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Você sabe o que é uma narrativa?

ANTES DE LER

Leia agora mais um fragmento do romance Infância, de Graciliano Ramos, para descobrir o que acon- teceu com o menino que queria tanto aprender a ler.

Porque, para o menino, os Mota Lima eram garotos felizes, perfeitos: “an- davam limpos, riam alto, frequentavam escola decente e possuíam máqui- nas que rodavam na calçada como trens” [brinquedos]. Já o menino “vestia roupas ordinárias, usava tamancos, enlameava[-se] no quintal, engenhando bonecos de barro, falava pouco”.

A escola tinha bancos estreitos e sem encosto, que às vezes eram raspados e lavados. Os alunos se sentavam na madeira molhada. A professora era malpreparada. Os alunos não se mexiam nos bancos e havia até moscas no rosto deles.

Professor, espera-se que os alunos respondam que não, pois o problema a ser resolvido ainda não foi solucionado. Além disso, no final do texto há o uso de uma marca de supressão: [...].

“Um casal com filhos andava numa floresta, em noite de inverno, perseguidos por lobos, cachorros selvagens. Depois de muito correr, essas criaturas chegavam à cabana de um lenhador.”.

Professor, espera-se que os alunos conversem coletivamente a respeito dos problemas relacionados à realidade das escolas do nosso país. Eles podem falar de experiên- cias vividas por eles ou pelas pessoas com quem convivem; também podem falar sobre alguma reportagem que leram ou a que assistiram. O importante é acolher suas ideias e aproveitar o momento para discuti-las de maneira crítica. Se for viável, seria interessante envolver professores de História e Geografia nessa discussão. Se puderem, organizem uma atividade de pesquisa e debate sobre as condições das escolas na região em que vivem.

Professor, a intenção aqui é levantar os conhecimentos prévios dos alunos a respeito da narrativa.

[...] Recolhi-me preocupado: os fugitivos, os lobos e o lenhador agitaram-me o sono. Dormi com eles, acordei com eles. As horas voaram. Alheio à escola, aos brinquedos de minhas irmãs, à tagarelice dos moleques, vivi com essas criaturas de sonho, incompletas e misteriosas.

À noite meu pai me pediu novamente o volume, e a cena da véspera se reproduziu: leitura emper- rada, mal-entendidos, explicações.

Na terceira noite fui buscar o livro espontaneamente, mas o velho estava sombrio e silencioso. E no dia seguinte, quando me preparei para moer a narrativa, afastou-me com um gesto, carrancudo. Nunca experimentei decepção tão grande. Era como se tivesse descoberto uma coisa muito pre- ciosa e de repente a maravilha se quebrasse. E o homem que a reduziu a cacos, depois de me haver ajudado a encontrá-la, não imaginou a minha desgraça. A princípio foi desespero, sensação de perda e ruína, em seguida uma longa covardia, a certeza de que as horas de encanto eram boas demais para mim e não podiam durar.

Findas, porém, as manifestações secretas de mágoa, refleti, achei que o mal tinha remédio e expliquei o negócio a Emília, minha excelente prima. O rosto sereno, largos olhos pretos, um ar de seriedade – linda moça. [...]

Confessei, pois, a Emília o meu desgosto e propus-lhe que me dirigisse a leitura. Esforcei-me por interessá-la contando-lhe a escuridão na mata, os lobos, os meninos apavorados, a conversa em casa do lenhador, o aparecimento de uma sujeita que se chamava Águeda. [...] Assim, era necessário que a priminha lesse comigo o romance e me auxiliasse na decifração dele.

Emília respondeu com uma pergunta que me espantou. Por que não me arriscava a tentar a lei- tura sozinho?

Longamente lhe expus a minha fraqueza mental, a impossibilidade de compreender as palavras difíceis, sobretudo na ordem terrível em que se juntavam. Se eu fosse como os outros, bem; mas era bruto em demasia, todos me achavam bruto em demasia.

Emília combateu a minha convicção, falou-me dos astrônomos, indivíduos que liam o céu, per- cebiam tudo quanto há no céu. Não no céu onde moram Deus Nosso Senhor e a Virgem Maria. Esse ninguém tinha visto. Mas o outro, o que fica por baixo, o do sol, da lua, das estrelas, os astrônomos conheciam perfeitamente. Ora, se eles enxergavam coisas tão distantes, por que não conseguiria eu adivinhar a página aberta diante dos meus olhos? Não distinguia as letras? Não sabia reuni-las e formar palavras?

