• Nenhum resultado encontrado

nr-9 P rogrAmA de P revenção de r iScoS A mbientAiS

No documento PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE (páginas 32-47)

Após o estudo de conceitos e também da legislação ambiental, em que sempre tivemos como objetivo principal a preservação do meio ambiente, torna-se importante, neste momento, inserir o ser humano nessa problemática, lembrando que o homem é parte do “meio ambiente”, e, portanto, precisamos cuidar da sua saúde. Assim, estudaremos o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA).

O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais foi estabelecido pela Norma

A NR-9 estabelece a obrigatoriedade para todas as empresas que possuam empregados de elaborar e de implementar um programa de higiene ocupacional, também conhecido por Programa de Prevenção de Riscos Ambientais com o objetivo de preservar a saúde e a integridade física dos trabalhadores. Nesse programa, é necessário antecipar, reconhecer, avaliar e controlar a ocorrência de riscos ambientais existentes e também que venham a existir no ambiente de trabalho.

Responsabilidades

O programa de prevenção de riscos ambientais deve ser elaborado e implementado em todas as empresas e instituições que admitam trabalhadores como empregados, sem distinção para grandes, médias ou pequenas empresas ou que possuam muitos ou poucos empregados e também sem considerar o grau de risco. Assim, a problemática surge para as pequenas empresas que, na sua maioria, não possui profissional qualificado para a elaboração e/ou execução e nem sempre tem a cultura de antecipação e prevenção de riscos.

A NR-9 não determina quem é o profissional responsável pela elaboração e demais etapas do PPRA, mas, de acordo com outras exigências estabelecidas na mesma Norma, sugere-se que a coordenação desse programa deverá ser realizada por um profissional do serviço Especializado em Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT).

De acordo com o item 9.3.1.1 da NR-9, a elaboração, a implementação, o acompanhamento e a avaliação do PPRA poderão ser feitos pelo SESMT ou por pessoa ou equipe de pessoas que, a critério do empregador, sejam capazes de desenvolver o disposto nessa NR. Se a empresa não possuir o SESMT constituído, o empregador poderá contratar um serviço terceirizado (empresa de consultoria, instituição, profissional autônomo habilitado) ou delegar a tarefa à CIPA.

O PPRA deverá ser assinado pelo profissional responsável pela elaboração do documento-base. O PPRA é composto de duas partes: documento-base (parte qualitativa) e monitoramento (parte quantitativa). Os laudos de monitoramento dos riscos ambientais e, consequentemente do PPRA, devem ser assinados por engenheiro de segurança ou médico do trabalho, conforme estabelece o Art. 195 da CLT. O documento-base deve ficar à disposição da fiscalização do Ministério do Trabalho, que, dentre muitos itens, fiscaliza o cumprimento do cronograma de atividades proposto.

Documentos Complementares

Para a realização de um PPRA podem ser necessários alguns documentos ou Normas apresentadas abaixo:

Proteção do Meio Ambiente

• Norma Fundacentro NHO 01 - 2001 - Norma de Higiene Ocupacional:

procedimento técnico: avaliação da exposição ocupacional ao ruído contínuo ou intermitente e impacto.

• Norma Fundacentro NHO 02 - 1999 - Norma de Higiene Ocupacional: método de ensaio: análise qualitativa da fração volátil (vapores orgânicos) em colas, tintas e vernizes por cromatografia gasosa/detector de ionização de chama.

• Norma Fundacentro NHO 03 - 2001 - Norma de Higiene Ocupacional: método de ensaio: análise gravimétrica de aerodispersoides sólidos coletados sobre filtros de membrana.

• Norma Fundacentro NHO 05 - 2001 - Norma de Higiene Ocupacional:

procedimento técnico: avaliação da exposição ocupacional aos raios-X nos serviços de radiologia.

• Norma Fundacentro NHO 06 - 2002 - Norma de Higiene Ocupacional:

procedimento técnico: avaliação da exposição ao calor.

