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Nova metodologia adotada para a dissertação

No documento Dissertação Rodrigo MN 2013 (páginas 49-58)

2. METODOLOGIA

2.2. Nova metodologia adotada para a dissertação

A partir dos problemas enfrentados no decorrer da pesquisa, foi preciso reelaborar a metodologia de campo, tentando minimizar os cortes no levantamento dos dados, de modo a não alterar drasticamente o tema da dissertação. Assim, a nova metodologia, longe de se constituir como inédita ou um contraponto à inicial, deve ser compreendida como uma adequação às proposições iniciais, já desenvolvidas até então, substituindo-se o desejável pelo possível.

Em especial citamos a indisponibilidade das casas selecionadas para a realização da dissertação: no Axé Obadey, seu zelador, por se encontrar doente, não pode acolher a pesquisa de campo. Para as demais, além da indisponibilidade dos dirigentes, fatores pessoais de discordância com o tema examinado impossibilitaram a realização do estudo.

Um novo conjunto de 32 casas foi escolhido a partir do Inventário Nacional de Registro Cultural do Candomblé no Estado do Rio de Janeiro (INRC) desenvolvido pela Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN/RJ), encerrado em 2012. O projeto teve como seu coordenador o autor da dissertação, o que permitiu acesso aos dados da pesquisa e foi a solução encontrada para a impossibilidade de análise dos terreiros anteriormente selecionados.

A amostra de trinta e dois terreiros desenvolvida pelo INRC subsidiou as discussões do IPHAN quanto ao registro do candomblé como um saber tradicional dentro do inventário de Bens Imateriais do Brasil, mas também como uma amostra da situação em que se encontram as casas de candomblé no estado do Rio de Janeiro. Juntamente a este registro imaterial seguem, no IPHAN/RJ, pedidos de tombamentos de alguns dos terreiros inventariados. O INRC também será uma fonte de dados para a realização ou não dos pedidos de tombamento.

Para esse novo conjunto de casas, optamos por confrontar a hipótese do espaço edificado às situações descritas no INRC para os espaços construídos e utilizados nos terreiros. Assim, foi produzida uma tabela em que foram listados todos os cômodos, verificando-se, posteriormente, a porcentagem de sua ocorrência, ausência, ou outras situações que porventura possam ocorrer. Com tais dados, objetivamos conferir as continuidades ou as repetições de espaços edificados, o que subsidiou o debate acerca do modelo proposta por Rocha (2000) e Conduru (2010) e adaptado aqui desde o início da pesquisa.

Assim, a Tabela 03 apresenta a amostragem de terreiros utilizados para as análises e que integram esta dissertação.

Tabela 3. Casas de candomblé selecionadas para análise.

Denominação doTerreiro/Casa de Candomblé Filiação (Nação) Dirigente (Ano base 2011)

Terreiro Santo Antônio dos Pobres/ Ilê Asé Baru Lepé Kêtu Valdomiro Costa Pinto

Terreiro de Yá Nitinha – Associação de Nossa Senhora das Candeias/ Terreiro Asé Yá Nassó Oká Ilê Osun

Kêtu Areonite da Conceição Chagas

Associação Religiosa Jeje Mahin/ Terreiro da Boa Viagem Kêtu José Gomes de Lima Filho.

Terreiro da Mãe Gisele de Omindawréa / Associação Ilé Asé de Yá Atará Magbá Kêtu Gisele Cossard mindarewá

Ilê Asé Baba Nile Ké/ Terreiro de Babaegun Kêtu Josiel Manoel dos Santos

Terreiro Ilê Nidê Kêtu Antenor Pereira Palma

Abassá do Ogum / Terreiro do Pai Ronaldo de Oxalaguian Angola Ronaldo de Oxalaguian

Associação Beneficiente Ilê Asé Obaluayê Azauany/ Ilê Asé Obaluayê Azauany Angola Pai Ricardo Victória

