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5   A EaD na Formação Continuada de Professores

5.3   As políticas federais para a formação de professores baseadas na EaD 130

5.3.3   Legislação 142

Para finalizar, faremos uma análise dos aspectos ligados à Legislação que regulamenta a EaD, além da LDB essa baseia-se em Decretos e Portarias.

Decretos Decreto Nº. 5.622, de 19 de dezembro de 2005, regulamenta o art. 80 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (LDB). Decreto N.º 5.773, de 09 de maio de 2006, dispõe sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação superior e cursos superiores de graduação e seqüenciais no sistema federal de ensino. Decreto N.º 6.303, de 12 de dezembro de 2007, altera dispositivos dos Decretos nos 5.622, de 19 de dezembro de 2005, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e 5.773, de 9 de maio de 2006, que dispõe sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação superior e cursos superiores de graduação e seqüenciais no sistema federal de ensino.

Portarias Portaria nº 1, de 10 de janeiro de 2007. Portaria nº 2 (revogada), de 10 de janeiro de 2007. Portaria nº 40, de 13 de dezembro de 2007. Portaria nº 10, de 02 julho de 2009. (MEC, 2011)

Além destes documentos que regulamentam o uso da EaD, outros documentos trazem um arcabouço ideológico e nos indicam os caminhos da política. Na Tabela 6 – EaD: Legislação, Programas e Institucionalização Federais – 1995 - 2011, apresentamos um panorama geral das políticas relacionadas à EaD implementadas pelo Governo Federal e que de alguma forma se relacionam com a formação de professores.

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Tabela 6 – EaD: Legislação, Programas e Institucionalização Federais – 1995 - 2011

Data Legislação Programa / Institucionalização

1995 Rádio Escola

1996 Lei 9.394 de 20/12/1996 LDB

Decreto Nº 1.917 de 27/05/2006 Criação da SEED TV Escola

Programa Informática na Educação 1997

Lei Nº 9.424 de 24/12/1996 FUNDEF, descentralizando a educação e, por conseqüência a formação continuada de

professores Programa Proinfo PROFORMAÇÃO

PAPED

1998 Decreto Nº 2.494 de 10/02/1998 Revogado pelo Decreto Nº 5.622 Portaria Nº 301 de 7/04/1998 Revogada pela Portaria Nº 4.361 Decreto Nº 2.561 de 27/04/1998 Revogado pelo Decreto Nº 5.622

2001 Lei Nº 10.172 de 9/01/2001 PNE

Resolução CNE Nº 1 de 3/04/2001 Regulamenta a pós graduação a distancia Portaria Nº 2.253 de 18/10/2001 Oferta de até 20% em EaD nos cursos

presenciais 2003 Referenciais de Qualidade – 1ª Versão

2004 Portaria Nº 4.361 de 29/12/2004 Normatiza credenciamento para EaD Portal Domínio Público 2005 Decreto Nº 5.622 de 19/12/2005 Estabelece que as avaliações serão de

forma presencial Programa UAB

2006 Decreto Nº 5.773 de 09/05/2006 Regulação, supervisão e avaliação das IES 2007 Referenciais de Qualidade – Versão atual

Portaria Nº 1 de 10/01/2007

Decreto Nº 6.094 de 24/04/2007 Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE, (FUNDEB, Nova CAPES,

PRODOCÊNCIA, entre outros) Decreto Nº 6.303 de 12/12/2007 Altera dispositivos dos Decretos Nº 5.622 e

5.773 Portaria Nº40 de 13/12/2007

Programa ProInfo Integrado

2008 Projeto DVD Escola

Banco Internacional de Objetos Educacionais

Portal do Professor 2009 Decreto Nº 6.755 de 30/01/2009 Política Nacional de Formação de

Professores. Portaria Nº10 de 02/07/2009

Plataforma Freire Programa ProUCA 2011 Decreto Nº 7.480 de 16/05/2011 Dissolução da SEED

Fonte: Elaborada pelo autor.

Este período abrange cinco governos, sendo dois mandatos de FHC, dois mandatos de Lula e o início do governo Dilma. Algumas destas ações serão discutidas a seguir. No texto do Programa Brasil em Ação do governo FHC (BRASIL, 2010) encontramos duas referências que nos dão pistas para entender as políticas desta época.

