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4 Desterritorialização: Construindo coletividades

5.1 Navalha: a montação cortante

Figura 50: Obra Bixinhas de Lyz Paraizo (foto Gabriella Garcia).

A imagem escolhida para abrir esse capítulo final é da obra Bixinhas, da artista Lyz Paraizo. A artista constrói uma série de objetos, alguns intitulados de Jóias Bélicas onde reconfigura o caráter de perigo que os objetos relacionados a corpas trans adquire. Nas palavras de Lustosa (2018, p.01), “é justamente no vestir-se – ou no montar-se – que as possibilidades de vida e morte se deflagram e se alternam.” Faço referência a tal artista por, nesse último momento, entender como os adornos corporais podem reconfigurar um caráter de defesa para as corpas que ousam fugir dos padrões binários de gênero, quando “a imagem aberta por Lyz dialoga com o interdito e o desejo, discutindo sobre questões que estão entre o íntimo fetiche e o público visível, entre o sexo e a autodefesa” (LUSTOSA, 2018, p. 01).

Refiro-me a prótese, diferentemente do cílio, que passou a ser intrínseca às minhas montações diárias; as lâminas. Já desde o primeiro carnaval que saí, sem ser para trabalhar como drag, completamente montada para encontrar uma amiga travesti no centro do Rio e uma multidão de homens me cercaram em atitude suspeita, passei a sempre caminhar com faca, garfo, às vezes até ficar de olho nas garrafas de cerveja pelas ruas. Pois, se alguém se aproxima, eu agarro ela pela parte mais fina, tasco em qualquer superfície e fico com um gargalo roto para me defender. A Gilete foi muito popularizada em associação com as travestis que trabalham nas zonas de prostituição, pois algumas se cortam para não serem presas, ou levam gilete dentro da boca para se defenderem na prisão: é tática de guerra meu amor!

Já nesse primeiro carnaval que me montei, inclusive com a prótese-navalha, conheci, numa pista de dança no centro do Rio, a estudante Matheusa Passarelli, que, um ano após essa noite, morre esquartejada em uma favela.

Figura 51: Mateusa Passarelli (acervo Google Imagens).

Alguns meses depois deste carnaval, participei de um concurso no Teatro Net Rio, em Copacabana. Apesar de ter ganhado o mesmo, quase não tive como chegar: um homem foi impunemente baleado na janela do meu quarto, deixando minha porta com 32 furos de bala, a janela arrombada e minha parede toda suja de sangue. Foi nesse mesmo dia que a polícia lançou uma bomba na porta da minha casa, fazendo com que eu perdesse meu antigo computador e quase não tivesse como realizar esses escritos que agora chegam aos seus olhos-prótese-cílios.

Figura 52: Marielle Franco (acervo Google Imagens).

No dia que participei, e ganhei, o concurso do Net Rio, conheço pessoalmente a jurada do evento: Marielle Franco. Além dessa noite ter sido muito acolhedora, pois, antes de chegar para me apresentar, ocorreu isso que eu acabo de contar, no teatro, a vereadora e socióloga me abraçou carinhosamente e se divertiu muito com minha apresentação. Dali a alguns meses, recebo a fatídica notícia de que ela e seu motorista

haviam sido assassinados, tendo ela levado três tiros. A investigação para encontrar os assassinos dura anos, com algumas indicações de que o atual governo ligado à extrema direita está completamente envolvido no caso, pois o nosso Estado legitima a violência. Não tem sido fácil entender isso na pele, quando sua arte lhe atravessa e você passa a encontrar o seu corpo cada vez mais feminino, deixando de lado os variados privilégios que a aparência masculina traziam para essa corpa. A maquinaria social é treinada para caçar qualquer corpa que esteja, de alguma forma, longe do ideal do macho-branco- cisgênero.