Terreiro de Mãe Regina de Oxossi/ Ilê Asé Igbá Odé Kêtu Mãe Regina de Oxossi

Ilê Ajagunã Asé Oyá Messan/ Terreiro do Pai Reginaldo Kêtu Pai Reinaldo de Oxalá/ Reinaldo

Pereira de Freitas

Terreiro Ilê Asé Yatopé / Terreiro do Oyá Gindê Kêtu José Roberto Gonçalves

Terreiro Ilê Omolu Oxum / Casa da Mãe Meninazinha de Oxum Kêtu Mãe Meninazinha de Oxum/ Maria do

Nascimento

Terreiro Ilê Asé Lissá Vodun / Terreiro da Mãe Lissá Kêtu Mãe Lissá/Sueni Passos da Silva

Terreiro Ilê Asé Ogbójù Fire Imó Ogun Oyá / Terreiro do Pai Gun Jobi Kêtu Sérgio Barbosa Costa

Terreiro Alto do Oxossi/ Terreiro Asé N´La Odé Kêtu Sebastião Ícaro Soares

Terreiro Rwe Sinfá (Casa das Águas de Ifá) Jêje Helena Batista de Araújo

Sociedade Senhor do Bonfim do Ilê Obá Nilá – Asé Yamassé Kêtu Mãe Edelzuita de Lourdes Santos de

Oliveira

Terreiro Ilê Asé Omó Iná / Casa de Doté Luis D´ Yansã Kêtu Doté Luis D´ Yansã /Luiz Carlos

Damasceno

Terreiro Ilê Asé Oju Oba Ogo Odo / Terreiro do Pai Bira de Xangô Kêtu Pai Bira de Xangô/ Ubirajara Gomes

da Silva

Terreiro Ilê Omi Guarô Kêtu Mãe Beata de Yemanjá/ Beatriz

Moreira Costa

Associação Tenda Espírita Ogum Meji/ Terreiro Ilê Asé Ode Iulê Kêtu Alexandre de Oxossi/ Alexandre

Miguel da Silva

Terreiro de Ogum Kêtu Pai Gustavo de Ogum/ Gustavo José Ferreira

Ilê Asé Baba Olwô Omim / CEPAB- Centro de Estudos e Pesquisas Afro-Brasileiras Angola Pai Miguel/José Miguel Gonçalves

Associação Religiosa Ilê Omo Oya Legi/ Ilê Omo Oya Legi Kêtu Mãe Palmira/ Palmira Ferreira Navarro

Culto Corte Real da Nação de Ijexá/ Ilê Ti Oxum Omi Ia Ilá Oba Ti Odou Ti Ogum Alé Ijexá Pai Zezito de Oxum/ José Zeferino Aquino

Organização Espírita de Origem Afro-Brasileira Senhor do Bonfim/ Kupapa Unsaba – Terreiro Bate-Folha

Angola Mameto Mabeji/ Floripes Correia da Silva Gomes

Kwê Asé Olô Jomim Jeje Mãe Zezé/ Maria José Coelho dos

Santos

Rumpaimi Hevioso Zoonocaum Mean Jèje-Mahin Mãe Deuzimar/ Deuzimar Correa

Terreiro Ilê Asé Oyá Funké Kêtu Pai Alberto de Yansã/ Alberto Diniz

Rodriguez Gabriel

Inzo Ia Nzambi – Ngana Kingongo – Tumba Jussara Angola Mameto Madozã/ Rosemery Alves

Queiroz

Ilê Asé Omo Karê Kêtu Pai Aguiar de Oxossi/ José Aguiar

Coutinho

Axé Pantanal/ Ilê Ogun Anaeji Igbele Ni Oman Efón Mãe Maria de Xangô/ Maria Lopes dos

Anjos

Com a realização do INRC um dado dúbio foi constatado e ele apresenta importância considerável para a amostra analisada. Apesar das diferenças, nas nações que compõem o candomblé no Rio de Janeiro e adotadas como mais significativas pelo Instrumento (Nagô/Kêtu, Jêje, Angola e Efón) foi possível perceber que os terreiros estão organizados minimamente em espaços construídos (públicos e privados) e no espaço mata. Apesar das especificidades de cada nação quanto a entidades, formas de culto, ritos, uso de terminologias e de nominação das deidades, observamos na amostra que há uma repetição da divisão dos espaços como proposto por Rocha (2000) e Conduru (2010), o que nos leva à hipótese de que o modelo é verdadeiramente recorrente, mas apropriado em cada casa de forma subjetiva como na relação já desenvolvida, integrada pelo espaço, dirigente e entidade.

