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Professor, um dos objetivos do trabalho com o poema a seguir é fazer a construção do conceito de eu poético. As atividades de compreensão do texto procuram ofere- cer pistas para o aluno chegar a esse conceito, que será sistematizado depois da última atividade. Essa definição é importante para a realização de outras leituras, como a do poema “Identidade”, de Pedro Bandeira, que virá na sequência. Caso julgue necessário, apresente outros exemplos aos alunos.

sei não,

do jeito que me dão conselho dá pra desconfiar à beça, ou estou sempre errado

ou eles não entendem nada de conversa.

TAvAReS, Ulisses. Caindo na real: poemas. São Paulo: Moderna, 2004.

Ouriço

POR DENTRO DO TEXTO

1. Qual é o problema de quem fala, no poema?

2. Quem fala, no poema, desconfia do fato de muitas pessoas darem conselhos a ele. Transcreva os versos que expressam essa desconfiança.

3. Que expressão indica essa cisma, essa desconfiança?

4. Em sua opinião, quem são “eles” a que se faz referência no poema? Como você chegou a essa conclusão?

5. O ouriço é um tipo de animal cheio de espinhos que, para se proteger quando se sente ameaçado por predadores, arrepia seus espinhos e prepara-se para soltá-los na direção da ameaça. Com base nessa informação, explique por que o título do texto é “Ouriço”.

6. O tipo de desconfiança, de reclamação apresentado no texto combina mais com a fala de um jo- vem ou de um adulto? Por quê?

7. Você já se sentiu incomodado como quem fala no poema? Explique sua resposta. Resposta pessoal.

8. Leia a fonte que indica o livro do qual esse poema foi retirado e responda às questões a seguir. a) De que livro esse poema foi retirado? Do livro Caindo na real: poemas.

b) Qual é o nome do autor do poema? Ulisses Tavares.

9. Ulisses Tavares é um autor adulto. Mas a voz que fala no poema não é a de um adulto. Consideran- do essa afirmação, responda: A quem podemos atribuir a fala do texto?

Quem fala no texto se incomoda com o excesso de conselhos dados por outras pessoas e não sabe como agir.

“sei não, / do jeito que me dão conselho / dá pra desconfiar à beça [...]”. A expressão “sei não”.

Professor, espera-se que o aluno reconheça que o “eles” se refere aos adultos, que sempre vivem aconselhando, pois acreditam que sabem mais da vida.

As pessoas geralmente têm uma reação semelhante à de um ouriço quando se sentem pressionadas ou incomodadas com a opinião alheia. Combina mais com a fala de um jovem reclamando dos adultos. Esse fato é bastante comum na vida do jovem, assim como o comportamento dele em se proteger (ou se isolar) quando se sente incomodado (assim como ocorre com o ouriço).

Abramo

v Timur/Shut

terstoc

k

O ouriço é um animal que arrepia seus espinhos quando se sente ameaçado.

Professor, essa é uma sugestão para a primeira leitura do poema, que focaliza o conflito de quem fala no texto. Os alunos poderão ler em voz alta o texto completo para tirar dele apenas uma ideia global sobre esse assunto. A questão do conflito será retomada aos poucos durante as atividades de compreensão, enquanto se reconstrói o sentido do texto por meio do estudo de suas metáforas, jogo de oposição de ideias, organização do texto etc. Portanto, neste momento, não será preciso aprofundar esse tema; basta apenas levantar essa questão de leitura prévia.

Ao se comparar a Sansão e Hércules, o menino, às vezes, se considera forte como um herói e, ao se comparar com uma pulga, sente-se fraco e pequenino.

Damos o nome de eu poético à voz que fala no poema.

Há poetas adultos que escrevem como se estivessem no lugar de uma criança ou de um adoles-

cente; de um homem ou de uma mulher. Para fazer isso, o poeta imagina o que esse outro sente,

pensa e expressa de acordo com as características que atribui a ele.

No poema a fala também pode ser de um animal, uma planta e até de um objeto. Os poetas

também podem assumir uma profissão, um gosto, um hábito ou uma história que não tem relação

com a sua vida pessoal.

Por isso, atenção: é importante não confundir o autor do texto – quem escreveu o poema – com

o eu poético – a voz que fala no poema.