Se escrevo de forma rápida e atroz esse último capítulo, é porque nesse momento da pesquisa minha corpa compreendeu que a urgência por sobreviver nos torna ligeiras, flanêuses perversas, como que treinadas para se defender publicamente por meio de nossas montações cortantes:

Espancamentos públicos, omissão médica, espetacularização das mortes, naturalização da extinção social, genocídios, processo de exclusão e violência sistêmica formam parte da vida diária de muitas pessoas trans, assim como sapatonas, bichas e outras corpas dissidentes sexuais e desobedientes de gênero, especialmente as racializadas e empobrecidas [...] Reditribuição da violência é uma demanda prática quando estamos morrendo sozinhas e sem nenhum tipo de reparação seja do Estado, seja da sociedade organizada. Redistribuição da violência é um projeto de justiça social em pleno estado de emergência e deve ser performada por aquelas para quem a paz nunca foi uma opção (Mombaça, 2016, p. 09-10).

Se concluo esses escritos trazendo sangue e fúria a este documento, é porque a minha performatividade, que é onde se friccionam minha arte e minha vida, está sempre no limite da defesa, do medo, da não humanidade. A violência vivida nas nossas corpas são engendradas e tão fortemente acionadas, assim como a prótese-gênero que é acoplada de forma compulsória quando ainda somos bebês. Nesse sentido, os gritos de “Bicha!” que minha pequena corpa infantil ouvia antes de sequer imaginar possuir o privilégio de pisar numa academia, foram como treinamentos para o que hoje tenho sofrido de forma sórdida e cruel.

Mencionando a palavra treinamento, se torna urgente, nesse capítulo, mencionar o grupo Piranhas Team, sediado no bairro da Lapa, onde a população LGBTQIA+ pode contar com aulas de artes marciais, para melhor se defenderem na urbes cortante. Após

encontrar-se como corpa, é preciso mantê-la, sustentá-la, treiná-la, as ruas são hostis a corpas que fujam da cisheteronomatividade compulsória75.

Pois voltando ao estado de guerra instaurado nos arredores da minha casa, após estar impossibilitada de continuar os estudos do Mestrado, pela prótese-bomba que danificou minha computador-prótese, saio da Favela da Rocinha, em uma noite de Domingo, para fazer uma apresentação em uma boate. Calcinha, sutian, maquiagem básica. Cabelo preso, um blusão, e as próteses masculinas suavizam a bio-drag escondida para ir fazer seu acué.76 A violência engendrada pelo Estado avança na entrada da favela, assim como eu avanço para sair. Essa corpa cuir desemboca em uma viela escura, onde uma quantidade de, mais ou menos, vinte homens camuflados invade, não só a rua sem saída, como todos os orifícios da minha corpa. Aí, eles utilizam suas armas fálicas de guerra para que a espetacularização das violências injetadas em minha corpa aumentasse o status de homens provedores do bem e que podem, e devem, maltratar as corpas que ousam desacatar as próteses estatais. A prótese-sangue, a prótese-dor, a prótese-ódio, têm sido então onde tenho encontrado acalanto para ser artista, para buscar as referências aqui descritas e para alcançar o título de Mestra.

Porém, a prótese-navalha que comecei a utilizar perfurou não só o meu gênero que me prendia com poderosas amarras, torna-se uma arma potente para minhas futuras relações sociais: “eu gostaria de dizer: nós vamos penetrar suas famílias, bagunçar suas genealogias e dar cabo de suas ficções de linhagem.” (Mombaça, 2016, p.11 ). A ordem agora é se auto-cuidar. A desidentificação, como um caráter mais pessoal, e a desterritorialização, de forma coletiva, me fizeram, e estão me fazendo, repensar as táticas para poder circular pela urbes e pelos espaços de poder. A escrita tortuosa e não reveladora dessa dissertação diz muito sobre isso: nós não vamos ajudar na nossa catalogação! Isso aqui não é só uma, simples, dissertação (no sentido de dissertar mesmo, original da palavra) sobre montação, pois montação é também armadura de guerra. Assim sendo “isso é uma barricada!” (Mombaça, 2016, p.16).

