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ANEXO 1 – Estatutos do Partido Communista do Brazil, março de 1922

1. A IMPRENSA OPERÁRIA EM QUESTÃO

1.1 O despontar da imprensa operária e sindical no Brasil

1.1.1 O axioma do status atribuído: visões do trabalhador engajado

Nas duas primeiras décadas do século XX no Brasil, a realidade desses grupos é reflexo das práticas e relações sociais que se estendem pela sociedade de um modo geral. Esses sujeitos se arriscam na tarefa de agregar a atividades que já existem, as suas próprias impressões, de forma que possam se sentir parte disso, sem a condição de marginalidade com que por tanto tempo foram vistos. Desenvolvem, em menor escala, micro sociedades que os enxerga e os inclui, sentem-se, portanto, parte desse projeto que contempla anseios que se estendem nos planos: individual e o coletivo. Portanto, é importante discutir a própria concepção de trabalho nesse período e suas posteriores mudanças, tentando buscar a origem de um status social metamorfoseado ao longo do tempo.

Resquício do Império e do longo período escravista vigente no Brasil, o trabalho foi visto por longa data enquanto uma atividade menor, relegada à população pobre pouco ou nada instruída formalmente. A escravidão conferiu ao trabalho uma característica humilhante que contribuía para a degradação do corpo. A relação patrão versus empregado ficou marcada na virada do século pelo temor, como um estigma dos contatos estabelecidos por tantos anos entre os escravos e seus donos. A imprensa operária do início no século não conseguia dar conta de traduzir as nuanças desse fenômeno e por isso simplificava quase sempre a questão inserindo-a dentro de um maniqueísmo primário expresso na relação: exploradores e explorados. Segundo Cláudio Batalha:

Inconsciente de seus direitos, de sua dignidade e, porque não dizer, de sua “missão histórica”, o proletariado, na visão da imprensa operária, acaba sendo o principal culpado de sua própria situação. Desse modo, o “ambiente” e a “psicologia” das massas – para empregar dois termos correntes no período – parecem juntos concorrer para a dificuldade da constituição de um “verdadeiro proletariado típico” e para a falta de organização do movimento operário. Por vezes a passividade do proletariado no Brasil, ao ser comparada à “combatividade” do proletariado nos países industrializados, parece adquirir um caráter inato, configurando um traço psicológico. Não só os patrões eram encarados como

detentores de uma mentalidade escravocrata, como os próprios trabalhadores62.

A ética do trabalho alimentada no interior desses grupos vai lentamente se modificando e se complexificando. Duas propostas diferentes em relação a esse fenômeno convivem nesse período inicial: uma se volta para a dignificação do trabalhador honesto, sem vícios, cumpridor de seus deveres, enquanto a outra se desenvolve a partir do olhar enobrecedor conferido ao ofício desenvolvido. Enquanto a primeira parte de uma relação exógena, a segunda se dá a partir de um ponto de vista endógeno, mesmo que o trânsito subsequente de ambas percorra o olhar externo.

A conduta pública do trabalhador era medida publicamente pelo grau de comprometimento com o trabalho, com a família, Igreja e em casos mais específicos, com o sindicato, liga ou união na qual estivesse vinculado. Esse perfil foi sendo pouco a pouco conformado não apenas pelos trabalhadores, mas pelas próprias classes dominantes que precisavam ressignificar o trabalho a partir de valores positivos.

Igualmente devemos levar em conta a necessidade que os trabalhadores formalmente inseridos no mercado de trabalho encontravam de se diferenciar das chamadas “classes perigosas 63 ”, compostas pelos setores ainda mais

marginalizados na sociedade, tais como: indigentes, bandidos, jogadores, ambulantes, prostitutas, etc. Era uma fórmula comportamental que conferia virtudes ao trabalhador assalariado atribuindo a este prezada estima64.

