partir do século
APROVAÇÃO/ HABITE-SE
4.2 O perfil do impacto construtivo da “Lei dos Doze Bairros”
4.2.8 O impacto sobre a RPA 03, Região Noroeste – “Doze Bairros”
Ao se analisar o panorama da ocorrência de construções para novos edifícios acima de
vinte pavimentos da ARU – Área de Reestruturação Urbana entre os anos de 1996 e 2007,
através da Tabela 22, é fácil verificar um pico que acontece no ano de 2000. Este fato logo
remete à suposição de que já estava sendo anunciada a Lei 16.719/01 e, portanto, havia sido
iniciada a corrida para aprovação dos projetos antes que a Lei entrasse em vigor.
Tabela 22
Demonstrativo de edificações acima de 20 pavimentos na ARU aprovadas entre 1996 e 2007:
BAIRROS ANOS TOTAL 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Derby 01 01 01 01 04 Graças 09 03 03 01 04 03 01 03 01 01 29 Espinheiro 04 01 08 05 02 02 02 01 25 Aflitos 02 02 03 02 01 10 Jaqueira 02 01 01 02 01 07 Tamarineira 04 03 07 02 02 01 01 20 Parnamirim 03 03 01 03 07 04 01 01 23 Santana 01 02 03 06 Casa Forte 02 05 03 07 08 03 02 01 31 Poço da Panela 02 01 01 03 01 08 Monteiro 01 02 01 03 01 08 Apipucos 00 TOTAL 27 20 11 26 42 22 05 08 04 01 03 02 171
Outro fato, evidenciado e confirmado pela Tabela 22, é que, a partir do ano de 2001,
começou o declínio de construções deste porte na área, em razão da implantação da Lei. Embora
ainda apareçam algumas unidades nos anos posteriores a 2001, pode-se explicar essa situação
como sendo daquelas edificações que deram entrada para aprovação, antes da publicação da
Lei e que estavam sendo analisadas, portanto, atrasadas, possivelmente por algum tipo de
exigência.
Para melhor compreensão da pesquisa, as informações da Tabela 22 podem ser
redistribuídas segundo uma classificação por quantidades de unidades construtivas pesquisadas
para antes de 2001. Para tanto, foram montadas as Tabelas 4.16 e 4.17, com informações
sintetizadas, segundo a baixa ou alta representatividade do número de ocorrência das unidades
alta representatividade e os seis restantes, de menor representação, ocupam o título oposto de
baixa representatividade.
A Tabela 23 representa os seis bairros da ARU mais adensados construtivamente antes da “Lei dos Doze Bairros”:
Tabela 23
Demonstrativo da alta representatividade de edificações acima de 20 pavimentos na ARU antes de 2001:
PERÍODOS
BAIRROS TOTAL
Casa Forte Graças Parnamirim Espinheiro Tamarineira Aflitos
Antes de 2001 28 23 21 18 18 10 118
Após 2001 03 06 02 07 02 00 20
TOTAL 31 29 23 25 20 10 138
Na Tabela 23, que ilustra a mais alta faixa de novas aprovações de edificações acima de
vinte pavimentos na ARU, constata-se que o bairro de Casa Forte é o mais representativo desse
conjunto, com vinte e oito novas unidades aprovadas antes do ano de 2001 enquanto o bairro
dos Aflitos apresenta a menor quantidade, com um total de dez novas unidades.
