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Núcleo Claudiomiro

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CAPÍTULO V – AS PERSONAGENS DE CARANDIRU: uma análise

3. As Personagens Secundárias

3.3. Núcleo Claudiomiro

Dina

Claudiomiro

Antônio Carlos

Célia

Imagens de Dina interpretada por Leona Cavalli, de Claudiomiro interpretado por Ricardo Blat, de Antônio Carlos interpretado por Floriano Peixoto e de Célia interpretada por Vanessa Gerbelli obtidas na web.

Antônio Carlos e Claudiomiro eram amigos antes de serem presos. Juntos, assaltavam carros- fortes com uma quadrilha. A amizade terminou quando Antônio Carlos tentou alertar Claudiomiro sobre a traição de sua esposa, Dina. Antônio Carlos a tinha visto aos beijos com o amante, um policial. Dina argumentou que Antônio Carlos sempre fo ra apaixonado por ela e só estava dizendo isso para separá- los. Ela convence o marido e sua amiga Célia também, que é esposa de Antônio Carlos. No entanto, Célia volta atrás e apóia o marido. Depois desta desavença, Dina pede a Claudiomiro que deixe a vida de crime para que o filho deles possa ter uma vida normal. Ao ir ao banco para retirar suas economias, Claudiomiro é abordado por dois policiais à paisana, mas consegue matá- los com uma arma que tinha no cofre. Ele então percebe que se tratava de uma cilada que a esposa armara com o amant e. Ao voltar para o carro, Claudiomiro mata a esposa na frente do filho, que ainda era pequeno. Ele é preso, e Antônio Carlos e Célia adotam seu filho.

Antônio Carlos resolveu continuar assaltando carros- fortes, mas, no primeiro assalto sem Claudiomiro, fo i preso. No presídio, reencontra o antigo comparsa, que estava em fase terminal de tuberculose. Dispostos a esquecerem o passado, Antônio Carlos cuida do amigo enfermo. Quase sem fôlego, Claudiomiro pergunta ao Médico se criança pequena lembra de tudo. Quando o Médico responde que não, ele dá seu último suspiro, nos braços do amigo.

TABELA 32 – ORIGEM DE DINA

Personagem literária de

origem

Descrição Passagem no filme Passagem no livro

Marli Esposa de Miguel, que o entregou ao amante policial. DINA

Ô Célia, o Antonio Carlos é viado?

CÉLIA Que pergunta, Dina!

DINA

Desculpa, mas ele inventô pro Miro que eu tô saindo com um

polícia. ANTONIO CARLOS Inventô o caralho! Te vi enganchada no cara; vi você

mordê a orelha dele, pôrra! DINA

Tá vendo? Qué destruí meu casamento.

Conversaram em pé, na sala: - Dina, o Antônio Carlos é

veado? - Que pergunta, Marli! - Desculpa, mas ele veio para o

Miguel com uma história que eu saio com um polícia, que nunca existiu. Veio com tudo,

para destruir meu casamento. (VARELLA, 2005, p. 188)

TABELA 33 – ORIGEM DE CLAUDIOMIRO

Personagem literária de

origem

Descrição Passagem no filme Passagem no livro

Claudiomiro

Assaltante de banco e carro- forte, corpo forte,

com três cicatrizes. Tinha 35 anos, deixou a mulher grávida e o menino pequeno. ANTONIO CARLOS (para Claudiomiro) Toma o remédio, mano.

(…) MÉDICO (CONT'D) E lá fora, ele fazia o quê?

ANTONIO CARLOS A gente fazia assalto de carro - forte. Planejavamo tudo só nóis dois. Cinco, seis meses pegando informação, fazendo amizade até

com a família dos segurança.

Claudiomiro diz que a informação precisa é fundamental: a que horas passa

o carro-forte, quantos mil no cofre do banco, o número de guardas, todos os detalhes. Para isso, valia-se dos próprios

vigilantes das emp resas de segurança, com cautela: (VARELLA, 2005, p. 192)

Miguel

Assaltava com o parceiro, Antônio Carlos. Foi traído pela mulher com

um policial.

CLAUDIOMIRO Te dei conforto, carinho e amizade e você paga desse jeito.

Sem vergonha... DINA Do que cê tá falando?!

CLAUDIOMIRO Tô sabendo do polícia que tu encontra, enquanto o trôxa aqui

arrisca a pele pra recheá o teu guarda-roupa. Pega tua mala e some! Nem teu filho, tu vai tê

direito de vê!

- Você é puta, sem-vergonha. Larguei da mãe dos meus filhos, te dei conforto, carinho e amizade e você pagou com a

moeda da traição. Estou sabendo do polícia que você

encontra no motel atrás do posto de gasolina na Raposo Tavares, faz mais de um ano,

enquanto o trouxa aqui arrisca a pele para rechear teu

guarda-roupa. (VARELLA, 2005, p. 186)

TABELA 34 – ORIGEM DE ANTÔNIO CARLOS

Personagem literária de

origem

Descrição Passagem no filme Passagem no livro

Claudiomiro Assaltante de banco e carro- forte, corpo forte, com três cicatrizes. Tinha 35 anos, deixou a mulher grávida e o menino pequeno. ANTONIO CARLOS A gente fazia assalto de carro-forte. Planejavamo tudo só nóis dois. Cinco,

seis meses pegando informação, fazendo amizade até com a família

dos segurança. MÉDICO E isso dá dinheiro? ANTONIO CARLOS Dá muito, doutor, mas o dinheiro só vale metade.

- Ganha dinheiro nesse negócio de banco e carro-forte? - Ganha, mas o dinheiro só vale a

metade, às vezes até menos. A esta frase enigmática seguiu -se

uma conversa sobre a profissão dele:

- Precisa muita disciplina, doutor. Deu oito da noite, eu me recolho. Não fico em bar, boate, porque a polícia pode me pegar de bobeira numa batida qualquer. (VARELLA,

2005, p. 192)

Antônio Carlos

Parceiro de Miguel. Foi ele

quem contou a Miguel que sua

mulher o traía.

ANTONIO CARLOS Mentirosa! Mente diabólica. Se não fosse o respeito pelo Miro, arrebentava a tua cara

agora! Claudiomiro, você não acreditou nessa pilantra, acreditou? Quantas fita a

gente armou junto?!

Antônio Carlos chamou-a de mentirosa, disse que não fosse o respeito pelo amigo arrebentava a

cara dela. Xingou-a de mente diabólica. (…) Antônio Carlos

virou-se para o amigo: - Miguel, você não acreditou nessa

pilantra, acreditou? A gente tem quatro anos de parceria e nunca

partiu de mim qualquer crocodilagem. (VARELLA, 2005,

TABELA 35 – ORIGEM DE CÉLIA

Personagem literária de

origem

Descrição Passagem no filme Passagem no livro

Dina Esposa de Antônio Carlos, que tinha o cabelo oxigenado e era muito ciumenta. CÉLIA

Sem vergonha! Nunca me enganô; sempre sube que você tinha uma coisa por ela.

Nem mulher de amigo você respeita mais, cachorro!

Quando Antônio Carlos entrou em casa, Dina cravou-lhe as unhas no

rosto:

- Ordinário, sem-vergonha, sempre falei que você tinha um quê por ela. Mas você dizia que eu era louca. Nem mulher de

amigo você respeita mais, cachorro? (VARELLA, 2005, p.

188)

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