das receitas nos sistemas de ônibus, cabe agora tratar do ente responsável pela gestão
do sistema. Carvalho indica que esta gestão pode ser pública ou privada, conforme o mo- delo adotado para remuneração dos opera- dores. Quando a remuneração é direta, isto é, o que é arrecadado pelo operador, a ele se destina para sua remuneração de seus custos, a gestão da arrecadação deve ser privada. Quando a remuneração é indireta, isto é, com pagamento baseado em critérios de frota ou produção quilométrica ou há re- partição de arrecadação entre operadores, em geral é o poder público o responsável pela gestão da arrecadação e dos valores a serem repassados aos operadores.
Em contraposição ao formulado por aqueles autores, entende-se que, mesmo nos casos de remuneração indireta, poderia ser pensado um modelo de arrecadação e repartição delegado a uma empresa especializada do setor financeiro, sem que o poder público perca nem a responsa- bilidade nem o acesso irrestrito às informações para seu controle. Seriam empresas com expe- riência na arrecadação de valores de múltiplos compradores e no clearing para remuneração dos fornecedores e documentação das transa- ções, desde que sob regras claras e cercadas de transparência e segurança, conforme des- crito no subitem acima, entende-se que essa atividade poderia ser delegada.
Apresentação O Guia
01.
Os ônibus urbanos – anatomia, qualidades e limites02.
O transporte por ônibus urbanos e sua relação com o ambiente em que se realiza03.
Construção da rede: planejamento, especificação e operação04.
Requisitos e responsabilidades na contratação05.
Contratos para operação dos serviços de transporte coletivo urbano por ônibus06.
Custos, política tarifária e sistemas de arrecadação07.
Qualidade dos serviços de ônibus – os diversos pontos de vista Guia básico de gestão operacional para melhoria da qualidade do serviço de ônibusBREVES CONCLUSÕES
Custos, política tarifária, tarifas, gratuida- des, reajustamentos. Todos estes aspectos, que foram aqui tratados, são protagonistas do cenário de dificuldades vivenciado pelos sistemas de ônibus urbanos nas cidades brasileiras. Ainda são escassos os caminhos de saída.Mesmo assim, algumas portas se abrem, como foi o caso do Método de Cálculo de Custos dos Serviços de Transporte Público por Ônibus da ANTP. O documento representa um avanço por produzir não só um método racional de cálculo acessível a gestores e ope- radores, mas também um instrumento para o exercício da transparência nas relações de gestores e operadores com o público.
LEITURA SUGERIDA
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ANTP. Associação Nacional de Transportes Públicos. Custos dos Serviços deTransporte Público por Ônibus: Método de Cálculo: http://files.antp.org. br/2017/8/21/1.-metodo-de-calculo-- final-impresso.pdf . Instruções Práticas: http://files.antp.org.br/2017/8/21/2.- instrucoes-praticas--final-impresso.pdf
REFERÊNCIAS
ANTP, A. N. de T. P. Custos dos Serviços de Transporte Público por Ônibus: Método de Cálculo / Instruções Prá- ticas [Internet]. , Associação Nacional de Transportes Pú- blicos - ANTP. São Paulo-SP. 2017. 191 p. Disponível em: http://www.antp.org.br/planilha-tarifaria-custos-do-ser- vico-onibus/metodo-de-caculo.html
BRASIL, C. N. Lei Federal nº 12857/2012 - Mobilidade Urbana [Internet]. Brasil: Presidência da República - Casa Civil. Brasília-DF. 2012. Disponível em: http://www.planalto. gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12587.htm
CARVALHO, C. H. R. Aspectos Regulatórios e Concei- tuais das Políticas Tarifárias dos Sistemas de Transporte Público Urbano no Brasil [Internet]. Texto para Discussão. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA. Brasí- lia-DF. 2016. Disponível em: http://repositorio.ipea.gov.br/ bitstream/11058/6635/1/td_2192.pdf
NIGRIELLO A., OLIVEIRA R. H. Por que se está usando mais o automóvel nas áreas periféricas? Espacialização das dinâmicas associadas à mobilidade da população da Região Metropolitana de São Paulo. Revista dos Trasns- portes Públicos - ANTP [Internet].Nº 133. São Paulo-SP. 2013. pp 101–22. Disponível em: http://www.antp.org. br/_5dotSystem/download/dcmDocument/2013/04/26/ 0781302F-1BFD-43E1-9A71-A15683074C2B.pdf Apresentação O Guia
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Os ônibus urbanos – anatomia, qualidades e limites02.
O transporte por ônibus urbanos e sua relação com o ambiente em que se realiza03.
Construção da rede: planejamento, especificação e operação04.
Requisitos e responsabilidades na contratação05.
Contratos para operação dos serviços de transporte coletivo urbano por ônibus06.
Custos, política tarifária e sistemas de arrecadação07.
Qualidade dos serviços de ônibus – os diversos pontos de vista Guia básico de gestão operacional para melhoria da qualidade do serviço de ônibusNTU, A. N. das E. de T. U. Anuário NTU 2017-2018 [Inter- net]. Brasília-DF. 2018. Disponível em: https://www.ntu.org. br/novo/upload/Publicacao/Pub636687203994198126.pdf PINTO, V. P. (Org.) . Sistemas Inteligentes de Transpor- tes [Internet]. - Cadernos Técnicos ANTP Vol. 8. São Paulo. 2012. 167 p. Disponível em: http://www.antp.org.br/_5dot- System/download/dcmDocument/2013/03/18/9AB9A3E- B-97DC-4711-9751-162AD361D7F0.pdf
TAKAFUJI E. H. de M., BACIC B. L. de J., SIQUEIRA-GAY J., GIANNOTTI M. A., ROCHA M. M. da. Geostatistics as a Tool to Map the Spatio-Temporal Evolution of Car Owner- ship in São Paulo Metropolitan Area. In: XVIII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto [Internet]. Santos- -SP. 2017. p. 6147–6154. Disponível em: https://bdpi.usp. br/item/002839575
VASCONCELLOS, E. A. Mobilidade urbana em Curitiba - os limites do sonho. Revista dos Transportes Públicos - ANTP [Internet]. Nº 151. São Paulo-SP. 2019pp. 7–24. Dispo- nível em: http://files.antp.org.br/2019/4/16/rtp151-e.pdf
VASCONCELLOS, E. A. Mobilidade na RMSP: é hora de ter a coragem de fazer o que nunca foi feito. Revista dos Transportes Públicos - ANTP. nº 135 [Internet]. São Paulo- -SP. 2014. pp. 7–24. Disponível em: http://www.antp.org.br/ biblioteca-vitrine/revista-dos-transportes-publicos.html Apresentação O Guia
01.
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