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4 OS TERRAINS VAGUES DA ZONA ORIENTAL DE LISBOA

No documento ÍNDICE DO VOLUME II (páginas 44-53)

ALTERNATIVES TO THE CONVENTIONAL MODELS OF RECOVERY OF THE URBAN LANDSCAPE

4 OS TERRAINS VAGUES DA ZONA ORIENTAL DE LISBOA

M uitas das reflexões acima feitas a propósito da banalidade dos espaços abandonados na cidade contemporânea e do seu potencial paisagístico e ecológico têm pleno cabimento quando se pensa numa realidade como Lisboa. Não obstante esta cidade corresponder ao centro da principal aglomeração urbana do país, e portanto ao núcleo mais denso e consolidado de uma extensa área urbanizada de mais de 3 mil km2 onde se concentravam 2,8 milhões de habitantes à data do último censo, Lisboa é um caso patente de cidade em retrocesso demográfico. Desde

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1981, perdeu cerca de 260.000 habitantes, ou seja quase um terço da sua população, valor que a coloca entre as cidades capitais da UE que sofreram uma contração mais drástica.

Embora a suburbanização deva ser tida como uma explicação maior para esta evolução, é reconhecido que o encolhimento de Lisboa tem também razões estruturais que se prendem com mudanças globais na organização do capitalismo, de que a desindustrialização é uma das expressões mais patentes (Guimarães et al. 2015). Não é por isso surpreendente que a Zona Oriental de Lisboa5 (fig. 1), com a sua histórica ligação à indústria, seja uma parte da cidade onde as ruínas e os terrenos vacantes estão especialmente presentes. No trabalho de inventariação de espaços urbanos abandonados realizado no âmbito do Projeto NoVOID constatámos que 31,3% da área de terrenos vacantes e espaços arruinados de Lisboa se encontravam na Zona Oriental, estendendo-se por 151 hectares, i.e. 7,9% da superfície deste território6 (fig. 2).

Fig. 1: A Zona Orient al da cidade de Lisboa

5 A Zona Orient al de Lisboa abarca as freguesias de Beat o, M arvila, Olivais e Parque das Nações. Desde a reest rut uração orgânica da Câmara

M unicipal de Lisboa de 2011, corresponde à área de jurisdição de uma das cinco UIT (Unidades de Int ervenção Territ orial) criadas nessa ocasião para funcionarem como um nível de gest ão aut árquico int erm édio ent re as freguesias e o município.

6 O invent ário feit o pelo Projet o NoVOID (PTDC/ ATP-EUR/ 1180/ 2014) abarca ruínas e quint ais arruinados (const ruções que at ingiram um avançado

est ado de degradação que as t orna incapazes de desempenharem a função para que est avam originariament e dest inadas e respet ivos espaços envolvent es), projet os abort ados/ suspensos (edificações inacabadas e t errenos correspondent es a processos de lot eament o e/ ou urbanização suspensos) e t errenos vacant es (espaços não agricult ados e não ajardinados, com cobert o arbust ivo e/ ou herbáceo a dar sinais de abandono, localizados no t ecido urbano consolidado ou nas suas áreas de expansão, assim como espaços de ant igas const ruções demolidas onde ainda podem subsist ir fragment os de edificações, ent ulho, ou impermeabilização do solo, e que por isso formam ‘buracos’ no t ecido const ruído). M ais informação sobre o projet o pode ser obt ida em ht t p:/ / www.ceg.ulisboa.pt / novoid/ .

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Fig. 2: Espaços urbanos abandonados na Zona Orient al de Lisboa (identificação a partir de t écnicas de det eção remot a com base em fotografia aérea de alt a resolução de 2014)

A presença de ruínas e terrenos vacantes na Lisboa Oriental deve-se em grande parte à história de ocupação desta parte da cidade. Xabregas foi um dos focos iniciais da industrialização de Lisboa no século XIX. Toda a ocupação urbana da faixa ribeirinha até ao Braço de Prata foi propulsionada por esse surto industrial. É dessa fase uma geração mais antiga de fábricas, sobretudo ligadas ao setor alimentar e do tabaco, ao têxtil, tanoarias e grossistas de vinhos e azeites, de que resistem ainda vestígios vários de arqueologia industrial na paisagem em associação com restos de diversas tipologias de habitação operária. Na sequência do plano de urbanização de Lisboa de 1938, essa vocação fabril consolidou-se com a criação de uma vast a zona industrial planificada mais a montante, de Braço de Prata a Cabo Ruivo, que acolheu a indústria petroquímica, algumas grandes empresas de maquinaria e farmacêutica, e ainda unidades ligada ao setor militar, da produção de fardas, a telecomunicações e a material de guerra. Esta especialização na indústria pesada explica que no princípio dos anos 90 cerca de 60% do solo da cidade ocupado por fábricas se situasse na Lisboa oriental (Barata Salgueiro 2001).

