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4 RES ULTADOS DA PESQ UIS A

4.3 MAPAS MENTA IS DO PDNE

A prim ei ra fase da anális e qualit ati va de dados , propost a por Flores (1994 ), que é a redução dos dados , const itui -se na s eparação dos el em ent os, na identi fi cação e cl assi fi cação dos m esmos e no agrupam ent o.

Quanto à separação dos el ementos, os dados foram segm entados nas seguint es cat egori as:

i) roti nas do PDNE do mod elo de Mintzberg et al. (1976) , quais s ej am:

reconhecim ento, di agnósti co, delineamento, bus ca/t el a,

jul gamento/ an áli se/barganha, autorização e avali ação (est a últim a roti na foi incorporada ao modelo);

ii) mani fest ações e/ou fluxos do conhecim ent o tácit o const ant es d o

Quadro 9.

A identificação des t es el em ent os, por m eio de códi gos com três l et ras,

restri ngi u-se apenas às manifes tações e/ou fl uxos do conhecimento t ácito,

conform e apres ent a o Quadro 13.

Q ua d r o 1 3 – C ó d i go s d a s ma n i fe s t a ç õ e s e / o u f l u xo s d o c o n h e c i me n t o t á c i t o AAP Aprendendo-ao-praticar

ADR Aceitação de riscos

AMC Automotivação cognitiva, motivação ANA Analogias/metáforas

AOC Auto-organização cognitiva AUT Autorreflexão, introspecção CRE Crenças

CMT Combinação da habilidade manual com a heurística tácita CPE Construtos pessoais

DIA Diários EMO Emoções EXP Experiência FEX Fatores externos FIN Fatores internos GEP Gerenciamento próprio GOP Gerenciamento de outras pessoas GST Gerenciamento de suas tarefas HDC Heurística decisória HMA Habilidade manual HTA Heurística tácita IDE Ideais

IEC Inspirações derivadas da experiência corporal

IAS Interação relacionada a atividades sociais, discussão com confidentes

INS Insights INT Intuições ITS Interação social JSI Julgamento sob incerteza KHW Know-How

MOM Modelos mentais, imagens mentais PAP Palpites

PER Percepções PRE Preconceitos SEH Senso de humor SEN Sensibilidade TAS Tolerância ao stress TDC Truques de comércio TIM Timing

TTI Tarefas técnicas individuais TTT Tarefas técnicas institucionais VAL Valores

Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos autores citados no Quadro 8, combinado com Mintzberg et al. (1976) Nota: O timing (TIM), uma espécie de sensibilidade (SEN) foi indiretamente extraído de Mintzberg et al. (1976)

Por fim, a agrupam ent o resultou na conexão entre os dois grupos de

categorias (rotinas do PDNE e mani fes tações e/ou fluxos do conhecim ento

tácito), express os na forma de mapas m ent ais e de t abel as que rel aci onam ambos

con junt os.

Para const rui r os mapas mentais de cada process o decisóri o foi empregado o model o da Fi gura 1, adi cionando -s e, t odavi a, a rotina d e avali ação. Em cada rotina do PDNE, foram destacadas as fras es ou express ões que indicavam al gum tipo de m ani fest ação e/ou fl uxo do conhecimento tácit o.

Os m apas mentais se referi ram às visões das pessoas ent revistadas em rel ação ao PDNE rel at ado.

F i g ur a 1 0 – P D N E d a e mp r e s a E 1 e i n s e r ç ã o d a s ma n i fe s t a ç õ e s e / o u fl u xo s d o c o n h e c i me nt o t á c i t o

F o nt e : O a u t o r

O estím ulo à decis ão da empres a E1 foi provocado por fatores externos (fecham ento de um a empres a anteri or em face de uma cris e financeira), por emoções (paixão) e pel a percepção.

O di agnós tico t eve a parti ci pação de out ras pes soas (gerenci am ento de outras pess oas), estudos prévi os (heurís ti ca t áci ta) j unt am ent e com percepção. O del ineam ento envolveu estudos e t em po para o des envolviment o dos equipamentos (experiênci a e heurí sti ca t ácita), além da crença na ajuda de muitas pes soas.

