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2. BUENA PRESCRIPCIÓN

3.3 O USO RACIONAL DE FÁRMACOS

O uso racional de fármacos é uma das funções maiores das autoridades nacionais de regulação farmacêutica, conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS) e assim realçada por Rägo et al (2014):

Os governos têm a responsabilidade de orientar e proteger seus cidadãos nas áreas onde eles não podem proteger-se a si mesmos. Os governos necessitam estabelecer fortes agências de regulação para assegurar que a produção, o comércio e o uso de produtos farmacêuticos sejam efetivamente regulados. Em ampla visão, a missão das agências nacionais de regulação farmacêutica é proteger e promover a saúde pública. A regulação de fármacos requer conhecimento científico claro e pericia dos campos medico, farmacêutico, biológico, químico e outros relacionados – todos aplicados por meio de um arcabouço legal para servir o bem público.

Tabela 1. Funções de regulação de fármacos

Funções de autoridades de regulação Pelo menos, as autoridades devem: Autorizar a produção, importação,

exportação, distribuição, publicidade e propaganda de produtos farmacêuticos

Assegurar que todas as atividades e seus antecedentes devem cumprir boas práticas de produção e demais práticas relacionadas

Emitir registros de produtos (para seu comércio)

Antes de os produtos serem comerciados, avaliar sua segurança, eficacidade e qualidade Inspecionar produtores, importadores,

atacadistas e distribuidoras de produtos farmacêuticos

Controlar as unidades de produção e a cadeia de suprimentos incluindo o mercado informal e o comercio eletrônico para prevenir o comercio ilegal de produtos

Controlar e fazer a monitoria da qualidade e segurança de produtos no Mercado, pela coleta e análise de notificações de eventos adversos

Impedir que produtos falsificados, com padrões deficientes e perigosos sejam destinados ao público

Controlar a publicidade e propaganda de produtos

Prevenir que informação enganadora atinja o público e os profissionais de saúde

Prover informação independente sobre produtos aos profissionais e ao público

Evitar o uso irracional de fármacos Fonte: Rägo et al, adaptado com permissão de WHO (2003).

Figueras (2009: 549-551) fez sintético artigo sobre o uso racional de fármacos, por ocasião dos 25 anos de definição deste conceito, que foi consolidado na Conferência de Peritos sobre o uso racional de fármacos em Nairóbi, 25 a 29 de novembro de 1985.

Esta definición contiene tres elementos clave para la utilización ideal de un fármaco, y de ella se desprenden tres afirmaciones que serán el eje de la presente revisión, a saber:

1. No siempre se requieren medicamentos para tratar una dolencia;

2. Prescribir es algo más que extender una receta con un nombre comercial, y 3. Es necesario implicar al paciente en su propio tratamiento.

Para se compreender verdadeiramente que nem sempre é preciso utilizar um recurso farmacológico para aliviar, ou mesmo curar um mal-estar ou uma afecção, impõe-se dar outra signicação, ou estender a compreensão do que é o tratamento de um paciente:

Tratar a un paciente significa escucharle, observarle, conocer su entorno y valorar esta información como un todo (al fin y al cabo, en contra de lo que pretende la medicina superespecializada –incluso supersubespecializada– los seres humanos no somos huesos, corazones, intestinos o columnas vertebrales que andan sueltas, sino que somos personas que vivimos en un entorno concreto, con unos hábitos por lo general bien definidos, bastantes temores y cierta prisa). Identificar problemas teniendo en cuenta esta premisa y buscar soluciones de fondo, tiene numerosas ventajas:

(1) mejoramos la confianza del paciente; (2) mejoramos la satisfacción del paciente;

(3) llegamos al origen de su problema y le proponemos una solución verdaderamente etiológica, y

(4) podemos evitar numerosos efectos indeseables innecesarios, eso sin tener en cuenta aspectos como el gasto ineficiente para el sistema o para la canasta familiar. O entendimento do segundo aspecto revela a distinção entre prescrever e escrever uma receita.

El segundo componente de la definición de uso racional de los medicamentos tiene su importancia, revelada por numerosos estudios de utilización de medicamentos, realizados en los ámbitos más variados que uno pueda imaginar, desde hospitales punteros hasta los puestos de salud de las zonas más selváticas y aisladas. No sólo se utilizan medicamentos como primera aproximación a un problema de salud sin considerar antes y de manera preceptiva la posibilidad de aplicar tratamientos no farmacológicos, sino que muy a menudo, cuando se prescriben medicamentos, parece que se utilice una pauta fija sin tener en cuenta los principios generales de la farmacología.

E o autor finaliza, o que parece óbvio, mas necessário em todo o momento da atividade de um prescritor:

Recordar las bases de la farmacología para cualquier profesional que utilice fármacos debería ser, como mínimo, deseable, sino imprescindible. Por el bien de los pacientes y del sistema de salud.

