LIMITAÇÕES VIVENCIADAS PELOS ACADÊMICOS

Uma das principais limitações vivenciadas pelos acadêmicos de enfermagem durante a prática hospitalar foi relacionado a prestações de cuidados à criança devido à agitação, o medo e o choro intenso quando os estudantes se aproximavam para realizar os

procedimentos, a exemplo da administração de medicamentos e a nebulização, dificultando a assistência e gerando uma certa insegurança e nervosismo dos acadêmicos. Entretanto, para minimizar essa situação, os acadêmicos estipularam mecanismos lúdicos, usando brinquedos para despertar interesse na criança e deixa-la mais calma. Além disso, era solicitado à mãe segurar a criança no colo de modo a tranquilizá-lo um pouco mais e com isso, foi possível melhorar a situação durante a realização dos procedimentos de enfermagem.

Estudos destacam que a criança ao adoecer fica mais vulnerável, e a internação hospitalar acaba sendo algo diferente e pôr a criança ser submetida a diversos procedimentos, cercada por pessoas diferentes das que ela estava habituada a conviver, essa situação passa a deixa-la mais estressada, agitada e chorosa que soma ao sofrimento provocado pelo estado de saúde, piorando o seu estado emocional (GONZAGA et al., 2016; CHESANI et al., 2019) o que remete a importância de se utilizar estratégias, como envolver o lúdico na abordagem à criança hospitalizada minimizando essas dificuldades.

Outra limitação encontrada, foi devido ao curto período dos acadêmicos no setor de pediatria, uma vez que os estudantes obedecem ao cronograma das atividades práticas precisando realizar as atividades das outras disciplinas do período do curso de enfermagem, o que impossibilitou acompanhar o cliente até sua alta hospitalar

4. CONCLUSÃO

Este estudo descreve as experiências dos acadêmicos de enfermagem na aplicação da SAE e do PE à criança internada com diagnóstico médico de pneumonia em um hospital público do interior do Amazonas, destacando a importância da utilização desse método e instrumento no ambiente de trabalho do enfermeiro de modo que a implementação do PE à criança permitiu organizar, orientar e sistematizar as ações de cuidado realizado pelos estudantes, além de servir como um documento que identifica as ações que foram desenvolvidas favorecendo o trabalho da enfermagem no ambiente hospitalar e proporcionou uma melhora expressiva da assistência devido ao planejamento individualizado das ações de enfermagem à criança.

A aplicação do PE permitiu ter uma visão holística da criança hospitalizada identificando todos os achados e norteando os cuidados implementados de acordo com suas

etapas, promovendo um cuidado baseado em princípios científicos e integrado focado em solucionar as necessidades do cliente.

Porém, apesar de o PE ser extremamente importante conforme destacado, observou- se durante a prática hospitalar que o mesmo é pouco utilizado pelos profissionais de enfermagem durante a sua assistência e, quando utilizado é de forma fragmentada, isso está relacionado a vários fatores, entre os quais, muitos clientes internados para poucos enfermeiros e também devido à falta de conhecimento acerca do PE tendo em vista sua complexidade, o que corrobora para o desenvolvimento de estudos que abordem a importância da SAE e do PE na atuação do enfermeiro no ambiente de trabalho.

Portanto, a SAE e PE são metodologias e instrumentos que devem fazer parte da atuação profissional da enfermagem, uma vez favorece a prática profissional e valoriza o trabalho da enfermagem como ciência. Dessa forma, é fundamental que os estudantes apliquem essas ferramentas durante as aulas práticas de modo que possam dar continuidade durante a sua atuação profissional após formação.

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