Nas rotinas de bus ca/t el a, foi evidenci ado a experi ência e a heurí sti ca tácit a devido aos trabal hos de des envolvi ment o de equipam entos e a int eração ass oci ada a at ividades soci ai s e discuss ão com confident es .

As rotinas de j ul gament o/anális e/barganha contem pl aram a experi ênci a (“muitos anos de estrada”) e intuição (“discernimento”).

Na autorização, foi observado que a em presa E1 fez uso da ex peri ência e da intuição (“não se faz isso num piscar de olhos”), além da emoção e do

julgamento sob incerteza (“paixão pelo que você faz e seguir em frente com tudo [...]”).

A rot ina de avali ação, na empres a E1, envolveu percepção de que a decis ão est ava acert ada, heurísti ca tácit a e int eração ass oci ada a ativi dade s soci ai s e dis cuss ão com confident es (“foi estudando, estudando, conhecendo as pessoas cert as , at é consegui r.”) e experiênci a (“dia a di a, t em a credibili dade”).

O PDNE da empres a E2 est á il ust rado na Fi gura 11.

F i g ur a 1 1 – P D N E d a e mp r e s a E 2 e i n s e r ç ã o d a s ma n i fe s t a ç õ e s e / o u fl u xo s d o c o n h e c i me nt o t á c i t o

F o nt e : O a u t o r

No reconhecim ent o da neces sidade de uma decis ão da em pres a E2, verificou -s e a i nci dênci a da percepção (“ a gent e com eçou a entender que, pel a percepção no m ercado [...]”) e de palpites (“ o m ercado pede, t em aquel a indicação, não tem certeza”).

Na rotina de diagnóstico teve o gerenciamento de outras pessoas (“ essas convers as e essas reuniões foram deci sivas para a nossa decisão .”) e a heurística tácit a, devida a estudos amplos no m ercado.

Na rotina de deli neam ento fo ram obs ervadas a int eração associada a ativi dades soci ais e discuss ão com confidentes (“os dados da consult ori a foram relevantes na nossa decisão.”), bem como valores (“ a gente sempre apoiou o prim ei ro em prego ”).

As rotinas de busca/tel a da empresa E2 apresent aram a inci dênci a d a interação associada a atividades sociais e discussão com confidentes (“a nossa empres a com eçou, mas não sabia onde chegar s ó, sem a ajuda de uma consultoria.”) e a intuição (“a intuição veio primeiro e a consultoria veio depois ”).

Nas rotinas de j ulgam ent o/ anális e/barganha foram const at adas a experi ênci a ( "a gent e apost a na experi ênci a." ), o jul gam ent o sob i ncertez a ("porque em toda m udança, no com eço a gent e sabe que há um receio para ass umir."), as crenças ( "por out ro l ado, a gente acredi ta que tem um direcionam ent o de Deus." ) e a int eração associ ada a atividades s ociai s e discuss ão com confi dentes ( "a consult ori a deu cert ez a que a gente est ava no caminho cert o").

Na autorização, foi obs ervado que houve aceit ação de ri scos com sensibili dade ( "e a gent e arri scou. Aquel a sensibili dade." ; "a gente quer 'pagar para ver'." ), o gerenciam ento de outras pessoas ( "a res ponsabil idade foi minha e do m eu sócio." ), emoções ( "s e não tiver paz - o coração angust iado - não faça."); e a i ntui ção combinada com a experi ênci a ( "o que contou m ai s foi a intui ção, a experi ência e a quest ão de m ercado").

Na rotina de avali ação da empres a E2, enfim , const atou -s e a incidênci a do gerenciam ento de outras pess oas ( "a gent e t eve out ro i mpacto que foi a ret ri bui ção aos funci onários." ) e a percepção ( "percebi que foi a deci são mai s corret a a que a gente tomou" ).

