• Nenhum resultado encontrado

O Oráculo de Delfos

No documento Luis Antonio Rossi.pdf (páginas 115-131)

CONSTITUCIONALIDADE DA LEI DA FICHA LIMPA

5 CRÍTICA AO JULGAMENTO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NO CASO DA LEI DA FICHA LIMPA

5.5 O Oráculo de Delfos

Ó homem, conhece-te a ti mesmo e conhecerás os deuses e o universo36.

Segundo José Reinaldo Lopes (2000, p.317), a Constituição de 1824 foi relativamente original. Feita sob encomenda de Dom Pedro I, criou um Estado centralizado e com fortes poderes conservadores na competência do imperador.

Além do Poder Moderador, a Constituição de 1824 estabeleceu o Conselho de Estado, uma instituição característica da monarquia oitocentista, que surgiu em toda a parte. Na França (Constituição de 1799), funcionou para “redigir os projetos de lei e os regulamentos de administração pública e resolver as dificuldades que surgissem nas matérias administrativas”. Como os tribunais judiciais estavam proibidos de citar os funcionários da administração para responder por seus atos, e não podiam imiscuir-se quer na feitura das leis, quer no Poder Executivo, o Conselho logo se tornou um tribunal administrativo (resolvendo controvérsias), fonte do direito administrativo francês.

Para José Reinaldo Lopes (2010, p.126), o Conselho de Estado foi, no Império, um local privilegiado de produção do pensamento jurídico brasileiro. No século XIX, com raríssimas exceções, em todo o mundo os grandes juristas estavam sempre envolvidos com tarefas de Estado, e parte de sua produção intelectual se expressava em atividades públicas externas às faculdades de Direito.

No Brasil, o Conselho de Estado, por meio da atividade das respectivas Seções, funcionava como um auxiliar do Poder Moderador, colaborando na solução jurídica de grandes controvérsias. No caso da Seção de Justiça, várias dessas disputas vieram a consolidar nosso direito administrativo, algumas áreas do direito privado e especialmente o direito constitucional.

As opiniões da Seção de Justiça do Conselho de Estado podem ser avaliadas como um esforço para fazer primar o postulado da legalidade, pois com o início da vida jurídica brasileira “a legalidade era nova no país”. Assim explica José Reinaldo Lopes (2000):

O Conselho de Estado era ouvido em questões que dissessem respeito ao Poder Moderador e também em pelo menos duas hipóteses que terminavam por interferir em controvérsias que hoje diríamos judiciais. O Conselho do Estado pronunciava-se: em “conflitos de jurisdição entre as autoridades administrativas e entre estas e as judiciárias”; sobre decretos, regulamentos e instruções “para a boa execução das leis”. Opinava ainda sobre propostas que o poder executivo enviasse à Assembleia Geral e sobre “abusos das autoridades eclesiásticas”.

Era com base nestas atribuições que o Conselho respondia a questões vindas inclusive dos juízes. Na dúvida sobre a interpretação das leis, era possível que a controvérsia chegasse ao Conselho em forma de consulta. Isto garantia a aplicação uniforme das leis e sua interpretação, limitando-se, como se acreditava, os poderes do juiz a simplesmente declarar a lei aplicável ao caso concreto, sem inovar nem criar. A resposta à consulta tomava a forma de um Aviso. (LOPES, 2000, p.323).

O século XXI é uma novidade também para o sistema jurídico constitucional, pois vivemos um estágio democrático após 1964-1985 e necessitamos recorrentemente reafirmar a Constituição. No entanto, o Supremo Tribunal Federal é uma entidade do Poder Judiciário e não um Conselho de Estado, uma espécie de Oráculo de Delfos.37