IMPORTANTE SABER

Prática de leitura

texto 3 – Poema

Conflito pode significar choque de opiniões, de sentimentos, de interesses etc. O conflito pode acontecer entre duas pessoas ou até consigo mesmo, referindo-se a assuntos ou emoções diversas. Observe os dois primeiros versos do poema e responda: Que conflito você acha que o eu poético está vivendo?

ANTES DE LER

Às vezes nem eu mesmo sei quem sou.

Às vezes sou

“o meu queridinho”, às vezes sou

“moleque malcriado”. Para mim

tem vezes que eu sou rei, herói voador,

caubói lutador, jogador campeão. Às vezes sou pulga, sou mosca também, que voa e se esconde de medo e de vergonha. Às vezes eu sou Hércules, Sansão vencedor,

peito de aço,

goleador.

Mas o que importa o que pensam de mim? Eu sou quem sou, eu sou eu,

sou assim, sou menino.

BAndeiRA, Pedro. Cavalgando o arco-íris. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2002.

Identidade

Jót

ah

Professor, as palavras foram destacadas porque os alunos deverão prestar atenção a elas em atividade proposta adiante. O original do poema não apresenta nenhuma palavra destacada. Se julgar adequado, comente isso com os alunos.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

Professor, as atividades a seguir têm como objetivo, entre outros aspectos, reconstruir o sentido do poema a partir da sua organização, que não é gratuita. Essa proposta permite que o aluno perceba melhor os recursos de constr ução do texto e como cada parte contribui para a elaboração do sentido geral do poema. No primeiro momento, o eu poético lança o conflito, depois mostra como os adultos o veem, em seguida como ele se vê (suas identificações por meio de compara- ções), retoma a tensão do conflito nos versos 20 e 21 e, por fim, nos quatro últimos versos, afirma sua identidade. É importante que o aluno perceba esse percurso de uma maneira mais simples, expressando com as próprias palavras o que compreendeu, sem que seja necessário o uso de termos muito complexos.

TROCANDO IDEIAS

1. Que sentimentos esse texto despertou em você? 2. Você gostou do texto? Por quê?

POR DENTRO DO TEXTO

1. Copie o poema no caderno.

2. Identifique e grife, no poema que copiou, o trecho que indica que o menino não sabe quem é. 3. Leia as seguintes expressões retiradas do poema.

“o meu queridinho”

“moleque malcriado”

• Essas expressões apresentam uma opinião sobre o menino. Quem as poderia ter dito? 4. No caderno, copie as frases a seguir ao lado da parte do poema a que cada uma delas corresponde.

Como os outros veem o menino.

Corresponde ao trecho que vai do verso 3 ao 6.

Como o menino se vê.

Corresponde ao trecho que vai do verso 7 ao 19.

O menino rejeita a opinião dos outros a seu respeito.

Corresponde ao 20o e 21o versos.

O menino se aceita como é.

Corresponde aos quatro últimos versos.

5. No poema copiado em seu caderno, circule a expressão que indica que o menino vai falar sobre como ele se vê. O aluno deverá circular a expressão “Para mim”.

6. O menino fala que é “rei”, “herói”, “caubói”, “mosca”.

a) Essas identidades fazem parte da imaginação ou da realidade do menino? Por quê? b) Podemos dizer que essas palavras estão relacionadas à identidade dele? Por quê? c) Você atribuiria alguma dessas identidades a si mesmo? Explique. Resposta pessoal.

Elas povoam a imaginação dele, pois são identidades irreais.

Sim, pois o eu poético revela que se vê dessa maneira: como rei, herói, caubói, mosca.

R

enato Arlem

“Às vezes nem eu mesmo / sei quem sou.”.

Provavelmente, seus familiares ou conhecidos. E muito provavelmente adultos. Professor, é importante destacar que as aspas presentes no texto introduzem a fala de alguém diferente do eu poético.

AKG/Stoc k Photos Coleções de arte de W eimar , Alemanha

7. Você sabe quem foram Hércules e Sansão? Conhecer essas personagens é importante para com- preender melhor o texto. Leia um pouco sobre eles:

Hércules (cópia de uma estátua perdida atribuída à Greek Lysippus e descoberta em 1546). Estátua exposta no Museu Arqueológico Nacional de Nápoles, na Itália. Na mitologia grega, Hércules é filho de Zeus (o maior dos deuses). Teria nascido em Tebas, era invencível e o mais valente herói de seu tempo.

