• Nenhum resultado encontrado

Leia o texto que se segue.

No documento Livro de Testes Manual Sentidos 10 (páginas 79-89)

São onze da manhã de uma noite não dormida quando chego ao Lubango. Parti de Santa Clara, a fronteira de Angola com a Namíbia, às cinco da tarde de ontem. Foram necessárias dezoito horas para conduzir 450 km – tento fazer contas, indeciso se incluir ou não na média horária as três horas de descanso, entre as duas e as cinco da manhã, debaixo de um embondeiro.

Estou tão cansado, que acabo é por não fazer contas nenhumas. Já não sou um adolescente, noites em branco dão-me cabo do dia. Agora, devia recolher ao quarto, tomar um duche, deitar-me e descansar. Mas o Lubango será para mim uma viagem no tempo, e a primeira etapa dessa viagem é a adolescência. Não a que vivi quando era a minha altura de a viver, mas a que estou a viver ago- ra – porque me passa o sono, e uma energia alegre substitui o cansaço quando chego ao Lubango. Uma energia adolescente.

Apetece-me devorar o centro desta cidade. Caminhar por todas as calçadas portuguesas, tomar um café em todos os cafés que apresentam o triângulo Delta pendurado por cima da porta, com- prar carcaças e papo-secos em todas as mercearias e minimercados que se chamem “Tio Patinhas”, “Silva & Silva”, “Elite”, “Benfica”, pedir o prato do dia em qualquer tasca que proponha “prego no prato” e “bacalhau com todos”.

5

10

Estas banalidades que me estão a emocionar têm que ser postas em perspetiva: ando a viajar há várias semanas por África, e de repente chego a casa sem sair de África. “Vá para dentro lá fora” podia ser o slogan desta cidade se ela se quisesse promover turisticamente em Portugal.

A segunda etapa da viagem no tempo é a infância – a minha. Desta vez, regresso definitivamente aos anos da escola primária quando vejo a fachada das escolas primárias da antiga cidade de Sá da Bandeira. E as outras fachadas: o hospital, o grande hotel, o prédio da cooperativa, o Palácio da Justiça, a sede do grémio, a estação de comboios, a garagem de autocarros. São as fachadas que vigoravam nas cidades portuguesas da minha infância, e o Lubango é uma cidade ancorada em 1975 – o meu primeiro ano na primária, o último ano em que se construiu aqui.

Gonçalo Cadilhe, África Acima, 8ª edição, Alfragide, Oficina do Livro, 2007, pp. 95-96.

1. Para responder a cada um dos itens de 1.1. a 1.7., selecione a opção correta.

1.1. O narrador-personagem do excerto apresentado não consegue dormir, depois de tantas horas de viagem,

(A) por ter chegado à terra onde viveu a sua adolescência. (B) devido ao seu cansaço extremo.

(C) por causa do fuso horário.

(D) por ter sido despertado pelas lembranças do passado.

1.2. No contexto em que surge, o slogan criado pelo autor do texto, “Vá para dentro lá fora”

(l. 17), significa que

(A) se deve viajar dentro do nosso país.

(B) o local visitado tem muitas semelhanças com Portugal. (C) as viagens físicas despertam recordações.

(D) viajar é uma forma de descobrir a importância do nosso país.

1.3. Em “indeciso se incluir ou não na média horária as três horas de descanso” (ll. 3-4), o constituinte sublinhado corresponde ao

(A) modificador do nome restritivo. (B) complemento do adjetivo. (C) complemento do nome.

(D) modificador do nome apositivo.

1.4. A conjunção sublinhada na frase “que acabo é por não fazer contas nenhumas” (linha 5) introduz uma oração subordinada

(A) adverbial causal. (B) adverbial condicional. (C) adverbial consecutiva. (D) substantiva completiva.

1.5. O pronome demonstrativo sublinhado na frase “Não a que vivi quando era a minha altura de a viver” (l. 8) retoma o referente:

(A) “uma viagem no tempo” (l. 7). (B) “a primeira etapa” (l. 7).