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Em claro contraste com a industrialização da faixa ribeirinha, os terrenos situados mais para o interior, sobre as colinas, mantiveram até tarde forte feição rústica. M uito desse solo, ocupado então por quintas, foi abrangido pelo programa de expropriações que a câmara de Lisboa levou a cabo nos anos 40, t ornando-se numa enorme reserva de solo público que viria a ser usada paulatinamente no desenvolvimento de sucessivos programas de habitação social de iniciativa pública - M adre de Deus, Olivais, Chelas, Alfinetes, etc. - ao longo do meio século seguinte. A combinação destes dois factos - a presença da indústria e a reserva de solo público que só lentamente foi sendo urbanizado, e sempre de forma descontínua e desconexa - contribuíram para que a Zona Oriental subsistisse como um território de ocupação urbana menos densa que a média da cidade. Em 1981, a densidade populacional era inferior em 1.970 hab./ km2 à generalidade da cidade de Lisboa. A desindustrialização, que se iniciou nos anos 80 e se acentuou fortemente na década seguinte, não contribuiu para inverter essa situação. T. Barata Salgueiro (2001, 141) refere que a indústria em Lisboa perdeu “ 19.538 empregos na década de 80 e mais do dobro na seguinte” , e muitas das fábricas que desapareceram ao longo destes anos situavam-se precisamente aqui. Em associação com a redução das oportunidades de emprego, diminuiu também a população residente: entre 1981 e 2001, o conjunto da Zona Oriental de Lisboa perdeu 23.930 habitantes (-19,4%).

A desindustrialização abriu caminho a uma profunda reconversão urbanística da Lisboa oriental. O desmantelamento da indústria petroquímica em Cabo Ruivo (quase 60 hectares), do depósito de material de guerra de Beirolas e do matadouro municipal, foi a base para a realização da Expo’98 e, atrelado à organização desse megaevento, para o grande plano urbanístico do Parque das Nações, envolvendo um total de 340 hectares. A renovação desta área e a sua refuncionalização como moderno bairro residencial e centro terciário permitiu que o conjunto da Zona Oriental recuperasse população entre 2001 e 2011 (+2,2%), embora insuficiente para contrariar as perdas registadas nos decénios anteriores e repor os valores de 1981.

A renovação urbana, porém, não se cingiu ao perímetro do Parque das Nações. Desde os anos 80, e sobretudo ao longo dos anos 90, bairros de barracas que haviam crescido nas imediações da cintura portuária e dos antigos núcleos industriais para responder às necessidades de habitação de grupos insolventes foram demolidos e os seus habitantes realojados em novos conjuntos de habitação social (bairros do Armador, dos Alfinetes, Flamenga, etc.). Esse realojamento massivo em novos edifícios plurifamiliares significou um recuo da população da frente ribeirinha para o interior, com subida das construções sobre as colinas, e ao mesmo tempo uma concentração e verticalização do edificado residencial: de 8.203 edifícios

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habitacionais existentes em 1991 na Zona Oriental passou-se para 6.820 em 2011, enquanto o número médio de fogos por edifício aumentou de 4,7 para 7,4.

Não obstante esta renovação, continuam a subsistir grandes manchas de arruinamentos e vacâncias na Zona Oriental. O tipo de reconversão urbanística iniciado no Parque das Nações, com substituição de antigo solo industrial por novos condomínios residenciais, era expectável que se tivesse expandido para sul, mas a crise financeira global da década passada, e depois a crise da dívida soberana da zona Euro, introduziram um compasso de espera nessas pretensões. Ao longo da Avenida Infante D. Henrique e a sul da Avenida M arechal Gomes da Costa, na frente ribeirinha, encontram-se massas volumosas de edifícios arruinados e grandes lotes com restos de demolições ou projetos iniciados que foram interrompidos. Alguns desses espaços encontram-se nessas condições há vinte anos, vedados, e portanto suprimidos à vida da cidade. Acabaram por se impor na paisagem como presenças fantasmagóricas e um pouco misteriosas. Uma vegetação espontânea secundária foi tomando conta dos locais. Pensando no tempo já transcorrido em que se encontram nessa situação, é de nos interrogarmos se não teria sido possível pensar em usos públicos transitórios para esses espaços, com intervenções de baixo custo, semelhantes, por exemplo, às experiências de Berlim, onde o terreno do antigo aeroporto de Berlim - Tempelhof - foi desativado em 2008 e deu lugar ao maior parque público desta cidade, ou se essa não pode ser uma hipótese a equacionar para o futuro próximo.