75 “Heteronormatividade ou Heterosexualidade Compulsoria. Crença na heterossexualidade como característica do ser humano “normal”. Desse modo, qualquer pessoa que saia desse padrão é considerada fora da norma, o que justificaria sua marginalização” ( de Jesus, 2012, p. 30) sendo assim, acrescento o prefixo cis a palavra heteronormatividade para juntar as questões de gênero e não só de sexualidade que a nossa sociedade coloca como regra a ser seguida.

Não tem como concluir apenas de forma acadêmica e formal, não tem como apenas concluir, não tem como. Por isso me comprometo a “bagunçar a lógica de seu privilégio, intensificar suas crises e desmontar sua ontologia dominante e controladora” (Mombaça, 2016), pois essa corpa, que tem se moldado a seu próprio modo, não busca apenas obter conhecimento da instituição de ensino. Ela busca apropriar-se das técnicas que, por séculos, foram negadas às minhas ancestrais. Busca um diálogo horizontal, busca dissertar sobre, conversar. Mas tal pesquisa se faz potente quando minha corpa ocupa esse lugar contraditório e se interroga: onde estavam as travestis quando os muros que cerceiam tal instituição se moldavam? Onde estão as corpas trans e transvestigeneres na bibliografia, na biblioteca, na sala de professores, na sala de aula?

Ainda somos minorias nesse campo do saber, então minha corpa não pode negar a contradição desse espaço na construção desta dissertação. Nesse momento, sinto que sou eu a flaneuse perversa que adentra e subverte a norma criada por e para pessoas cisgêneras e abala as estruturas de poder. Não sei as regras, confundo a ABNT, assim como confundo-me com a queda de testosterona presente em meu corpo feminino que há pouco descobriu-se estar em construção e por se fazer. Nesse processo, torna-se interessante ressaltar que falar na primeira pessoa nunca foi uma busca de um grito de enunciação pessoal, mas a descoberta de um grito que evoca outres, do antes e do agora, provocando os muros mórbidos da academia a repensarem seus saberes assim como pensamos e remontamos nossas corpas e nossas trajetórias. As nossas histórias, assim como o ensino formal, também podem se auto-questionarem, darem um salto (alto) na produção de conhecimento. Elas podem entender suas potências, criando referências para futuras gerações e ocupando esses espaços de conhecimento e de poder que por séculos nos foram, e ainda o são, negados.

Se o cílio surgiu, no início desse meu processo pessoal, e nas páginas dessa dissertação, como um simples elemento de montação para um corpo cuir, a navalha vem para encerrar e potencializar esses escritos, rasgando de forma ativa e propositiva essas páginas que, assim como nossas corpas, se veem manchadas do sangue de quem ousa ocupar, o seu corpo e a urbes, de maneiras não normativas. As corpas perversas que, utilizando de uma grande variedade de próteses corporais, adentram processos de desidentificações para desterritorializarem suas artes, suas vidas e seus afetos.

Torna-se necessário afirmar que a montação na cena carioca, assim como no mundo, nunca cessou e nunca terminará. Seja nos recônditos de um apartamento ou nos vídeos do Youtube, nas vielas de uma favela precarizada ou nos palcos das principais casas de espetáculo, ela se faz e se refaz. Seja no adorno delicado ou na prótese que perfura e pode matar, seja por montações efêmeras, ou com procedimentos que também adentram e/ou aderem os contornos da epiderme, continuarei me remontando, (des)identificando, descamando, ou melhor, sobrepondo para revelar, metamorfoseando-me para me ocupar.

A montação nunca para.

É devir bicha travesty, devenir non binary, mastigar o queer – acuendá-lo – e vomitar como Cuir.

Ressignificar o corpo, a cidade e a escrita, para existir.

É fazer-se Mestra, para ocupar e resistir.

Ocupemos e montemos! OcupoMontemos.

Esse trabalho passa por minha corpa e por essa escrita, mas não começa aqui e nem termina nele, pois “por que deveriam nossos corpos finalizar na pele?” Dona Haraway

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