37 Oráculo de Delfos era dedicado principalmente a Apolo e centrado num grande templo, ao qual vinham os antigos gregos para colocar questões aos deuses. Situado na Grécia, no que foi a antiga cidade chamada Delfos (que hoje já não existe), no sopé do monte Parnaso, nas encostas das montanhas da Fócida, a 700 m sobre o nível do mar e a 9,5 km de distância do golfo de Corinto. Delfos era um recinto e um complexo de construções num terreno sagrado para os antigos gregos, onde se realizavam os Jogos Píticos e havia um templo consagrado ao deus Apolo, originalmente consagrado à Pítia. Neste templo, as sacerdotisas de Apolo (Pitonisa) faziam profecias em transes. As respostas e profecias ali obtidas eram consideradas verdades absolutas. Hoje, suspeita-se que os transes e visões das sacerdotisas eram provocados por gases emitidos por uma fenda subterrânea no local; outra ideia é a de que as sacerdotisas comiam folhas de loureiro (árvore consagrada ao Deus Apolo) antes de proferirem o seu oráculo. Como as folhas de loureiro, em grandes quantidades são narcóticas, talvez fossem responsáveis pelo estado de transe das sacerdotisas, o que torna interessante a análise. Delfos foi uma invenção da Antiguidade. Das rochas da montanha circundante brotam várias nascentes que formam fontes. Uma das fontes mais conhecidas desde tempos muito antigos era a fonte de Castália, rodeada de um bosque de loureiros consagrado ao deus Apolo. A lenda e a mitologia contam que no monte Parnaso e próximo desta fonte se reuniam algumas divindades, deusas menores do canto e da poesia, chamadas musas, e as ninfas das fontes, chamadas náiades. Nestas reuniões, Apolo tocava a lira e as divindades cantavam. Conta-se que o oráculo de Delfos ganhou tamanho significado mágico após o deus Apolo matar a serpente Píton neste local. Daí deriva o nome das sacerdotisas (pitonisas).

6 CONCLUSÃO

A busca pela efetivação dos direitos fundamentais ampliou a abrangência do Direito Constitucional, o que, por consequência, alargou o exercício da competência do Supremo Tribunal Federal. Esse fenômeno promoveu significativas alterações no modo pelo qual o Direito passou a ser identificado, interpretado e sobretudo aplicado.

Dogmas relevantes, como a dicotomia entre direito público e direito privado, foram superados; toda a estrutura normativista foi relativizada, à mercê da retórica defesa dos direitos humanos, permanentemente exigida e fiscalizada pela opinião pública. Com base nesse pretexto, qualquer fato social passou a ser considerado “matéria constitucional”, afeta, por conseguinte, à competência do Supremo Tribunal Federal.

Sob essa mesma perspectiva pressuposta – exigência de observância aos direitos fundamentais – o Supremo Tribunal Federal atualmente investe-se na condição de superórgão, capaz de julgar tudo o quanto, subjetivamente, considerar como fato social de repercussão nos direitos fundamentais.

Essa forma de funcionar do Supremo Tribunal Federal não é acompanhada, entretanto, por uma ruptura dos dogmas estruturais da teoria geral do Direito, que continua essencialmente normativista, na linha da Teoria Pura do Direito, de Hans Kelsen.

Rompe-se, assim, no Direito visto como sistema, um insuperável paradoxo: ao mesmo tempo em que as estruturas do Direito devem, dogmaticamente, funcionar e se justificar a partir do desenho normativista (na linha de Hans Kelsen), o neoconstitucionalismo, a ampliação de abrangência da Constituição Federal e da atuação do Supremo Tribunal Federal passam a referendar uma atuação do órgão máximo do Poder Judiciário no Brasil, com a proposta de garantir a estabilidade das instituições republicanas. A partir daí, na linha de Carl Schmitt, o Supremo Tribunal Federal começa a demonstrar preocupação com a repercussão de suas decisões perante a opinião pública.

Em termos pragmáticos, as decisões, nesse novo modelo, devem referendar um resultado que atenda à opinião pública. O viés, aqui, é estritamente político. A justificativa, a fundamentação para o conteúdo decisório fica apenas para um segundo plano, acessório, menor, cuja substância deve escorar-se na estrutura normativista (Hans Kelsen).

