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Este capítulo do estudo aborda os procedimentos utilizados para alcançar os objetivos propostos pelo problema da pesquisa, como, a classificação do tipo da pesquisa realizada, o plano para coleta de dados e o plano para análise e interpretação dos dados.

3.1CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA

O estudo se classifica quanto à sua natureza, quanto à forma de abordagem do problema, quanto aos objetivos propostos e quanto aos procedimentos técnicos adotados.

3.1.1 Quanto à natureza

Quanto à natureza da pesquisa, ela pode ser uma pesquisa básica ou uma pesquisa aplicada.

Conforme Zamberlan et al. (2014), a pesquisa básica busca aumentar ou gerar conhecimentos novos, teorias novas ou descobrir algo que será muito útil para o avanço da Ciência e envolve verdades e interesses universais.

Segundo Zamberlan et al. (2014), a pesquisa aplicada busca a solução prática frente a um problema real, envolve verdades e interesses locais. Este tipo de pesquisa discute o problema referenciado na teoria sobre determinada área e apresenta solução para este problema.

Este estudo se classifica como uma pesquisa aplicada quanto à sua natureza, pois procurou responder a questão problema embasado num referencial teórico e buscou as respostas por meio da aplicação prática em uma empresa real.

3.1.2 Quanto à abordagem

Quanto à abordagem a pesquisa pode ser quantitativa ou qualitativa. De acordo com Zamberlan et al. (2014), a pesquisa quantitativa considera que tudo pode ser quantificável, que traduz em números as opiniões e informações para classificá-las e analisá-las com auxílio de recursos estatísticos. Para o autor este tipo

de pesquisa serve para investigar as relações de causa-e-efeito entre fenômenos ou entre variáveis e suas influências.

Na pesquisa qualitativa, segundo Michael (2009, p.37):

há termos nas respostas dadas tão carregados de valores, que só́ um participante do sistema social estudado, que vive e conhece a realidade daquele grupo, pode compreendê-los e interpretá-los. [...] Na pesquisa qualitativa, o pesquisador participa, compreende e interpreta.

A pesquisa qualitativa contempla análises mais profundas em relação ao tema estudado fazendo surgir características ainda não observadas em outros tipos de pesquisas, bem como seus reflexos frente à natureza do dado fenômeno (BEUREN, 2004).

Quanto à abordagem do problema investigado por este trabalho, a pesquisa se classificou como qualitativa, pois buscou atender aos objetivos baseando-se na análise e interpretação de dados coletados de uma empresa e esta não expressa em números.

3.1.3 Quanto aos objetivos

Frente aos objetivos da pesquisa, ela pode ser classificada em: exploratória, descritiva ou explicativa e traduzem os conceitos buscados pelo pesquisador em relação ao estudo proposto.

Conforme Gil (2008, p.28), as pesquisas descritivas “têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis”.

A pesquisa descritiva se propõe a verificar e explicar problemas, fatos ou fenômenos da vida real, com a precisão possível, observando e fazendo relações, conexões, à luz da influência que o ambiente exerce sobre eles. Não interfere no ambiente; seu objetivo é explicar os fenômenos, relacionando-os com o ambiente (MICHAEL, 2009, p. 44).

A pesquisa descritiva se preocupa em observar os fatos, registrar, analisar, classificar e interpretar estes fatos sem que o pesquisador interfira neles, expondo as características dos fenômenos, estabelecendo correlações entre variáveis e definindo sua natureza (BEUREN, 2004; VERGARA, 2010).

Desta forma, pode-se classificar este estudo como descritivo, pois descreveu os resultados, considerando as características da empresa de pequeno porte do setor da construção civil, objeto do estudo.

3.1.4 Quanto aos procedimentos técnicos

Quanto aos procedimentos técnicos adotados para a coleta dos dados, que também é conhecido como estratégias de pesquisa, eles podem ser classificados de diversas formas.

A pesquisa bibliográfica é elaborada com base em materiais que já foram elaborados e publicados, acessíveis ao público em geral, de forma impressa, constituindo principalmente livros e artigos, ou mesmo escritos em formatos virtuais em materiais disponibilizados na internet, ou ainda gravados em meios eletrônicos, como CDs, para visualização. Esta tem por propósito fornecer fundamentação teórica ao estudo e conhecimentos quanto ao tema para o pesquisador (GIL, 2010; VERGARA, 2010).

A pesquisa documental, segundo Gil (2008, p. 51), “vale-se de materiais que não receberam ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa”. Ou seja, se constitui em consulta de materiais internos da organização em estudo.

Segundo Vergara (2010), a pesquisa documental é realizada em documentos conservados no interior de órgãos públicos ou privados, ou ainda com pessoas, como regulamentos, circulares, balancetes, fotografias, filmes, diários, cartas, entre outros. Este tipo de pesquisa, conforme o autor, seleciona, trata e interpreta informações brutas, ainda não analisadas, para dar sentido e valor científico ao estudo.