Matutei na lembrança de Emília. Eu, os astrônomos, que doidice! Ler as coisas do céu, quem havia de supor?

E tomei coragem, fui esconder-me no quintal, com os lobos, o homem, a mulher, os pequenos, a tempestade na floresta, a cabana do lenhador. Reli as folhas já percorridas. E as partes que se esclareciam derramavam escassa luz sobre os pontos obscuros. Personagens diminutas cresciam, vagarosamente me penetravam a inteligência espessa. Vagarosamente.

Os astrônomos eram formidáveis. Eu, pobre de mim, não desvendaria os segredos do céu. Preso à terra, sensibilizar-me-ia com histórias tristes em que há homens perseguidos, mulheres e crianças abandonadas, escuridão e animais ferozes.

rAMoS, Graciliano. Infância. rio de Janeiro: record, 2006.

Sidne

y Obser

vator

y

Constelação do Cruzeiro do Sul, cuja formação se assemelha a uma cruz: uma das mais conhecidas no Brasil.

POR DENTRO DO TEXTO

1. O que acontece quando o pai do menino tenta ensiná-lo a ler?

2. Apesar de sua decepção com o pai, o menino continua buscando uma solução para o seu problema. Como? Ele procura a ajuda de sua prima Emília e pede a ela que continue ensinando-o.

3. Releia este trecho do texto:

[...] Recolhi-me preocupado: os fugitivos, os lobos e o lenhador agitaram-me o sono. Dormi com eles, acordei com eles. As horas voaram. Alheio à escola, aos brinquedos de minhas irmãs, à tagarelice dos moleques, vivi com essas criaturas de sonho, incompletas e misteriosas.

a) O texto fala sobre os fugitivos, os lobos e o lenhador. Você acha que eles são personagens reais que conviviam com o menino? Como você percebeu isso?

b) Por que o menino diz que dormia e acordava com os fugitivos, os lobos e o lenhador? c) O que faz com que o menino deixe de lado os brinquedos e a tagarelice dos moleques?

4. O menino desabafa com a prima a respeito de sua dificuldade para ler, mas ela conta a ele sobre os astrônomos. Veja como o menino reflete sobre eles:

[...] Ora, se eles enxergavam coisas tão distantes, por que não conseguiria eu adivinhar a página aberta diante dos meus olhos? Não distinguia as letras? Não sabia reuni-las e formar palavras?

Matutei na lembrança de Emília. Eu, os astrônomos, que doidice! Ler as coisas do céu, quem havia de supor?

E tomei coragem, fui esconder-me no quintal, com os lobos, o homem, a mulher, os peque- nos, a tempestade na floresta, a cabana do lenhador. [...]

a) Você também acha que os astrônomos leem o céu? Por quê? Resposta pessoal.

b) O que estimulou o menino a enfrentar sua dificuldade de ler?

c) O que o narrador quis dizer com a frase: “E tomei coragem, fui esconder-me no quintal, com os lobos, o homem, a mulher, os pequenos, a tempestade na floresta, a cabana do lenhador.”? 5. Releia mais um trecho da história:

[...] Reli as folhas já percorridas. E as partes que se esclareciam derramavam escassa luz sobre os pontos obscuros. Personagens diminutas cresciam, vagarosamente me penetravam a inteligência espessa. Vagarosamente.

• Após a leitura do trecho, descreva como o menino aprendeu a ler. Copie do texto a palavra que melhor confirma sua resposta. Ele aprende aos poucos. A palavra que confirma essa ideia é “vagarosamente”.

6. Qual é, em sua opinião, a personagem principal dessa história? O menino que narra a história.

7. Desde a primeira parte do texto aparecem várias personagens. Algumas delas convivem com o menino, outras fazem parte do livro que ele lê. Identifique-as, separando-as em dois grupos.

No início, o pai é dedicado e o menino fica encantado com a leitura, mas depois o pai age de maneira rude, o que afasta e desencanta o garoto, impedindo-o de con- tinuar aprendendo.

O seu interesse pela descoberta da leitura.

A prima lhe mostra que, se os astrônomos leem o céu, que está tão distante e nunca foi visto por ninguém, logo ele poderia ler o que está bem próximo a ele.

O narrador está querendo dizer que se retirou, se isolou para tentar ler sozinho, para mergulhar na história que desejava compreender.