Outra situação bastante presente na Zona Oriental corresponde a espaços vacantes marginais ao longo das linhas de caminho de ferro, configurando faixas de Tiers paysages que se interpõem como buffers entre as áreas habitadas e transitadas. Restrições legais severas ao seu uso, incluindo como espaços verdes de lazer, devido a questões de segurança e às regras impostas pelo regime jurídico do ruído, têm levado a que estes espaços persistam como meros ‘espaçamentos’ sobrantes, esquecidos pelo sistema de planeamento e pelos órgãos responsáveis pela gestão ambiental e paisagística. Associações espontâneas de plantas aparecem nestes espaços em conjunto com espécies de caráter invasor, formando uma composição constituída por espécies vegetais que carece de tratamento estético e paisagístico, entre as quais abundam: Ailanthus altissima (M ill.) Swingle (ailanto), Cortaderia selloana (Schult.) Asch. & Graebn. (erva-das-pampas), Eriobotrya japonica (Thunb.) Lindl, (nespereira),

Ipomoea purpurea (L.) Roth. (glória da manhã, campainha, ipoméia), Pittosporum undulatum

Vent. (árvore-de-incenso), Robinia pseudoacacia L. (acácia-bastarda), e a Ricinus communis L. (rícino). M erece pensar se não traria vantagens entender estes territórios de penetração do selvagem na cidade como peças da estrutura verde urbana. Talvez especialmente positivo fosse equacionar como estes espaços se podem integrar nas várias tipologias de espaços verdes -

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cívicos, públicos de recreio, privados, de produção, de equipamentos, de proteção - desempenhando um papel crucial para a biodiversidade, a resiliência urbana, a valorização estética da cidade e o conforto urbano.

Finalmente, em localizações mais para o interior, encontra-se ainda uma outra realidade que consiste em grandes manchas de terrenos vacantes correspondentes a espaços não urbanizados. São restos de solo rural abandonado, heranças de antigas quintas desaparecidas sobre as quais impendem pretensões urbanísticas ou que constituem reservas de solo para a implementação futura de grandes projetos públicos de caráter estruturante com horizonte de concretização indeterminado, como sejam os terrenos reservados para o interface de transportes de Chelas-Olaias, para o Parque Hospitalar Oriental (Hospital de Todos os Santos), ou para o acesso à terceira travessia do Tejo e amarração da futura ponte Chelas-Barreiro. Esse solo destinado a uma finalidade futura que não se sabe quando ocorrerá está hoje ocupado por várias formas de associações vegetais selvagens de charnecas e matagais, normalmente não pensados em relação com o sistema de espaços verdes e corredores ecológicos, mas que na prática lhes são complementares. É importante assegurar e melhorar a qualidade de vida nas cidades onde os fundamentos ecológicos urbanos desempenham um papel crucial como diretrizes para um planeamento e uma gestão sustentável urbana com o intuito de progredirmos para cidades sustentáveis e com capacidade de resiliência.

5 - CONCLUSÃO

A teoria mais recente sobre o encolhimento urbano recomenda que os espaços abandonados das cidades não sejam vistos como situações excecionais e anómalas, mas como presenças banais e partes integrantes da cidade para as quais é necessário encontrar soluções urbanísticas e formas de integração paisagística inovadoras. A desdensificação que inevitavelmente se associa à retração demográfica e ao abandono pelas atividades económicas abre hipóteses ao avanço do biológico na cidade, com a renaturalização de alguns espaços e a formação de ambientes assimiláveis ao que talvez se possa chamar de selvagem urbano.

A aproximação que fizemos ao caso da Lisboa oriental deixou patente o enorme potencial que os espaços arruinados e vacantes apresentam. Espaços ocupados por ruínas ou projet os suspensos estendem-se por 40,2 hectares. Quintais arruinados e terrenos vacantes, onde as espécies vegetais são dominantes, totalizam mais 110,7 hectares, normalmente não assumidos como parte integrante da infraestrutura verde da cidade, mas que na prática, em parte, se podem e devem somar aos 687,7 hectares de espaços verdes existentes. Este número é bem

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expressivo da presença marcante dos terrenos vacantes na paisagem e recomenda que novas formas de entendimento destes espaços pelo planeamento urbano e do seu tratamento pelo paisagismo sejam ensaiadas.

6 - BIBLIOGRAFIA

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