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Leia o seguinte texto.

No documento Livro de Testes Manual Sentidos 10 (páginas 71-76)

As 7 coisas mais originais que apareceram, em Lisboa e no Porto, em 2014

Um pedaço de rio devolvido à cidade

O calor e os turistas em calção e biquíni já lá vão, agora é o sol de inverno que convida ao passeio ou a ficar a contemplar o rio. Removida a camada de esquecimento que cobriu a Ribeira das Naus durante décadas e concluídas as obras de requalificação em julho passado, Lisboa ganhou mais um troço de passeio ribeirinho e não demorou muito para que tanto os lisboetas, como os estrangeiros que visitam a cidade, se apropriassem deste pedaço à beira do Tejo, entre o Cais do Sodré e o bo- nito Terreiro do Paço. Se é agora uma Ribeira das Naus da qual podemos desfrutar, é também um lugar cheio de história que foi devolvido à cidade, evocada pelos dois relvados em ligeiro declive a lembrar as rampas para os barcos, e pela recuperação da antiga Doca Seca, posta a descoberto, e da Doca da Caldeirinha, destinada à reparação de embarcações, que hoje se atravessa por um passa- diço em madeira.

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10

5

[…]

O Porto é uma tela

O ano de 2014 vai ficar marcado a tinta. A figura de D. Quixote de La Mancha, acompanhado pelo inseparável e fiel escudeiro Sancho Pança, desenhada e pintada por três artistas do Coletivo RU+A, deixou de ser símbolo de uma utopia para se tornar um caso bem real. Um ano depois do licencia- mento do primeiro mural legal da cidade, no cruzamento entre as ruas de Diogo Brandão e Miguel Bombarda, o Porto vive agora tempos menos cinzentos. A honra de abrir o caminho para uma li- berdade nunca antes vista na arte urbana coube a Mesk, Fedor e Mots, os autores da pintura, mas o que se seguiu foi uma explosão de criatividade e cor. Hoje são vários os edifícios e as paredes que a autarquia permitiu transformar em tela gigante, como o parque de estacionamento da estação de metro da Trindade, assinado por Mr. Dheo e Hazul Luzah, dois dos mais conhecidos graffiters na- cionais. Entre os vários momentos altos do ano, esteve, também, a exposição de dezenas de artistas no edifício AXA, que se estendeu a outras ruas da cidade (incluindo a Avenida dos Aliados, com as velhinhas, e cada vez menos usadas, cabinas telefónicas a ganharem nova e colorida roupagem), e o festival Push Porto, realizado pela organização cultural CIRCUS e que contou com workshops, palestras, conferências e exposições de pinturas do melhor que a cidade tem para oferecer.

Visão, edição online, 31 de dezembro de 2014 (consultado em janeiro de 2015, adaptado).

1. Para responder a cada um dos itens de 1.1. a 1.7., selecione a opção correta. 1.1. O texto dá conta

(A) dos locais mais visitados no ano de 2014. (B) de mudanças nas duas cidades mais visitadas. (C) dos pontos turísticos mais apreciados no verão. (D) da reestruturação das cidades do Porto e de Lisboa. 1.2. As referências temporais no primeiro segmento textual

(A) são pouco concretas. (B) são algo imprecisas. (C) são bastante concretas. (D) percorrem todo o segmento. 1.3. O título do segundo segmento textual

(A) é confirmado no corpo do texto.

(B) está em total desacordo com o conteúdo. (C) é pouco apropriado, atendendo ao conteúdo. (D) é pouco sugestivo e inadequado.

1.4. O constituinte sublinhado em “que convida ao passeio” (l. 2) desempenha a função sintática de (A) complemento direto.

(B) sujeito. (C) complemento oblíquo. (D) predicativo do sujeito. 15 20 25

1.5. O segmento sublinhado em “se apropriassem deste pedaço à beira do Tejo” (l. 6) corresponde ao (A) complemento direto.

(B) complemento indireto. (C) modificador.

(D) complemento oblíquo.

1.6. A palavra “desfrutar” (l. 7) foi obtida pelo recurso à (A) composição morfológica.

(B) parassíntese.

(C) prefixação e sufixação. (D) composição morfossintática.

1.7. O termo sublinhado em “primeiro mural legal da cidade” (l. 16) é um (A) quantificador numeral.

(B) artigo indefinido. (C) adjetivo qualificativo. (D) adjetivo numeral.

2. Responda aos itens a seguir apresentados.

2.1. Classifique a oração “que a autarquia permitiu transformar em tela gigante” (ll. 19-20). 2.2. Identifique o processo irregular de formação configurado no vocábulo “graffiters” (l. 21).

2.3. Indique a função sintática do grupo sublinhado em “Entre os vários momentos altos do ano, esteve, também, a exposição de dezenas de artistas no edifício AXA” (ll. 22-23).

GRUPO III

Os Descobrimentos portugueses foram de importância capital para o desenvolvimento de conhecimen- tos a vários níveis.

Num texto expositivo, entre 150 a 180 palavras, refira-se à importância das descobertas portuguesas para o alargamento do conhecimento ao nível da geografia, das técnicas e instrumentos de navegação, bem como da fauna e da flora de diferentes regiões do globo.

Atente nos aspetos que deverá abordar: Introdução

− justificação para a expansão marítima. Desenvolvimento

− evolução da arte de marear, de instrumentos de navegação e da construção naval;

− conhecimento de novos fenómenos naturais, novos territórios, novas faunas e floras, novos hábitos ou culturas.

