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5.5 MODELO DE CONTROLE INTEGRADO DA PRODUÇÃO E

5.5.2 Modelo de Controle Integrado entre Produção e Qualidade

No modelo de controle integrado, além das modificações explicadas no item 5.5.1, propõe-se a verificação das condições de início em um momento anterior aos demais critérios de qualidade, assim como uma simplificação da coleta de perdas por making-do.

A partir do plano semanal definido pelo engenheiro da obra, em que devem ser determinados os serviços livres de restrições a serem executados durante a semana, o modelo de controle integrado entre produção e qualidade passa a ser aplicado no canteiro de obras. Todos os lotes devem ser percorridos, e em cada um deles, verificado se há alguma atividade em execução. Nos lotes em que algum serviço estiver sendo executado, é preciso verificar se esse serviço está ou não no plano semanal, e ser realizado o registro daqueles que não estiverem, como atividade informal. Para evitar eventuais incertezas quanto ao pacote de trabalho planejado, quaisquer dúvidas sobre a atividade a ser executada eram esclarecidas com o engenheiro responsável pela programação, antes do início das coletas, no início da semana. O diagrama de fluxo do modelo, que mostra a rotina de aplicação para cada lote de inspeção é mostrado na Figura 47. As atividades que não constavam no modelo inicialmente proposto por Leão (2014) também são destacadas em negrito e com o fundo em tom de cor mais escuro.

Após, a data de início da atividade deve ser registrada, assim como uma data de fim, caso a atividade já tenha sido concluída. Se a atividade ainda não estiver finalizada, deve-se observar se alguma perda por making-do está ocorrendo. Foi definido nesse modelo, que essas perdas seriam chamadas de improvisações, a fim de deixar o registro desses dados mais fáceis e intuitivos para os estagiários, que são os responsáveis por realizar as coletas em campo, e que, geralmente, não estão familiarizados com o conceito de making-do. O termo improvisação é empregado, dessa forma, com a mesma conotação utilizada no trabalho de Sommer (2010), analisando-o como uma perda. Caso seja identificada uma perda por improvisação, é necessário fazer o seu registro, escolhendo-se uma das descrições disponibilizadas. A utilização das descrições das categorias de making-do propostas por Sommer (2010) e refinadas por Fireman (2012) é outra forma de deixar a coleta das perdas mais fácil e acessível aos responsáveis pelas coletas. Esse registro fica armazenado em um banco de dados e deve ser avaliado pelos gestores da obra, em relação a sua natureza, seus impactos e propostas para impedir a ocorrência desse tipo de perda. Também é proposta a utilização do “custo desnecessário” e da “inovação” como possíveis impactos dos casos de making-do. Esse processo deve ser realizado para cada atividade, conforme é mostrado na Figura 48.

É preciso verificar se algum critério de qualidade pode ser inspecionado, tanto durante, quanto após o termino da execução dos pacotes de trabalho. Cada critério deve ser avaliado quanto a sua conformidade com os padrões de qualidade exigidos. Os procedimentos de inspeção devem ser utilizados nesse momento para sanar eventuais dúvidas quanto ao método de inspeção, ou das tolerâncias e padrões exigidos. Assim, os critérios são aprovados ou reprovados, gerando um registro, que deve ser utilizado pelos gestores da obra para programar atividades de reparo para os pacotes de trabalho concluídos sem qualidade. Esse processo, que deve ser realizado para cada critério de qualidade, é apresentado na Figura 49.

Figura 49 – Rotina “1” do Diagrama de Fluxo do processo de coleta de dados do modelo Além de verificar as atividades em execução, é preciso conferir as demais atividades registradas no plano semanal. Nas coletas diárias, as atividades que ainda não houverem iniciado, devem ter seus critérios de de início verificados. Se as condições estiverem adequadas, a atividade está apta a iniciar, se não estiverem, as restrições presentes devem ser registradas para que os gestores da obra possam removê-las, a fim de evitar perdas por

making-do. As atividades que já houverem iniciado devem ser controladas como as demais,

uma vez que o serviço programado pode ter sido executado em um momento em que o responsável pela coleta não estava presente. Essa rotina deve ser realizada para cada uma das atividades planejadas, que não estão sendo executadas no momento da inspeção, como mostra a Figura 50.

Ao final da semana, com a análise dos dados coletados, são identificadas falhas de qualidade que indicam a necessidade de reparos, definidos os motivos de não conclusão dos pacotes de trabalho formais e informais, e apontada a necessidade de reprogramação dessas atividades para a semana posterior. Também são analisados os casos de improvisações registrados, assim como os pacotes que não iniciaram devido à problemas na retirada de restrições no médio prazo, como os pacotes que não tiveram todas as condições de início aprovadas. É feita, então, a programação semanal para a semana seguinte com a reprogramação de pacotes não concluídos, reparos para os pacotes concluídos sem qualidade, e a programação de novos pacotes de trabalho, já liberados no médio prazo, reiniciando o processo.

5.5.3 Ferramenta desenvolvida para aplicação do método proposto, com o uso