Valorização do Magistério – O Programa de Valorização do Magistério foi criado com a preocupação de reorganizar os planos de carreira e salários e garantir remuneração mínima para os professores do ensino fundamental, estimulando o trabalho em sala de aula. (BRASIL, 2010)

É conhecido o processo pelo qual se deu o esvaziamento dos Fóruns nacionais que tinham estabelecido um piso salarial nacional para a categoria. As metas estabelecidas nos anos de 1990 a 1993 foram completamente ignoradas pelo governo federal e o piso não foi regulamentado por Lei, o Fundef estabeleceu um patamar muito abaixo do esperado.

Investindo cerca de R$ 330,00 por aluno/ano, entre custos de material e salário do professor, o Governo Federal criou o Fundef – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério. Sessenta por cento do Fundef, que já está implantado desde janeiro de 1998 em todos os estados e no DF, destina-se ao pagamento de professores. Os 40% restantes são empregados na manutenção e desenvolvimento do ensino fundamental. (BRASIL, 2010)

Como disse Monlevade, o governo federal fez uma distribuição de dinheiro com chapéu alheio, na realidade as pesquisas indicaram (MONLEVADE; DAVIES; RODRIGUEZ entre outros) que o governo federal, por uma decisão contábil regulou sua participação no bolo, desobrigando-se inclusive de cumprir seu papel Constitucional, reduzindo só no primeiro ano do Fundo a sua participação em mais de R$2 milhões, o que se repetiu ano a ano sucessivamente.

Com um magistério valorizado, a educação no Brasil tem a atenção especial que merece, pois a garantia de uma remuneração mínima assegura que haverá mais professores em sala de aula, e, principalmente, mais motivados.

O Programa de Valorização do Magistério, que tem sua base no Fundef, é coordenado e executado pelo Ministério da Educação.

Investimento: R$ 823 milhões do Orçamento Geral da União. (BRASIL, 2010)

O que se viu ao longo dos anos não foi exatamente isso, o Fundef, seguindo as orientações dos organismos internacionais, priorizou o ensino fundamental, mas não trouxe a valorização para a profissão docente que era esperada. Na verdade, orientado pelo BIRD, de que o salário do professor pouco altera a qualidade do ensino, o Fundef acaba por ser coerente com essas orientações.

Essa breve interpretação do Programa no que se refere ao professor, nos dá uma real noção de como foi conduzida a formação. Lembrando que o Fundef trouxe consigo uma grande descentralização, passando para os municípios a maior responsabilidade sobre a formação

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continuada de seus professores. As implicações disso tem sido tema de pesquisa39 e foi melhor

explicado no Capítulo 4, sobre Formação Continuada de Professores.

Voltando ao Programa Brasil (BRASIL, 2010), nos dedicaremos aos aspectos do Programa voltados para a EaD. Basicamente apresenta uma orientação voltada para o uso da TV, focado na TV Escola e uso com fins pedagógico no ensino formal e comunitário. De nada aborda sobre o processo de formação de professores, mas podemos identificar que parte da intenção é conduzir o trabalho didático do professor de forma induzida.

Todas as escolas de ensino fundamental no Brasil, com mais de 100 alunos, já receberam recursos para compra do kit tecnológico básico da TV Escola, composto de antena parabólica, videocassete, receptor de satélite, televisão e fitas de vídeo. As escolas do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, com exceção do DF, com menos de 100 alunos, recebem um televisor, um videocassete e duas caixas de fitas VHS.

Em operação desde março de 1996 e com cinco horas de programação diária, repetidas quatro vezes ao dia, a TV Escola produz e transmite diversos programas de capacitação, além de vídeos pedagógicos e culturais.

O Programa TV Escola é um sucesso em Berilo (MG), no vale do Jequitinhonha. Muito alunos viram pela primeira vez uma televisão. De dia, a escola é dos filhos, e à noite é dos pais, que estão aprendendo a ler e a escrever. Uma vez por mês discutem com os professores ações vistas na TV Escola. O Programa passou a ter uma papel de integração entre a comunidade e a escola. Como a população é bem pobre, a escola desenvolve um trabalho de fontes alternativas de renda. Os alunos aprendem artesanato e os pais aprendem a fazer rapaduras.

Ao possibilitar uma comunicação mais ágil e dinâmica, a televisão mostra que pode ser utilizada com grande sucesso também para fins didáticos, com o objetivo de enriquecer o currículo e o trabalho em sala de aula. Já são mais de 50 mil escolas atendidas em todo o País, beneficiando mais de 25 milhões de alunos.

Por essas razões é que foi criada a TV Escola, um canal exclusivo de TV destinado à educação, que pretende aperfeiçoar e valorizar os gestores e professores da rede pública, além de beneficiar também os alunos, facilitando o processo de aprendizagem.

