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3.1 Sobre as Aulas de Língua Inglesa

3.1.2 Módulo 2: Formative Assessment

Neste módulo, meu intuito foi mostrar que há outras formas de avaliar a aprendizagem, para ajudar os alunos a aprenderem mais. Como os alunos vêm de um contexto em que se avalia quase somente com provas impressas, julguei relevante mostrar outras possibilidades.

Aula 1:

Para iniciar esse conteúdo, em que eu iria pedir que os alunos assistissem a um vídeo sobre avaliação, ensinei a eles algumas estratégias de Listening, para que pudessem compreender o vídeo em língua inglesa.

Depois que os alunos aprenderam algumas estratégias e de atividades de pré-

listening, para a aula seguinte, disponibilizei o link do vídeo Alternative Assessment34, em

nossa comunidade e pedi que os alunos o assistissem. Apenas duas alunas o assistiram. Em sala de aula, os alunos pediram para assisti-lo, pois não haviam tido tempo. Assistiram-no uma vez e, na segunda vez, fui pausando para explicitar as partes em que eles ficaram com dúvidas.

Como o vídeo não tem legenda, alguns quiseram ouvir mais uma vez para se certificarem de que estavam compreendendo o áudio. Depois que discutimos alguns pontos do vídeo, entreguei aos alunos quatro perguntas. Em grupos, eles estudaram as

34 Este conteúdo faz parte de um curso online de formação de professores chamado Shaping the way we

85 perguntas, formularam uma resposta e apresentaram para o restante da turma, interagindo, dado que todas as perguntas estavam relacionadas. A atividade foi realizada toda em inglês, salvo algum vocabulário que os alunos não conheciam e para o qual pediram ajuda.

Figura 02: Vídeo: Alternative Assessment35

Quadro 04: Perguntas utilizadas na discussão do vídeo36:

What example of assignment guidelines did you see? For what kind of assignment were the criteria written? Think of a typical task for a classroom. List the criteria you might give the students to help them complete the task successfully.

How was the class organized? Why do you think it was organized this way? What can peers offer each other in this situation?

What language skill were the students focusing on?

Is this a form of assessment? If so, what kind of assessment was it, formative or summative? Why?

What was the teacher’s job during this activity? What was the students’ responsibility?

Aula 2:

Nesta aula, meu intuito foi mostrar a relevância de construir critérios claros de avaliação, que estejam relacionados aos objetivos de aprendizagem do professor. Quando indagados, os alunos não souberam dizer o que seriam critérios de avaliação ou sua importância para a eficácia da avaliação. Exploramos o conteúdo e, em seguida, fizemos vários exemplos de critérios de avaliação, a partir de rubricas que desenvolvemos.

35 Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=FkK06hpQmt4. Acesso em: 10/05/2017

36 Agradeço à Professora Valeska Virgínia Soares Souza (UFU) pelas discussões e por me disponibilizar o

86 Para que eu pudesse perceber se os alunos haviam compreendido a relevância de critérios de avaliação, propus um trabalho que seria avaliado com base nos critérios que eles mesmos criariam. A seguir, exponho tais critérios. O trabalho será descrito na aula 3.

Quadro 05: Critérios de Avaliação construídos pelos alunos

Originalidade Construção dos slides Apresentação

O trabalho não possui cópia da internet.

O aluno obedeceu a quantidade de slides

solicitada (3-5)

O tempo estimado foi utilizado (5-10 minutos). O aluno pesquisou dados

para apresentar para a turma.

A escrita nos slides

apresenta rigor.

O aluno preparou sua apresentação e seguiu seu roteiro.

Quadro 06: Pôster Score (utilizado na avaliação)

Critérios High Medium Low

Originalidade

Construção dos slides Apresentação

Aula 3:

Nesta aula, os alunos prepararam uma apresentação sobre um filme, uma série ou um livro que tivesse sido significativo para eles, de algum modo. Eles deveriam postar os

slides um dia antes da apresentação, na comunidade, para que todos pudessem ter acesso.

A apresentação foi individual, com a ajuda dos colegas se precisassem; meu intuito foi observar o nível da habilidade oral em que eles já se encontravam, posto que estávamos realizando várias atividades de speaking em sala.

De modo geral, as apresentações foram excelentes. Os alunos se prepararam bastante para apresentar, e conseguiram fazer toda (ou quase) a apresentação em língua inglesa. Depois que terminaram, fizemos um debate sobre as apresentações e os critérios de avaliação. A aluna Evelyn disse que foi interessante conhecer um pouco mais dos colegas, pois cada filme ou série escolhida significava algo para eles. Já Luana concluiu que deveria ter prestado mais atenção aos critérios de avaliação, ela precisava de mais

87 Figura 03: Slides da apresentação de Luana (arquivo pessoal)

Alguns alunos falaram de temas polêmicos e profundos, como Luana que apresentou uma série sobre a surdez. Aproveitei o momento para ensinar vocabulários novos e discutir sobre essa temática que é relevante e que eles, como futuros professores, irão vivenciar quando forem ministrar aulas. Relevante salientar que os alunos utilizaram o aplicativo do Google, apresentações google, para construir os slides; a ideia era compartilhar tudo com todos os alunos, para que, quem quisesse pudesse ver as apresentações dos colegas

Aula 4:

A última aula do módulo 2 foi dividida em dois momentos, todos no Laboratório de Informática da Universidade. Em um primeiro momento, expliquei para os alunos os conceitos de peer assessment, self-assessment e feedback. Como esses conceitos já haviam surgido nas discussões anteriores, não vi nenhum problema em tratá-los juntos.

Discutimos sobre a importância de inserir o aluno no processo de avaliação. Expliquei que, quando há essa inserção, há mais possibilidade de ele desenvolver autonomia sobre sua própria aprendizagem e se sentir mais motivado em aprender. Depois finalizamos a discussão e os alunos emitiram suas opiniões; depois, passamos para a segunda parte da aula.

Na segunda parte, expliquei aos alunos o que é um Mind Map, mostrei um exemplo e pedi que construíssem um mapa mental com os conceitos que discutimos.

88 Expliquei que gostaria que eles refletissem sobre os conceitos e escrevessem uma breve explicação. Selecionei um sit37e que construía mapas mentais e postei na comunidade. Quando os alunos aprenderam a fazer, iniciaram os seus.

No entanto, eu cometi um erro na escolha do site, ele parecia ser totalmente gratuito, mas, quando os alunos finalizaram e foram ler os mapas mentais dos colegas, o site pedia para atualizar e ser premium a cada três mapas abertos. Assim, para que todos pudessem ver uns dos outros, eles tiveram que excluir alguns, o que foi lamentável, deveríamos ter tirado fotos ou feito print screen, mas não o fizemos,

A seguir, mobilizo dois mapas mentais, das alunas Luana e Evelyn, sobre o quê elas compreenderam dos conceitos estudados.

Figura 04: Mind map da aluna Luana. (Arquivo pessoal)

89 Figura 05: Mind map da aluna Evelyn. (Arquivo pessoal)

Por meio dos mapas mentais foi possível ver o envolvimentos dos alunos com a realização da tarefa. As duas alunas em questão inseriram emojis nas apresentações. Os

emojis foram um instrumento de comunicação também, seja como uma economia de

palavras, seja para enfatizar o que elas queriam dizer.

No momento da construção todos se ajudaram, foi uma atividade colaborativa, em que minha presença era apenas de guia, eles pediam ajuda aos colegas quando sentiam dificuldade com o site, no momento em que o colega lesse o que eles escreveram, enfim, quase todos os mapas mentais foram construídos de maneira participativa, colaborativa.