A em pres a E3 t em s eu PDNE desenhado na Fi gura 1 2. Const at ou -se que o reconheci mento da nece ss idade de um a deci são t eve a influênci a da em oção e da percepção, com o se depreende da fal a do ent revist ado, ao t er afirmado que "q uando soubemos que a [concorrênci a] iri a se inst al ar [ fábri ca em Pernam buco], a gent e t eve aquele susto" .

Na rot ina do di agn óstico, foram observadas a int ui ção ( "a gente pensou nisso, e aí a gent e t eve es sa i dei a."), a percepção (“a gent e tem que mudar,

senão a gent e vai quebrar.") e o timi ng ("o tempo, a mudança ti nha que s er feit a urgent e").

F i g ur a 1 2 – P D N E d a e m p r e s a E 3 e i n s e r ç ã o d a s ma n i fe s t a ç õ e s e / o u fl u x o s d o c o n he c i me n t o t á c i t o

F o nt e : O a u t o r

Quanto à rotina de delineam ento da empres a E3, const atou -s e a pres ença da heuríst ica t ácita ( "porque os volum es são m aiores e a venda é m ais t écni ca. [...]"A gent e t eve que reanal isar todos os process os ") e os valores ("[...] f oi de agili dade, at endimento e quali dade").

Nas rotinas de bus ca/ tel a, foram identi fi cadas as segui ntes m ani festações e/ou fluxos do conhecim ento t ácito:

i. experi ênci a: "p rim ei ro eu t rabal hei como engenheiro de obra e depois eu vi que dava para ent rar no ram o";

ii. interação associ ada a ati vidades soci ais e discussão com confi dentes : "t em muitas const rutoras que os propri et ários são conhecidos meus da ép oca de col égi o ";

iii. analogias/m etáfora s: "a gente sempre fal ava dos concorrent es, como é que el es agi am , o que el es fiz eram " e

iv. heurís tica tácit a: " fiz tam bém um a pesqui sa de m ercado ".

No que diz respeito às rotinas de jul gam ent o/ anális e/barganha, identificou -s e várias mani fest ações e/ou fluxos do conhecim ento t áci to:

i. aprendendo-ao-prati car: " eu e meu s óci o j á ti vem os vári os i nsucessos "; ii. interação associ ada a atividades s ociais e dis cuss ão com confi dent es

com binada com int ui ção: "a intui ção vinda das convers as [...] "; ]

iii. percepção: " o potencial, fiz um cálculo por cim a, e mesmo com a chegada des sas empresas, a gent e viu que i a t er um mercado para s er atendido " ; iv. heurís tica tácit a: "f iz tam bém um a pesqui sa de m ercado " e

v. jul gamento sob incerteza: "até fi co receos o , porque a gent e não sab i a o que iria acontecer”.

Na autoriz ação da em presa E3, foram obs ervados o uso do gerenci am ent o de out ras pessoas ("era só eu e ele [sócio] ."), de i nsights (“tom ar ess as decisões assim é até uma coi sa assim aut omática ."), do jul gam ent o sob i ncert eza (“ a gente tom ou es sa decis ão era com o se foss e t udo ou nada." ), da intui ção ( "a decis ão que a gent e tomou, a int ui ção foi muit o rel evant e." ) e do ti ming ("foi o mom ent o cert o, a gent e pensou e momento era aquel e." ).

Finalm ente, a respeito da aval iação da decis ão da empres a E3, foi constatado a pres ença da aceit ação de riscos ( "v amos ver s e dá certo e deu [...] Deu cert o até hoje e a gent e não s abe como vai fi car." ) e da percepção ( "o mercado abs orveu bem e dep oi s o mercado com eçou a crescer ").

A Fi gura 13 apres ent a o processo decisóri o da empres a E4.

Foi obs ervado que, na roti na de reconhecim ent o, ocorreram o gerenciam ento de outras pessoas com binado com a s ensi bilidade ( "o pessoal sofri a muito [...] t odo o m undo precisava dest a reform a." ), a i ntuição ( "eu s abi a que precis ava faz er [...]" ) e a percepção ( "vi que a carênci a era nas ent regas [...] que eu j á vi a es s a carênci a").