O Programa de Educação à Distância é executado pelo Ministério da Educação e do Desporto em parceria com as secretarias estaduais e municipais de educação.

Investimento: R$ 76,2 milhões do Orçamento Geral da União. (BRASIL, 2010)

Este Programa é uma ação direta do Governo Federal na ação pedagógica do professor, atingindo a sala de aula e provocando a interação entre professores e comunidade. Por sua extensão e abrangência foi uma forma de atuar na formação continuada de professores de forma indireta mas incisiva. No PNE de 2000 apresenta uma série de 22 metas para a EaD e a Tecnologia Educacional. Entre todas selecionamos algumas:

PNE - EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA e TECNOLOGIA EDUCACIONAL (22 metas)

[...]

• Capacitar, em 5 anos, pelo menos 500 mil professores para a utilização da TV Escola e de outras redes educacionais. (meta 16)

• Instalar, em 10 anos, 2.000 núcleos de tecnologia educacional. (meta 17)

• Instalar, em 5 anos, 500 mil computadores em 30 mil escolas de nível fundamental e médio, com acesso à internet. (meta 18)

• Capacitar, em 10 anos, 120 mil professores multiplicadores em informática da educação. (meta 19)

• Capacitar, em 5 anos, 150 mil professores e 34 mil técnicos em informática educativa. (meta 20)

• Equipar, em 10 anos, com computadores e acesso à internet todas as escolas de nível médio e todas aquelas de nível fundamental que possuam mais de 100 alunos. (meta 21) (BRASIL, 1998)

Pode ser percebido pelas intenções do PNE que a meta numérica foi grande com uma forte presença na formação continuada de professores. Todas essas ações incorporando a EaD à formação continuada de professores teve amplo apoio de diversos setores, incluindo o acadêmico, inclusive como executores de tais políticas.

Torna-se necessário analisar e incorporar aos estudos do CNE, as principais ações e programas de EaD em realização pelo Ministério da Educação/SEED, a saber: TV Escola, Programa Nacional de Informática na Educação – ProInfo, Programa de Formação de Professores em Exercício – Proformação, Programa de Apoio à Pesquisa em Educação a Distância - PAPED e Rádio Escola.

Nesse sentido, o Fórum Nacional de Pró-Reitores de Graduação das Universidades Brasileiras – ForGrad [6] (2001, p. 14), salienta que a educação a distância pode contribuir para a busca de novos paradigmas educacionais no sentido de deslocar-se da concepção “de educação como sistema fechado, voltado para a transmissão e transferência, para um sistema aberto, implicando processos transformadores que decorrem da experiência de cada um dos sujeitos da ação educativa”. (ALMEIDA, 2002)

Com a mudança de governo em 2003 alguns programas foram mantidos e outros novos surgiram. Mas onde o MEC passou a ter um papel fundamental foi nas políticas de EaD. Como os programas do MEC estão diretamente ligados à formação continuada de professores, abordaremos cada um deles, antes de entrarmos nas questões ligadas a EaD e a formação inicial.

Programas do MEC em andamento:

TV Escola é um canal de televisão do Ministério da Educação que capacita, aperfeiçoa e atualiza educadores da rede pública desde 1996. Sua programação exibe, nas 24 horas diárias, séries e documentários estrangeiros e produções próprias.

Os principais objetivos da TV Escola são o aperfeiçoamento e valorização dos professores da rede pública, o enriquecimento do processo de ensino-aprendizagem e a melhoria da qualidade do ensino.

A TV Escola é dividida em faixas: educação infantil, ensino fundamental, ensino médio, Salto Para o Futuro e Escola Aberta. Existe ainda, em horário especial, uma faixa

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destinada a cursos para a formação continuada de educadores, onde são oferecidos cursos de aperfeiçoamento das línguas inglesa, espanhola e francesa.

Há inúmeras possibilidades de uso da TV Escola: desenvolvimento profissional de gestores e docentes (inclusive preparação para vestibular, cursos de progressão funcional e concurso público); dinamização das atividades de sala de aula; preparação de atividades extraclasse, recuperação e aceleração de estudos; utilização de vídeos para trabalhos de avaliação do aluno e de grupos de alunos; revitalização da biblioteca e aproximação escola- comunidade.

Alguns dos programas exibidos pela TV Escola estão disponíveis para download gratuito no Portal Domínio Público. (MEC, 2011)

Este é, como mencionado anteriormente, um programa antigo que foi dado continuidade, substituindo as mídias em VHS por DVD e conta com parcerias com o setor privado.