• Norma Fundacentro NHO 07 - 2002 - Norma de Higiene Ocupacional:

procedimento técnico: calibração de bombas de amostragem individual pelo método da bolha de sabão.

• Norma Fundacentro NHO 08 - 2007 - Norma de Higiene Ocupacional:

procedimento técnico: coleta de material particulado sólido suspenso no ar de ambientes de trabalho.

Objetivos e Riscos Ambientais

O PPRA tem por objetivo a preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores. Assim, Barbosa Filho (2011) analisa os riscos relacionados aos processos produtivos, afirmando que

[...] todo processo produtivo oferece riscos ao trabalhador, mesmo que mínimos, cabendo ao gestor realizar medidas corretivas e necessárias à proteção dos trabalhadores, desde a etapa de planejamento das instalações e dos processos, promovendo assim um ambiente seguro e saudável de trabalho. (BARBOSA FILHO, 2011, p. 26).

O item 9.1.5 da NR-9 estabelece que, para fins de elaboração do PPRA,

químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador. (BRASIL, 1994).

Porém, a título de prevenção, podem ser considerados os riscos ergonômicos e de acidentes.

Estrutura do PPRA

O item 9.2.1 da NR-9 estabelece que o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá conter, no mínimo, a seguinte estrutura:

a) planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma;

b) estratégia e metodologia de ação;

c) forma de registro, manutenção e divulgação dos dados;

d) periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA. (BRASIL, 1994).

Desenvolvimento do PPRA

Para o desenvolvimento do PPRA, torna-se necessário observar as diretrizes estabelecidas para um programa de higiene ocupacional, a saber: reconhecer, avaliar, monitorar e controlar os riscos ambientais existentes no ambiente de trabalho.

O item 9.3.1 recomenda que o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá incluir as seguintes etapas:

a) antecipação e reconhecimento dos riscos;

b) estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle;

c) avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;

d) implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia;

e) monitoramento da exposição aos riscos;

f) registro e divulgação dos dados. (BRASIL, 1994).

Proteção do Meio Ambiente

a) Antecipação e Reconhecimento dos Riscos

O trabalho de campo inicia com a identificação e reconhecimento das fontes, atividades, tarefas e tipos de riscos ambientais. Após o levantamento dessas informações, precisamos registrar os dados em uma planilha que será anexada ao documento-base.

Para desenvolver essa etapa, podemos seguir o roteiro abaixo:

a) Identificar os possíveis riscos ambientais no local de trabalho.

b) Determinar e localizar as respectivas fontes geradoras.

c) Identificar as possíveis trajetórias e também os meios de propagação dos agentes no ambiente laboral.

d) Quantificar os trabalhadores expostos e suas respectivas funções.

e) Caracterizar as atividades e os tipos de exposições.

f) Observar e pesquisar sobre trabalhadores com possíveis comprometimentos da saúde em função da atividade laboral.

g) Pesquisar em literatura técnica sobre os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos ambientais identificados.

h) Identificar e descrever as medidas de controle utilizadas.

Essa etapa envolve a análise de projetos de instalações novas, dos métodos ou dos processos de trabalho e também as modificações que poderão ocorrer.

Saliba (2004) salienta que essa fase deve constar de alguns requisitos:

[...] conhecimento das diferentes formas em que se apresentam os agentes ambientais e dos riscos peculiares a cada atividade profissional; conhecimento das características intrínsecas e propriedades tóxicas dos materiais utilizados;

conhecimento dos processos e operações industriais desde o recebimento da matéria-prima até o produto final acabado, incluindo possíveis subprodutos indesejáveis. (SALIBA, 2004, p. 424).

