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LE GI SLAÇÃO DISPOSI ÇÕE S Reforma Benjamin

Estado, federalismo e educação: princípios da organização política educacional

LE GI SLAÇÃO DISPOSI ÇÕE S Reforma Benjamin

Constant (1890–1891) Criada pelo decreto 981, de 8 de novembro 1890, refere-se a mudanças na instrução primária e secundária no Distrito Federal, estabelece princípios gerais e dispõe sobre a estrutura e divisão do ensino, conteúdos programáticos, organização do trabalho escolar e outros assuntos. Cabe destacar que essa lei mantém o espírito da reforma Leôncio de Carvalho ao definir princípios com o do “Art. 1º. É completamente livre aos particulares, no Distrito Federal, o ensino primário e secundário, sob as condições de

moralidade, higiene e estatística definidas nesta lei”. Do mesmo jeito, diz o art. 1º “§ 4º È inteiramente livre e fica isento de qualquer inspeção oficial o ensino que, sob a vigilância dos Pais ou dos que fizerem suas vezes, for dado ás crianças no seio de suas famílias”. Outro ponto a ser considerado pelo decreto quanto à falta de professores que atuassem na escola privada pode ser verificado na orientação do “Art. 1º § 1º. Para exercer o magistério particular bastará que o indivíduo prove que não sofreu condenação judicial por crime infamante, e que não foi punido com demissão, de conformidade com o disposto no art. 63 do presente Decreto”. Portanto, pelo art. 2º, a instrução primária ficaria organizada em duas categorias: “§ 1º. O 1° Grau para crianças com curso elementar (7 a 9 anos), médio (9 a 11 anos) e superior ( 11 a 13 anos) e o 2° Grau com duração de três anos”. O regulamento trata ainda do Pedagogium no “Art. 24. O Governo manterá na Capital Federal um estabelecimento de ensino sob o nome de Pedagogium,

destinado a oferecer ao publico e aos professores em particular os meios de instrução profissional de que possam carecer a exposição dos melhores métodos e do material de ensino mais aperfeiçoado. Além da preocupação inicial, com a elevação do nível do ensino primário, outra com o sentido prático desta educação básica, voltada para uma investigação da realidade próxima e própria da criança.”205

Reforma Epitácio Pessoa (1901) “A reforma Epitácio Pessoa se constitui de dois instrumentos legais: O Decreto nº. 3.390, de 1º de janeiro de 1901, que aprova o Código dos Institutos Oficiais do Ensino Superior e Secundário, dependentes do Ministério da Justiça e Negócios Interiores,e o Decreto n° 3.914, de 26 de janeiro de 1901, que aprova o regulamento para o Ginásio Nacional. O Decreto 3.390 é um extenso documento de 384 artigos que disciplina questões diversas relativas á organização, composição e funcionamento das instituições federais de ensino superior e secundário e daquelas fundadas pelos estados ou por iniciativas privadas. O documento aborda temas diversos relativos a faculdades, escolas e ginásio nacional, como exemplos se pode citar pessoal docente e administrativo, regime escolar, matrículas, exames, colações de graus, premiações, habilitações, licenças e faltas, patrimônio e outros. O elenco dos conteúdos apresentados por este texto da referida Reforma revela características semelhantes a documentos anteriores, em que ainda não é possível perceber o papel do Estado na oferta da educação. É importante salientar que a Reforma Epitácio Pessoa não registra qualquer preocupação com o ensino primário.”206

205 VIEI RA, S. L. Desejos de reforma: legislação educacional no Brasil — Império e República. Brasília: Líber Livro, 2008, p. 58–64. Palácio do Governo Provisório, 8 de

novembro de 1890, 2º da República; BRASI L. Congresso. Câmara dos Deputados. Decreto n. 981. In: BRASI L. Decretos do governo provisório da República dos

Estados Unidos do Brasil. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1890. Disponível em: <http://www2.camara.gov.br/legin/fed/decret/1824-1899/decreto-981-8-novembro-1890-

515376-publicacaooriginal-1-pe.html>. Acesso em 12 mar. 2012; CART OLANO, M. T. P. Benjamin Constant e a instrução pública no início da República. 1994. Tese (Doutorado em Educação) — Instituo de Educação, Universidade Estadual de Campinas, p. 157.

206 AGUI AR, J. M. Coletânea MAI da legislação federal do ensino: da reforma Benjamin Constant à Reforma Darcy Ribeiro; 1891 a 1996. São Paulo: Lâncer, 1997, p.

QUADRO 3

Reformas educacionais de 1911 a 1915

LE G IS LA Ç Ã O D IS P O S IÇ Õ E S

Reforma Rivadávia Corrêa

(1911) “A Reforma da Educação é instituída através de dois documentos: o primeiro “Aprova a Lei Orgânica do Ensino Superior e do Ensino Fundamental na República conforme apresenta o Decreto n° 8659 de 5 de Abril de 1911”;O segundo, Aprova o Regulamento do Colégio Pedro II Decreto n° 8660, de 5 de abril de 1911. A Reforma busca modificar radicalmente a estrutura do ensino superior no Brasil. A abolição dos privilégios, a concessão de autonomia as unidades de educação superior e secundário dos estados e o caráter prático agora ofertado ao ensino representam alguns dos destaques da nova proposta de reforma, marcada pela desoficialização e descentralização do ensino. Inspirada em princípios positivistas a referida Reforma fortaleceria a liberdade de ensino suprimindo exigências a freqüência, diplomas e privilégios relativos ás escolas oficiais.”207

Reforma Carlos

Maximiano (1915) “A Reforma Carlos Maximiano é executada no governo Wenceslau Braz no mandato de 1914– 1918. A Reforma busca proposta para a reforma da educação a alternativa para solucionar seus problemas. Reorganiza o ensino Secundário e Superior na República e executada pelo Decreto n° 11.530, de 18 de março de 1915.O Decreto e composto de 201 artigos que faz referência a diferentes assuntos. Na primeira parte apresenta aspectos de modo amplo e define o papel do governo na manutenção das faculdades, como patrimônio, taxa de matricula e freqüência, inspeção e equiparação e outros. Também faz alusão a organização e

competência do Conselho Superior do ensino, questões diversas relativas aos

professores,aspectos relativos à organização e a oferta das matérias dos cursos do colégio Pedro II, Faculdades de Direito, medicina, e Escola Politécnica. Aborda questões como o

financiamento, com poucas referencias à participação do governo na manutenção do ensino secundário e superior.Trata sobre os exames vestibulares, e da organização do currículo, incluindo as matérias dos diversos cursos,da ênfase no ensino de línguas. As orientações da Reforma Carlos Maximiano permaneceu por de dez anos.”208

207 AGUI AR, 1997, p. 106–25; VIEI RA, 2008, p. 71–3. 208 AGUI AR, 1997, p. 125–56; VIEI RA, 2008, p. 71–8.

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