Essa aparente incompatibilidade ajusta-se através dos desdobramentos proporcionados pelas técnicas da retórica e da interpretação. A cada passo dado pelo órgão jurisdicional nesse sentido, porém, maior se torna a aprovação desse seu novo modus operandi perante a opinião pública; satisfeita, a opinião pública, através de seu poderoso poder de comunicação, cada vez

mais amplia à sociedade a ideologia de que se encontra adequada e em harmonia a proposta de garantir a estabilidade das instituições republicanas exercitada pelo Supremo Tribunal. E, nessa espiral, o Supremo Tribunal Federal cada vez mais se sente vinculado a exercitar suas justificativas à opinião pública, e cada vez menos vinculado às amarras costuradas pela estrutura normativista.

Esse novo modelo de funcionamento do fenômeno jurídico já ganhou tamanha proporção que a cada momento o Direito se traduz por uma instável jurisprudência. Poucos são os juristas que se arriscam a formalizar, a partir de uma analítica normativista, qual será o resultado interpretativo adequado a ser emprestado a determinada norma jurídica. A normatividade e a segurança jurídica dela decorrentes perderam em demasia a sua força, embora, paradoxalmente, continuem sendo utilizadas como fundamentos para as deliberações judiciais, a partir de ferramentas retóricas cada vez mais esgarçadas.

Nessa nova forma de funcionar do Supremo Tribunal Federal, a defesa da Constituição Federal enquanto instrumento normativo revela-se uma mera ferramenta retórica acessória e superficial: a vinculação que pragmaticamente se manifesta é a de atender a opinião pública e assim garantir a estabilidade das instituições republicanas, ainda que para isso deva sacrificar princípios constitucionais pétreos, como o da presunção de inocência, martirizado no caso da Lei da Ficha Limpa, já que o que importou, no caso, foi a satisfação dada à opinião pública, no sentido de que esta lei, mesmo manifestamente contrária aos preceitos elementares da Constituição, deve prevalecer para que a política seja moralizada, assim vendida a falsa ideologia de que esse novo mecanismo legal tornaria a política isenta de pessoas de moralidade comprometida.

Embora significativamente alterado por essa prática a ele estranha, o sistema jurídico não se desestrutura; por suas regras de calibração, se rearranja e faz nascer uma nova norma origem: uma decisão do Supremo Tribunal Federal validando a Lei da Ficha Limpa (mesmo sendo tal lei manifestamente violadora do princípio constitucional da presunção de inocência). A opinião pública, satisfeita, transmite à sociedade a ideia de que o Supremo Tribunal Federal segue adequado no seu papel de guardião da Constituição, garantindo a estabilidade das instituições, através da moralidade na política. Inebriada pela opinião pública, a sociedade passa a ostentar a ideologia segundo a qual, a partir da Lei da Ficha Limpa, seria impossível existir imoralidades na política, e, tutelada pelo Estado, sente-se confortável, deixando de exercer o verdadeiro papel capaz de impor uma real moralização no cenário político: o voto consciente.

E, assim, cada vez mais, o Supremo Tribunal Federal se sente, pragmaticamente, descompromissado da real amarra aos preceitos constitucionais (normativista, na linha de Hans Kelsen), e cada vez mais compromissado com as amarras políticas decorrentes de seus julgamentos (na linha de Carl Schmitt). Sua atuação não encontra limites nem restrições, nem mesmo quando a posição política a ser assumida por seu julgamento importa no sacrifício de direito fundamental, como, no caso da Lei da Ficha Limpa, ao operar em relação ao princípio da presunção de inocência. O Supremo Tribunal Federal comportou-se como um órgão autônomo, verdadeiro Poder Moderador, que simboliza o guardião da Constituição: um Reich jurídico com o ilimitado poder autônomo de balizar o Poder Legislativo, limitar o próprio Poder Judiciário, conduzir o Poder Executivo, violar a Constituição Federal, e tolher dos cidadãos a autonomia a duras penas conquistada pelos direitos de primeira geração, apeando- os do direito de liberdade.

Na atual sociedade da informação, a mídia plastificou o Supremo Tribunal Federal, que passou a importar-se com a maquiagem e com a imagem transmitida à população. E por ter conquistado um grande espaço na mídia é que as críticas à Corte aumentaram, assim como as tensões e as disputas com os outros dois poderes da República, além da preocupação com a opinião pública. Os julgamentos ultrapassaram os limites do sistema jurídico e apontaram para um sistema midiático e político, revelados em situações concretas, como no caso da Lei da Ficha Limpa.

ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2003. ABELLÁN, Marina Gascón. Argumentação e Estado Constitucional. São Paulo: Ícone, 2012a.tt

______. Os limites da justiça constitucional: a invasão do âmbito político. São Paulo: Ícone, 2012b.

ADEODATO, João Maurício. Uma teoria retórica da norma jurídica. São Paulo: Noeses, 2011/2012.

AGAMBEN, Giorgio. Estado de exceção. 2.ed. São Paulo: Boitempo, 2012.

ALEXY, Robert. Teoria discursiva do direito. 2.ed. Rio de Janeiro: Forense, 2015. ______. Teoria da argumentação jurídica. 3.ed. Rio de Janeiro: Forense, 2011. ALMEIDA, Custódio Luís Silva de; FLICKINGER, Hans-Georg; ROHDEN, Luiz.

Hermenêutica de Hans-Georg Gadamer. Porto Alegre: EdiPUCRS, 2000.

ANDERSON, Perry. As origens da pós-modernidade. Tradução de Marcus Penchel. São Paulo: Zahar, 1999.

ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. 4.ed. Brasília: UnB, 2001.

BARROSO, Luís Roberto. Curso de direito constitucional. São Paulo: Saraiva, 2009. ______. Curso de direito constitucional contemporâneo. 4.ed. São Paulo: Saraiva, 2013.

______. Da falta de efetividade à judicialização excessiva: direito à saúde, fornecimento gratuito de medicamentos e parâmetros para a atuação judicial. Revista da

Procuradoria-Geral do Estado, Rio de Janeiro, v.65, p.1-37, 2008.

______. O Judiciário entrou na política. O Globo, Rio de Janeiro, 15 dez. 2005. Disponível em

http://search.proquest.com/docview/334645862/97BE6910A75A48D7PQ/8?accountid= 132758>. Acesso em: 13 jul.2015.

BASTOS, Celso Ribeiro. Comentários à Constituição do Brasil.v.2. São Paulo: Saraiva, 2010.

BASTOS, Rodrigo Reis Ribeiro. A justificação racional das decisões judiciais e

garantia da democracia. Edição do autor pela Amazon. Rio de Janeiro, 2014.

clássicos. Rio de Janeiro: Campus, 2000.

______. Teoria da norma jurídica. São Paulo: Edipro, 2001. ______. Teoria do ordenamento jurídico. Brasília: UnB, 2002. ______. Direito e Poder. São Paulo: Unesp, 2008.

______. O positivismo jurídico. lições de filosofia do direito. São Paulo: Ícone, 1999.

BONAVIDES, Paulo. Jurisdição constitucional e legitimidade (algumas observações sobre o Brasil).Estudos avançados, São Paulo, v.18, n.51, maio/ago., 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-

0142004000200007&lng=pt&nrm=abn>. Acesso em: 13 jul.2015.

BOTELHO, Alexandre. Curso de ciência política. Florianópolis: Obra Jurídica, 2005. BLOCH, Marc. Apologia da história ou o ofício de historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002.

BRASIL. Constituição (1937). Constituição dos Estados Unidos do Brasil (de 10 de novembro de 1937). Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao37.htm>. Acesso em: 13 jul.2015.

BRITTO, Carlos Ayres. O humanismo como categoria constitucional. Belo Horizonte: Fórum, 2012.

CAGGIANO, Mônica Herman. Ficha limpa – impacto nos tribunais: tensões e confrontos. São Paulo: RT, 2014.

CANETTI, Elias. Massa e poder. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

CARVALHO, José Murilo. A construção da ordem: teatro de sombras. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

CATRUCCI, Emanuele. Introduzione a la filosofia del Diritto Pubblico di Carl

Schmitt.Torino: Giappichelli, 1991.

COELHO, Fábio Ulhoa. Para entender Kelsen. 6.ed. São Paulo: Saraiva, 2012. COMPARATO, Fábio Konder. A afirmação histórica dos direitos humanos. 2.ed. rev. e ampl. São Paulo: Saraiva, 2001.