Assim, o modelo de Rocha (2000) e o de Conduru (2011) pode ser expandido e debatido para as casas que não são de origem nagô/Kêtu, o centro do molde dos autores. Portanto, determinadas continuidades, como a construção de quartos ou locais em que os "assentamentos" de santo são guardados e cultuados, por exemplo, podem indicar uma primazia do modelo nagô já indicado por Kileuy & Oxaguiã (2009), Landes (2002), Bastide (2001), Barros (2000) e Verger (1998 e 1981) na elaboração de um terreiro, mas, ao mesmo tempo, permite debater que este padrão pode não ser exclusivamente nagô, mas sim usual em todos os terreiros analisados. Tal situação pode indicar que o modelo é amplamente utilizado e disseminado entre os adepto das religiões afro-brasileiras, quase como obrigatório para a construção de um axé.

Quanto ao levantamento malacológico proposto, ele não sofreu alterações e se realizou como o previsto. As visitas ao Mercadão de Madureira ocorreram no ano de 2012 em cinco etapas: nas quatro primeiras, ocorridas com intervalos de 30 dias, as espécies encontradas foram anotadas e verificadas, sendo observada a possibilidade de outros moluscos estarem disponíveis ou ausentes em relação aos observados originalmente nas lojas. Na última visita, os moluscos foram adquiridos e enviados para a identificação. Para o período pesquisado não se notou alteração na oferta de novas espécies, bem como a retirada ou ausência das já arroladas no Mercadão de Madureira, o que permitiu à pesquisa uma certeza quanto à estabilidade da oferta, que consideramos mínima, de determinadas espécies de moluscos para a aquisição nos terreiros de candomblé. Temos certeza de que outras espécies podem ser ofertadas para a venda, hipótese nunca descartada, mas para o período pesquisado tivemos a confirmação da regularidade dos moluscos disponibilizados para serem comercializados no

condomínio12. Todas espécies foram identificadas e registradas fotograficamente, sendo inseridas no final da dissertação, como apêndice.

Sobre o Mercadão de Madureira é interessante abrir um parêntese na metodologia e explicitar a escolha do local para as aquisição do material malacológico. Conforme Pereira et alii (2012):

"De elevada importância para a cidade do Rio de Janeiro o Mercadão de Madureira é atualmente um dos comércios populares mais conhecidos e importantes do Brasil. inaugurado oficialmente em 1914, mas já importante para região desde século anterior quando começara como uma feira livre, o então Mercado de Madureira se tornará até meados do século XX o mais importante polo comercial abastecedor da cidade do Rio de Janeiro, fornecendo inicialmente mercadorias que abasteciam os comércios varejistas e atacadistas de toda a cidade com a oferta de hortaliças, legumes, ervas diversas e animais vivos de variadas espécies. A partir de um quadro de crescente importância, esse centro distribuidor e fornecedor de produtos agropecuários tem acentuada a sua condição de entreposto comercial ao longo das décadas. Em fins da década de 1950, o mercado muda a sua sede deixando de ocupar o galpão onde hoje está situada a Escola de Samba Império Serrano e passa a ocupar outra região do bairro – entre a Avenida Ministro Edgard Romero e a Rua Conselheiro Galvão – ganhando novas instalações e passando definitivamente a ser um símbolo do comércio da cidade. Como consequência todo o comércio local se desenvolveu, a ponto do bairro de Madureira se tornar um dos maiores arrecadadores de impostos do Rio, e o mercadão a fazer parte da vida das pessoas de toda a cidade. Mesmo passando por uma profunda crise nos idos da década de 1970, com a concorrência de novos centros distribuidores inaugurados na cidade – como a CEASA e a CADEG – e até um incêndio que o destruiu quase por completo em 2000. Em 2001 sua reconstrução é finalizada e em 5 de outubro suas portas são reabertas (PEREIRA et alii, 2012, s/p.)