O estudo de caso é uma modalidade de pesquisa que, de acordo com GIL (2008, p. 57), consiste no “estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira a permitir o seu conhecimento amplo e detalhado”. Segundo o autor, esta pesquisa investiga um fenômeno atual dentro de seu contexto real.

A pesquisa estudo de caso analisa um ou poucos fatos com profundidade e de forma detalhada, buscando a compreensão total de uma situação. Desta forma, este tipo de pesquisa é mais intensa e torna mais possível a resolução de problemas

que existam relacionados ao assunto em estudo (BEUREN, 2004; VERGARA, 2010).

Desta forma, quanto aos procedimentos técnicos, esta pesquisa se classifica como documental pela busca de documentos oficiais para análise e reestruturação, dentro da empresa utilizada como objeto do estudo; bibliográfica pela fundamentação teórica acerca de publicações de diversos autores, já ocorridas e acessíveis ao público em geral sobre o assunto desta pesquisa; e estudo de caso por investigar o tema proposto dentro de uma organização real.

3.2 COLETA DE DADOS

A coleta de dados apresenta os instrumentos que serão utilizados para obter os dados necessários para resolver a questão problema do estudo com base nos objetivos traçados (ZAMBERLAN et al., 2014).

Segundo Lakatos e Marconi (1991, p. 165), esta é a “etapa da pesquisa em que se inicia a aplicação dos instrumentos elaborados e das técnicas selecionadas, a fim de se efetuar a coleta dos dados previstos”.

Os procedimentos para a realização da coleta dos dados para este estudo se deram por meio de entrevista não estruturada junto aos sócios da empresa, documentos disponibilizados pela entidade em estudo, e observação dos procedimentos que ocorrem no ambiente da entidade.

Conforme Richardson (1999), entrevista não estruturada é aquela em que o entrevistado não responde a questões com alternativas de respostas ou de respostas pré-formuladas, mas sim descreve como considera a situação em estudo, em forma de uma conversa guiada pelo entrevistando.

De acordo com Beuren (2004), a coleta de dados pela documentação pode ser obtida de diversas formas: documentos escritos como arquivos, censos estatísticos, arquivos privados, notas fiscais, fotografias, canções, filmes, desenhos, entre outros. Segundo o autor, os documentos devem ser de fonte confiável, verdadeira e não fraudulenta.

Segundo Zamberlan et al. (2014), a observação é uma técnica que envolve o registro sistemático em relação ao comportamento das pessoas, objetos e evento, com o propósito de obter informações sobre o que é de interesse. Como complementa o mesmo autor, com esta prática não há interrogação ou conversa

alguma com os observados, há o registro das informações conforme elas ocorrem, podendo ser em um meio ambiente natural ou planejado, e podendo ainda ser uma observação estruturada, onde é especificado exatamente o que o observador deve observar e como o fazer, ou não estruturada, onde o observador monitora os acontecimentos identificando o que for importante ao tema do estudo que ele esta realizando. As observações, segundo o autor, podem ser também disfarçadas, quando os observados não sabem que estão sendo observados, ou não disfarçadas, quando os mesmos sabem que estão sendo analisados.

3.3 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS

A análise dos dados possibilita o fornecimento de resposta ao problema proposto. A interpretação dos dados refere-se à relação da teoria com os dados empíricos.

Para Gil (2010, p. 122), “[...] a análise e interpretação é um processo que nos estudos de caso se dá simultaneamente à sua coleta”.

Segundo Vergara (2010), os dados podem ser tratados de duas formas: estatísticos, com testes e hipóteses; ou de forma não estatística, codificando e apresentando os dados de maneira mais estruturada e analisando-os.

Após realizar a coleta dos dados, os mesmos foram analisados e interpretados, perante a revisão dos fundamentos dos autores citados no referencial teórico e do conhecimento dos entrevistados, para se obter as respostas frente ao problema proposto para o estudo.

Para isto, foi analisada a contabilidade da empresa de pequeno porte do setor da construção civil. Utilizou-se dos demonstrativos atuais dispostos pela entidade confrontando os lançamentos feitos com a NBC TG 17 (R4) (2012) e a NBC TG 1000 (2009). Os que não estavam de acordo com a Norma, foram reformulados os demonstrativos nos padrões propostos, mas sem utilizar a NBC TG 23, que trata das políticas contábeis, mudança de estimativa e retificação de erros.

Também foram elencadas as obrigações acessórias tributárias e fiscais, pertinentes ao processo de contabilização, e que são exigidas pela RFB conforme o enquadramento fiscal da empresa objeto de estudo, enquadrada como SIMPLES NACIONAL.