______. Aula de introdução ao curso: a ética no mundo moderno. Programa do curso de pós-graduação 2004. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2004.

dez. 1998.

______. Ensaio sobre o juízo de constitucionalidade das políticas públicas. Revista dos

Tribunais, São Paulo, ano 86, v.737, mar.1997.

CAMPILONGO, Celso Fernandes. Política, sistema jurídico e decisão judicial. 2.ed. São Paulo: Saraiva, 2011.

______. O direito na sociedade complexa. 2.ed. São Paulo: Saraiva, 2011.

CANOTILHO, José Joaquim Gomes Canotilho. Direito constitucional e teoria da

Constituição. 7.ed. Coimbra: Almedina, 2003.

CLÈVE, Clèmerson Merlin. A fiscalização abstrata da constitucionalidade no

Direito brasileiro. 2.ed. São Paulo: RT, 2000.

CROCE, Benedetto. Logica come scienza dell concetto puro. 4.ed. Bari Gius, Laterza e figli. Tipografi Editori Librai, 1909. Disponível em:

https://archive.org/details/logicacomescienz00croc. Acesso em: 20 set.2015. DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de Teoria Geral do Estado. 28.ed. São Paulo: Saraiva, 2009.

DALLARI, Sueli Gandolf. Os Estados brasileiros e o direito à saúde. São Paulo: Hucitec, 1995.

______. Aspectos particulares da chamada judicialização da saúde. Revista de Direito

Sanitário, São Paulo, v.14, n.1, 2013.

DAVID, René. Os grandes sistemas do direito contemporâneo. 5.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2014.

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 19.ed. São Paulo: Atlas, 2006.

DINIZ, Maria Helena. Conceito de norma jurídica como problema de essência. São Paulo: RT, 1979.

ENGISH, Karl. Introdução ao pensamento jurídico. 7.ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian,1996.

FALCONE, Marconi. Justiça constitucional. O caráter jurídico-político das decisões do STF. São Paulo: Método, 2009.

FARALLI, Carla. A filosofia contemporânea do direito. Temas e desafios. São Paulo: Martins Fontes, 2006.

pública e poder judiciário: breves considerações acerca da intervenção judicial para a efetivação dos direitos fundamentais. Revista Direitos Fundamentais & Democracia, v.11, n.1, p.149-172, 2012.

FERRAZ JÚNIOR, Tércio Sampaio. Convocação da constituinte como problema de controle comunicacional. Revista de Direito Público, nº81, jan.-mar., ano XX, 1987. ______. Introdução ao estudo do direito. Técnica, decisão, dominação.4.ed. São Paulo: Atlas, 2003.

______. A ciência do direito. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2014.

______. Função social da dogmática jurídica. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2015. ______. Teoria da norma jurídica.4.ed. Rio de Janeiro: Forense, 2009. ______. Direito, retórica e comunicação. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2015.

______. O conceito de sistema no direito. Uma investigação histórica a partir da obra jusfilosófica de Emil Lask. São Paulo: RT, 1976.

______. O direito entre o futuro e o passado. São Paulo: Noeses, 2014.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir. 29.ed. São Paulo: Vozes, 1977.

FULLER, Lon. The place and uses of jurisprudence in the law school curriculum.

Journal of Legal Education, 1948-1949.

GADAMER, Hans Georg. O problema da consciência histórica. Rio de Janeiro: FGV, 1998.

______. A razão na época da ciência. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1983. ______. Hermenêutica em retrospectiva. 2.ed. Petrópolis: Rio de Janeiro, 2012. ______. Verdade e método I e II. 5.ed. Petrópolis: Rio de Janeiro, 2002.

GARAPON, Antoine. Bem julgar. Ensaio sobre o ritual judiciário. Portugal: Instituto Piaget, 1997.

GODOY, Paula Véspoli. Hans Kelsen e Carl Schmitt: o debate entre normativismo e decisionismo. 2010. 131f. Dissertação (Mestrado em Direito Constitucional)

Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2010.

GONÇALVES, Guilherme Leite; VILLAS BOAS FILHO, Orlando. Teoria dos

sistemas sociais. Direito e sociedade na obra de Niklas Luhmann. São Paulo: Saraiva,

2013.