(C) “a primeira etapa dessa viagem” (l. 7). (D) “a adolescência” (l. 8).

1.6. Na frase “Apetece-me devorar o centro desta cidade.” (l. 11), está presente (A) uma metáfora.

(B) uma personificação. (C) uma antítese. (D) uma comparação.

1.7. A palavra sublinhada no segmento “A segunda etapa da viagem” (l. 19) é um (A) advérbio.

(B) adjetivo qualificativo. (C) adjetivo numeral. (D) quantificador numeral.

2. Responda de forma correta aos itens apresentados.

2.1. Identifique a função sintática do constituinte “de Santa Clara” (l. 1). 2.2. Classifique a oração “quando chego ao Lubango” (l. 1).

2.3. Identifique a classe e subclasse da palavra sublinhada em “o meu primeiro ano na primária”

(l. 24).

GRUPO III

Num texto coerente, entre 120 e 150 palavras, redija uma apreciação crítica sobre uma das obras literárias que estudou este ano letivo. Deve estruturar o seu texto em três partes (introdução, desen- volvimento e conclusão).

O seu texto deve contemplar os seguintes aspetos:

• Apresentação da obra e do respetivo autor, situando-a no tempo. • Descrição sucinta da obra, acompanhada de um comentário crítico.

TESTE DE DIAGNÓSTICO N.O 1 (pp. 18-23) GRUPO I PARTE A 1. (E)-(D)-(G)-(C)-(B)-(A)-(F) 2. 2.1. (D); 2.2. (A); 2.3. (C); 2.4. (A) 3. (B) PARTE B

4. Logo no primeiro verso, o sujeito poético afirma que- rer amar “perdidamente” e, depois, no segundo, ao dizer “Amar só por amar...” (v. 2), deixa antever que a sua preocupação se centra apenas na vivência desse sentimento; por isso, nos terceiro e quarto versos, e recorrendo à enumeração, confirma que não importa quem se ama, porque o importante é amar, como se vê em “… Este e Aquele, o Outro e toda a gente… / Amar! Amar! E não amar ninguém!” (vv. 3-4).

5. A desorientação é visível na segunda quadra, uma vez que as interrogações sugerem as dúvidas, o que acaba por se confirmar logo no segundo verso, através de ex- pressões contraditórias e antitéticas (“Prender ou des- prender”, v. 6) e da dúvida manifestada nas perguntas “É mal?”, É bem?” (v. 6), reveladoras de algum desnor- te que não lhe permite distinguir valores opostos.

6. No primeiro terceto, assiste-se a uma atitude mais otimista, ao contrário do que se depreende pela leitu- ra das quadras. Com efeito, a evocação da primavera, como metáfora da vida, o nascer e o florir, faz com que o verbo “cantar” assuma o significado de celebração da vida que nos foi dada por Deus.

7. A expressão pode considerar-se um eufemismo, dado remeter para a morte, após a qual o corpo se transfor- ma em pó, suavizando-se, deste modo, a ideia negati- va que está associada ao fim da nossa vida.

8. Comparando os versos de Florbela Espanca com os de Eugénio de Andrade, há claramente em ambos um apelo ao amor. Em Eugénio de Andrade, o apelo é permanente e acompanhado de sugestões que o farão perdurar, como é o caso de ter de se banir sentimentos ou atitudes negativos, como o ódio, a solidão e a cruel- dade, e evitar os lamentos e as espadas, termos usa- dos como metáfora de dor. Além disso, a mensagem de Eugénio de Andrade assume um caráter universal, enquanto no texto de Florbela Espanca o conteúdo é de caráter mais subjetivo e a necessidade de se celebrar a vida só surge no primeiro terceto.