Não é raro encontrarmos nas páginas de jornais operários e sindicais textos que trazem à tona o drama enfrentado por famílias que convivem com o alcoolismo, ou o vício na jogatina. A destruição do lar é sempre rememorada como principal

62 BATALHA, Cláudio H. M. Identidade da Classe Operária no Brasil (1880-1920): Atipicidade ou

Legitimidade?. In: Revista Brasileira de História. São Paulo: v.12, n.23/24, pp.111-124, set./ago.1992. p. 115.

63 Para maiores informações acerca das chamadas “classes perigosas” ver: CHALHOUB, Sidney. Trabalho, lar e botequim: o cotidiano dos trabalhadores no Rio de Janeiro da belle époque.

Campinas, São Paulo: Editora da UNICAMP, 2012.

64 Para maiores informações sobre a necessidade de ressignificação do trabalho ver: BILHÃO, Isabel. Identidade e trabalho: uma história do operariado porto-alegrense (1889 a 1920). Londrina:

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consequência da adoção desse tipo de postura por parte do trabalhador, mesmo considerando as razões sociais que possivelmente levariam esses sujeitos a se entregarem aos vícios.

Outra questão pertinente quando falamos em ética do trabalho é a distinção manifesta entre o trabalho do operário, ou do trabalhador manual em geral e do patrão. Segundo Bilhão, “a indignidade atribuída ao capitalista não está apenas no fato dele não trabalhar, mas principalmente, no fato dele explorar o trabalho alheio65”. A imprensa operária e sindical apresenta esse conflito através das mais

variadas denúncias, ora fazendo menção às exigências arbitrárias impostas pelos patrões, ora relacionando à questão aos parcos salários pagos aos empregados. O fato é que não podemos determinar até que ponto esse conflito expresso entre “classes” não parte justamente do discurso militante impresso nesses jornais.

Conforme salientamos, o próprio fazer-se do movimento operário esbarrava numa cultura popular em constante transformação. Diferente das moradias populares que deixavam implícito o caráter ordeiro dos trabalhadores perante a sociedade, os cortiços, espaço onde a população de baixa renda se aglomerava, não raras vezes, em ambientes insalubres e de difícil acessibilidade e que surgem no decorrer das obras de urbanização das grandes cidades66 conferem aos

moradores um status diametralmente oposto. É exatamente no meio deles que se agitam as “classes perigosas” e é delas que o trabalhador assalariado deveria se diferenciar.

A ociosidade passa a ser considerada um vício moral e, portanto, condenada pela sociedade. No entanto, a origem dessa concepção está assentada no período de libertação dos escravos, momento no qual a ressignificação do trabalho passa a ser tema dos debates mais veementes entre os parlamentares. Segundo Chalhoub, eles compreendiam que a ociosidade deveria ser combatida:

65 Ibid. p. 37.

66 Para mais informações sobre as mudanças provocadas pelo processo de industrialização e

urbanização do Brasil ver: SEVCENKO, Nicolau (org.). História da vida privada no Brasil. Vol III. São Paulo: Cia das Letras, 1998.

[...] não só porque negando-se ao trabalho o indivíduo deixa de pagar sua dívida para com a sociedade, mas também porque o ocioso é um pervertido, um viciado que representa uma ameaça à moral e aos bons costumes. Um indivíduo ocioso é um indivíduo sem educação moral, pois não tem noção de responsabilidade, não tem interesse em produzir o bem comum nem possui respeito pela propriedade. Sendo assim, a ociosidade é um estado de depravação de costumes que acaba levando o indivíduo a cometer verdadeiros crimes contra a propriedade e a segurança individual. Em outras palavras, a vadiagem é um ato preparatório do crime, daí a necessidade de sua repressão67.

Mas a repressão não se dá apenas no que diz respeito à conduta ociosa ou à vadiagem propriamente dita, ela se alastra por todos os espaços que a população pobre ocupa. Há uma vigilância e controle por parte do Estado que se estende sobre todas as organizações operárias; as greves são violentamente reprimidas pelo governo por gerarem “desordem” no espaço público. Entre as ações de repressão mais violentas é possível citar aquela empreendida durante a greve geral de 1917 na cidade de São Paulo.

