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PERSPETIVANDO NOVOS HORIZONTES

O SEGUNDO NÍVEL DE ANÁLISE: O QUESTIONÁRIO

6.1. Analisando os achados do questionário

6.1.7. Os valores na área do envelhecer

Questionário 7ª Questão

Refira os valores que suportam o currículo na área do envelhecer.

Com esta questão, procurámos conhecer os valores enraizados no currículo dos CLE na área do envelhecer.

Os valores são figuras do desejável e remetem-nos para o mundo de uma crença ideal, envolvendo aspirações e representações. Indicam o meio possível de

uma travessia e os seus limites, tecendo o horizonte de uma cultura e representando referências essenciais à comunicação (Resweber, 2002).

Os valores são entidades ideais com que justificamos e motivamos as nossas ações. Guiados pelos valores, escolhemos e tomamos decisões (Henriques, et al., 2013).

Tendo estes factos em consideração, podemos afirmar que ao conhecermos os valores que suportam o currículo na área do envelhecer, conhecemos o que é valorizado e tido como ideal, aquilo que é preservado e protegido pelo grupo, orientando o seu agir. Neste sentido, propusemo-nos descrever e analisar o que, efetivamente, os professores inquiridos, identificam como valor.

Dos achados, emergiram diferentes valores, referidos por vinte e um professores, o que correspondeu a 84% das respostas possíveis142.

A análise das respostas suportou-se nos principais eixos e/ou dimensões referenciados por autores que estudaram os valores143. Assim, apresentamos como subcategorias: (1) os valores éticos e deontológicos; (2) os valores sociais, políticos e

culturais; e (3) os valores educacionais e científicos.

Expomos, na tabela seguinte, a categoria, as subcategorias e as unidades de contexto identificadas e analisadas.

Quadro 14- Valores que suportam o currículo na área do envelhecer

Categoria Subcategorias Unidades de Contexto

Va lo res q ue s u po rtam o c urríc ul o n a á re a d o e nv e lh e c e r

Valores Éticos e Deontológicos (CDE)

Valores Universais144 Valores humanos145

Valores Sociais, Políticos e Culturais

Solidariedade Intergeracional

Valoração social da pessoa ao envelhecer Cidadania

142

Embora se tenha constituído como uma questão de caráter obrigatório, não foram contabilizadas quatro respostas: Um professor referiu-se ao valor de créditos da UC direcionada para o envelhecer, caraterizando o valor como “unidade de trabalho”; dois professores referiram “não aplicável” e um professor não respondeu ao solicitado, referindo-se aos conteúdos estarem dispersos no CLE.

143 O livro “A Filosofia dos Valores” de Jean-Paul Resweber, convoca diferentes autores que estudaram a

noção de valor, como Scheler e Hessen. No decorrer das suas páginas é frequente a categorização/classificação dos valores, nas dimensões: religiosa, política, cientifica, ética, cultural e estética, entre outras.

144

A observar na relação profissional.

145

Cuidados Culturalmente Competentes

Valores Educacionais e Científicos Conhecer Agir

Valores Éticos e Deontológicos (Código Deontológico do Enfermeiro)

A deontologia visa disciplinar uma atividade profissional, estabelecendo regras direcionadas para a vivência profissional. A ética encerra em si a ideia do valor pelo qual se age, fundamental do ponto de vista interno (conceção própria) e externo (relação social e com o coletivo) (Nunes, 2008).

Valores éticos e deontológicos (IX)

“Todos os códigos (…) ditam normas que prescrevem deveres, estabelecem regras que devem ser obedecidas”, tendo, em comum, uma origem, autores e fundamento ético. “A sua génese, na organização social e política, tem um sentido próprio. E fundamentalmente, delimitam, configuram” (idem, 2008 p. 33).

Para refletirmos acerca dos valores éticos e deontológicos, utilizámos como referencial o Código Deontológico do Enfermeiro (CDE).

