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Estabelecemos como critério que seriam apenas consideradas as IES privadas do DF, listadas no Sistema da Educação Superior (SiedSup), do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira(INEP). Enumerando-as, chegamos a um total de 67. O Quadro 2, do item 2.10 (p.99), porém, li sta as IES privadas do DF, totalizando 68 instituições. Essa diferença é devida ao fato de a filial da Universidade Paulista (UNIP) em Brasília estar relacionada entre as demais, embora não esteja entre as IES do DF cadastradas no INEP.

A análise dos dados não se limitou à enumeração das IES relacionadas no sistema federal de ensino, no que se refere ao Distrito Federal, mas a análise compreendeu o agrupamento das IES privadas do DF por mantenedora e endereço de funcionamento das mantidas. Cabe esclarecer que o credenciamento das IES mantidas ocorre de acordo com a organização dos cursos por área de conhecimento e ocorre em datas distintas. Por exemplo, uma mesma mantenedora, em razão de sua expansão, pode ter credenciado três faculdades isoladas em períodos diferentes (Faculdade de

Administração em 1996, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras em 1998 e Faculdade de Ciência da Computação em 2000), funcionando no mesmo endereço. Na verdade, a instituição é considerada a mesma, mas o INEP cadastra cada um a das faculdades isoladas em separado, computando, neste caso, três IES distintas.

Outro fator analisado por uma exigência das normas em vigor (Resolução CEN/CP 1, de 18 de fevereiro de 2002) foram as IES que ministram cursos de licenciatura, programas de formação pedagógica e/ou curso normal superior e que não possuem autonomia universitária, devendo fazer o cadastramento por meio de um Instituto Superior de Educação (ISE). Da mesma forma, no cadastro do INEP, as entidades mantenedoras que possuem uma faculdade isolada e um instituto superior de educação, são consideradas duas IES distintas.

Para fins deste trabalho, as IES mantidas pela mesma entidade mantenedora que funcionam no mesmo endereço foram consideradas como sendo uma única instituição. Por exemplo, a Sociedade de Ensino, Tecnologia, Educação e Cultura, que mantém a Faculdade Alvorada de Informática e Processamento de Dados e a Faculdade Alvorada de Educação Física e Desporto foram computadas apenas uma vez, já que funcionam no mesmo campus.

A análise dos dados do Quadro 2, do item 2.10 (p. 99), adotando-se o critério exposto acima, revela que existem, no Distrito Federal, à época da coleta de dados, 43 IES privadas em funcionamento. Entre elas estão duas universidades e um centro

universitário. As demais IES são faculdades integradas, isoladas ou institutos superiores de educação.

A educação superior privada no Distrito Federal teve inicio em 1967, com o surgimento da sociedade civil Associação de Ensino Unificado do Distrito Federal (AEUDF), mantenedora do Instituto de Ciências Sociais, hoje faculdade. No ano seguinte, em 1968, foi fundada a sociedade civil Centro de Ensino Unificado de Brasília (CEUB), mantenedora do Centro de Ensino Unificado de Brasília, credenciado como Centro Universitário em 1999. A Faculdade Católica de Ciências Humanas, atual Universidade Católica de Brasília (UCB), foi fundada em 1974. Essas três instituições localizavam-se no Plano Piloto. Na década de 80, quatro novas instituições privadas foram credenciadas no DF, sendo uma delas no Gama. Na década de 90, esse cenário ampliou-se significativamente, como já vimos anteriormente.

Constatamos que a expansão das IES privadas no DF ocorreu, principalmente, após 1997. Até esta data, o Distrito Federal contava com 11 ins tituições mantenedoras. A partir daí verificamos que em um intervalo de cinco anos esse número triplicou. Em 1998 foram credenciadas 7 novas instituições mantenedoras; em 1999, 4 entidades mantenedoras; em 2000, 5; em 2001 surgiram 9 novas instituições mantenedoras; e em 2002, mais 3, totalizando 39. Ao computarmos a mantenedora da UNIP, verifica-se que existem 40 entidades mantenedoras de educação superior no DF. Dessas instituições, duas são confessionais e uma comunitária (todas as três filantrópicas) e as demais são sociedades e/ou associações.

O objeto de estudo do presente trabalho foram as IES privadas do DF. O número de instituições que compõe a população da presente pesquisa seguiu os critérios expostos acima. Há que se esclarecer, contudo, que se optou por pesquisar somente as IES privadas não universitárias, por se tratar de um objeto pouco explorado em pesquisas desta natureza. Desta forma, a população de IES pesquisadas fica representada por 40 instituições. Não foi possível abordar todas as 40 IES privadas não universitárias do Distrito Federal que compõem o escopo desta pesquisa. A partir desse número foi elaborada uma amostragem.

Uma classificação pelo tempo de funcionamento das IES a serem pesquisadas identificou dois grandes grupos: aquelas com três anos ou mais de funcionamento e aquelas com menos de três anos de funcionamento. Obteve -se, então, no primeiro grupo, 23 IES, e, no segundo, 17 IES. Para fins deste trabalho, convencionou-se que as IES com menos de quatro mil alunos são consideradas pequenas, aquelas com quatro mil a doze mil alunos são consideradas médias e as que possuem mais de doze mil alunos, grandes.

Os critérios estabelecidos para fixar a amostra das IES a serem pesquisadas foram os seguintes:

a) ser IES privada não universitária, uma vez que o trabalho se propõe a pesquisar faculdades da iniciativa privada;

educacional anterior a 2001, para autorização de funcionamento ou credenciamento de IES privadas16.;

c) Oferecer um elenco de, no mínimo, cinco cursos de graduação.

A princípio, foram selecionadas, três IES aleatoriamente, duas pequenas e uma média por representarem, aproximadamente, 10% do grupo de IES com três anos ou mais de funcioname nto.

Requereu-se junto à Diretoria do Programa de Mestrado em Educação da Universidade Católica de Brasília uma carta de apresentação da pesquisadora a ser entregue às IES selecionadas, solicitando permissão para realização da pesquisa.

Havendo dificuldades de acesso às IES, pois duas das três selecionadas não mostraram receptividade em sujeitar-se a ser pesquisada, optou-se por realizar três estudos de caso e analisar as singularidades das instituições. Foram contatadas algumas outras IES e, dentro do critério de se pesquisar duas IES pequenas e uma média, definiram-se aquelas onde a pesquisa ocorreria. A fim de se resguardar a imagem das IES, estas serão chamadas, doravante, de Instituição A, Instituição B e Instituição C.

16 Esse período foi considerado curto para consolidação do planejamento das IES e foi alterado pelo Decreto 3.860,