Iniciada pela categoria profissional dos tecelões e recebendo apoio por adesão de trabalhadores: das oficinas, das fábricas, dos transportes, etc., o movimento não tardou a reunir um grande número de manifestantes que protestavam ocupando as ruas do centro da cidade, onde grandes casas de comércio estavam instaladas. Os protestos se desenrolaram por volta de quatro dias, alguns manifestantes foram mortos, outros desaparecidos e muitos ficaram gravemente feridos. Segundo matéria publicada pelo jornal A Plebe em julho de 1917:

A soldadesca que recebera ordens de atirar sem piedade, andou pela cidade como um bando de vândalos, disparando as carabinas e revólveres a esmo.

Chegaram até a fazer funcionar as metralhadoras.

A polícia apenas denunciou três mortes, entre as quais a de uma criança.

Há outras, porém, muitas outras. Quantas? É o que o povo precisa saber.

Afirma-se que muitos cadáveres foram sepultados clandestinamente, sendo transportados nas carroças de lixo.

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Urge que tudo se esclareça. A população do Brasil deve saber quantas pessoas tombaram varadas pelas balas da polícia deste Estado-modelo68.

Era comum a participação de famílias inteiras durante os protestos e grandes manifestações, pois através destas atividades vivenciavam a política nas ruas, junto a outros tantos trabalhadores que sentiam as agruras do cotidiano. Além disso, o encontro de um grande número de pessoas que entoam palavras de ordem, cantam melodias a plenos pulmões e caminham juntas numa mesma direção proporcionava ao militante uma experiência de agitação emocional única, a qual ele jamais encontraria por meio de outra prática social.

A repressão e o controle político empreendido pelo Estado, se alastrou pelas mais variadas esferas da vida popular. À vista disso, a imprensa operária não passou ilesa. As sedes dos jornais sofreram várias invasões ocasionando prejuízos materiais, em virtude da destruição de máquinas de impressão e confisco de jornais e imateriais, comprometendo assim a circulação dos jornais e consequentemente sua periodicidade.

Percebendo o avanço dessa imprensa, o potencial mobilizador contido na sua circulação mas, sobretudo, atento à crescente organização dos movimentos populares, o Congresso Nacional decide intervir na organização desses grupos; para tanto, qual seria a melhor forma de atingí-los? Através da suspensão dos direitos civis ou do afastamento de suas lideranças. Sabendo-se que grande parte das lideranças do movimento operário nessa época era composta por imigrantes, fica fácil compreendermos o potencial desmobilizador dos dois decretos sancionados pelo governo federal no ano de 1907, conforme esclarece John Foster Dulles:

O Decreto 1637 exigia que os sindicatos depositassem em dia seus estatutos em cartório acompanhados de uma lista de nomes dos membros da diretoria, só podendo fazer parte da mesma brasileiros natos ou cidadãos naturalizados e residentes no país há mais de cinco anos. Conquanto fossem criados “sob o espírito da harmonia entre patrões e operários”, os sindicatos seriam considerados “representantes legais da classe dos trabalhadores e poderiam adquirir bens móveis e imóveis, assim como instituir fundos de

assistência para os seus membros. Gozando de personalidade civil, poderiam “estar em juízo como autores os réus”.

O Decreto 1641 (a “lei Adolfo Gordo”) regularizava a expulsão, de parte ou de todo o território nacional, dos estrangeiros que comprometessem a “segurança nacional ou a tranquilidade pública”. Embora este decreto não atingisse os estrangeiros casados com brasileiras, os viúvos com filhos brasileiros ou os estrangeiros com dois anos de ininterruptos de residência no Brasil, sua promulgação suscitou violenta reação na imprensa proletária69.