O Projeto DVD Escola oferece a escolas públicas de educação básica caixa com mídias DVD, contendo, aproximadamente, 150 horas de programação produzida pela TV Escola. A intenção é assegurar o compromisso com a atualização tecnológica e democratização da TV Escola.

Em 2008, foram distribuídas caixas com 50 mídias de conteúdo da TV Escola às 75 mil escolas atendidas. Até o final de 2009, serão enviadas caixas compostas por 30 mídias DVD com novos conteúdos para a atualização das instituições participantes. (MEC, 2011)

A inclusão destes dois programas nas análises de formação continuada faz sentido por ambas estarem relacionadas com a apropriação tecnológica por parte dos professores e por determinarem métodos e práticas pedagógicas. Dois programas existe para capacitação tecnológica de professores e que contêm dimensões de EaD nos processos formativos, um vem desde a criação da SEED e implantado a partir de 1997, o PROINFO.

Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo) - É um programa educacional com o objetivo de promover o uso pedagógico da informática na rede pública de educação básica. O programa leva às escolas computadores, recursos digitais e conteúdos educacionais. Em contrapartida, estados, Distrito Federal e municípios devem garantir a estrutura adequada para receber os laboratórios e capacitar os educadores para uso das máquinas e tecnologias. (MEC, 2011)

Outro, criado a partir de 2007, ProInfo Integrado, e que tem na sua diretriz uma matriz de formação continuada mais contundente e o uso intensivo de EaD. Ambos programas são voltados para a apropriação tecnológica por parte dos professores e no uso didático-pedagógico das TIC.

Programa Nacional de Formação Continuada em Tecnologia Educacional (ProInfo Integrado) - O ProInfo Integrado é um programa de formação voltada para o uso didático-pedagógico das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) no cotidiano escolar, articulado à distribuição dos equipamentos tecnológicos nas escolas e à oferta de conteúdos e recursos multimídia e digitais oferecidos pelo Portal do Professor, pela TV Escola e DVD Escola, pelo Domínio Público e pelo Banco Internacional de Objetos Educacionais. (MEC, 2011)

Os cursos ofertados pelo Programa ProInfo Integrado são:

1) Introdução à Educação Digital (40h) – É um curso básico, ou introdutório, voltado para professores que não têm o domínio mínimo no manejo de computadores/internet.

2) Tecnologias na Educação: ensinando e aprendendo com as TIC (100h) – Voltado para professores e gestores escolares, abrange conteúdos que possibilitam compreender o potencial pedagógico das TIC no ensino e na aprendizagem e a fazer o planejamento integrando os recursos tecnológicos disponíveis por meio de estratégias que promovam situações de ensino e aprendizagem.

3) Elaboração de Projetos (40h) – Para professores e gestores escolares capacitando-os a desenvolver projetos integrando as TIC existentes na escola nos trabalhos com os alunos.

4) Curso Especialização de Tecnologias em Educação (400h) – Este um curso de especialização, voltado para a integração dos programas ProInfo Integrado, TV Escola, Mídias na Educação, Formação pela Escola e Proinfantil, oferecido a professores efetivos da rede pública de ensino e gestores escolares.

Há dois programas que têm como intenção assessorar os professores, um compartilhando recursos educacionais, outro a troca de experiências e acabam por ter um caráter formativo.

O Banco Internacional de Objetos Educacionais é um portal para assessorar o professor. No banco, estão disponíveis recursos educacionais gratuitos em diversas mídias e idiomas (áudio, vídeo, animação/simulação, imagem, hipertexto, softwares educacionais) que atendem desde a educação básica até a superior, nas diversas áreas do conhecimento.

O Portal do Professor é um espaço para troca de experiências entre professores do ensino fundamental e médio. É um ambiente virtual com recursos educacionais que facilitam e dinamizam o trabalho dos professores. (MEC, 2011)

Outro programa que tem uma forte dimensão formativa e usa a EaD neste processo é o Programa Um Computador por Aluno – ProUca.

O Prouca é um programa pelo qual estados, municípios e o Distrito Federal podem adquirir computadores portáteis novos para uso das suas redes públicas de educação básica. A empresa habilitada para esta venda foi selecionada por meio de pregão eletrônico para registro de preços realizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

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Este é um Programa único de formação dentro da idéia de cada aluno ter um computador, como se fosse um livro ou o caderno. Universidades, Secretarias de Educação junto com o MEC formam todo um contexto de formação e pesquisa para entender e desenvolver métodos e competências no uso educacional e comunitário deste laptop educacional. Há um projeto de formação, tanto de professores quanto de outros profissionais que atuam em conjunto com as escolas e alunos. O Projeto encontra-se em fase piloto.