Sansão e o leão

(1525), de Lucas Cranach, o Velho. Óleo sobre painel. A história de Sansão é narrada no Antigo Testamento da Bíblia, no livro Juízes. Sansão era um homem de extraordinária força, que lhe foi dada por Deus. Ele tinha um segredo: essa força estava nos seus cabelos.

• Agora, responda: Por que o menino se compara a Hércules e Sansão? 8. Explique o que o menino quis dizer com os versos a seguir:

Às vezes sou pulga, [...]

Às vezes eu sou Hércules,

eu sou eu, sou assim, sou menino.

a) b)

9. Se o título do poema fosse “O menino sem dúvidas”, ele estaria de acordo com o texto? Por quê? 10. Por que o poema tem o título “Identidade”?

TEXTO E CONTEXTO

1. Qual é o sexo e a idade aproximada do eu poético? Justifique sua resposta. 2. Releia este trecho do texto:

Às vezes sou pulga, sou mosca também, que voa e se esconde de medo e de vergonha.

• Medo e vergonha são sentimentos comuns às pessoas dessa idade? Por quê?

3. O eu poético vive um conflito de identidade, ou seja, às vezes não sabe quem é. Em sua opinião, é comum esse tipo de dúvida na idade do eu poético? Por quê? Resposta pessoal.

Em meio a tantas dúvidas, ele acaba por se reconhecer como um me- nino de sua idade, que vive conflitos próprios de quem está crescendo. Nem sempre ele se sente um grande herói, como foi Hércules; há

momentos em que ele se julga pequeno como uma pulga.

Não, pois o menino sobre o qual o poema fala mostra-se de diferentes maneiras, vivendo um conflito típico da fase da pré-adolescência, que é cheia de dúvidas e descobertas. Porque, por meio dele, o eu poético descreve seus sentimentos, como se percebe no mundo.

Resposta possível: Um pré-adolescente. O poema fala de alguém que, em alguns momentos, ainda se vê como criança, mas em outros se sente forte, pronto para enfrentar situações difíceis. Para dar essa ideia, o autor do poema cria um texto em que o menino se compara a diferentes personagens.

Ao se comparar a Hércules e Sansão, o menino, às vezes, se considera forte como um herói.

Resposta pessoal. Professor, se possível e se houver interesse da turma, amplie a atividade, solicitando aos alunos que pesquisem outras esculturas ou pinturas que tenham Hércules e Sansão como tema. Procure contextualizar as obras que os alunos pesquisarem, fornecendo informações sobre o artista e/ou sobre o movimento artístico do qual fazem parte. Procure chamar a atenção da turma para as variadas possibilidades de significação em diferentes linguagens e para a intertextualidade existente entre o poema lido e as obras artísticas analisadas.

TEXTO E CONSTRUÇÃO

1. Quantas linhas tem o poema “Identidade”? Vinte e cinco linhas.

2. Essas linhas encontram-se agrupadas ou separadas por espaços em branco?

Encontram-se agrupadas.

3. Quantos versos formam o poema “Identidade”? E quantas estrofes? O poema é formado por 25 versos e uma estrofe.

4. No poema, o menino diz: “Às vezes nem eu mesmo / sei quem sou”. a) Por que ele diz isso?

b) Ao descrever-se, você já viu que o eu poético expõe opiniões contraditórias sobre si mesmo, sejam elas visões que os outros têm dele ou que ele tem de si mesmo. Identifique no poema esses versos.

5. Por que o menino fala sobre si de maneiras tão diferentes? Porque se sente em conflito, o que é próprio da idade.

APLICANDO CONHECIMENTOS

1. No poema “Identidade”, o eu poético usa algumas palavras para se descrever. No texto, essas palavras são usadas com sentido diferente daquele que apresentam normalmente. Observe:

tem vezes que eu sou rei sou mosca também

a) O que, provavelmente, o eu poético quis expressar com o uso da palavra “rei”?

b) Transcreva em seu caderno, do quadro a seguir, a palavra que melhor expressa o significado que “mosca” tem no poema. “Insignificante”.

perigoso insignificante necessário ameaçador

A instabilidade própria da idade traz sensações de incerteza, de confusão, de abandono, de vazio.

Expressões de sentidos contrários: “O meu queridinho” × “moleque malcriado” e “sou rei, herói voador” × “sou pulga, sou mosca também”.