Eles não são personagens reais. Os fugitivos, os lobos e o lenhador são personagens da história que o menino está começando a ler. Como o menino não estava compreendendo direito a história, não sabia se ele mesmo estava envolvido nela. Resposta possível: Porque não conseguia se desligar da história, estava encantado com a nova experiência, então continuava a pensar sobre as personagens até mesmo na hora de dormir.

9. Veja um quadro-resumo com os elementos principais da narrativa (fragmentos I e II). Copie-o em seu caderno e complete-o com as informações que estão faltando.

Narrar é contar uma história.

Em geral, nas histórias há um narrador que relata fatos que envolvem personagens que agem e

dialogam em um espaço e durante um tempo.

Damos o nome de espaço ao ambiente onde os fatos acontecem.

A história pode ser contada na ordem dos acontecimentos ou não, dependendo da escolha de

quem a narra.

Quanto ao narrador, ele pode contar a história em primeira pessoa (eu) ou na terceira pessoa

(ele/ela). Se ele participa da história, ou seja, se ele também é personagem, narrará em primeira

pessoa (eu); mas, se ele for apenas observador, ou estiver contando algo em que não está envolvi-

do, narrará em terceira pessoa (ele/ela).

Ao conjunto de episódios que compõem a narrativa damos o nome de enredo.

As personagens das histórias podem ser reais ou imaginárias (inventadas).

O que faz com que as narrativas comecem é o conflito, também chamado de situação-problema.

O conflito não é a mesma coisa que uma briga ou uma discussão, mas uma situação dentro da his-

tória que gera outros fatos e que faz com que a história caminhe para uma solução.

A solução também não precisa ser sempre positiva; há muitas histórias que têm um desfecho trá-

gico ou inesperado. O desfecho é o final da história.

Esses são os elementos principais de uma narrativa. Eles aparecem em muitos contos, histórias

em quadrinhos, textos teatrais, lendas, fábulas, mitos, entre outros. Experimente observar como

esses elementos estão presentes nesses diferentes gêneros.

IMPORTANTE SABER

8. Reproduza com vocabulário próprio a cena que mostra o menino livre do problema que o incomodava.

Resposta pessoal. Professor, para criar a resposta, o aluno poderá se basear nos dois últimos parágrafos do texto.

a) Personagem principal O narrador – menino que conta sua história de vida.

b) outras personagens Os Mota Lima, o pai, a professora, sua mãe e filha, e Emília, a prima.

c) Espaço Locais onde acontecem os fatos: escola, casa e quintal

da casa.

d) Tempo Infância do narrador, aos nove anos.

e) Conflito ou situação-problema O menino sente-se inferiorizado e deseja aprender a ler.

f) Solução Emília o ajuda depois da decepção que ele tem com o pai. Ela lhe fala sobre os astrônomos e propõe que ele tente ler sozinho.

g) Desfecho O menino consegue resolver o seu problema: acaba

APLICANDO CONHECIMENTOS

Conforme a orientação de seu professor, você e um grupo de colegas vão fazer a análise completa de uma história.

• Escolham uma história para ler em grupo. Pode ser uma fábula, um conto, uma história em qua- drinhos, uma lenda etc.

• Depois da leitura, identifiquem as personagens, o ambiente, a situação-problema.

• Verifiquem como o conflito da história foi resolvido e o que acontece no final.

• Para organizar essas observações, vocês poderão fazer um quadro semelhante ao que foi apre- sentado na atividade 9. Veja o modelo:

a) Personagem principal Respostas pessoais.

b) outras personagens c) Espaço d) Tempo e) Conflito ou situação-problema f) Solução g) Desfecho

• Por último, leiam a história para a turma e partilhem com seus colegas o quadro que fizeram. Ve- rifique se seus colegas concordam com as informações que vocês anotaram.

• Confiram as respostas com o professor e aproveitem para tirar as dúvidas sobre esse assunto.

Reflexão sobre o uso da língua

Artigo

Releia o trecho a seguir para responder às questões.

[...] Aí recebi ordem para me sentar e abrir o volume. Obedeci, engulhando, com a vaga espe- rança de que uma visita me interrompesse. Ninguém nos visitou naquela noite extraordinária.

1. O narrador tinha esperança de ser interrompido por uma visita. Você acha que ele estava se referindo a qualquer visita, não importasse quem fosse, ou à visita de alguém que ele já sabia que iria chegar? 2. Observe a transformação ocorrida na frase.

