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“PRÁTICA DE ENSINO DE MATEMÁTICA E ESTÁGIO SUPERVISIONADO” (EL720)

UNICAMP – 1º Semestre 1992 Docente responsável: Dario Fiorentini 1 OBJETIVOS

1.1 Levar o aluno à análise das relações que se estabelecem no cotidiano escolar, particularmente aquelas referentes ao processo ensino-aprendizagem da matemática.

1.2 Proporcionar atividades que permitem ao aluno a vivência de situações docentes tais como monitoria, aulas simuladas e atendimento complementar a alunos da rede escolar de 1º e 2º graus. 1.3 Fornecer subsídios que possibilitem a organização, execução e avaliação do trabalho escolar. 2 TEMÁTICA

2.1 Organização, execução e avaliação do trabalho escolar. 2.2 O currículo de matemática de 1º e 2º graus.

2.3 A prática pedagógica do ensino da matemática: problemas, relação professor-aluno e cotidiano escolar.

3 ATIVIDADES PREVISTAS

3.1 Estudos de fundação teórico-metodológica

Trata-se do estudo de temas que deverão dar embasamento teórico-metodológico à prática de ensino de matemática. Isso será realizado através da leitura e discussão de textos, exposições do professor e elaboração de resenhas por parte dos alunos.

3.2 Estudo do cotidiano escolar

daquelas que se estabelecem nas aulas de matemática. Isso será feito através de: • registros individuais das observações em diário de campo;

• Análise em grupo desses registros mediante categorias a serem definidas conjuntamente durante o período de observação;

• Elaboração de trabalho escrito que apresente um relato crítico do estudo realizado pelo grupo e o delineamento do trabalho docente a ser realizado no próximo semestre.

3.3 Sessões de atendimento a alunos da rede escolar de 1º e 2º graus:

Trata-se de organizar sessões de atendimento a alunos da escola com local, data e horários previamente estabelecidos em comum acordo com a escola. Um dos objetivos dessas sessões é de proporcionar ao aluno-estagiário um primeiro contato com os alunos da escola e com as dificuldades referentes à aprendizagem da matemática. Outro objetivo é proporcionar um atendimento individual complementar aos alunos da rede com dificuldades em matemática.

3.4 Assessoria a um professor de matemática da escola escolhida para realizar o estágio:

Trata-se de um trabalho de monitoria a um professor de matemática da escola a ser realizado por grupos de dois alunos por classe. Esse trabalho consiste no acompanhamento das aulas de matemática de uma classe da escola durante todo o 1º semestre.

3.5 Planejamento de unidades e de aulas simuladas:

Trata-se da realização, em grupo de dois alunos, de estudo de uma determinada unidade temática do currículo de matemática de 1º e 2º graus seguida da elaboração de um planejamento de ensino dessa unidade. Cada elemento do grupo deverá destacar um tópico dessa unidade e planejar uma aula simulada a ser apresentada aos demais colegas.

Unidades temáticas selecionadas: • Proporcionalidade

• Introdução à álgebra elementar • Números inteiros

• Números decimais • Divisibilidade

• A noção de medida: conceitos e unidades (comprimento, área, volume e capacidade). • Equações do 2º grau

3.6 Sessões de aulas simuladas acompanhadas de debates:

Trata-se da realização de sessões de aulas simuladas de acordo com a seguinte dinâmica:

• O grupo responsável pela unidade temática apresenta aos colegas a proposta de trabalho referente àquela unidade, ilustrando-a com as aulas simuladas.

• Após a apresentação será aberto o debate sobre o ensino-aprendizagem do tema, durante o qual cada aluno participante deverá levantar e discutir questões previamente elaboradas ou aquelas que surgirem durante a apresentação do grupo.

3.7 Seminários de socialização:

Trata-se da apresentação aos demais colegas do estudo do cotidiano escolar realizado por cada um dos grupos e do possível trabalho de docência do próximo semestre.

4 AVALIAÇÃO

A avaliação será realizada ao longo de todo o curso considerando o desenvolvimento e o desempenho tanto individual como do grupo de trabalho.

4.1 Avaliação individual:

4.1.1 Planejamento e apresentação de uma aula simulada sobre um dos tópicos da unidade temática (peso 2).

4.1.2 Envolvimento nas atividades realizadas na escola (peso 2).

4.1.3 Participação efetiva nos seminários e nas sessões de aulas simuladas (peso 1). 4.1.4 Organização do diário de campo (peso 1).

4.1.5 Elaboração de resenhas e/ou reflexões relativas aos estudos de fundamentação teórico- metodológica (peso 1).

4.2.1 Planejamento e apresentação de estudo de uma unidade temática (peso 1); 4.2.2 Produção e apresentação do estudo do cotidiano escolar (peso 2). 4.3 Avaliação do curso:

Ao final do semestre letivo, será realizada uma avaliação do curso com o intuito de obter subsídios para o planejamento para o trabalho no próximo semestre.