PARTE C

9. As estâncias, pertencentes ao canto III de Os

Lusíadas, integram o episódio de Inês de Castro, iden-

tificada na segunda estância, havendo também refe- rência ao alvo do seu amor, o Príncipe D. Pedro. Este episódio assume um caráter lírico, já que a preocupação do poeta se centra na explicitação do sentimento amoroso que une Inês a Pedro e que a conduzirá à morte, justificando-se as palavras que culpabilizam o Amor, ávido de mais e maior triste- za (est. 119, vv. 1-2), e que lançará Inês no abismo da morte. Porém, no momento descrito, Inês ainda

desconhece as intenções do rei por isso estava “Na- quele engano da alma ledo e cego”. Nas três composi- ções líricas é notório que amar faz parte da condição humana. (116 palavras)

GRUPO II 1. (B)

2. (A) 7; (B) 3; (C) 2; (D) 5; (E) 6

3. a) dançassem; b) visitardes; c) interveio; d) tenha apre- ciado.

4. O autor relatou-no-las de forma evasiva.

5. (B)

6. “que encontremos respostas”.

GRUPO III

Para além de outros aspetos, sugerem-se os tópicos se- guintes:

– a existência de inúmeros países, mairoritariamente ára- bes, norte-africanos e asiáticos, com regimes políticos totalitários e religiões fundamentalistas;

– o risco a que os turistas se podem expor face à adoção de condutas/atitudes diferentes;

– vantagens decorrentes do contacto direto com essas realidades;

– desejo/vontade pessoal de conhecer culturas diferentes das europeias;

– indicação do(s) local(ais) que mais lhe aprazia visitar.

TESTE DE DIAGNÓSTICO N.O 2 (pp. 24-30) GRUPO I PARTE A 1. (C)-(G)-(A)-(D)-(B)-(E)-(F) 2. 2.1. (C); 2.2. (B); 2.3. (C); 2.4. (D) 3. (C) PARTE B

4. Nos primeiros quatro versos, é evidente um forte elo- gio à esperança, até porque aí se diz que, por mais do- res que a vida nos provoque, nunca se deve perdê-la. Insiste-se e comprova-se esta ideia, quando se afirma que só a morte nos pode retirar a confiança.

5. Nos dois primeiros versos da segunda quadra, diz-se que a sorte pode cumprir-se só de lágrimas, isto é, a sorte é algo imprevisível e incontornável, que tanto pode gerar efeitos positivos como negativos, pelo que se exige a procura de soluções, principalmente para a má sorte que nos possa estar destinada.

6. Na última parte, reforça-se a ideia de que se apreciará melhor o bom/o bem (a “bonança”), quando este che- ga “depois do mal” (v. 10). Isto significa que, depois da tempestade, vem a bonança e esta é mais aprecia- da depois de se ter passado por dificuldades; daí que seja importante que “nunca se perca a esperança / enquanto a morte não vem” (vv. 11-12).

7. O aforismo popular transmite a mensagem da não

porque para tudo na vida há solução, exceto para a morte. Ora, estas ideias surgem no poema de Carlos de Oliveira, quando se afirma que, mesmo que haja momentos maus na vida, nunca se pode perder a es- perança enquanto vivemos (“nunca se perca a espe- rança / enquanto a morte não vem” (vv. 11-12).

8. No poema de Carlos de Oliveira, é notório o apelo constante para que não se perca a esperança; é uma espécie de grito para que ninguém se deixe derrubar pela falta de sorte, até porque esta depende da atitu- de que cada um tem perante a vida. Ora, nas estâncias de Os Lusíadas, percebe-se o entusiasmo que se apos- sou dos marinheiros que partiam, ledos e corajosos, com a esperança de obter melhores condições para eles e para o país. Como se sabe, foi graças a essa garra, determinação e à esperança que levavam que a viagem se concretizou e foi bem sucedida.

PARTE C

9. O excerto, extraído do Auto da Índia, de Gil Vicente, evidencia a denúncia que o autor sistematicamente faz de situações sociais características da sua época. Essa crítica social é veiculada pelas personagens se- lecionadas. Por isso, a Ama, que aqui se mostra alegre com o regresso do Marido, aproveita a sua ausência para viver uma vida de libertinagem, reafirmando, agora, a sua devoção permanente e o seu desinteres- se pelo dinheiro. Mas, logo após, pergunta-lhe se vem “muito rico”, ao que este responde que “Se não fora o capitão”, ele traria o seu “quinhão”.