Provavelmente, quis mostrar que há momentos em que se sente poderoso, grandioso, importante.

Um texto pode ser escrito em prosa ou em verso. O texto em prosa se caracteriza por ocupar

toda a extensão da linha. Cada conjunto de linhas escritas é chamado parágrafo. Geralmente, no

início de cada parágrafo, deve-se fazer uma margem, ou seja, deve-se deixar um espaço em branco.

Já o poema é escrito em versos. Cada verso corresponde a uma linha do poema. Cada conjunto

de versos é chamado estrofe.

IMPORTANTE SABER

As palavras podem ser usadas no sentido figurado, que é diferente do sentido próprio, literal.

Para compreender o significado de uma palavra usada em sentido figurado, ela não deve ser toma-

da “ao pé da letra”, mas em relação ao contexto. Observe o exemplo:

A festa de aniversário da Ana foi um sonho! Todos adoraram!

A palavra “sonho”, nesse caso, foi empregada fora do seu sentido próprio, literal. Nesse

contexto, o uso da palavra “sonho” dá a entender que o aniversário de Ana foi maravilhoso, fan-

tástico, tão bom ou bonito quanto um sonho.

Identidade

Às vezes nem eu mesmo

sei quem sou. Às vezes sou

▲ organizado  

às vezes sou

. desorganizado

Para mim

tem vezes que eu sou ▲, extrovertido

herói ▲, corajoso

caubói ▲, conciliador

jogador ▲. calmo

Às vezes sou ▲, agitado

sou mosca também, que voa e se esconde de medo e de vergonha. Às vezes eu sou Hércules, Sansão vencedor,

peito de aço, goleador.

Mas o que importa o que pensam de mim? Eu sou quem sou, eu sou eu,

sou assim, sou ▲. adolescente

BAndeiRA, Pedro. Cavalgando o arco-íris. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2002.

2. Leia a tira a seguir:

a) A palavra “nata” aparece no segundo e no terceiro quadrinhos. Em qual deles ela foi usada em sentido figurado? Por quê? No segundo quadrinho, porque nele “nata” refere-se à elite, à camada de maior prestígio em um grupo social.

b) Podemos afirmar que ao usar a palavra “nata”, no terceiro quadrinho, o menino mostra ter en- tendido o que a menina quis dizer no quadrinho anterior? Explique.

3. Forme frases com as palavras a seguir, usando-as no sentido próprio e no sentido figurado. a) fogo b) crânio c) ouro

Não. Porque ele se refere à nata como a parte gordurosa do leite, em um sentido diferente daquele utilizado pela menina.

Sugestões:

a) A floresta pegou fogo. / Minha irmã é fogo!

b) Ele fraturou o crânio no acidente. / Heitor é o crânio de nossa sala. c) Ganhei um colar de ouro. / Meu filho vale ouro.

Poema

Reescreva o poema “Identidade”, de Pedro Bandeira, substituindo o símbolo ▲ por uma ou mais palavras dos quadros, considerando o sentido e o ritmo dos versos.

extrovertido – tímido calmo – agitado corajoso – medroso

conciliador – briguento organizado – desorganizado adolescente – criança

Produção de texto

Sugestão de resposta: Ale xandre B ec k

Reflexão sobre o uso da língua

adjetivo

1. Releia o poema “Identidade” e responda às próximas questões.

a) Escreva as palavras do poema a que os termos a seguir se referem. “Herói”, “Sansão”, “moleque”.

voador

vencedor malcriado

b) Por que os substantivos “Sansão”, “Hércules”, “herói”, “caubói”, “pulga” e “mosca” são impor- tantes para construir o sentido do poema?

c) Que palavras do poema dão características aos termos “caubói” e “jogador”? As palavras “lutador” e “campeão”. Resposta possível: Porque são palavras que contêm informações importantes para definir como o menino é ou como se sente em diferentes momentos.

Como vimos no poema “Identidade”, palavras como “lutador” e “malcriado” alteram o sentido do

texto, caracterizando o “caubói” e o “moleque”. Não está se falando de qualquer caubói, nem de

qualquer moleque. Essas palavras são chamadas adjetivos.