5 BIBLIOGRAFIA Periódicos

Boletim do GEPEM – Rio de Janeiro Cadernos do CEM – São Paulo Revista ANDE – São Paulo Revista Pro-posições – São Paulo Revista do Professor – Porto Alegre

Revista do Professor de Matemática – São Paulo/SBM Revista Superinteressante

Livros didáticos, paradidáticos e propostas curriculares: Coleção Vivendo a Matemática

Livros Didáticos (em geral) de Matemática do 1º grau.

MIGUEL, Antonio et al. Tópicos do ensino de matemática (5ª a 8ª séries). MIORIM e MIGUEL. O ensino de matemática no 1º grau.

Proposta curricular para o ensino de matemática no 1º grau. CENP, 1988. Telecurso 1º grau – matemática 3ª fase.

Teses e dissertações:

BORGES, P. Uma experiência de produção de currículos de matemática junto a professores de 1º grau e universidade. Campinas: FE-UNICAMP, 1988.

LIMA, J. M. F. Desenvolvimento dos conceitos de fração e de conservação em quantidades discretas e contínuas. Recife: UFPE, 1981.

RUIZ, A. Ensino no conceito de proporcionalidade. São Paulo: FE-USP, 1986.

SANTOS, A. Compreensão e uso de números relativos na agricultura e na escola. Recife-UFPE, 1990. TANCREDI, R. O ensino dos números inteiros no 1º grau: realidade e possibilidade. São Carlos: UFSCar, 1989.

Artigos ou textos sobre educação e a prática pedagógica:

ANDRÉ, M. O cotidiano da escola: elementos para a construção de uma didática fundamental. Revista Tecnologia Educacional, 1986.

FUSARI, J. O planejamento educacional e a prática dos educadores. Revista ANDE. 1986. LUCKESI, C. Avaliação educacional escolar: para além do autoritarismo. Revista ANDE, 1986. RODRIGUES, N. Renovação da prática educativa e planejamento curricular. Por uma nova escola: o transitório e o permanente na educação. São Paulo: Cortez, 1986.

SOUZA, I. A favor do planejamento: fazem-se muitos planos, mas pouco se planeja. Revista Tecnologia Educacional, 1987.

Artigos ou textos relativos ao ensino da Matemática: ÁVILA, G. Razões, proporções e regras de três. RPM, 1986.

BERTONI, N. Bom senso, realidade e melhores ideias matemáticas: desvendando a geometria da 7ª série. RPM. 1985.

CARRAHER, T. et al. Proporcionalidade na educação científica e matemática.

FIORENTINI, D., MIGUEL, A., MIORIM, M. A. Álgebra ou geometria: para onde pende o pêndulo? Pro-posições. Cortez, 1992.

GIMENEZ, J. Proporcionalidad o razonamiento proporcional? Cadernos do CEM. 1992. GLAESER, G. Epistemologia dos números relativos. Boletim GEPEM, 1985.

GUEDES, M. Outros critérios de divisibilidade. RPM, 1988. GUELLI, O. Visualizando as equações. RPM, 1990. LIMA, E. L. Conceitos e controvérsias.

MESQUITA, M. C. Proporcionalidade: uma actividade de aprendizagem. Revista Educação e Matemática. Lisboa, 1987.

PATERLINI, R. R. Um método para o cálculo do mmdc e mmc. RPM, 1988. PIRES, C. M. C. Algumas reflexões sobre o ensino de álgebra. CENP. Mimeo, s/d. RADICE, L. L. A matemática de Pitágoras a Newton. Lisboa: edições 70, s/d. SANTOS, V.M. Perímetro, área e volume. CENP, mimeo, s/d.

Fonte: Arquivo Setorial da Faculdade de Educação da UNICAMP.

Conforme verificamos no extenso programa apresentado, o objetivo da disciplina se pauta em oferecer ao licenciando um “embasamento teórico-metodológico” necessário ao trabalho docente. Isso torna evidente a ligação que se estabelece do trabalho docente com o trabalho de pesquisa. A proposta é de que as atividades fossem desenvolvidas tanto em grupo quanto individualmente a fim de que o aluno pudesse expressar seu lado individual (por meio de provas, resenhas, registro das atividades) bem como trabalhar socialmente (por meio da apresentação de unidades temáticas e registros do cotidiano escolar). A bibliografia coloca o licenciando em contato com textos, artigos de periódicos de pesquisa, teses e dissertações, evidenciando o caráter de formação para a pesquisa que caracteriza essa proposta de formação docente.

Outra disciplina, cujo programa analisado é de autoria do mesmo professor responsável, é Didática para o ensino da Matemática, que busca apresentar ao futuro professor aspectos gerais da educação matemática bem como metodologias de ensino e propostas educativas, apoiando-se em livros didáticos e propostas curriculares oficiais.

QUADRO 15:

PROGRAMA DA DISCIPLINA

“DIDÁTICA PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA” (EL644)