No fundo, o que fez mover o Marido foi fundamentalmen- te o interesse material, aliás, muito semelhante àquele que fez os marinheiros portugueses partirem para a Ín- dia e que vai ser denunciado pelo Velho do Restelo. (120 palavras)

GRUPO II 1. (A)

2. (A) 5; (B) 3; (C) 2; (D) 4; (E) 1

3. a) fizessem; b) propuseram; c) ter-se-ia divertido;

d) tivesse percebido.

4. O realizador participar-mas-ia com toda a celeridade.

5. (C)

6. “que vivem em Malaca”.

GRUPO III

Para além de outros aspetos, sugerem-se os tópicos se- guintes:

– definição de adultério/o que se entende por adultério; – perceção e reação social ao adultério;

– fatores evocados para essa atitude;

– aceitação/inaceitação social dependente do género se- xual de quem o pratica;

– atitudes/condutas/estratégias dissuasoras desse com- portamento.

SOLUÇÕES DOS TESTES DE AVALIAÇÃO

TESTE DE AVALIAÇÃO N.O 1

(pp. 32-35)

1. Esta cantiga versa sobre o sofrimento amoroso – coi- ta de amor: “... ei no meu coraçom / coita d’amor...” (vv. 3-4).

2.1. É evidente, ao longo de toda a cantiga, que o sujeito lírico não tem noção do que se passa consigo nem consegue descrevê-lo. Sente-se entre a vida e a morte – “Ora nom moiro, nem vivo...” (v. 1) –, completamente desconcertado – “… nem sei / como me vai, nem rem de mi...” (vv. 1-2) –, sem saber o que fazer – “Nom sei que faço, nem ei de fazer,” (v. 7) – não conseguindo vislumbrar o que será o seu futuro – “Nom sei que é de mim, nem que sera,” (v. 15). O único facto de que ele tem a certeza é de estar a sofrer de tal forma por amor que sente estar a enlouquecer – “se nom / atan- to que ei no meu coraçom / coita d’amor… / tam gran- de que me faz perder o sém” (vv. 2-5).

3. Como se depreende do último verso do refrão, a “se- nhor” não tem conhecimento do estado de sofrimento em que o sujeito lírico se encontra, situação que pa- rece constituir-se como o ponto fulcral da sua coita amorosa: estar apaixonado e o alvo do seu amor não ter sequer consciência disso, pelo que, desta feita, não poderá aspirar a uma correspondência amorosa.

4. É possível identificar, na cantiga, a voz de um narrador – “Dizia la fremosinha” (v. 1) – bem como a personagem principal da ação que está ser narrada e descrita e que mais não é do que o lamento de uma donzela apaixona- da e que sofre devido à ausência do amigo. Verifica-se, ainda, que o narrador coloca a personagem a falar na primeira pessoa através do discurso direto – “ai, Deus, val! / Com’estou d’amor ferida!” (vv. 2-3).

5. Ambas as cantigas versam sobre o sofrimento causa- do pelo amor. Na primeira, assistimos à confissão do estado de insanidade e de angústia que o sujeito lírico experimenta por estar apaixonado e a sua amada não ter conhecimento disso; na segunda, a de amigo, somos confrontados com a mágoa e o desespero de uma don- zela apaixonada que lamenta a ausência do amado.

GRUPO II

1.1. (C); 1.2. (C); 1.3. (D); 1.4. (C); 1.5. (B); 1.6. (A): 1.7. (B)

2.1. Espetadores, cartaz, público, filme, comédia.

2.2. Complemento oblíquo.

3. À letra, capital significa a cabeça (a parte principal) de um país.

