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EcoRodovias Infraestrutura e Logística S.A.

MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO

O ano de 2013 foi de extrema importância para o Grupo EcoRodo- vias. Em maio, iniciamos a pré-operação da BR-101/ES/BA, com a nossa sexta concessão rodoviária, a ECO101, rapidamente de- monstrando a qualidade dos serviços oferecidos pelo Grupo. Com o objetivo de fortalecer estrategicamente a atuação dessa conces- sionária, em julho, a Centaurus Participações S.A. adquiriu 27,5% do capital social da ECO101, permanecendo a EcoRodovias com 58,0% de participação e a Grant Concessões e Participações Ltda. com 14,5%. A previsão de início da cobrança de pedágio, após o término dos trabalhos iniciais e investimentos contratuais dos doze primeiros meses, é para o primeiro semestre de 2014. Em 2013, concluímos ainda importantes negociações nos nos- sos contratos de concessão. Visando maximizar a eficiência das operações rodoviárias no Polo de Pelotas, por exemplo, tivemos a redução do valor das tarifas de pedágio da Ecosul, com as seguintes contrapartidas: (i) devolução de trechos não pedagia- dos totalizando 166,5 km de rodovias simples; (ii) incorporação da pista duplicada da BR 392/RS com extensão de 51,8 km; e (iii) aumento gradativo do fator multiplicador de veículos pesados em relação aos veículos de passeio para 2 entre 2014 e 2016. Na concessionária Ecovias dos Imigrantes foram iniciadas as obras constantes do aditivo ao contrato de concessão assinado em novembro de 2012, que incluem a remodelação do trevo localizado no km 55 da Rodovia Anchieta, com implantação de um anel viário interligando as rodovias Anchieta, Cônego Do- mênico Rangoni, Imigrantes e Padre Manoel da Nóbrega, bem como a construção de uma terceira faixa em ambos os sentidos na Rodovia Cônego Domenico Rangoni, entre o km 270 e o km 262 na região do Polo Industrial de Cubatão. A data prevista para as conclusões das obras é setembro de 2014.

Ainda no âmbito contratual, as concessionárias de São Paulo foram autorizadas pela Agência Reguladora de Serviços Públi- cos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) a iniciar, em julho, a cobrança de pedágio dos eixos suspensos dos caminhões. A autorização foi dada em contrapartida ao não reajuste das tarifas previstas em contrato.

O ano de 2013 também foi importante para que o Grupo pudesse reiterar o seu foco em novos projetos de infraestru- tura logística. No segundo semestre, participamos de forma consciente e segura de cinco leilões federais de concessões rodoviárias. Além disso, em parceria com a Fraport, uma das maiores operadoras de aeroportos do mundo, participamos do leilão do Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Todas as propostas apresentadas pelo Grupo objetivaram um retorno adequado aos nossos acionistas.

Apesar de ficarmos próximos das propostas vencedoras, não obtivemos sucesso, mas, em contrapartida, acredi- tamos que esse foi um dos motivos que nos possibilitou entrar em 2014 com uma boa saúde financeira, portanto, prontos para aproveitar novas oportunidades de negócio em infraestrutura.

Em outubro, a Companhia concluiu a venda de participação de 1,34% da empresa Serviços e Tecnologia de Pagamentos S.A. – STP para Raízen, pelo valor de R$ 33,5 milhões. No início de fevereiro deste ano, foi celebrado um contrato com a Capital Group para a venda do restante das ações, represen- tativas de 11,41% da STP, pelo valor de R$ 292,1 milhões, com o objetivo de reforçar a estrutura de capital e capacidade de investimento do Grupo.

No setor de logística, em decorrência da Medida Provisória nº 612, de 4 abril de 2013, foram concedidas autoriza- ções à Elog para exploração de CLIA (Centro Logístico e Industrial Aduaneiro) nas unidades dos Portos Secos de Campinas, São Paulo e Curitiba II, passando as suas ativida- des a serem desenvolvidas por prazo indeterminado e com liberdade tarifária. No mesmo setor, Elog e Ecoporto Santos ajustaram suas operações, se preparando para os grandes desafios de 2014.