Conclusão

TESTE DE AVALIAÇÃO

Nome: ______________________________________________________ N.

O

: _____________ Turma: _____________ Data: ___________________

1 0.

GRUPO I A Leia as estâncias seguintes, pertencentes ao canto IX.

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Assi a fermosa e a forte companhia O dia quási todo estão passando Nũa alma1, doce, incógnita alegria, Os trabalhos tão longos compensando. Porque dos feitos grandes, da ousadia Forte e famosa, o mundo está guardando O prémio lá no fim, bem merecido, Com fama grande e nome alto e subido. 89

Que as Ninfas do Oceano, tão fermosas, Tétis2 e a Ilha angélica pintada,

Outra cousa não é que as deleitosas Honras que a vida fazem sublimada. Aquelas preminências gloriosas, Os triunfos, a fronte coroada

De palma e louro, a glória e maravilha3, Estes são os deleites desta Ilha.

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Que as imortalidades4 que fingia5 A antiguidade, que os Ilustres ama, Lá no estelante6 Olimpo, a quem subia Sobre as asas ínclitas da Fama,

Por obras valerosas que fazia, Pelo trabalho imenso que se chama Caminho da virtude, alto e fragoso7, Mas, no fim, doce, alegre e deleitoso, 91

Não eram senão prémios que reparte, Por feitos imortais e soberanos, O mundo cos varões que esforço e arte Divinos os fizeram, sendo humanos. Que Júpiter, Mercúrio, Febo8 e Marte, Eneas e Quirino9 e os dous Tebanos10, Ceres, Palas e Juno com Diana, Todos foram de fraca carne humana.

Luís de Camões, Os Lusíadas ((leitura, prefácio e notas de A. J. Costa Pimpão), 4.a ed., Lisboa, Instituto Camões – Ministério dos Negócios Estrangeiros, 2000.

1 reconfortante, santa; 2 deusa do mar, esposa do Oceano; 3 admiração; 4 condição de imortal; 5 inventava; 6 constelado; 7 pedregoso; 8 Apolo; 9 Rómulo; 10 Hércules e Baco

Responda de forma completa aos itens seguintes.

1. Indique o local onde se encontram os navegadores portugueses, justificando a sua paragem nesta região.

2. Explique o sentido alegórico deste momento textual.

B Leia o texto seguinte.

Carregada a nau de muita fazenda no belo porto de Olinda, deu à vela com o vento em popa a 16 de maio de 65. Não eram ainda bem saídos da barra quando se acalmou o vento com que partiram; logo depois se lhes tornou contrário, os levou de través e os atirou para um baixo, onde permanece- ram por quatro marés e se viram em risco de se perderem, o que lhes teria sem dúvida acontecido se fossem então os mares mais grossos.

Acudiram-lhes com presteza muitos batéis, que lograram salvar a gente toda e a maior parte da carregação. Porém, nem assim descarregada se desencalhou, pelo que decidiram cortar os mastros; então, nadou e saiu dos baixos.

Tornada a nau ao porto da vila, foi examinada por oficiais para verem se poderia seguir viagem; e, por acharem que não recebera dano que a impossibilitasse para a navegação, se tornou a preparar e a carregar.

Vários amigos de Albuquerque Coelho, vendo que ele pensava em reembarcar na nau, quiseram dissuadi-lo de tal proceder pelos maus princípios que já tivera; mas nem ele, nem os demais pas- sageiros quiseram dar ouvidos a tais prognósticos, e tornaram a embarcar na “Santo António”, que largou enfim da vila de Olinda a 29 de junho de 65.

Cinco dias depois da largada mudou o vento de maneira súbita, tornando-se tão contrário e de tal violência que trataram de alijar1 fazenda ao mar, por isso que a nau lhes mareava2 mal, pela muita carga com que dali partira. Pela tarde piorou ainda e o casco3 abriu água. Davam à bomba continuamente, às seis mil zonchaduras4 entre noite e dia. Pouco depois, um pé de vento quebrou o gurupés5.

Finalmente, já nos doze graus de latitude norte, o vento acalmou. Andaram dezanove dias em calmarias, acompanhadas de trovoadas. Resolveram, então, demandar6 uma das ilhas de Cabo Ver- de, em cuja latitude se encontravam para tirarem a água que no navio entrava e repararem a avaria do gurupés.

História Trágico-Marítima – narrativa de naufrágios da época dos Descobrimentos

(adaptação de António Sérgio e ilustrações de André Letria), Lisboa, Sá da Costa Editora, Edição Expresso, 2008, pp. 126-127.

1 tirar ou deitar fora; 2 andava; governava; 3 parte do navio que assenta na água; 4 operação de levantar o zoncho ou o êmbolo

da bomba do navio, para fazer subir a água; 5 mastro colocado na extremidade da proa, para diante, formando com a horizontal um ângulo de 30 a 40 graus; 6 procurar

Apresente, de forma bem estruturada, as respostas aos itens que se seguem.

4. Explique o que aconteceu à nau que partira do porto de Olinda, referindo-se ao modo como foi recu- perada.

5. Justifique a paragem numa das ilhas de Cabo Verde.

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GRUPO II

No documento Livro de Testes Manual Sentidos 10 (páginas 71-76)