Quadro 3 - Etapas do PPRA

AGENTE SETOR FONTE MEIO DE

GERADORA PROPAGAÇÃO

Ruído Furadeiras Pelo ar, incidindo nos

contínuo Esmerilhadeiras ouvidos e ossos da

ou Oficina Aparelhos de solda cabeça do trabalhador

intermitente Serra Manual

Torno

Ruído Pelo ar, incidindo nos

de Ferraria Marteleta ouvidos e ossos da

impacto cabeça do trabalhador

Radiações Rampa de

não manutenção Sol Raios ultravioleta

ionizantes

Agentes Limpeza de peças Solventes, óleos e graxas Contato da pele com o banho químicos Estacionamento Resíduos de inseticidas, óleos Contato com a pele e absorção

e graxas nos equipamentos Via respiração Fonte: Elaborado pela autora.

b) Estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle

Nesta etapa, precisamos estudar, detalhadamente, todos os setores, áreas, departamentos em que foram anteriormente identificados riscos ambientais que comprometam a saúde do trabalhador e, em seguida, ordenar esses setores em função da prioridade, ou seja, conforme a gravidade do risco.

É importante salientar que devemos priorizar medidas de proteção coletivas para eliminar ou minimizar a formação ou utilização dos agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde.

O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) é responsável pela realização de avaliações periódicas para observar a eficácia das medidas adotadas.

c) Avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores Os riscos ambientais podem ser identificados de duas formas:

• Avaliação Qualitativa

Proteção do Meio Ambiente

• Avaliação Quantitativa.

Segundo a Norma Regulamentadora - NR 9, a avaliação qualitativa refere-se ao estudo dos riscos prerefere-sentes no ambiente de trabalho. Já a avaliação quantitativa tem por objetivo:

• Comprovar o controle da exposição ou a inexistência dos riscos identificados na etapa de reconhecimento.

• Dimensionar a exposição dos trabalhadores.

• Subsidiar o equacionamento das medidas de controle.

Para Scaldelai et al. (2011),

A análise qualitativa de riscos avalia a prioridade dos riscos identificados usando a probabilidade de eles ocorrerem, o impacto correspondente nos objetivos do projeto se os riscos realmente ocorrerem, além de outros fatores, como prazo e tolerância a risco, das restrições de custo, cronograma, escopo e qualidade do projeto. (SCALDELAI et al., 2011, p. 279).

Para diferenciar os dois tipos de avaliação e também entender a utilização de ambos durante a identificação e a avaliação dos riscos nos ambientes de trabalho, precisamos definir a avaliação quantitativa.

Scaldelai et al. (2011) define, também, a avaliação quantitativa:

É a análise numérica do efeito dos riscos identificados nos objetivos gerais do projeto. A análise quantitativa de riscos é realizada nos riscos que foram priorizados pelo processo de análise qualitativa de riscos, por afetarem potencial e significativamente as demandas conflitantes do projeto.

(SCALDELAI et al., 2011, p. 279).

Nem todos os agentes ambientais podem ser avaliados quantitativamente. Para maiores esclarecimentos sobre a maneira de conduzir um levantamento ambiental, sugerimos a leitura da NR 15 – Atividades e Operações Insalubres.

É importante mencionar que, após o levantamento quantitativo, o PPRA deverá ser revisado para que seja possível identificar, no documento-base, somente aquelas funções que tenham sido identificadas com nível de exposição acima do Nível de Ação conforme definido no item 9.3.6 da NR 9.

Para realizar avaliação quantitativa, é necessário conhecimento básico das diversas técnicas de medição instrumental, fundamentada nas normas expedidas pela FUNDACENTRO ou National Institute for Occupational Safety and Health (NIOSH). Para as avaliações quantitativas, devem ser utilizados os parâmetros de referência estabelecidos na NR 15 ou os valores de limites de exposição ocupacional adotados pela American Conference of Governmental Industrial Higyenists (ACGIH) ou, ainda, os valores estabelecidos de negociações coletivas de trabalho, desde que sejam mais rigorosos que os critérios técnicos legais estabelecidos.

A ACGIH é a Conferência Norte-Americana de Higienistas Industriais Governamentais - uma organização de profissionais de higiene ocupacional patrocinados por instituições governamentais ou educacionais dos Estados Unidos. A ACGIH desenvolve e publica, anualmente, limites recomendados de exposição ocupacional denominado de Threshold Limit Values (TLV) para centenas de substâncias químicas, agentes físicos. E, também, inclui Índices de Exposição a Agentes Biológicos: Biological Exposure Indices (BEI). O TLV é marca registrada da ACGIH cujos valores são atualizados e divulgados constantemente por meio de publicações.