O CDE enuncia um conjunto de princípios, valores e deveres assentes no respeito pelos direitos humanos, orientando as intervenções de enfermagem “realizadas com a preocupação da defesa da liberdade e da dignidade da pessoa humana e do enfermeiro” (Ordem dos Enfermeiros, 2009 p. 1).

Enfermeiro e pessoa cliente possuem valores que devem ser respeitados e assumidos, guiando a experiência de cuidar e de ser cuidado. Centrar-nos-emos, nos

valores universais (a observar na relação profissional) e nos valores humanos (pelos

quais o indivíduo e os grupos em que este se integra se regem), constituindo as nossas unidades de contexto.

Valores Universais

No CDE estão espelhados os valores universais a observar na relação profissional, sendo eles: (a) a igualdade; (b) a liberdade responsável, com a capacidade de escolha, tendo em atenção o bem comum; (c) a verdade e a justiça; (d) o altruísmo e a solidariedade; (e) a competência e o aperfeiçoamento profissional.

De acordo com Nunes, que organizou os valores em torno de eixos ligeiramente diversos, temos: (1) os valores inerentes ao papel assumido perante a sociedade (a liberdade responsável; a verdade e a justiça); (2) os valores centrados no outro (a igualdade; o altruísmo e a solidariedade); e (3) os valores virados para o exercício da profissão (a competência e o exercício profissional) (Nunes, 2008). Será sobre estes eixos que desenvolveremos a nossa análise.

Relativamente aos valores inerentes ao papel assumido perante a sociedade, identificámos o valor Justiça.

Justiça (XII; XVI; XXIV).

“O processo de busca pela justiça decorre numa sequência: (1) inicia-se pela aspiração a viver bem em instituições justas, sendo que o justo assume-se como o bom relativo ao outro; (2) é ratificado pela regra da justiça, formal e imparcial, passando o justo a identificar-se com o legal; (3) exerce-se no juízo em situação, decisão singular em clima de conflito e incerteza, permeada pela convicção e em que o justo se identifica com equitativo” (Nunes, 2006 p. 35).

Relativamente aos valores centrados no outro, os professores identificaram o valor universal da igualdade, assim como os valores do altruísmo e da solidariedade.

Segundo o Artigo1º da Declaração Universal dos Direitos do Homem, “todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos” (Assembleia Geral, 1978 p.489), contudo tal não significa que a liberdade e a igualdade sejam dados adquiridos, sendo primordial, principalmente quando está presente uma ou mais vulnerabilidades, como no caso da maioria das pessoas com mais de 65 anos, proclamar o igual valor e dignidade da pessoa humana (Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, 2014).

Igualdade (XXIV).

O exercício da profissão de Enfermagem integra os valores Altruísmo e

Solidariedade na medida em que os cuidados são centrados no outro e para o seu

bem (Martins, 2004). Estes valores, de acordo com os achados, suportam o currículo na área do envelhecer.

Altruísmo (XV) e Solidariedade (II; XV; XXIV).

Relativamente aos valores virados para o exercício da profissão, identificámos nos achados, a competência, conceito já abordado no decorrer desta investigação, relembrando que a mesma resulta de um saber agir, querer agir e poder agir.

Os professores referiram ainda as respostas às necessidades, a qualidade e o enquadramento concetual da OE para a definição dos padrões de qualidade dos cuidados de Enfermagem146como valores, em nosso entender, relacionados com os valores universais competência e aperfeiçoamento profissional.

Enquadramento concetual recomendado pela Ordem dos Enfermeiros para a definição dos padrões de qualidade dos cuidados de enfermagem (VII).

Respostas às necessidades (XVIII).

Respostas adequadas ao nível dos cuidados de enfermagem geriátricos (XIX).

Qualidade (XXIV).

Abordados os valores universais descritos no CDE, importa referir a Dignidade Humana, um princípio147 e um valor ao constituir-se como critério das decisões (Nunes, 2008). A ela está inerente o valor próprio de cada ser humano, detentor de uma identidade única, esperando-se que o mesmo seja alvo de um cuidar holístico.