Os adjetivos são palavras que modificam outras palavras, atribuindo-lhes características. Veja:

“Às vezes sou moleque malcriado”.

adjetivo

No poema, o adjetivo “malcriado” foi usado para falar sobre o moleque. Ele atribuiu uma carac-

terística à palavra “moleque”. Assim como acontece com o substantivo, o adjetivo também é uma

palavra variável.

O adjetivo varia em gênero.

herói voador mosca voadora

adjetivo masculino

adjetivo feminino

Há adjetivos que apresentam uma só forma. Esse tipo de adjetivo serve tanto para caracterizar

palavras femininas quanto masculinas. Veja:

Era um menino valente.

Era uma menina valente.

Ele é feliz.

Ela é feliz.

O adjetivo varia em número de acordo com a palavra que caracteriza.

heróis voadores moleques malcriados

plural do adjetivo

plural do adjetivo

O adjetivo varia em grau.

menino queridíssimo

grau aumentativo do adjetivo

Saiba mais sobre esse assunto consultando o Apêndice.

IMPORTANTE SABER

2. Volte ao poema e leia as palavras em destaque. Observe a função dessas palavras nos versos. Leia o poema sem esses termos e, em seguida, responda: Qual é a importância dessas palavras para a construção do poema?

• Você sabe como são chamadas essas palavras?

3. Você conseguiu perceber para que servem as palavras destacadas no texto? Escreva sua conclusão. 4. Preste atenção aos versos a seguir:

às vezes sou

“moleque malcriado”. Para mim

tem vezes que eu sou rei, herói voador,

caubói lutador, jogador campeão.

• Que palavras ou expressões podem substituir os termos em destaque sem mudar o sentido do texto?

APLICANDO CONHECIMENTOS

A seguir, releia o título e o início do texto 1:

A incapacidade de ser verdadeiro

Paulo tinha fama de mentiroso. [...]

1. Qual é o adjetivo usado para caracterizar a personagem na primeira frase do texto? “Mentiroso”.

2. Nessa frase, o sentido desse adjetivo é positivo ou negativo? Explique. 3. Qual adjetivo presente no título é antônimo de “mentiroso”? “Verdadeiro”.

4. Considerando todo o texto, quando o título afirma que Paulo era incapaz de ser verdadeiro, quis dizer que ele era de fato mentiroso? Explique sua resposta.

APRENDER BRINCANDO

Atividade 1

• Pense em uma pessoa, em um objeto ou em um animal que todos os colegas conheçam.

• Escreva, no caderno, três adjetivos que caracterizem o elemento que você escolheu.

• De acordo com a orientação do professor, você poderá ser escolhido para ir à frente da sala e re- presentar na forma de mímica o que escolheu. As únicas palavras que poderá pronunciar serão os adjetivos escritos no caderno.

• A turma tentará adivinhar o significado de seus gestos e o nome daquilo ou de quem está sendo caracterizado pelos adjetivos apresentados.

Professor, espera-se que os alunos percebam que essas palavras são fundamentais para dar sentido ao poema, pois, sem elas, saberíamos apenas que o menino se vê como um caubói, mas não como um caubói lutador, que o menino é definido pelos outros como um moleque, mas não saberíam os que ele é visto como como um moleque malcriado. Ao empregar os termos destacados, o eu poético imprime um sentido mais preciso ao texto, que ganha, por isso, um efeito de sentido diferente daquele que teria se não fossem usadas essas palavras.

Adjetivos.

Espera-se que o aluno escreva que as palavras destacadas no texto servem para caracterizar, imprimir precisão, o que contribui para compor o sentido do texto.

Malcriado: “mal-educado”, “impertinente”; “campeão”: “vencedor”.

É negativo. O menino tinha fama de contar mentiras, por isso a família não o considerou normal e o levou ao médico.

Professor, podemos dizer também que o adjetivo “mentiroso”, nesse contexto, é pejorativo, depreciativo, ou seja, o con- trário de “elogioso”, “apreciativo”.

Não. De acordo com o contexto, o título quis se referir ao fato de o menino ser imaginativo, sonhador, um aprendiz de poeta, e não alguém que inventa mentiras.

Professor, escolha alguns alunos para participarem da atividade. Se preferir, ela pode ser realizada em grupos, assim todos terão chance de participar.

Atividade 2

• Leia e decifre esta adivinha em versos:

O que é, o que é?

Redonda como um biscoito, rasa como um prato,

nem todos os rios do mundo poderiam enchê-la de fato.

domínio público.