Obedeci, engulhando, com a vaga esperança de que a visita me interrompesse.

• Que efeito de sentido a mudança provocou na frase?

Professor, o trabalho com a classe gramatical “artigo”, que vem a seguir, propõe aos alunos uma reflexão mais complexa. Seria interessante que eles fizessem em dupla as atividades 1 e 2 desta seção. Enquanto resolvem cada atividade, você pode fazer interferências nas respostas partilhadas oralmente. Primeiro, eles escrevem a resposta em dupla; depois, respondem em voz alta para confirmar as hipóteses. Dessa maneira, a construção do conceito pode ser feita e partilhada no grupo, passo a passo.

Espera-se que o aluno perceba que a presença do artigo indefinido demonstra que o narrador tinha esperança de que qualquer visita interrompesse a atividade.

O artigo “a” expressa a ideia de que o narrador já sabia quem iria visitá-los naquela noite.

Professor, a próxima atividade, além de favorecer o contato dos alunos com várias histórias, tem como objetivo a aplicação dos conteúdos estudados a respeito da estrutura da narrativa. A seleção dos textos para esse momento pode ser feita tanto pelos alunos quanto pelo professor. Caso os alunos encontrem dificuldade para fazer a seleção, oriente a pesquisa sugerindo obras que apresentem os gêneros mencionados na atividade.

APLICANDO CONHECIMENTOS

1. Reescreva o texto no caderno, substituindo os ▲ por um artigo.

As palavras “o”, “a”, “os”, “as”, “um”, “uma”, “uns”, “umas”, que acompanham substantivos, no

singular ou plural, no masculino ou feminino, são chamadas artigos. Os artigos podem particula-

rizar ou generalizar um ser de determinado grupo.

Os artigos que particularizam são chamados definidos.

São artigos definidos: o, a, os, as.

Os artigos que generalizam são chamados indefinidos.

São artigos indefinidos: um, uma, uns, umas.

Os artigos definidos podem particularizar um ser dentro de determinado grupo ou referir-se a um

ser já conhecido.

Veja:

A professora tinha mãe e filha. A mãe, caduca, fazia renda, batendo os bilros [...].

Ora, uma noite, depois do café, meu pai me mandou buscar um livro que deixara na cabeceira da cama.

Os artigos variam em gênero e número, de acordo com os substantivos que eles acompanham:

o livro

os livros

o professor

a professora

Saiba mais sobre esse assunto consultando o Apêndice.

IMPORTANTE SABER

O artigo indica uma noite qualquer entre várias noites.

Aqui, o artigo refere-se a um livro que não é citado anteriormente.

Neste caso, há a informação de que se trata de uma profes- sora em particular dentre tan- tos professores que existem: a professora do menino.

Aqui, o artigo “a” indica a mãe da professora, que é um ser conhecido, pois já foi mencionado ante- riormente.

Recontada por Mary Davis e Cheow-Leung.

▲ dia, o pai de Woo Sing chegou em casa com ▲ espelho trazido da cidade grande.

Woo Sing nunca tinha visto ▲ espelho na vida. Dependuraram-no na sala enquanto ele estava brincando lá fora; quando voltou não compreendeu o que era aquilo, pensando estar na presença de

outro menino.

Ficou muito alegre achando que ▲ menino viera brincar com ele.

Ele falou muito amigavelmente com ▲ desconhecido, mas não teve resposta.

Riu e acenou para ▲ menino no vidro, que fazia ▲ mesma coisa, exatamente da mesma maneira. Então, Woo Sing pensou: “Vou chegar mais perto. Pode ser que ele não esteja me escutando”. Mas, quando começou a andar, o outro menino logo o imitou.

Woo Sing estacou e ficou pensando naquele estranho comportamento. E disse para si mesmo: “Esse menino está zombando de mim, faz tudo o que eu faço!” E quanto mais pensava, mais zanga- do ficava. E logo reparou que ▲ menino estava zangado também.

Isso acabou de exasperar Woo Sing! Deu ▲ tapa no menino, mas só conseguiu machucar mão

e foi chorando até seu pai. Este lhe disse:

– ▲ menino que você viu era ▲ sua própria imagem. Isso deve ensinar a você uma importante lição, meu filho. Tente não perder ▲ cabeça com outras pessoas. Você bateu no menino no vidro e

só conseguiu machucar a si mesmo. Por isso, lembre-se: na vida real, quando se agride sem motivo,

▲ mais magoado é você mesmo.

disponível em: <http://www.botucatu.sp.gov.br/eventos/2007/contHistorias/ bauhistorias/Woo%20Sing%20e%20o%20espelho.pdf>. Acesso em: 27 jan. 2015.