Ora, o que menos queriam os sindicatos era contribuir para a harmonia entre patrões e empregados. Pelo contrário, a ideia é que o conflito estabelecido entre as classes dominantes e classes dominadas suscitasse mais rapidamente nesses grupos a consciência de que seus interesses eram inconciliáveis e que, portanto, precisariam construir uma unidade em torno das bandeiras de luta mais cruciais que se lhes apresentavam no contexto de exploração profunda a que estavam submetidos.

Sabidamente essa onda de decretos e repressão não passou incólume. Os sindicatos, ligas e uniões se agitaram em torno da questão. Seguiu-se a isso um agudo período de greves em grande escala iniciadas em 1917 e que marcaram os anos seguintes. A imprensa operária ocupou muitas páginas discorrendo sobre as investidas violentas da polícia e incitando os trabalhadores a se manifestarem nas ruas.

Somado a esse contexto de ebulição grevista há que se levar com conta as conquistas do movimento operário internacionalmente compondo um cenário político diametralmente distinto. A imprensa nesse sentido, teve papel fundamental, pois foi a partir dela que circularam as notícias vindas da Europa ou ainda das Américas, não me refiro aqui apenas à imprensa operária, mas à grande imprensa de um modo geral e ao choque de informações contrastantes que circulavam nos periódicos durante esse período. Segundo relato Astrojildo Pereira, uma das lideranças políticas do operariado nesse período, o quadro político que se via era decorrência de uma série de fatores que atuavam injetando otimismo nesses grupos. Em suas palavras:

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Cabe observar, também de um modo mais geral, que já o movimento revolucionário popular mexicano de 1910-1912, o advento da república portuguesa de 1910 e também a extraordinária revolução chinesa de 1911 repercutiram entre nós como um estímulo vivo ao espírito combativo do nosso povo, tantas vezes posto à prova no passado, e ainda num passado relativamente bem próximo, como foi o caso do movimento contra a vacina obrigatória em 1904 e o da revolta dos marinheiros da esquadra nacional em 191070.

Tendo em vista a ascensão dos movimentos populares e a crescente organização das associações operárias durante esse contexto de mobilizações surge a Confederação Operária brasileira (COB). Organizada em 1908, congregava em torno de 50 organizações operárias71, sendo grande parte dos organismos

provenientes de São Paulo e Rio de Janeiro. A COB concentrava as lideranças políticas do movimento e conclamava os respectivos representantes das associações para os Congressos Operários72 onde se discutiam as questões mais

urgentes para o movimento operário de um modo geral, entre elas, nesse ínterim: o desemprego e a carestia de vida.

Em síntese, a COB criou um espaço onde era possível reunir representantes sindicais das mais variadas categorias profissionais a fim de tirar resoluções conjuntas, mesmo que essas deliberações nem sempre fossem tiradas pacificamente. As disputas internas entre tendências políticas, marcaram a atuação política no interior dos congressos operários contribuindo, inclusive, para alterações

70 PEREIRA, Astrojildo. Ensaios Históricos e Políticos. São Paulo: Alfa-Ômega, 1979. pp. 49-50. 71 DULLES, John Foster. Op. cit. p.30.

72 O Primeiro Congresso Operário organizado pela COB ocorre no Rio de Janeiro em 1908. Em 1912,

no entanto, acontece aquele que ficou oficialmente conhecido como o Quarto Congresso Operário Brasileiro. A organização passara por uma fase de pouca atividade até 1910, sendo revigorada em 1912 e fazendo planos de realização do Segundo Congresso Operário Brasileiro no Rio de Janeiro. Porém, os Tenentes Palmiro Serra Pulquério e Mário Hermes da Fonseca (filho do presidente Hermes da Fonseca), contribuíram para a realização de um congresso trabalhista no intuito de formar um partido. Tratava-se de uma parceria entre uma parcela do movimento operário e o governo. Para tanto, o governo disponibilizou transporte para os participantes e o Palácio Monroe para a realização do evento, o qual foi denominado “quarto” congresso. Seus organizadores consideravam como “primeiro” o congresso socialista de 1892, como “segundo” o congresso socialista de 1902 e como “terceiro” o Primeiro Congresso Operário de 1906. As resoluções do “Quarto Congresso Operário Brasileiro” são articuladas no sentido de promover certa intervenção do Estado nas relações de trabalho, todavia, os protestos deveriam se dar dentro da “ordem e da legalidade”. Cf. DULLES, John Foster. Op. cit. pp. 30-34 e PINHEIRO, Paulo Sérgio; HALL, Stuart Hall. A Classe Operária no

