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RESIDENCIAIS MAIS SUSTENTÁVEIS PARA O CASO DO ASSENTAMENTO RURAL SEPÉ-TIARAJU, SERRA AZUL-SP

PROCESSO SUB ETAPAS PRODUTOS OBTIDOS

ESCOLHA DO SISTEMA DE TRATAMENTO LOCAL DE ESGOTO - estudo de alternativas - levantamento de variáveis - elaboração de quadro de comparação

- discussão com as famílias - identificação de problemas

- 6 alternativas escolhidas - análise da participação e da compreensão das famílias - problemas identificados PROJETO EXECUTIVO DO SISTEMA - dimensionamento do sistema - levantamento e definição de materiais - análise da sustentabilidade dos materiais - projeto da produção - orçamento

- definição dos materiais a serem utilizados

MANUTENÇÃO - elaboração de orientação

para manutenção - usuários orientados para manutenção adequada PLANEJAMENTO DA

EXECUÇÃO E ORGANIZAÇÃO DAS

BRIGADAS

- organização das brigadas - detalhamento de projetos - elaboração de planilhas de compra e recebimento de materiais

- famílias organizadas nas brigadas

- projetos detalhados - planilhas elaboradas

EXECUÇÃO - construção da fossa séptica e vala de infiltração - construção da fossa séptica e círculo de bananeiras - elaboração de planilhas para monitoramento da qualidade - elaboração de planilhas de monitoramento da execução - identificação de problemas

- fossa séptica e vala de infiltração construída - fossa séptica e círculo de bananeiras construído - planilhas para

monitoramento da qualidade - problemas identificados

USO - elaboração de orientação para uso dos resíduos: lodo e esgoto tratado

- usuários orientados para uso adequado

O presente estudo avaliou até a etapa de execução de um sistema piloto de tratamento local de efluentes sanitários residenciais. O uso e a manutenção do sistema não foram contemplados, pois é necessário um período de uso do sistema superior a 2 anos para obter as primeiras conclusões sobre a eficiência, sobre seu uso e sobre a satisfação dos usuários.

Com base no fluxograma apresentado e para compreender os tempos necessários para a pesquisa, foi elaborada uma linha do tempo que contém um resumo do processo, desde a escolha do sistema de tratamento de efluentes sanitários residenciais até a sua implantação, sob a ótica da participação das famílias e construção na habitação, produção do conhecimento, planejamento e financiamento dos materiais.

3.2

A

NÁLISE DE

L

INHA DO

T

EMPO DO

P

ROCESSO PARA

E

SCOLHA E

I

MPLANTAÇÃO DO

S

ISTEMA DE

T

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E

FLUENTES

S

ANITÁRIOS

R

ESIDENCIAIS

M

AIS

S

USTENTÁVEIS

Para auxiliar a compreensão do processo da pesquisa e explicitar as diferenças entre os tempos da pesquisa e da ação foi elaborado um quadro representando a linha do tempo da pesquisa. O quadro apresenta a participação das famílias e construção nas habitações, a produção do conhecimento, o planejamento (projeto e execução do sistema) e o financiamento dos materiais no decorrer do tempo, com início em dezembro de 2005 e término em abril de 2009.

Com relação à participação das famílias e construção da habitação, o processo iniciou-se em dezembro de 2005, com as primeiras reuniões com o grupo de pesquisa Habis, que assessora a construção das habitações no local, para discussão do processo de construção da habitação. Em fevereiro de 2006 foi definida, em reunião, a necessidade de implantação de um sistema de tratamento de efluentes sanitários, com um custo máximo de R$1000,00 por família, a partir do recurso do financiamento das habitações.

Em agosto de 2006 foi realizada a reunião com as famílias para escolha do sistema de tratamento de efluentes sanitários residenciais, por meio de processo participativo, para posterior projeto e execução dos mesmos. Porém, somente em outubro de 2006 é que se

iniciou a construção das primeiras habitações para posterior início das atividades de construção do sistema de tratamento de efluentes sanitários.

Em virtude de atraso no cronograma de obra, apenas em novembro de 2007 obtiveram-se as primeiras casas cobertas e em janeiro de 2008 iniciou-se a execução das instalações hidráulicas e de esgotamento sanitário, com possibilidade de implantação do sistema de tratamento de efluentes sanitários residenciais.

Em fevereiro e março de 2008 algumas famílias questionaram porque ainda não houve o início da construção do sistema de tratamento de efluentes. O motivo foi a não liberação de recursos financeiros para esta atividade, pois atrasos no cronograma de obra inviabilizaram pagamento de fornecedores e não havia recursos para esta atividade. Devido a necessidade de moradia, as famílias se mudam para as habitações e adotam soluções convencionais (fossa negra) para tratar seu efluente.