Dignidade (I; XI; XIV; XV).

Identidade (I).

“ (…) Ser único com dignidade própria e direito a autodeterminar-se” (VII). “ Valor do próprio indivíduo, enquanto entidade única” (X).

Holismo (XI).

“E porque a dignidade diz respeito ao ser humano, nela se ancoram a autonomia, o respeito pelas escolhas de cada um, a tolerância ativa face às diferenças, o respeito pelas opiniões e convicções pessoais” (idem, 2008 p. 37).

Autonomia (I; II; VI; XI; XII; XIV; XV).

Respeito (I; II; XI; XII; XIV; XV; XXIV).

Tolerância (II).

A confiança, a beneficência, a dedicação, a solicitude e o amor foram, igualmente, identificados pelos professores, como valores que suportam o currículo na área do envelhecer.

146

Este enquadramento concetual constitui a base de trabalho, da qual emergem, enunciados descritivos da qualidade do exercício profissional dos enfermeiros (Ordem dos Enfermeiros, 2001).

147

O princípio remete-nos para o início, para a ausência de algo anterior, o começo de algo que se sucede. É gerador da norma, formulado pelas pessoas tendo em vista uma vida boa para todos, fundamenta a ação, fornece critérios, conduz aos fins (Nunes, 2008).

Confiança (I).

Beneficiência (XII).

Dedicação (XV).

Amor (XV).

Solicitude (XVI).

Tal como o respeito, princípio orientador, também a responsabilidade “inerente ao papel assumido perante a sociedade” (Ordem dos Enfermeiros, 2009 p. 1) emergiu no discurso dos professores.

Responsabilidade (II; XV; XVI; XXIV).

A privacidade e o sigilo também foram destacados, atendendo a que em muitos casos a autonomia da pessoa idosa está em risco.

O sigilo é um dever do enfermeiro “obrigado a guardar segredo profissional sobre o que toma conhecimento no exercício da sua profissão” (artigo 85º) (idem, 2009 p. 3).

Sigilo (II).

A privacidade insere-se no dever do respeito pela intimidade (artigo 86º) “respeitar a intimidade da pessoa e protegê-la de ingerência na sua vida privada e na da sua família”; salvaguardar sempre, no exercício das suas funções e na supervisão das tarefas que delega, a privacidade e a intimidade da pessoa” (ibidem, 2009 p.3).

Privacidade (II; XIV).

Valores Humanos

No artigo 81º, referente aos valores humanos, o CDE afirma que o enfermeiro, no seu exercício, observa os valores humanos pelos quais se regem as pessoas e os grupos em que este se integra.

Nos achados, os professores referiram-se aos valores humanos, próprios de cada pessoa e aos quais o enfermeiro deve estar atento.

Valores próprios da pessoa idosa (VI).

Um ser social com valores, crenças e desejos de natureza individual (VII).

Humanismo (XIII).

Pessoa humana (XVIII).

Valores inerentes ao cuidar da pessoa na perspetiva de uma filosofia humanista (XX).

Valores humanistas (XXI).

De acordo com o referido, o enfermeiro assume o dever de “cuidar da pessoa sem qualquer descriminação económica, social, política, étnica, ideológica ou religiosa” (Ordem dos Enfermeiros, 2009 p. 2).

A não descriminação (XXIV).

Assume ainda o dever, entre outros, de “salvaguardar os direitos da pessoa idosa, promovendo a sua independência física, psíquica e social e o autocuidado, com o objetivo de melhorar a sua qualidade de vida” (idem, 2009 p.2).

Decompondo este dever, integramos as seguintes unidades de registo identificadas:

(1) Salvaguardar os direitos da pessoa idosa…

Vontades e desejos (X).

Pessoa idosa sujeito de direitos e deveres (XVIII).

(2) Promovendo a sua independência física, psíquica e social e o autocuidado…

Independência (VI).

Participação ativa do sujeito que envelhece (XVIII).