Brasil (1889-1930) condições de vida e de trabalho, relações com empresários e o Estado. Documentos. Volume II. Op. cit. pp. 255-259.

no perfil de tais congressos, como é possível observar no ano de 1912 durante o polêmico “Quarto Congresso”.

Em 1913 a COB se reorganiza e emite notificações para os delegados das associações operárias para que enviem seus delegados para participarem do que seria o Segundo Congresso Operário73. Da recomposição da COB segue-se um ano

longo período de intensas em atividades políticas. Em 1917 as agitações em torno dos preços de gêneros alimentícios se intensificaram de tal modo que começaram a eclodir greves nas fábricas. Não demorou muito para que o movimento atingisse os mais diversos setores da sociedade e o caos se instalasse.

As comemorações do 1º de Maio já indicavam a proporção que esses eventos atingiriam. Uma série de fatores contribuía para a agitação operária, entre eles a guerra que assombrava a Europa, sobre a qual muito se discutia em reuniões e assembleias operárias e da qual esperava-se que o Brasil não fizesse parte. A imprensa foi, em grande medida, uma ferramenta muito importante para divulgar informações, incitando a população a participar dos comícios, assembleias e desfiles.

O ano de 1917 ainda contou com um acontecimento que motivou e encorajou ainda mais o operariado brasileiro; tratava-se da Revolução Russa, conduzida pelo Partido Bolchevique. A imprensa operária noticiava em suas páginas a vitória da classe operária na Rússia, ainda que no início grande parte das lideranças acreditassem que se tratava de uma revolução libertária. De acordo com Marcos Del Roio:

Lênin e os bolcheviques eram rotulados pelas agências noticiosas controladas pelo imperialismo ocidental como agentes que apenas pregavam a retirada da Rússia da guerra. No mais das vezes eram identificados com o nome de maximalistas, isto é, os defensores de um programa político máximo, e qualificados como anarquistas. Esse nome foi incorporado nos debates e informativos do movimento operário, talvez porque guardasse similaridade linguística com a vertente massimalista do socialismo italiano, conhecida de grande número de migrantes vindos daquele país peninsular, ou por algum problema na tradução inglesa, ou ainda porque a vertente social-

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revolucionária russa era também assim chamada. Mas como o objetivo maior era o de gerar confusão e desinformação, essas mesmas fontes noticiosas também identificavam a Rússia como tomada pelo caos e pela anarquia. [...]

Como, para a vanguarda do movimento operário brasileiro daquele momento, anarquia tinha o significado de estado positivo e desejável, indicando uma ordem de livres e iguais, as notícias que chegavam eram motivo de júbilo e estímulo para atingir o mesmo objetivo e “fazer como na Rússia”. Como a maior parte da imprensa operária havia sucumbido à repressão desencadeada pelo Estado liberal em estado de guerra, o operariado teve que se virar com aquilo que era noticiado na grande imprensa ou com o que pudesse inserir em seção de cartas ou artigos esparsos74.

Mesmo em vista das notícias distorcidas ou pouco informativas acerca do caráter da Revolução de Outubro na Rússia, o movimento operário registra sua fase de maior atuação conjunta, sobretudo, no que concerne às iniciativas grevistas que se alastraram por várias localidades do país. Em decorrência disso, um nova onda de repressão atingiu o movimento operário resultando em: prisões, deportação de imigrantes acusados de “pregar a revolução no Brasil75” e invasão das oficinas dos

jornais.