A partir das entrevistas realizadas pelo INRC foi possível entender como o local se tornou uma referência no comércio de produtos para cultos afro-brasileiros. Como ele era responsável pela venda de animais para a alimentação, como frangos, carne bovina e suína, muitos dirigentes de terreiros se dirigiam a ele para a aquisição dos "bichos para sacrifício", os quais também são utilizados para a alimentação cotidiana do povo (PEREIRA et alii, 2012, s/p.). Muitos chefes de terreiros passaram a demandar se o local não venderia também objetos em barro, plantas, miçangas e demais elementos dos cultos afro-brasileiros, o que centralizaria as necessidades de aquisição de determinados produtos em um só lugar. Aos poucos, alguns comerciários abriram lojas no local para atender a tais demandas. O jogo de mercado, entre oferta e procura, se intensificou e mais lojas foram abertas, o que aumentou consideravelmente a oferta de materiais e

12 Consultando os dados disponíveis no INRC do candomblé, que também contemplou um levantamento sobre o lugar em questão, foi obtida a informação de que o local consiste num conjunto de lojas administradas por um condomínio,. O Mercadão de Madureira está localizado na Av. Ministro Edgar Romero, 239, Madureira, Rio de Janeiro.

caracterizou o local como um centro de referência para a aquisição de elementos de consumo para o candomblé e demais cultos afros13.

Seguindo a mesma indisponibilidade dos terreiros quanto à recepção ao pesquisador, foi necessário ajustar a pesquisa a esse cenário inesperado. No que diz respeito às plantas utilizadas no candomblé, a solução encontrada foi o descarte de um estudo etnobotânico em seu sentido estrito (como expresso no subitem anterior), mas que mantivesse a busca pelas plantas utilizadas em contextos religiosos e fitoterápicos nos terreiros (BARROS & NAPOLEÃO, 2013).

A solução encontrada foi o acesso, leitura e decodificação de obras que descrevessem as plantas utilizadas no candomblé e, em especial, aquela associadas às nações Jêje-nagô e Kêtu, ou seja, ao tronco linguístico e interétnico iorubá, que se apresenta como "dominante" para o candomblé (BASTIDE, 2001; CARNEIRO, 1991). Assim, dois grandes compêndios de listas botânicas foram utilizados: a obra de Verger (1995b) e a de Barros e Napoleão (2013). Deve ser ressaltado o reconhecimento que as obras e os pesquisadores possuem no contexto de estudos do candomblé no Brasil e no Rio de Janeiro como meio de certificar que a decodificação seria válida e expressiva para o estudo.

Entendemos as especificidades de cada terreiro e ressaltamos que, para o caso das trinta e duas casas utilizadas, alguma planta pode não ter sido listada. Contudo, o intuito desta consulta e a sua decodificação é a de fornecer o que Bourdieu (1996) denominou de "estado da arte", ou seja, uma explanação da situação sobre um determinado tema. Assim, o cruzamento das duas obras e a listagem de todas as plantas identificadas e utilizadas no candomblé permite não apenas à pesquisa, mas também para pesquisadores futuros, uma compilação deste material e a possibilidade de ser um estudo que aponte as características da cultura material nos terreiros de candomblé na primeira década do século XXI.