(3) Com o objetivo de melhorar a sua qualidade de vida;

Envelhecimento ativo (V; XVIII).

Saúde (VIII).

Envelhecimento e qualidade de vida (XVIII).

Valores Sociais, Políticos e Culturais

Segundo Martins “a sociedade contemporânea, tida como sociedade de consumo, rege-se por valores materiais o que implica ter como principal objetivo a rentabilização da produção em que se privilegiam apenas os indivíduos ativos. Em consequência, tudo isto exerce efeitos negativos sobre os cidadãos, criando situações “stressantes”, geradoras de doenças e que de algum modo poderão diminuir a capacidade produtiva da pessoa mais fragilizada” (Martins, 2006 p. 126).

Educar os estudantes de Enfermagem para os valores inerentes ao exercício profissional é uma responsabilidade das instituições de ensino e dos professores, não apenas no que diz respeito aos valores éticos e deontológicos, mas também relativamente aos valores sociais, políticos e culturais, inerentes a um tempo histórico particular.

Segundo Capucha (2014), “ (…) existem muitas pessoas em fases diversas do último tramo da vida, que partilham atributos que se foram diversificando e a respeito das quais mudaram as representações sociais, os valores, os estereótipos, as políticas, as práticas relacionais e os contextos de vida” (Capucha, 2014 p. 114).

O envelhecer das populações e as suas implicações, como a reforma; o aumento da dependência e da doença crónica; a solidão e o isolamento e a pobreza, assim como outros problemas sociais que por vezes se fazem sentir, determinam uma mudança de valores sociais e políticos como a solidariedade, a corresponsabilidade e a interdisciplinaridade (Capucha, 2014); (Martins, 2006).

Passamos, de seguida, a descrever e a analisar os valores sociais, políticos e culturais identificados pelos professores inquiridos, através das unidades de contexto: (1) solidariedade intergeracional; (2) valoração social da pessoa ao envelhecer; (3)

cidadania; e (4) cuidados culturalmente competentes.

Solidariedade Intergeracional

O tema da Solidariedade Intergeracional, identificado como um valor pelos professores e já abordado neste estudo, parece ser fundamental no processo de aprender e ensinar o envelhecer em Enfermagem.

Porque será tão importante a Solidariedade Intergeracional? “Porque dando e

recebendo apoio somos mais pessoas” e porque “uma sociedade para todas as idades é criada na interação entre pessoas com diferentes biografias e talentos” (Governo de Portugal, 2012 pp. 11-16).

Valorização colaborativa intergeracional (V).

Ainda no tema da solidariedade intergeracional, podemos incluir as redes estabelecidas da pessoa ao envelhecer com a família, a comunidade e a sociedade.

Envolvimento familiar, social e comunitário (X).

Reconhecimento da importância do suporte afetivo, pedagógico e social da família para a qualidade de vida do idoso (XVII).

Valoração social da pessoa ao envelhecer

Nos achados, constatámos uma vez mais a importância da valoração da pessoa ao envelhecer, aqui na perspetiva social, política e cultural, sendo fundamental a reflexão acerca das representações, mitos e preconceitos já abordados. Valorar a pessoa ao envelhecer nesta perspetiva “ (…) implica assumir que os idosos têm utilidade social, económica, qualificacional e cultural” (Capucha, 2014 p. 127).

Visão integrativa de valorização do idoso na sociedade (V). “A pessoa idosa é um membro útil da sociedade” (VIII).

Cidadania

“A cidadania ativa pressupõe que pessoas e organizações (…) assumam a responsabilidade de desenvolver a sociedade, através de ações como a participação pública e política, o associativismo, o voluntariado e a filantropia”. A cidadania é compreendida na tripa aceção de: direitos civis, participação política e direitos sociais (Direção-Geral da Saúde, 2012 p. 2).

A cidadania, no sentido da pessoa ser responsável pela sua própria vida, assumindo um papel interventivo na sociedade, foi referida pelos professores como um valor que suporta o currículo na área do envelhecer.