GRIMONE, Marcelo José. O embate direito natural e direito positivo e o papel dos movimentos sociais. Revista Sapere Aude (versão eletrônica) v.7, ano II, fev.2014. Disponível em: http://revistasapereude.org/ano-2-volume-7-fevereiro-2014.aspx. Acesso em: 15 jun.2015.

GRIMONE, Marcelo José. Judicialização da saúde: Análise de aplicabilidade de

diretrizes na prática do Judiciário. Artigo apresentado no CONPEDI. XXIV Encontro Nacional, Aracaju/SE, 04 jun.2015.

GUSDORF, Georges. Prefácio. In: JAPIASSU, Hilton. Interdisciplinaridade e

patologia do saber. Rio de Janeiro: Imago, 1975.

HÄBERLE, Peter. Hermenêutica constitucional. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris, 2002.

HEIDEGGER, Martin. Ser e tempo. 13.ed. Petrópolis: Vozes, 2004.

______. Sobre o humanismo. 3.ed. Introdução, tradução e notas de Emmanuel Carneiro Leão. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2009.

JEVEAUX, Geovany Cardoso. Teorias do Estado e da Constituição. Rio de Janeiro: GZ, 2015.

JUNIOR, Dailor Sartori et al. Judicialização do acesso ao tratamento de doenças genéticas raras: a doença de Fabry no Rio Grande do Sul. Revista Ciência & Saúde

Coletiva, v.17, n.10, 2012.

KAHN, Victoria. Hamlet or Hecuba: Carl Schmitt´s Decision. California: University of California Press, Journals Division, 2000.

KELSEN, Hans. Teoria pura do direito. 2.ed. (1960) 7.ed. da tradução portuguesa. São Paulo: Martins Fontes, 2006.

______. Teoria pura do direito. v.1. Tradução de João Baptista Machado. 2.ed. Coimbra: Armênio Amado, 1974.

______. Teoria pura do direito. Versão condensada pelo próprio autor. 3.ed. revista da tradução de José Cretella Jr. e Agnes Cretella. São Paulo: RT, 2003.

______. Jurisdição constitucional. 3.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2013. ______. O que é justiça. 3.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2010.

______. Teoria geral do direito e do Estado. 4.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2005. LAFER, Celso. A reconstrução dos direitos humanos: um diálogo com o pensamento de Hannah Arendt. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.

Império. São Paulo: Saraiva, 2010.

______. O direito na história. São Paulo: Max Limonad, 2000.

LORENZETTO, Bruno Meneses. O debate entre Kelsen e Schmitt sobre o guardião da Constituição. In: XVIII Congresso Nacional do CONPEDI, Anais... São Paulo: CONPEDI, 2009, 21p. Disponível em:<http://www.publicadireito.com.br>. Acesso em: 13 jul. 2015.

LOSANO, Mario Giuseppe. Sistema e estrutura no direito. v.I. Das origens à escola histórica. São Paulo: Martins Fontes, 2008.

MACEDO JÚNIOR, Ronaldo Porto. Carl Schmitt e a fundamentação do direito. 2.ed. São Paulo: Saraiva, 2011.

MACHADO, Felipe Daniel Amorim. Arendt e Schmitt. Diálogos sobre a política. Belo Horizonte: Arraes, 2013.

MACHADO, Felipe Rangel de Souza; DAIN, Sulamis. A audiência pública da saúde: questões para a judicialização e para a gestão de saúde no Brasil. Revista de

Administração Pública– RAP, v.46, n.4, p.1017-1036, 2012.

MACHADO, Marcelo Passamani. Controle de constitucionalidade das leis: efeitos de suas decisões. São Paulo: Letras Jurídicas, 2014.

MAMAN, Jeannette Antonios. Fenomenologia existencial do direito: crítica do pensamento jurídico brasileiro. São Paulo: Edipro, 2000.

MAMARI FILHO, Luís Sérgio Soares. A comunidade aberta de intérpretes da

Constituição.O amicus curiae como estratégia de democratização da busca do

significado das normas. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2005.

No documento Luis Antonio Rossi.pdf (páginas 115-131)