Os TLV da ACGIH são referências a serem utilizadas para fins de implementação de medidas de controle no campo da higiene ocupacional. Os TLV não devem ser usados para fins de caracterização de atividade ou operação insalubre, para isso devem ser utilizados apenas os Limites de Tolerância (LT) da NR 15 - Atividades e Operações Insalubres.

O quadro 4 a seguir apresenta as informações obtidas durante a avaliação do local de trabalho:

Quadro 4 - Avaliação do local de trabalho RISCO FÍSICO

AGENTE SETOR FONTE MEIO DE AVAL. TEMPO DE

GERADORA PROPAGAÇÃO QUANT. EXPOSIÇÃO

estacionamento sol 8,8 h/dia,

Radiações rampa manut. sol raios ultravioleta quando

não-ionizantes oficina aparelho de solda necessário

Proteção do Meio Ambiente

furadeiras ar, incidindo 73 a 85,9 dBA esmerilhadeiras nos ouvidos e 94 a 99.9 dBA

oficina aparelho de solda ossos da cabeça 77 a 79.2 dBA variável

Ruído serra manual do trabalhador 74 a 76 dBA

contínuo ou torno 74.9 a 75.9 dBA

intermitente forja ar, incidindo 77 a 80.2 dBA

ferraria policorte nos ouvidos e 78 a 84 dBA variável calandra de chapa ossos da cabeça 75 a 77 dBA

calandra de tubos do trabalhador 79 a 80 dBA

Ruído de ferraria marteleta ar, incidindo 111 dBC variável

impacto nos ouvidos

RISCO QUÍMICO

AGENTE SETOR FONTE MEIO DE AVAL. TEMPO DE GERADORA PROPAGAÇÃO QUANT. EXPOSIÇÃO

Solventes, limpeza peças e produtos pele, variável

óleos e graxas de peças limpeza via respiração

Inseticidas, estacionamento Equipam. a serem pele e variável

Óleos e graxas consertados via respiração

RISCO BIOLÓGICO

AGENTE SETOR FONTE MEIO DE AVAL. TEMPO DE GERADORA PROPAGAÇÃO QUANT. EXPOSIÇÃO

Vírus, fungos estacionamento equipamentos pele, variável

protozoários, e oficina a serem absorção via

bactérias, etc. consertados respiração

RISCO DE ACIDENTES

AGENTE SETOR FONTE MEIO DE AVAL. TEMPO DE

GERADORA PROPAGAÇÃO QUANT. EXPOSIÇÃO Eletricidade todos os setores Equipam. Diversos contato físico variável

oficina torno contato físico variável

Metal cortante oficina Equipam. de corte contato físico variável

queda de mat. todos os setores contato físico variável

Calor ferraria peças de ferro contato físico variável

Atropelamento pátio veículos em contato físico variável

estacionamento movimento

RISCO ERGONÔMICO

AGENTE SETOR FONTE MEIO DE AVAL. TEMPO DE

GERADORA PROPAGAÇÃO QUANT. EXPOSIÇÃO

Movimentação todos os setores esforço físico, nos 8,8 h/dia

Man. de peso, membros superior,

postura inad. inferiores

ritmo de trab. e tronco

Fonte: Elaborado pela autora.

d) Implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia

Deverão ser adotadas providências para extinção, minimização ou controle de todos os riscos ambientais sempre que forem identificadas alguma destas situações:

• Na etapa de antecipação, reconhecer risco potencial à saúde.

• Na etapa de reconhecimento, comprovar risco inegável à saúde.

• Se os resultados das avaliações quantitativas da exposição dos trabalhadores ultrapassarem os valores dos limites mencionados na NR 15 ou, se necessário, os valores adotados pela ACGIH ou determinados em negociação coletiva de trabalho.