Em Janeiro de 2010 o consórcio CCE/DIGIBRAS/METASYS foi dado como vencedor do pregão nº 107/2008 para o fornecimento de 150.000 laptops educacionais a aproximadamente 300 escolas públicas já selecionadas nos estados e municípios.

Cada escola receberá os laptops para alunos e professores, infraestrutura para acesso à internet, capacitação de gestores e professores no uso da tecnologia.

Seis municípios serão atendidos como UCA Total, onde todas as escolas serão atendidas pelo projeto.

Por iniciativa dos governos Federal, Estaduais e Municipais, o projeto será replicado em seis municípios brasileiros, que terão todas as suas escolas atendidas, onde são chamadas de UCA Total. Os municípios selecionados são:

Barra dos Coqueiros/SE; Caetés/PE;

Santa Cecília do Pavão/PR; São João da Ponta/PA; Terenos/MS;

Tiradentes/MG (UCA, 2011)

Usada como plataforma de suporte para a maioria destas formações apresentadas, está o e- Proinfo40, cuja apropriação tecnológica é muito complexa. A plataforma tem recursos avançados,

como videoconferência, no entanto para se fazer uso, principalmente o gerenciamento dela, tem sido quesito de discussões e reclamações. Nos parece que se a intenção do MEC é que essa plataforma se torne uma referência para as escolas, professores e gestores do ensino público, algumas mudanças deverão ser realizadas, principalmente tornar a navegação mais intuitiva.

Podemos, por fim, destacar o Programa UAB, o maior programa de formação de professores do MEC, este prioritariamente um programa de EaD. Formado pelo consórcio da UNIREDE, conta com a participação de 82 instituições públicas de ensino superior, federais, estaduais e municipais.

UAB - O programa busca ampliar e interiorizar a oferta de cursos e programas de educação superior, por meio da educação a distância. A prioridade é oferecer formação inicial a professores em efetivo exercício na educação básica pública, porém ainda sem graduação, além de formação continuada àqueles já graduados. Também pretende ofertar

cursos a dirigentes, gestores e outros profissionais da educação básica da rede pública. Outro objetivo do programa é reduzir as desigualdades na oferta de ensino superior e desenvolver um amplo sistema nacional de educação superior a distância. Há polos de apoio para o desenvolvimento de atividades pedagógicas presenciais, em que os alunos entram em contato com tutores e professores e têm acesso a biblioteca e laboratórios de informática, biologia, química e física. Uma das propostas da Universidade Aberta do Brasil (UAB) é formar professores e outros profissionais de educação nas áreas da diversidade. O objetivo é a disseminação e o desenvolvimento de metodologias educacionais de inserção dos temas de áreas como educação de jovens e adultos, educação ambiental, educação patrimonial, educação para os direitos humanos, educação das relações étnico-raciais, de gênero e orientação sexual e temas da atualidade no cotidiano das práticas das redes de ensino pública e privada de educação básica no Brasil. (MEC, 2011)

Recentemente o MEC lançou a Plataforma Freire, com o objetivo de aprimorar a formação docente, é um espaço onde o profissional de educação pode deixar seu currículo, escolher cursos e fazer licenciaturas. Assim, há tanto oferta de formação inicial quanto de formação continuada para professores da rede pública. A formação inicial sera oferecida de forma presencial, mas a formação continuada poderá ser ofertada também por EaD.

A Plataforma Freire, criada pelo Ministério da Educação, é a porta de entrada dos professores da educação básica pública, no exercício do magistério, nas instituições públicas de ensino superior. Ao mesmo tempo em que coloca em prática o Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica, a plataforma homenageia o educador brasileiro Paulo Freire.

É na Plataforma Freire que os professores vão escolher as licenciaturas que desejam cursar, fazer inscrição, cadastrar e atualizar seus currículos. Construída para ser uma ferramenta de fácil acesso do professor, ela também é informativa. Os docentes vão encontrar uma série de dados, entre eles, as tabelas com a previsão de oferta de cursos, as instituições, as modalidades de formação para o período 2009 a 2011. (MEC, 2011)

Vale destacar que em 2009 o Governo Federal fortalece a CAPES e cria a Política Nacional de Formação de Professores.

A ampliação e o fortalecimento da CAPES, não apenas assumindo a gestão da UAB, mas direcionando-se para a elaboração de políticas para a formação de professores, consolidou-se com a publicação do Decreto que institui a Política Nacional de Formação de Professores, publicado no Diário Oficial da União de 30 de janeiro de 2009, cuja finalidade