Quanto ao diagnósti co, detect ou -se "a heurísti ca tácit a (“ [...] começamos a perder cli ent es por cont a da demora de ent regas." ) e a pe rcepção ( "ant es era uma coisa [transport e i nterno ] muit o di st ant e" ).

Na roti na de del ineament o, foram observadas as seguint es m anifest ações e/ou fluxos do conhecim ento t ácito:

i. experi ênci a combi nada com int eração associada a ativi dades sociais e discuss ão c om confi dentes : "esse arquiteto tinha muit a experi ênci a, m uito

know -how ";

ii. gerenciam ento de outras pes soas combi nado com heurísti ca tácita: " nós fizem os um planejam ent o muito bem feito, seis m es es ant es de execut arm os o proj eto." e

iii. val ores: " o diferenci al da empres a é em cim a da qualidade"; "O vendedor tem o compromiss o com o cli ente".

F i g ur a 1 3 – P D N E d a e m p r e s a E 4 e i n s e r ç ã o d a s ma n i fe s t a ç õ e s e / o u fl u x o s d o c o n he c i me n t o t á c i t o

F o nt e : O a u t o r

As rotinas de bus ca/ tel a fizeram us o da a heurí sti ca t ácit a (“cham ei um arquit eto, di recionado para isso"), de interações soci ais e dis cuss ão com confidentes (“tive em madeirei ras em R ecife, em Nat al , para dar um a ol hada com o é part e de di st ribuição .”), da intui ção ( "essa intuição de buscar, correr atrás [...] " ) e do t iming “(eu acho que foi a época certa para faz er o investimento”).

i. aceit ação de ri scos: " você fi ca pensando, analis ando, com m edo, às vez es "; ii. aut omoti vação cogni tiva/ motivação: "a bas e de tudo que você for ini ci ar é

o otimi smo ";

iii. interação ass oci ada a ati vidades soci ais e dis cuss ão com confident es : "eu cham ei engenheiros para m e ass essorar. Cham ei pessoas [...] " e

iv. fatores externos com binados com i ntui ção: “el e [ gerent e] vi a a necessidade de mel horar. El e sem pre cobrava".

Na roti na de aut orização, verifi cou -se a inserção da aceit ação de ris cos ("e a int ui ção posi ti va que o empresári o tom ar, ele t em que ex ecutar." ); da aut omoti vação cognitiva/moti vação ("o otimi smo aj uda na certez a." ) e da intuição (“[...]eu já tinha em mente) ". Por fim, a rotina da avaliação impetrada pel a em pres a E4 cont emplou a autom otivação cogniti va/ motivação ("n a verdade, acompanhei , ini ci ei e executei tudo." ), a heurísti ca t ácit a ("e u avali ei da mesm a form a em pens am ent os e res ultados em pl ani lhas." ) e a percepção ("m elhorou s egurança, mão de obra [...] e agilidade de entrega [...] ").

Na Fi gura 1 4, é ilust rado o P DNE da empresa E5.

F i g ur a 1 4 – P D N E d a e m p r e s a E 5 e i n s e r ç ã o d a s ma n i fe s t a ç õ e s e / o u fl u x o s d o c o n he c i me n t o t á c i t o

A rotina do reconheciment o da em presa E5 envolveu:

i. aut omoti vação cogni tiva/ motivação: "t odo empres ári o i novador tem que bus car alt ernativas para que faze r com que is so aconte ça”;

ii. gerenciam ento de outras pess oas combi nado com int uição: " a gente sabia que era um a decis ão que in t uitivam ent e a gente tinha que faz er, os caminhos é que a gent e tinha que traçar." e

iii. percepção: " foi o que a gent e viu no mercado fora [...] " eu acho que [ foi] visão de mercado".

Na rotina de di agnós tico, foi verificada a influênci a da heurí s tica t ácit a ("ent ão ess as cois as [visitas, pesquisas, feiras et c. ] fazem com que facil ite a gente t om ar uma decisão." ), da i ntui ção ( "foi uma deci são ass im [...] divis ão de m ercado por i nsti nto m esmo." ) e da percepção com binada com s ensi bilidade ("foi um a inform ação de m ercado de nos sa part e, de f eeling m esmo, de inst into mesm o, de ter percepção" ).