“Poder conduzir a sua própria vida no que concerne às suas vontades e desejos” (X).

No que respeita à saúde “o reforço do poder e da responsabilidade do cidadão em contribuir para a melhoria da saúde individual e coletiva, reforça-se através da promoção de uma dinâmica contínua de desenvolvimento que integre a produção e partilha de informação e conhecimento (literacia em saúde), numa cultura de pro- atividade, compromisso e autocontrolo do cidadão (capacitação/participação ativa),

para a máxima responsabilidade e autonomia individual e coletiva (empowerment) ” (idem, 2012 p. 4).

Cuidados Culturalmente Competentes

Os cuidados de Enfermagem culturalmente competentes são essenciais à satisfação das pessoas, famílias e grupos, determinando ganhos em saúde. Um enfermeiro competente a este nível é um enfermeiro que valoriza a diversidade e é perito em conhecimento sobre os pontos fortes da cultura (Vilelas, et al., 2012).

“Temos o direito a ser iguais sempre que a diferença nos inferioriza; temos o direito a ser diferentes sempre que a igualdade nos descarateriza” (Santos, 1999)a).

Relativamente aos cuidados culturalmente competentes, os professores inquiridos referenciaram os cuidados culturais de Leininger e a multiculturalidade.

Premissas dos cuidados culturais de Leininger (VII).

Multiculturalidade (XI).

Valores Educacionais e Científicos

“O discurso mergulha-nos numa comunidade linguística de valores comummente partilhados”, sendo importante referir que, nos discursos analisados, o valor assume a noção de “ideal e de fim”, situando-se a “montante e a jusante da linguagem” (Resweber, 2002 pp. 51-105).

Os professores consideram que é importante desenvolver um apropriado corpo de conhecimentos, habilidades e atitudes, integrados num agir profissional, motivo pelo qual, emergiram duas unidades de contexto, que passamos a descrever e a analisar: (1) conhecer; e (2) agir.

Conhecer

Retomando o paradigma educacional em que nos afiliamos, importa realçar, que os professores inquiridos consideraram o conhecimento científico (corpo de conhecimento) como um valor, realçando a relevância da compreensão e da reflexão para o agir profissional do enfermeiro.

Corpo de conhecimento (VIII).

Reflexão sobre o ciclo vital da família e seus pontos de transição críticos como a base para o estudo das famílias (XVII).

Compreensão da diversidade de abordagens associadas à questão do envelhecimento na sociedade portuguesa (XVII).

Agir

Focando-nos nesta última noção, a de fim, importa lembrar que é “sobre o campo da relação, que o valor se transforma em função” (idem, 2002 p. 105).

Para além dos conhecimentos, os professores identificaram a necessidade de desenvolvimento de habilidades e atitudes nos cuidados centrados na pessoa ao envelhecer.

“ (…) Habilidades e atitudes (…) ” (VIII).

Num dos discursos, foi notória a relevância dada ao estudante de enfermagem na sua relação com a pessoa ao envelhecer, evidenciando o encandeamento que é necessário no processo de cuidados: “Que o estudante ao refletir e interagir com o

idoso saiba:

Observar para poder compreender (IV).

Sintetizar para interiorizar (IV).

Questionar sem ajuizar (IV).

Respeitar para ser respeitado (IV).

Escutar para poder analisar (IV).

Validar para aprender (IV).

Concluímos que os cuidados de enfermagem centrados na pessoa ao envelhecer têm como ideal e fim, diferentes valores, repartidos segundo eixos, entre eles, éticos e deontológicos; sociais, políticos e culturais e educacionais e científicos. Relativamente aos eixos, Resweber menciona “ (…) cada um destes se define, distinguindo-se e interpondo os valores específicos dos outros eixos. Assim, os valores estéticos não excluem os valores científicos, políticos ou religiosos, mas quando erigidos em pólo dominante, permitem aos outros redefinirem-se e redistribuírem-se sobre uma nova escala” (Resweber, 2002 p. 38).