Em abril de 2008 foi estabelecido um novo cronograma de obra, com previsão para a etapa de construção dos sistemas de tratamento de efluentes sanitários para novembro de 2008. Por isso uma família propôs construir o sistema utilizando recursos financeiros próprios. A reunião para discussão de critérios com essa família para essa etapa de obra ocorreu em junho de 2008.

Os atrasos na execução das habitações e pagamentos de fornecedores acarretaram na não execução do sistema de tratamento de efluentes sanitários residenciais. Para viabilizar a experimentação, foi construída uma unidade piloto no assentamento, que foi executada em fevereiro e março de 2009.

Com relação à produção de conhecimento (pesquisa) o processo iniciou-se em março de 2006, com a procura de um pesquisador para atender à demanda das famílias sobre sistemas de tratamento de efluentes sanitários residenciais. Esse processo de pesquisa e sistematização das alternativas para tratamento de efluentes sanitários residenciais ocorreu de abril de 2006 a junho de 2006.

Esse trabalho resultou no trabalho de graduação integrado, que foi apresentado em novembro de 2006. Com a aprovação no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Urbana e atraso no cronograma de obra da construção das habitações, o período de fevereiro de 2007 a agosto de 2007 foi utilizado para elaboração do plano de pesquisa de mestrado e

análise da literatura técnico e científica sobre o tema. De dezembro de 2007 a abril de 2008 realizou-se a redação do exame de qualificação e sua respectiva defesa. A partir dessa data, foram iniciadas as atividades para viabilizar a execução do sistema piloto de tratamento de efluentes sanitários residenciais, bem como a coleta de dados, para que em fevereiro e março de 2009 fosse construído o sistema e analisados os dados.

Com relação ao planejamento (projeto e execução) do sistema de tratamento de efluentes sanitários residenciais, temos o seguinte cenário: em junho de 2006 realizou-se a sistematização das alternativas existentes para tratamento de efluentes sanitários residenciais para que em julho de 2006 ocorresse o planejamento do processo participativo para escolha do sistema a ser implantado.

Em outubro de 2006, com a definição do sistema pelas famílias, realizou-se o projeto e orçamento dos mesmos. Em virtude do cronograma de obra, as discussões sobre o sistema foram reiniciadas em abril de 2007, com a primeira revisão do projeto. Do período de maio de 2007 a abril de 2008 não houve progressos com relação a essa etapa de pesquisa, pois não havia recursos financeiros disponíveis para a construção do sistema.

Em maio de 2008 realizou-se a atualização e segunda revisão do projeto do sistema de tratamento de efluentes sanitários residenciais. Em julho de 2008 a equipe Habis liberou a etapa de obra de construção do sistema. Porém logo após foi paralisada por falta de pagamento dos fornecedores de materiais. Somente em novembro de 2008 foi retomado o processo de planejamento da execução do sistema.

Com relação ao financiamento dos materiais, a liberação dos recursos financeiros pelo INCRA (R$ 5.00,00) ocorreu em outubro de 2006, 10 meses após o início da discussão com as famílias. Neste período também se buscou auxílio financeiro com recursos da Caixa Econômica Federal (R$ 8.900,00) para proporcionar a o financiamento de uma moradia digna para as famílias. A liberação dos mesmos iniciou-se em abril de 2007.

Em virtude do andamento desigual da obra e de pagamentos de fornecedores vinculados a essa atividade, ocorreram atrasos no cronograma de obra estabelecido e uma dificuldade em pagar os fornecedores. No período de janeiro a março de 2008 a obra pouco progrediu e em fevereiro houve o não pagamento dos fornecedores. Portanto, apenas em abril de 2008 conseguiu-se sanar as dívidas e retomar a obra. Este cenário repetiu-se diversas vezes no decorrer da obra.

Pode-se perceber que as atividades que impactaram no andamento da obra e ocasionaram atraso na etapa de construção dos sistemas de tratamento de efluentes sanitários residenciais foi a de financiamento dos materiais e a participação das famílias e construção das habitações. O recurso financeiro era liberado a medida que os materiais eram utilizados na construção das habitações pelas famílias.

Esse fator contribuiu para o atraso na pesquisa, pois essas variações de tempo, características na pesquisa-ação participativa, impossibilitaram que o processo ocorresse de maneira contígua com a pesquisa. Os quadros 3.2 a 3.7 apresentam essa linha do tempo para auxiliar na visualização e compreender esse processo.

financiamento dos materiais. Parte 1 de 6.

2005 2006

DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN

PARTICIPAÇÃO

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