No que atine à rotina de del ineam ent o, foram iden ti ficados o gerenciam ento de outras pessoas com binado com heurí sti ca t ácita ( "eu nunca acho que s e deve t rabalhar s om ent e na part e do sist em a, como t ambém não pode ir s ó pel a part e da equipe .”) e os valores ("f oi um a decis ão mai s volt ada de s er diferente, de ter uma em pres a diferenciada." ).

Nas rotinas de bus ca/ tel a, obs ervou -se o gerenci am ent o de out ras pessoas (“a gente sempre escuta o que a equipe tem falado [front office].") e a interação ass oci ada a atividades sociai s e discussão com confi dentes ("a gente foi bus car os fornecedores di ferent es, importadores ").

No que concerne às rot inas de j ul gament o/anális e/barganha, foram identificadas a heurí stica t ácit a ( "hoj e a gent e est á buscando cada vez m ais s ai r um pouco dess a li nha [ conhecim ent o t áci to] e com eçar a ser mais t écnico nas decisões ." ) e a i ntui ção com binada com percepção ( "d e qual quer form a, s ão situações em que não é um relatório que dá cert eza para tom ar a decis ão" ).

A rotina de autoriz ação cont emplou a aceit ação de ri scos ( "t em que arriscar para t ent ar" ), o gerenci am ent o de outras pessoas ( "a deci são final é sempre de nós dois.") e o ti ming ("[...]est ava no m omento cert o").

Enfim, na rotina de avali ação da em presa E5, foi veri fi cado a ins erção das segui nt es m ani festações e/ ou fluxos do conhec im ent o t ácit o:

i. aceit ação de ri scos com binada com heurísti ca t ácit a: "[...] arris car para tent a r e fi car anali sando a situação ";

ii. experi ênci a: "t em que s er um a cois a q ue você vai cri ando com o t empo "; iii. sensibili dade combi nada com heurísti ca t ácita : "a gent e foi introduzindo e

a coi sa foi acont ecendo e foi evolui ndo cada vez m ais [...] sempre a gent e vali da o final [...] sempr e t em al guns pequenos aj ust es ".

A Fi gura 15 apres ent a o processo decisóri o da empres a E6.

F i g ur a 1 5 – P D N E d a e mp r e s a E 6 e i n s e r ç ã o d a s ma n i fe s t a ç õ e s e / o u fl u xo s d o c o n h e c i me nt o t á c i t o

F o nt e : O a u t o r

A roti na de reconheciment o envolveu intuição, percepção e s ensibilidade ("al guns result ados não est avam s endo al cançados " ).

Na rotina de di agnós tico, v erificou -s e:

i. aprendendo-ao-prati car combi nado com experi ênci a e percepção: p roj etos que "dependi am da cultura funcionavam às vezes ";

ii. heurís tica tácit a: " a gente fez um di agnóstico com m uit a preci são" e

iii. percepção com binada com heurística tácita : "tem que perceber

No que se refere à rotina de delineamento da empres a E6, evi denciou -s e a heurísti ca t ácita ("[...] a nali sar as circunst ânci as com pra gmatism o." ) e os val ores ( "com promis so com resultados " ).

Nas roti nas de bus ca/ tel a, o conhecim ent o tácito s e fez pres ente por m eio de:

i. analogias/m etáforas combinadas com i nsights: "o pesqui s ador t em um espí rit o inqui ridor [...] um a ‘pul ga atrás da orel ha ’";

ii. intui ção combi nada com percepção: "[...] mas a noss a percepção de grandes empres as que funcionam com ess a metodologia, com o a Fundação Dom Cabral " e

iii. interação as soci ada a atividades soci ais e dis cuss ão com confident es: " a gente também t rabal ha com um cons ultor as sociado externo" .