• Se, por meio do PCMSO, caracterizar o nexo causal entre os danos detectados na saúde dos trabalhadores e a situação de trabalho em que eles desenvolvem seu trabalho.

Conforme a NR 9, no item 9.3.5.2, “[...] o estudo, desenvolvimento e implantação de medidas de proteção coletiva deverá obedecer à seguinte hierarquia:

a) medidas que eliminam ou reduzam a utilização ou a formação de agentes prejudiciais à saúde;

b) medidas que previnam a liberação ou disseminação desses agentes no ambiente de trabalho;

c) medidas que reduzam os níveis ou a concentração desses agentes no ambiente de trabalho”. (BRASIL,1994).

Ao implantar medidas de controle é necessário realizar treinamento com os trabalhadores sobre as medidas preventivas e, também, divulgar os procedimentos adotados e instruir sobre o uso e limitações do Equipamento de

Proteção do Meio Ambiente

Proteção Individual (EPI), bem como as responsabilidades de cada trabalhador e as consequências da exposição aos agentes ambientais identificados no ambiente de trabalho.

São consideradas medidas de caráter administrativo:

a) redução do tempo de exposição;

b) adequação do ritmo de trabalho;

c) ordem e limpeza;

d) funcionamento de máquinas em períodos com menor número de trabalhadores expostos, dentre outras.

São consideradas medidas de caráter coletivo, responsáveis pela proteção do ambiente:

a) substituição de agentes químicos agressivos;

b) adequação da ventilação industrial;

c) implantar sistema de exaustão localizada;

d) enclausuramento de atividades com produtos tóxicos, dentre outras.

Na impossibilidade técnica de implantarem-se medidas de caráter coletivo ou se as medidas adotadas não forem suficientes ou estiverem em fase de estudo, planejamento ou implantação, ou, ainda, em condições complementares ou emergenciais, deverão ser implantadas outras medidas obedecendo a seguinte ordem prevista na NR 9:

a) Medidas relativas à organização do trabalho ou de caráter administrativo.

b) Emprego de equipamentos de proteção individual (EPI), seguindo todas as recomendações previstas na NR-6.

Para aprofundar o conhecimento em relação ao uso de EPI, consulte a NR-6 disponível em: <http://portal.mte.gov.br/

data/files/FF8080812DC56F8F012DCDAD35721F50/NR-06%20 (atualizada)%202010.pdf>.

O quadro 5 a seguir apresenta alguns exemplos de medidas de controle e também “nível de ação” para ruído.

Quadro 5 - Medidas de controle e “nível de ação” para ruído

AGENTE RUÍDO

NORMA CORRESPONDENTE NÍVEL DE

AÇÃO LIMITE DE TOLERÂNCIA NR 15 Anexo 1 - Ruído contínuo/intermitente 80 dB(A) 85 dB(A) - 8 horas/

dia MEDIDAS DE CONTROLE INDICADAS

Uso obrigatório de protetor auricular para todos os funcionários, com NRR de 15 dB.

Evitar trabalhos próximos à fonte geradora.

AGENTE RUÍDO

NORMA CORRESPONDENTE NÍVEL DE

AÇÃO LIMITE DE TOLERÂNCIA

NR 15 Anexo 2 - Ruído de Impacto 114 dB C 120 dB C

MEDIDAS DE CONTROLE INDICADAS Uso obrigatório de protetor auricular com NRR de 15 dB.

Monitorar o ruído do equipamento.

AGENTE RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES NORMA CORRESPONDENTE NÍVEL DE

AÇÃO LIMITE DE TOLE-RÂNCIA

NR 15 Anexo 7 * * * *

MEDIDAS DE CONTROLE INDICADAS Organizar o trabalho de forma que as atividades executadas ao ar livre sejam desenvolvidas no período da manhã ou no final da tarde.

Interromper as atividades na ocorrência de condições climáticas que comprometam a segurança do trabalhador.

Uso de EPI: chapéu ou outra proteção contra o sol, óculos de proteção contra radiações não ionizantes, roupas para proteção do corpo inteiro contra raios solares; calçado fechado.