13 Sobre o desenvolvimento de uma religiosidade para além da venda de produtos, o INRC descreve: "ao caminhar pelo Mercadão de Madureira podemos vislumbrar em muitas lojas esculturas de entes sagrados para as cosmologias dos cultos afro-brasileiros como Tranca-ruas, Maria Padilha, Zé Pelintra, São Lázaro, São Jorge, Cosme, Damião e Doum. O que a princípio parece ser um simples produto a venda, se revela como objeto sacralizado pela fé popular. As imagens em gesso recebem dos passantes mostras de devoção por meio de gestos corporais e retribuição de dádivas. Essas esculturas são guarnecidas por oferendas como bebidas, moedas, fitas, pedaços de papéis com pedidos, flores e diferentes formas de reverência gestual. tal fato demonstra a apropriação do espaço do comércio usual, interpretado pelos seus usuários como espaço de celebração do sagrado. Os comerciantes do mercadão realizam há nove anos uma carreata devocional a Iemanjá, que percorre a cidade até chegar em Copacabana, reunindo centenas de pessoas em torno da fé ao orixá dos mares" (PEREIRA et. alii, 2012, s/p.).

Assim, a pesquisa promoveu o cruzamento das duas obras indicadas, listando todas as plantas presentes e informando o nome em iorubá, o nome popular, a denominação científica e a família botânica a que pertence a planta. Após esta listagem foi feita a atualização dos nomes das famílias, tendo em vista que algumas estão desatualizadas (em especial na obra de Verger, 1995b, por ser mais antiga). A partir desta adequação, foi produzida um sistematização das principais famílias vegetais presentes no candomblé, bem como a descrição dos usos e da forma de classificação dos vegetais no que Verger (1995b) chama de "sociedade iorubá" (VERGER, 1995b), para designar os terreiros e as comunidades de terreiros. A listagem das plantas está disponível na sessão Apêndice da dissertação e apenas os dados estatísticos e o debate sobre os usos foram inseridos no capítulo de análise da cultura material.

Um último aspecto metodológico adotado advém de um desdobramento da Teoria da Dádiva de Marcel Mauss (2002). A pesquisa realizada para o mestrado em ciências sociais (antropologia) feita pelo autor da presente dissertação (PEREIRA, 2013) indicou a ocorrência de ciclo de trocas materiais entre os diversos cômodos de um terreiro de candomblé no momento da realização de rituais. Foi possível perceber que os objeto transitam entre os quartos de santo, o barracão ou ainda entre o barracão e o local de descarte do material após o fim do rito14. Tal caminho, percebendo-o semelhante às rotas de troca proposta por Malinowski (1978) para o Kula, permite aos objetos transitarem pela casa em vários momentos. O fato analisado é de de extrema valia para a compreensão da função social dos objetos para os ritos ou para o uso cotidiano. De forma complementar é possível pensar num registro da "biografia de vida" dos objetos (APPADURAI, 2010), em face da possibilidade de armazenarem um histórico de ritos e dos locais de uso em sua trajetória dentro de um terreiro de candomblé.

A metodologia, por fim, ao se focar num estudo de cultura material em um programa de pós-graduação em arqueologia, objetivou descrever e analisar dois conjuntos de elementos que constituem a cultura material em terreiros de candomblé, associado-os às analises dos espaços edificados, visando proporcionar um quadro de como o candomblé, para os aspectos analisados, se encontra organizado no início do século XXI. Não podemos perder de vista que este estudo, em futuro próximo, pode servir de base para análises sobre a dinâmica contínua do candomblé e servir como guia

14 De forma semelhante, Pereira & Lima (2012) indicaram que um trânsito parecido ocorre em um local público de realização de festas, oferendas, sacrifícios e ritos no município de Itaguaí (Rio de Janeiro) onde os objetos, após seu descarte, são reutilizados para a venda à terreiros ou adeptos dos cultos afro- brasileiros.

ou obra de consulta para os elementos analisados. Frisamos este ponto, pois entendemos que o ineditismo da pesquisa reside neste aspecto: um mapeamento de elementos botânicos e malacológicos em terreiros de candomblé.

No final da dissertação pode ser encontrado um Glossário onde os termo utilizados no candomblé e que foram empregados na dissertação foram listados. O glossário permitirá a compreensão dos termos sem que estes tenham que ser descritos durante o texto, o que o tornaria necessariamente extenso e cansativo.

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA E A RELEVÂNCIA DAS OBRAS

No documento Dissertação Rodrigo MN 2013 (páginas 49-58)