de Outubro de 2010 (despacho 15500/2010)

Universidade dos Açores – Politécnico (Ponta Delgada)

Escola Superior de Enfermagem de Ponta Delgada

DR 2ª série – nº 200 de 14 de Outubro de 2010 (despacho nº 15501/2010)

Ensino Superior Privado Politécnico CESPU – Instituto Politécnico de Saúde do Norte

Escola Superior de Saúde do Vale do Ave

DR 2ª série º 107 de 2 de Junho de 2011 (despacho 12143/2011)

CESPU – Instituto Politécnico de Saúde do Norte Escola Superior de Saúde do Vale do Sousa

DR 2ª série º 107 de 2 de Junho de 2011 (despacho 12144/2011)

Escola Superior de Enfermagem da Cruz Vermelha Portuguesa de Oliveira de Azeméis

DR 2ª série – nº 60 de 26 de Março de 2008 (despacho nº 8916/2008)

DR 2ª série – nº 60 de 139 de 19 de julho de 2012 (despacho nº 9786/2012)

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

DR 2ª série nº 66 de 03 de Abril de 2008 (despacho 9889/2008)

Escola Superior de Enfermagem de Santa Maria DR 2ª série – nº 16de 23 de Janeiro de 2012 (retificação nº 84/2012)

Escola Superior de Enfermagem Dr. Timóteo Montalvão Machado

DR 2ª série nº 201 de 18 de Outubro de 2007 (aviso 20175/2007)

Escola Superior de enfermagem São Francisco das Misericórdias

DR 2ª série nº 82 de 28 de Abril de 2008 (despacho 12098/2008)

DR 2ª série nº 151 de 6 de agosto de 2012 (despacho 1592/2012)

Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa

DR 2ª série nº 73 de 14 de Abril de 2008 (despacho 10925/2008)

Escola Superior de Saúde Egas Moniz DR 2ª série nº 220 de 12 de Novembro de 2009 (despacho 28092/ 2009)

(despacho 14859/2011) Escola Superior de Saúde Jean Piaget de Vila

Nova de Gaia

DR 2ª série nº 209 de 31 de Outubro (despacho 14798/2011)

Escola Superior de Saúde Jean Piaget de Viseu DR 2ª série nº 209 de 31 de Outubro (despacho 14800/2011)

Escola Superior de Saúde Jean Piaget/Nordeste DR 2ª série nº 210 de 2 de Novembro de 2011 (despacho 14858/2011)

Escola Superior de Saúde Ribeiro Sanches DR 2ª série nº148 de 3 de Agosto de 2011 (despacho 9681/2011)

Instituto Superior de Saúde do Alto Ave DR 2ª série nº 188 de 28 de Setembro de 2007 (despacho 22726-R/2007):

Universidade Atlântica

Escola Superior de Saúde Atlântica

DR 2ª série nº 89 de 8 de Maio de 2008 (despacho 13077/2008)

Universidade Fernando Pessoa Escola Superior de Saúde

DR 2ª série nº 180 de 18 de Setembro de 2006 (despacho 19002/2006)

Universidade Fernando Pessoa

Escola Superior de Saúde (unidade Ponte de Lima)

DR 2ª série nº 180 de 18 de Setembro de 2006 (despacho 19001/2006)

Ensino Concordatário Universidade Católica Portuguesa

Instituto de Ciências da Saúde (Lisboa)

- DR 2ª série nº 152 de 8 de Agosto de 2006 (despacho 16232/2006)

Universidade Católica Portuguesa Instituto de Ciências da Saúde (Porto)

- DR 2ª série nº 152 de 8 de Agosto de 2006 (despacho 16232/2006)

Torna-se importante referir que o nosso objeto correspondeu à formação inicial em Enfermagem por dois motivos específicos:

O primeiro, porque é na formação pré-graduada que tem início o percurso da pessoa - estudante de Enfermagem, futuro enfermeiro de cuidados gerais e onde se espera que adquira as competências profissionais espelhadas no quadro de referência da profissão, aprovado pela OE no ano de 2002. “ A solidez, abrangência e profundidade das competências desenvolvidas na formação inicial são um fator determinante na aquisição de competências ao longo da vida (Ordem dos Enfermeiros, 2007 p. 01).

O segundo, porque seria incomportável, neste trabalho, a análise do currículo nos cursos de formação pré e pós graduada de Enfermagem portugueses, principalmente porque seriam inevitavelmente colocados, no mesmo plano de pesquisa, uma infinidade de variáveis que dificultariam a direção do nosso estudo e pela diferente natureza da formação.

Salientamos que esta etapa foi alvo de validação e atualização em dois momentos distintos25, dada a transformação constante inerente ao currículo.

Os planos de estudo apresentados através de decreto-lei revelam algumas informações sobre o desenvolvimento curricular, sendo a mudança inevitável no aperfeiçoamento e modernização do currículo.

Assim, identificámos as alterações nos planos de estudo no decorrer da primeira fase da colheita de dados, evitando a utilização de documentos desatualizados que poderiam pôr em causa os resultados da investigação26.

4.2.2. Inquérito – Questionário: Análise estatística descritiva simples