Outro evento de extrema importância na trajetória do Grupo aconteceu entre o final de 2012 e início de 2013, quando um de nossos então acionistas majoritários – Impregilo In- ternational Infrastructures N.V. – alienou sua participação na EcoRodovias, passando 19% para a Primav Construções e Comércio S.A. e o restante para o mercado em bolsa. Sendo assim, a Primav passou a ter 64,0% das ações da EcoRodo- vias, com os 36,0% restantes em circulação no mercado (free float), conforme organograma abaixo:

Os resultados obtidos mostram que estamos no caminho certo. Em 2013, o Grupo teve crescimento de 26,2% em sua receita bruta, totalizando R$ 2.878,7 milhões. Excluindo a receita de construção, o setor de concessões rodoviárias cor- respondeu a 69,8% deste total, com o consistente fluxo ope- racional de 220,0 milhões de veículos equivalentes pagantes* em 2013, 6,1% superior ao ano de 2012.

Outro destaque a ser citado na trajetória do Grupo é o fato de a concessionária Ecovias dos Imigrantes ter concluído com su- cesso, em maio de 2013, a segunda emissão pública de debên- tures integralmente enquadrada como debêntures de infraes- trutura (Lei 12.431/2011), no montante de R$ 881,0 milhões. Outra operação de sucesso foi a contratação de uma linha de repasse do BNDES no total de R$ 32,1 milhões para a Ecocata- ratas para financiamento das obras de duplicação da BR-277. As ações da EcoRodovias (BM&FBOVESPA: ECOR3), no ano de 2013, apresentaram crescimento no volume financeiro

PORTOS SERVIÇOS 100% 64% 36% 11,4% 58% 100% 100% 100% 100% 90% CONCESSÕES RODOVIÁRIAS 100% LOGÍSTICA 80% 3

médio de 17,5% e crescimento de 6,5% no número médio de negócios, que resultou na entrada das ações, a partir de ja- neiro de 2014, no Ibovespa, índice composto pelas empresas com ações mais negociadas e de maior valor no país, o que mostra a importância da EcoRodovias no mercado de ações brasileiro. O reconhecimento de que o Grupo busca resultados de maneira sustentável vem, ainda, por meio da inclusão das ações, pela terceira vez, na carteira do Índice de Sustentabili- dade Empresarial da BM&FBOVESPA, o ISE.

No balanço de 2013, também devemos citar, como reforço à estrutura corporativa, a criação de duas novas diretorias: a de Gestão de Pessoas e a Jurídica, que vêm se juntar ao experien- te quadro existente, além da abertura do escritório em Brasília, de forma a contribuir com o crescimento sustentável do Grupo. Depois de todos estes desafios, não poderíamos deixar de agra- decer os nossos colaboradores pela dedicação e comprometimen- to na superação das metas empresariais. Queremos agradecer igualmente os nossos acionistas, sempre confiantes na gestão da Companhia, os conselheiros, que nos conduziram e nos apoiaram na realização de importantes decisões, e o apoio de nossos clien- tes, usuários, órgãos reguladores e demais instituições.

PERSPECTIVAS

Para o biênio 2014/2015 podemos esperar a continuidade dos leilões de infraestrutura no setor rodoviário, de portos e aeroportos. O Grupo, com sólidos princípios econômicos e financeiros, está preparado para essas oportunidades. Além disso, outros setores de infraestrutura serão estuda- dos e, caso seja verificado interesse, o ingresso em novos negócios será submetido ao Conselho de Administração e Assembleias. Com isso, o Grupo EcoRodovias reitera a sua capacidade e competência em análise de projetos e sua máxi- ma vontade de conquistá-los com retorno aos investidores.