Uso de creme protetor solar para a pele (profissional).

Uso de máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra impactos de partículas volantes, contra radiações ultra violeta e radiação infra-vermelha e luminosidade intensa.

Uso de luva de segurança para proteção das mãos contra radiações ionizantes.

Proteção do Meio Ambiente

AGENTE HIDROCARBONETOS E OUTROS COMPOSTOS CARBONO NORMA CORRESPONDENTE NÍVEL DE

AÇÃO LIMITE DE TOLERÂNCIA

NR 15 - Anexo nº 13 * * * *

MEDIDAS DE CONTROLE INDICADAS Facilitar a ventilação através da abertura de janelas e portas, no setor de limpeza de peças.

Dar preferência para produtos de limpeza não nocivos à saúde humana e ao meio ambiente.

Uso de EPI: óculos para proteção dos olhos contra respingos de produtos químicos, respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra poeiras e névoas, luva de segurança para proteção das mãos contra agentes químicos.

AGENTE RISCO DE ACIDENTES - ELETRICIDADE MEDIDAS DE CONTROLE INDICADAS Permitir o manuseio apenas para pessoas habilitadas.

Usar calçado de segurança adequado e luvas quando necessário.

Cuidado especial ao utilizar eletricidade em ambiente úmido.

AGENTE RISCO DE ACIDENTES - METAL CORTANTE E QUEDA DE MATERIAIS MEDIDAS DE CONTROLE INDICADAS

Usar ferramentas adequadas ao uso e às características físicas do traba-lhador, substituindo-as se necessário.

Usar as ferramentas exclusivamente para os fins a que se destinam.

Mantê-las sempre em perfeito estado de uso e afiadas.

Guardar as ferramentas de corte em local seguro.

Fornecer treinamento para o uso adequado de ferramentas cortantes.

Curso de primeiros socorros.

Uso de EPI: óculos contra lesões provenientes do impacto de partículas, ou de objetos pontiagudos, cortantes e de respingos; luva de segurança para proteção das mãos contra agentes cortantes e perfurantes; calçado de segurança para proteção dos pés contra agentes cortantes e escoriantes.

AGENTE RISCO DE ACIDENTES - ATROPELAMENTO MEDIDAS DE CONTROLE INDICADAS Curso de primeiros socorros.

Curso de direção defensiva. Cuidado ao manobrar veículos no pátio.

Atenção ao trabalhar em veículos suspensos.

RISCO BIOLÓGICO

MEDIDAS DE CONTROLE INDICADAS Providenciar imunização do trabalhador exposto ao contato com dejetos e água contaminada;

Fornecer treinamento quanto às medidas de segurança na manipulação de excreções, incluindo a limpeza dos equipamentos contaminados.

Fornecimento de desinfetantes e de água suficientes para a adequada higienização dos locais de trabalho.

Uso de EPI: luvas para proteção das mãos contra agentes biológicos.

BAIXO NÍVEL DE ILUMINAMENTO

NORMA CORRESPONDENTE NÍVEL DE

AÇÃO LIMITE DE TOLERÂNCIA

NR 17 * * 500 LUX

MEDIDAS DE CONTROLE INDICADAS Aumentar as aberturas de janelas para o exterior, favorecendo a ilumina-ção natural.

Criar um programa (rotina) de limpeza das janelas, favorecendo a ilumina-ção natural.

Criação de um programa de limpeza/substituição de lâmpadas.

Instalar uma lâmpada direcionada para as bancadas de trabalho.

LEVANTAMENTO MANUAL DE PESO E POSTURA INADEQUADA NORMA CORRESPONDENTE NÍVEL DE

AÇÃO LIMITE DE TOLERÂNCIA

NR 17 * * * *

MEDIDAS DE CONTROLE INDICADAS Evitar o levantamento e transporte de materiais pesados.

Intercalar as atividades para evitar a permanência por longo tempo na

Intercalar as atividades para evitar a permanência por longo tempo na

No documento PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE (páginas 32-47)