GRUPO III

A resposta do aluno deverá contemplar, entre outros, os seguintes aspetos:

Cantigas de amor

Cantigas de amigo

Origem • provençal • autóctone

Sujeito de enunciação • trovador • donzela Objeto • a dona (a “senhor”) • o amigo Características da figura feminina • ser divinizado, quase inatingível, da aristocracia • ser terrestre, de cariz essencial- mente popular Características da figura masculina • vassalo • submisso • sofredor • apaixonado • ausente • mentiroso Ambiente • palaciano • cortês • doméstico • familiar • rural • marítimo TESTE DE AVALIAÇÃO N.O 2 (pp. 36-39)

1. Esta cantiga é dirigida a uma mulher feia, o que por ex- tensão se revela como uma sátira à forma exagerada como a mulher surgia retratada nas cantigas de amor.

2. No final da cantiga, o sujeito lírico pede à “senhor” que dedique o seu amor àqueles que se queixam de não ser correspondidos e que não o ame mais a ele.

3. Ao contrário das cantigas de amor, que nos apresen- tam um sujeito lírico, na grande maioria das vezes, a padecer de coita de amor por não ser correspondido, nesta cantiga de escárnio, somos confrontados com um sujeito lírico que não só não está apaixonado como é ele que não corresponde ao amor da dama. Esta, por seu turno, que nas cantigas de amor é sempre des- crita de forma sobrevalorizada, através do enalteci- mento as suas qualidades, aparece retratada nesta cantiga de escárnio como estando nos seus antípodas, já que é estúpida, feia e má.

4. O sujeito lírico compara-se com os provençais para demonstrar que o seu amor é mais sentido e causa mais sofrimento do que o deles, já que, ao contrário do que acontece na Provença onde os trovadores só compõem na primavera e, por isso, só nessa estação é que sofrem, ele sente constantemente a dor inerente ao facto de estar apaixonado.

5. A perífrase presente no verso serve para destacar uma das marcas mais evidentes e próprias da prima- vera: ser a época das flores.

GRUPO II 1.1. (C); 1.2. (D); 1.3. (C); 1.4. (C); 1.5. (D); 1.6. (A); 1.7. (A) 2.1. Hiperonímia / hiponímia. 2.2. Sujeito. 2.3. Meteorito, meteoro… GRUPO III

Em 2014, cerca de dois terços da eletricidade consumi- da em Portugal foram de origem renovável, sendo que a maior parcela se ficou a dever à energia produzida pelas barragens, seguindo-se a obtida através dos parques eóli- cos. Estes resultados revelam, assim, que o consumo des- te tipo de energia foi o mais elevado desde 1999.

Ainda assim, continua a verificar-se alguma dependência do país em relação às energias não renováveis, já que a terceira fonte elétrica mais utilizada foi o carvão.

De qualquer forma, o objetivo do governo é que, em 2020, 60% da eletricidade consumida seja de origem renovável, situação para a qual poderão contribuir as energias eóli- cas, ainda que o Estado não garanta tarifas especiais para este tipo de eletricidade. (120 palavras)

TESTE DE AVALIAÇÃO N.O 3

(pp. 40-44)

1. O primeiro parágrafo serve de introdução, uma vez que nele se referem, de forma sumária, os aspetos que vão ser desenvolvidos ao longo do capítulo e que dizem respeito à atitude assumida pelo povo e pelo Mestre para fazer face ao cerco a que foram sujeitos.

2. Quando souberam das intenções do rei de Castela, alguns deixaram a cidade. Os que se mantiveram e aqueles que para aí se deslocaram preocuparam-se, primeiramente, em recolher o maior número de man- timentos possível; depois centraram a sua atenção na proteção da cidade, fortificando os muros e a sua guarda.

3. É evidente a união de todos na defesa da cidade, uma vez que, quando o sino da Sé repicava – sinal de perigo iminente –, não só respondiam à chamada os que es- tavam designados para defesa de determinados locais, “mas ainda as outras gentes da cidade” que, abando- nando os seus ofícios, acorriam prontamente, munidas de armas, para combater os inimigos.

4. A donzela sente-se pesarosa e com vontade de se vin- gar do seu amigo, se for verdade aquilo que ouviu di- zer, que ele ama outra mulher e que, por isso, ela está a ser vítima de traição.

