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Desde o tempo dos gregos da antiguidade, filósofos e acadêmicos têm lutado para definir sabedoria e explicar de onde ela vem.

Alguns dizem que sabedoria diz respeito ao melhor uso do conhecimento, enquanto outros dizem que ela importa em saber porque as coisas existem como tal. Outros ainda definem sabedoria como uma profunda compreensão das pessoas, lugares e coisas resultando em um comportamento consistente que produz resultados ideais com o mínimo de tempo e energia dispendidos. Alguns acreditam que sabedoria vem da experiência, outros postulam que ela vem da razão pura, enquanto outros mantêm que ela vem da intuição ou espiritualidade.

As eminentes definições de sabedoria a seguir podem ajudá-lo a moldar sua própria explicação para essa poderosa mas, enganosa virtude:

Antigas culturas ocidentais têm associado sabedoria com virtude, coragem e moderação. As quatro principais virtudes do Cristianismo incluem sabedoria – tipicamente chamada de

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prudência - juntamente com justiça, fortaleza e temperança. Em seu livro A República, Platão identifica essas quatro virtudes com as várias classes dentro de uma cidade e ordena prudência aos soberanos. Santo Agostinho, em sua discussão sobre a moral da igreja, define prudência como o amor que distingue o que atrapalha a igreja daquilo que a ajuda.

Em seus Diálogos, Platão descreve sabedoria como amor e conhecimento a respeito do Bem – as relações corretas dentre de toda a existência – e coragem de agir com base nesse conhecimento. Em seu Simpósio, ele faz distinção entre filósofos e sábios por meio do conceito de amor. Como ele descreve os filósofos, o termo grego para amante da sabedoria, não possuem a sabedoria que buscam. O sábio, já de posse da sabedoria, não ama nem procura pela sabedoria, porque já a tem.

Os Inuítes, uma tribo de pessoas culturalmente semelhantes, nativas das regiões árticas do Canadá, Groenlândia, Rússia e Estados Unidos, acreditam que uma pessoa sábia é aquela que enxerga o que precisa ser feito e o faz sem que seja preciso solicitá-lo.

Filósofos, incluindo Jean-Jacques Rosseau, Henry Thoreau e Ivan Illich, definem sabedoria como sendo baseada no princípio holístico da interligação da vida, pela qual os indivíduos descobrem suas identidades, sentidos e propósitos através das conexões com a comunidade, o mundo natural e valores tais como compaixão e paz.

Confúcio diz que você obtém sabedoria através da reflexão, imitação e experiência e que você apenas a oferece quando alguém a solicita. Ele também diz que a paixão pelo aprendizado é análoga à sabedoria.

Os Taoistas descrevem sabedoria como saber o que dizer e quando dizer.

Buda diz que uma pessoa sábia sabe como se comportar, falar e pensar. Ele prossegue declarando que uma pessoa sábia faz o que é desagradável se a ação produz um resultado positivo e não faz o que é prazeroso quando a consequência é má. Seus pensamentos adicionais a respeito do assunto da sabedoria incluem a crença de que uma pessoa sábia discrimina, cuidadosamente, entre o certo e o errado, é não violenta e não fomenta o medo nem o ódio.

Os Amigos da Sabedoria, um grupo de acadêmicos formado por 21 países em 2006, acreditam que sabedoria é a capacidade de reconhecer o que importa na vida, incluindo conhecimento, compreensão e habilidades técnicas. Eles ativamente encorajam escolas e universidades a buscarem e promoverem sabedoria para criar um mundo melhor.

Para fazer avaliações sensatas é preciso ter informações confiáveis. Quanto mais dados de qualidade você conseguir obter, mais capaz será de surgir com soluções sensatas. Além de adquirir dados confiáveis, as pessoas que fazem avaliações sensatas são capazes de interpretar a informação e determinar a melhor forma de proceder.

A Figura 6-1 mostra o processo de três etapas que conduzem à

habilidade de se fazer quaisquer avaliações sensatas, especificamente: Reunir fatos e análises. Comece reunindo os fatos e os

Obter insights e avaliações. Esses podem ser obtidos de confidentes (veja Capítulo 4) e outros cujas opiniões você dê valor e respeite.

Considerar e escolher suas opções. Tendo observado os fatos e tendo-os analisado, e aceitando os insights e avaliações de indivíduos cujas opiniões você tem em alta consideração, você faz a escolha final sobre a melhor forma de proceder.

O processo de se fazer avaliações sensatas é como um tripé: se uma das pernas desmoronar, a estrutura fica comprometida e é provável que ocorra um resultado ruim.

A habilidade de se fazer avaliações sensatas – aquelas que são baseadas na lógica, imparcialidade, fatos discerníveis e raciocínio dedutivo – é uma aptidão adquirida que requer tempo e experiência. Embora você possa avaliar a evidência sem preconceito e considerá-la

cuidadosamente antes de tomar uma decisão, nem todos irão concordar com sua escolha ou validá-la.

Figura 6-1: As três atividades que conduzem a uma avaliação sensata. Ser um especialista e fazer avaliações sensatas requer chegar bem preparado para a discussão. Os melhores especialistas dão passos

deliberados, refletidos e progressivos, e analisam todas as opções antes de tomar decisões, em vez de se envolver subitamente no debate. Dedique tempo para reunir informações que sejam precisas, vão ao encontro de suas intenções e forneçam o insight mais valioso. Analise

seus fatos, examine a situação e considere as consequências de longo prazo de sua decisão antes de fazer uma avaliação. Faça isso e as pessoas não terão dúvidas sobre quem é o especialista na sala.

Como disse Abraham Lincoln, “Se eu tivesse oito horas para cortar uma árvore, eu gastaria seis afiando meu machado”. Lincoln era um homem do campo, e estava familiarizado com a derrubada de árvores. Ele sabia que, a fim de realizar um bom trabalho, deveria dedicar tempo para se preparar. Por outro lado, as pessoas sempre esperam que os

especialistas surjam com respostas rápidas e, às vezes, eles surgem. Um chefe de cozinha especialista, por exemplo, pode dizer-lhe qual é a melhor temperatura para cozinhar um suflê ou um cavaleiro

especialista pode aconselhá-lo a respeito da melhor sela para suas necessidades. Um tenista campeão faz escolhas rápidas no momento em que a partida começa. Todas essas decisões são baseadas em anos de experiência e prática e são tomadas em um instante.

Embora especialistas possam tomar decisões corretas com base em puro instinto, as avaliações mais confiáveis são feitas com base em fatos fidedignos e raciocínio dedutivo, contanto que você não fique com

paralisia analítica.

Puro instinto é outra expressão para intuição e sugere que você possui convicções que não pode justificar com fatos. A palavra “intuição” vem do termo latino “intueri”, que pode ser traduzido como “olhar para dentro” ou “contemplar”. Quando especialistas estão sob pressão, eles frequentemente identificam situações similares que já vivenciaram no passado e tomam uma decisão intuitiva baseada em puro instinto. Quando alguém não é capaz de tomar uma decisão porque está analisando excessivamente uma situação enquanto busca a solução ideal e teme cometer um erro, diz-se que ele está com paralisia analítica. Tomar uma decisão errada é parte da vida. Tomar uma decisão ruim é uma falha de avaliação. Uma decisão errada é um equívoco ou sua melhor estimativa quando você não tinha como saber. Por exemplo: você vai a um novo restaurante e a comida não é boa. Uma decisão ruim é como um erro espontâneo. A despeito dos fatos estarem dispostos em pratos à sua frente, você faz a escolha errada, tal como dirigir um automóvel quando você está bêbado.