As roti nas de jul gam ent o/análise/barganha contempl aram crenças ( "[...] tem que argum ent ar e faz ê -l os crer no di agnósti co ”); fatores ext ernos ( "p ress ão do governo, da concorrênci a, dos client es " ), o gerenciam ento de out ras pess oas ("mobilizei praticament e t odas as p essoas da empres a [...]" ) e int eração ass oci ada a ativi dades soci ais e dis cussão com confident es ("bus car um a ass ess orial ext erna para anali sar" ).

A rotina de autori zação evi denciou a aceit ação de ri scos ( "t odos parti ciparam ativam ente, m as eu é que li dere i.") e o gerenciament o de out ras pessoas (“a decisão é do grupo, mas fui eu que liderei todo o processo").

Finalm ente, a empresa E6, ao avaliar s ua decis ão, fez uso da heurís tica tácit a combin ada com percepção ("s atis fação [ dos clie nt es] refl eti da em uma série de comport am entos " ; a i ntui ção ( "a aval iação é instinti va [...] sent e que teve m ais res ult ados." ) e a s ensi bilidade ( "abordagem qualit ati va s empre di ret a [...] entrevist as com profundidade" ).

Na Fi gura 1 6 , s ão obs ervadas as rotinas do PDNE da em pres a E7. Observa-s e que, na rotina do reconhecim ent o, foram identi fi cadas as s eguint es

mani fest ações: o gerenciam ento de out ras pess oas com binado com

sensibili dade ( "[...] porque para sentir essa est rat égi a som ente t em que ser a um comit ê [.. .]") e o ti ming ("pri mei ra parte, essa é a prim eira decis ão est ratégica ").

F i g ur a 1 6 – P D N E d a e m p r e s a E 7 e i n s e r ç ã o d a s ma n i fe s t a ç õ e s e / o u fl u x o s d o c o n he c i me n t o t á c i t o

F o nt e : O a u t o r

A roti na de di agnósti co em pregou al gum as m ani fest ações e/ou fl uxos do conhecim ento t ácito, quais sejam :

i. aceit ação de ris cos combinado com experiênci a: "v am os usar o mercado, o pot encial, noss a experi ênci a de m ercado" ;

ii. aut omoti vação cogni tiva/ motivação: "e aquilo que i rí amos fazer é o que sabí am os fazer" e

iii. gerenciam ento de out ras pessoas com binado com know -how : "eu s ei que s ei faz er muit o bem . Também s ei que nós s abem os faz er" .

Na roti na de deli neament o, o conhecim ento t ácito s e inseriu por m eio da experi ênci a ( "d ess a experi ênci a, ent ão, trouxem os para cá." ); da intu ição ("bas eadas em dados , mas a int uição é como s e int erpret a os dados." ) e dos val ores ( "nos so m odelo de negócio é baseado em cres cim ento " e "servi ços profissionais m elhor do mundo, de maior tam anho e de mel hor qualidade" ).

No que diz respeito às rotinas de busca/t el a, veri fi cou -s e a experi ênci a com binada com int uição ( "alim ent ar a intui ção est á baseada t ambém na

experi ênci a." ) e a heuríst ica t áci ta ( "s ão t ipos de deci sões bas eadas em núm eros [...] "dados públi cos, dados de m ercado e dados que t emos ").

Nas rotinas de jul gament o/anális e/barganha des envol vidas pel a empres a E7, foram const at ados a aprendendo -ao-prati car ( "é sua experi ênci a práti ca que est á base ada no que funcionou e no que não funci onou"; gerenci am ent o de outras pessoas com binado com valores ("t emos um a estrat égia bem definida [...] sobret udo os valores compartilhados por t odos " ); interação associ ada a ativi dades soci ais e dis cuss ão com confident es ("al gum as pes soas externas nort earam a noss a decis ão t am bém " ) e sensibili dade ( "não é sort e, é art e também para t om ar as deci sões " ).

A rotina de autori zação cont empl ou a experi ência combinada com gerenciam ento de outras pessoas ("foi um a decis ão bas eada na noss a experi ênci a e t ambém nas capaci dades do tim e que montamos ").