A Tabela 24 representa os seis bairros da ARU menos adensados construtivamente antes da “Lei dos Doze Bairros”:
Tabela 24
Demonstrativo da baixa representatividade de edifícios acima de 20 pavimentos na ARU antes de 2001:
PERÍODOS
BAIRROS TOTAL
Poço da Panela Monteiro Jaqueira Santana Derby Apipucos
Antes de 2001 08 08 06 06 02 00 30
Após 2001 00 00 01 00 02 00 03
TOTAL 08 08 07 06 04 00 33
Do outro lado, dentre os menos representativos, aparece o bairro de Apipucos com
nenhuma construção, conforme a Tabela 24. No outro extremo desse conjunto, aparecem os
bairros Poço da Panela e Monteiro, ambos com oito unidades cada um. Para a montagem das
representações que compõem os gráficos das Figuras 4.7 e 4.8, esses bairros também aparecem
distribuídos segundo sua maior ou menor representatividade, conforme a divisão estabelecida
através das Tabelas 4.16 e 4.17. A Figura 16 demonstra o movimento das novas construções
acima de vinte pavimentos que foram aprovadas entre os anos de 1996 a 2007, para o conjunto
01 00 02 03 05 04 06 07 09 08 19 98 19 99 19 97 19 96 20 01 20 02 20 00 20 03 20 04 20 06 20 07 20 05
CASA FORTE (28 unidades até 2001) (03 unidades após 2001) GRAÇAS (23 unidades até 2001) (06 unidades após 2001) PARNAMIRIM (21 unidades até 2001) (02 unidades após 2001) ESPINHEIRO (18 unidades até 2001) (07 unidades após 2001) TAMARINEIRA (18 unidades até 2001) (02 unidades após 2001) AFLITOS (10 unidades até 2001) (00 unidades após 2001)
Figura 16 - Gráfico da quantidade de edifícios acima de 20 pavimentos na ARU, faixa de alta representatividade.
Todas as linhas da Figura 16 seguem a mesma progressão, à semelhança de um feixe,
que começam em declínio nos três primeiros anos, depois se elevam até o pico que acontece no
ano 2000 e voltam a decrescer após o ano 2001, como consequência da implantação da “Lei dos Doze Bairros”. O ponto máximo para o movimento de aprovações de edifícios altos, na maioria dos bairros, acontece no início da discussão da Lei, o que revela uma possível corrida
em direção à aprovação de muitos projetos. Algumas poucas unidades que aparecem após o ano
2001, significam construções licenciadas após o atendimento a algum tipo de exigência. Merece
destaque o bairro de Casa Forte que demonstrava uma franca e acelerada verticalização. Por
outro lado, o bairro das Graças, embora com altos quantitativos, já apresentava um forte
declínio da ocorrência de novos edifícios acima de vinte pavimentos.
A Figura 17 sintetiza a progressão das novas construções acima de vinte pavimentos
que foram aprovadas para o grupo de bairros classificado como sendo de baixa
01 00 02 03 05 04 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
POÇO DA PANELA (08 unidades até 2001) (00 unidades após 2001) MONTEIRO (08 unidades até 2001) (00 unidades após 2001) JAQUEIRA (06 unidades até 2001) (01 unidade após 2001) SANTANA (06 unidades até 2001) (00 unidades após 2001) DERBY (02 unidades até 2001) (02 unidades após 2001) APIPUCOS (00 unidades até 2001) (00 unidades após 2001)
Figura 17 - Gráfico da quantidade de edifícios acima de 20 pavimentos na ARU, faixa de baixa representatividade.
O quadro da Figura 17 não demonstra uniformidade entre as linhas de representação e
cada um dos bairros indica uma situação particular, à exceção do pico no ano de 2000, para a
metade dos bairros que compõem o gráfico. Desse conjunto, os bairros de Monteiro e Poço da
Panela são aqueles que mais demonstravam uma tendência à verticalidade com um total de oito
unidades cada um, até o ano de 2001, data de implantação da Lei. O bairro de Apipucos, no
outro extremo desse agrupamento, não apresentou nenhuma unidade construtiva acima de vinte
pavimentos. Territorialmente, Apipucos é o último bairro da ARU em direção à periferia. Esta
distância ao centro, talvez, seja a razão de não indicar qualquer quantitativo no levantamento,
nem antes nem após o ano de 2001. Outros bairros deste conjunto, dentre os quais Derby e
Jaqueira, também denotam pouca representatividade em função talvez de um adensamento já