Por fim, assinala-se quanto à observância do tratamento pelo paciente.

Cuando el paciente sabe qué le sucede, a qué se debe lo que le sucede, cuál será el abordaje terapéutico y por qué es importante que siga determinadas instrucciones o que se tome el medicamento de manera regular durante el tiempo que consideremos necesario, cuando el paciente es consciente de todo eso, se hace cómplice del prescriptor, participa en la toma de la decisión terapéutica, se anima a resolver sus dudas y la adherencia al tratamiento es claramente superior.

Assinalam Khan e Ara (2011) de modo aparentemente simplista que “a prescrição irracional é hábito difícil de curar. No entanto, a prevenção é possível”, e esta prevenção pode fazer-se por meio de doze intervenções chave para promover mais o uso racional de fármacos (WHO, 2002):

Intervenções Principais para Promover o Uso Racional de Fármacos

1. Um órgão nacional multidisciplinar, com mandato, para coordenar políticas de uso de produtos farmacêuticos;

3. Listas de fármacos indispensáveis sobre tratamentos de escolha a ser seguidas na aquisição e distribuição de produtos farmacêuticos;

4. Comitês de farmacoterapêutica para acompanhar a qualidade do cuidado nos distritos saúde e hospitais sob sua jurisdição;

5. Instituição quanto a farmacoterapia com base em problemas nos currículos de graduação para prover melhor os futuros médicos sobre como prescrever;

6. Educação médica continuada nos serviços como exigência de exercício profissional para garantir que prescritores permaneçam aperfeiçoados quanto aos novos tratamentos;

7. Supervisão de trabalhadores na assistência à saúde, auditoria de prescrição, e retorno de informação aos prescritores a fim de ajudá-los no uso mais apropriado de fármacos;

8. Provisão de informação independentemente sobre produtos farmacêuticos (tal como diretrizes clínicas e boletins de informação farmacológica);

9. Educação ao público sobre produtos farmacêuticos para tentar reduzir o autotratamento inadequado e a procura de remédios, e aumentar a consciência acerca da importância da adesão;

10. Evitar incentivos financeiros perversos – como o de prescritores ganharem dinheiro com a venda de produtos farmacêuticos – que encorajam a prescrição excessiva de fármacos; 11. Regulação apropriada e posta em prática, particularmente a respeito de atividades de

propaganda de produtos farmacêuticos pela indústria farmacêutica, sobre a autorização de funcionamento de pontos de distribuição de fármacos (farmácias, hospitais) e de exercício quanto aos trabalhadores da assistência à saúde, e sobre a disponibilidade de fármacos de prescrição obtidos sem receita;

12. Orçamento suficiente de governo para assegurar a disponibilidade de produtos farmacêuticos e de equipes de saúde;

Percebe-se que todas as intervenções são complexas, se entrelaçam, e ultrapassam os limites atuais da assistência farmacêutica nas redes de atenção à saúde, o que requer mudança nas relações de trabalho entre gestores e profissionais de saúde, particularmente, entres estes, os prescritores, com o propósito de avaliar o efetivo uso racional de fármacos, uma vez que eles estão apresentados nas denominadas listas de medicamentos essenciais, e sua utilização nem sempre tem concordância com a seleção realizada sob rigorosos critérios.

Há necessidade da instituição de indicadores de prescrição, modo de avaliar um aspecto da produção dos profissionais de saúde prescritores; por exemplo, instituiu-se no Reino Unido, e existe também em diferentes comunidades autônomas da Espanha, estes indicadores, que

podem ser construídos e adaptados para o nosso meio. Eles são, por exemplo, segundo Hemos Leído (2009):

Indicador de estatinas, centrado fundamentalmente en la prescripción de estatinas de bajo coste, simvastatina y pravastatina, frente al resto de estatinas. La justificación se basa en la orientación que la guía NICE realiza para el tratamiento del riesgo cardiovascular y modificación de lípidos.

Indicador de hipolipemiantes, igual que el anterior pero incluyendo la ezetimiba en el denominador.

Indicador de inhibidores de la bomba de protones, basado en la prescripción de omeprazol y lansoprazol de menor precio, frente al resto (excluyendo especialidades farmacéuticas de liberación retardada y combinados para la erradicación del H.pylori)

Indicador del sistema renina-angiotensina, teniendo como principio activo de elección los IECAS frente al resto, excluyendo las combinaciones, indicados para la hipertensión, el infarto de miocardio, la insuficiencia cardiaca y diabetes tipo 2 incluidas en el NPCi. También se utilizan en la enfermedad renal crónica, para los cuales hay una guía de orientación en el NICE.