Um, um, um, um, o, o, o, a, o, um, a, O, a, a, as, o. Pro- fessor, aproveite o texto da atividade e aborde valores como: julgamento precipitado, tolerância, não violência e outras questões que os alunos levantarem.

2. Observe a capa desta revista:

a) Nas frases que compõem a chamada principal da capa, foram usados artigos definidos ou indefinidos? Transcreva-os em seu caderno. b) Quais substantivos foram acompanhados por

esses artigos?

c) Esses artigos generalizam ou particularizam os substantivos que os acompanham? Por quê? d) Você concorda com a ideia de que todos os pais

atrapalham os filhos adolescentes em seu pro- cesso de crescimento? Resposta pessoal.

e) Em sua opinião, o que explica a forma como essa frase foi construída?

f) Se no lugar de “Os pais atrapalham” fosse usada a expressão “Uns pais atrapalham”, o sentido da chamada seria o mesmo? Explique sua resposta.

g) Releia as três chamadas que aparecem na parte superior da capa. Em seu caderno,

transcreva aquela em que foi usado um artigo indefinido.

h) O artigo indefinido usado na chamada que você transcreveu poderia ser substituído por um arti- go definido? Por quê? Não, porque o banho de sangue ao qual o texto se refere não foi definido.

3. Leia a frase a seguir:

Este homem fez um grande governo.

a) O artigo “um” está se referindo a que palavra? “Governo”.

b) A que classe gramatical ela pertence? Substantivo. Foram usados artigos definidos: “O segredo”, “Os pais”.

“Segredo” e “pais”.

“Segurança: ‘Haverá um banho de sangue se a UPP acabar’, afirma o secretário de Segurança do Rio, Beltrame”.

Época, São Paulo, Globo, ed. 862, 6 dez. 2014.

2. c) Em “O segredo”, o artigo particulariza o substantivo, dando a entender que se

2. f) Não. Ocorreria alteração de sentido, pois, com a mudança do artigo definido para indefinido, a chamada passaria a expressar que apenas alguns pais atrapalham. O uso de “uns”, nesse caso, não estaria generalizando, mas indeterminando a quais pais o título se refere. Além disso, a frase perderia muito de seu impacto.

2. e) Resposta pessoal. Professor, comente com os alunos que o uso de frases curtas e diretas nas capas de revista tem a intenção de tornar a leitura mais rápida, além de chamar a atenção do leitor. Isso explica a construção não usual dessa frase. É importante que os alunos percebam que esse tipo de construção muitas vezes acarreta generalização.

Professor, as atividades a seguir abordam outras funções dos artigos, diferentes daquelas estudadas até aqui (a ideia é ampliar a visão dos alunos sobre os usos e as funções dessa classe gramatical). Se achar necessário, explicite esse fato aos alunos.

trata de um segredo determinado, que só há um. Já em “Os pais”, o artigo genera- liza o substantivo, mostrando que todos os pais atrapalham.

c) Mesmo estando ao lado da palavra “grande”, o artigo “um” também se refere à palavra “gover- no”. Como é possível perceber isso?

d) Nesse caso, o artigo “um” é usado para fazer referência a um governo qualquer ou a um governo em particular? O artigo é usado para fazer referência a um governo em particular.

4. Observe as frases a seguir:

Meu pai é um grande homem.

Meu pai é um homem grande.

a) Qual é a diferença entre as duas frases? b) Explique se há mudança de sentido entre elas.

c) Como você organizaria as palavras a seguir para expressar que a turma de Marcos o considera um herói?

herói Marcos turma é o grande da

5. Explique no caderno, com suas palavras, o que é artigo definido e artigo indefinido. Utilize, para cada caso, uma frase que sirva de exemplo, para deixar sua explicação ainda mais clara.

Na primeira, “grande” antecede o substantivo “homem”. Na segunda, “grande” aparece depois do substantivo “homem”. Sim. Na primeira, “grande” refere-se a como o homem é considerado. Na segunda, ao seu tamanho.

Resposta pessoal.

Prática de leitura

Texto 4 – Romance (fragmento)