5. O uso do futuro do indicativo justifica-se pelo facto de no refrão o sujeito lírico manifestar a sua intenção fu- tura – esforçar-se por esquecer o amigo – e antecipar já as consequências que isso lhe trará: a dor incompa- rável que irá sentir.

GRUPO II

1.1. (B); 1.2. (C); 1.3. (A); 1.4. (D); 1.5. (A); 1.6. (B); 1.7. (D)

2.1. O campo foi todo plantado com morangos.

2.2. Homicídio de irmão.

2.3. Composto morfológico.

GRUPO III

TESTE DE AVALIAÇÃO N.O 4

(pp. 45-49)

1. Uns choravam, maldizendo a sua vida e admitindo que preferiam morrer do que continuar a passar por tan- tas privações; outros mostravam arrependimento por terem ficado do lado do Mestre, porque começavam a acreditar que estariam em melhores condições, se tivessem apoiado o rei de Castela.

2. Uma dizia respeito às consequências que o povo acre- ditava que poderiam advir do confronto que estava a viver com o rei de Castela; a outra prendia-se com a carência de alimentos que se fazia sentir na cidade, pelo facto de a mesma estar cercada.

3. Ao dirigir-se à geração que veio depois da crise vivi- da em Portugal, apelidando-a de bem-aventurada por não ter passado por aquilo que o povo de Lisboa passou durante o cerco, Fernão Lopes destaca o sofri- mento e as privações que foram vividas nessa época bem como reforça o papel preponderante que o povo de Lisboa teve na história de Portugal, nomeadamen- te por ter contribuído de forma incisiva para a época áurea que surgiu depois desta crise.

4. Nesta cantiga é satirizado um fidalgo – “ricome” – que demonstra, através das suas compras, ou ser avaren- to ou estar a passar necessidades económicas, algo que não estaria em conformidade com a sua condição.

5. A antítese serve para reforçar a avareza ou a necessida- de do “ricome” que compra pouco e de fraca qualidade.

GRUPO II

1.1. (D); 1.2. (B); 1.3. (B); 1.4. (A); 1.5. (D); 1.6. (C); 1.7. (D)

2.1. Complemento do nome.

2.2. Neurónio, neurologia, neurótico.

2.3. Oração subordinada adverbial concessiva.

GRUPO III

Ao contrário dos grandes símios e dos humanos com cer- ca de dois anos que se conseguem reconhecer ao espelho, os macacos não têm revelado essa capacidade. Mas uma nova investigação veio demonstrar que o cérebro dos ma- cacos está preparado para efetuar esse reconhecimento e que, por isso, eles podem aprender a fazê-lo.

Esta conclusão surgiu no seguimento de os macacos terem sido capazes de identificar uma mancha de tinta vermelha, visível apenas ao espelho, depois de terem sido treinados e reconhecê-la quando a mesma estava associada a uma sensação de irritação que lhes foi infligida.

Os resultados deste estudo revelam-se, assim, fulcrais para o desenvolvimento de terapias que permitam ultra- passar o défice de autorreconhecimento em pessoas com problemas cerebrais. (119 palavras)

TESTE DE AVALIAÇÃO N.O 5

(pp. 50-54)

GRUPO I A

1. Quando chegou da missa, a mãe percebeu que a tarefa de bordar que tinha dado à filha não tinha sido cumpri- da; esta constatação não agradou à mãe, o que a levou a afirmar que não admirava que Inês não arranjasse

marido, uma vez que tinha fama de preguiçosa (“Como queres tu casar / com fama de preguiçosa?”, vv. 15-16).

2.1. Lianor Vaz afirma ter sido vítima de ataque por parte de um clérigo (“vinha agora pereli […] e um clérigo […] lan- çou mão de mi.”, vv. 42-45), o que a leva a colocar a hipó- tese de apresentar uma queixa, ou ao Rei ou ao Cardeal, uma vez que se tratava de um membro da Igreja.

No documento Livro de Testes Manual Sentidos 10 (páginas 79-89)