O conceito do indicador é facilmente inteligí- vel: após quantos quilômetros percorridos pela frota, em média, ocorre uma falha. Entende-se aqui por falha qualquer defeito verificado no veículo que resulte na sua retirada da operação.
O indicador é obtido pela fórmula:
Trata-se aqui dos atributos de manutenção dos ativos do sistema de ônibus, particular- mente aqueles em que falhas da manuten- ção repercutem diretamente no desempe- nho dos serviços.
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Quilometragem Médiaentre Falhas – MKBF4
É indicador clássico para a avaliação da ma- nutenção do veículo, embora também possa indicar problemas na fabricação dos veícu- los ou de um ou mais de seus componentes. Como em outras áreas, falhas constantes na operação das frotas de transporte público re- sultam em perda de confiabilidade, perda de demanda e menores resultados econômicos.
4 Na sigla em inglês “Medium Kilometers Between Failures – MKBF”
MKBFfp = QMPfp / NFfp em que:
MKBFrp = Quilometragem Média percor- rida entre falhas pela frota “f” no período “p”. Unidade: quilômetros/falha.
QTPfp = Quilometragem Total percorrida pela frota “f” no período “p”. Unidade: quilô- metros. Obtida pelo Sistema de Monitoração da Operação ou calculada pelo número de partidas válidas em cada linha e pelo compri- mento da linha. Unidade: quilômetros.
NFfp = Número de falhas mecânicas e/ ou elétricas que impediram a circulação do veículo da frota "f" no período "p". Obtido pelo Sistema de Monitoração ou pelos registros da Garagem. Unidade: falhas.
Sugerem-se períodos mais longos – semes- tre ou ano –, o que torna os resultados mais Apresentação O Guia
01.
Os ônibus urbanos – anatomia, qualidades e limites02.
O transporte por ônibus urbanos e sua relação com o ambiente em que se realiza03.
Construção da rede: planejamento, especificação e operação04.
Requisitos e responsabilidades na contratação05.
Contratos para operação dos serviços de transporte coletivo urbano por ônibus06.
Custos, política tarifária e sistemas de arrecadação07.
Qualidade dos serviços de ônibus – os diversos pontos de vista Guia básico de gestão operacional para melhoria da qualidade do serviço de ônibusconsistentes. O mais frequente entre os gesto- res de Transporte Público é o resultado anual.
O KPMF mínimo recomendado é acima de 7.500km por falha. Alguns contratos de opera- ção determinam 10.000km ou mais por falha.
Esse indicador, caso seja feita classifica- ção por tipos de falhas, também permite ou- tras investigações, como identificar as falhas mais comuns e recorrentes, assim como os componentes com falhas, e, assim, apontar medidas corretivas.
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Tempos Médias entre Falhas - MTBF5 Consiste em indicador semelhante ao MKBF descrito acima, em que os valores de quilo- metragem total percorrida são substituídos por total de horas de operação. São empre- gados mais comumente para a manutenção de equipamentos e sistemas.↘
Tempo Médio por Reparo – MTTR6O indicador reflete o desempenho da equipe de manutenção pelo tempo médio gasto para o reparo de uma falha. Ele é o resultado da divisão do tempo total despendido no reparo
de falhas em um determinado período pelo número de intervenções efetuadas. A apura- ção e a análise podem ser desagregadas por equipe ou por tipos de falha, desde que os re- gistros de manutenção sejam suficientemente detalhados. Pode ser expresso pela fórmula:
5 Sigla em inglês para “Mean Time Between Failures”. Emprega-se a sigla em inglês por ser a comumente adotada no meio técnico.
6 Sigla em inglês para “Mean Time to repair”. Emprega-se a sigla em inglês por ser a comumente adotada no meio técnico.
MTTRgp = TTRgp / TIgp em que:
MTTRgp = Tempo médio para reparar equi- pamento ou sistema do grupo “g” durante o período “p” . Unidade de medida : horas (minu- tos)/reparo.
TTRgp = Tempo Total Despendido em repa- ros de equipamento ou sistema do grupo “g” durante o período “p” . Unidade de medida: horas (minutos).
TIgp = Quantidade Total de Intervenções para reparar equipamento ou sistema do grupo “g” durante o período “p”. Unidade de medida: reparos.
Quanto menor o valor obtido, melhor o resul- tado. No entanto, não existem valores de refe- Apresentação O Guia
01.
Os ônibus urbanos – anatomia, qualidades e limites02.
O transporte por ônibus urbanos e sua relação com o ambiente em que se realiza03.
Construção da rede: planejamento, especificação e operação04.
Requisitos e responsabilidades na contratação05.
Contratos para operação dos serviços de transporte coletivo urbano por ônibus06.
Custos, política tarifária e sistemas de arrecadação07.
Qualidade dos serviços de ônibus – os diversos pontos de vista Guia básico de gestão operacional para melhoria da qualidade do serviço de ônibusrência para sua análise, visto que são diferentes equipamentos e diferentes tipos de falha. Assim, ele talvez seja mais aplicável na verificação de tendências de cada equipe ou equipamento, isto é, ao longo de alguns períodos, para que se obte- nha a evolução desses resultados.
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Disponibilidade – DSPEsse indicador apura o tempo que um veícu- lo, equipamento ou mesmo sistema está dis- ponível para a operação. Seu objetivo final é garantir e elevar a disponibilidade e confiabi- lidade dos ativos, otimizando a produtividade. É, portanto, mais um indicador do desempe- nho da manutenção do que do desempenho do equipamento. Por isso, é importante para a atividade de programação e controle da manutenção, uma vez que permite traçar as estratégias corretas, definindo qual equipa- mento merece prioridade da manutenção.
Ele é expresso pela fórmula:
MTBFfp = Tempo Médio decorrido entre Fa- lhas num equipamento “e” durante o período “p”. Unidade de medida: horas (minutos)/ falhas. Ver método de cálculo acima.
MTTRep = Tempo Médio por Reparo no
período “e” durante o período “p”. Unidade de Medida: horas (minutos)/ reparo. Ver método de cálculo acima.
Quanto mais alto o valor alcançado, melhor o resultado.