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Profundidade de Polimerização Limitada Outra

No documento Introdução Aos Materiais Dentários (páginas 109-111)

razão pela qual os compósitos ALV substituíram os sis- Tabela 2.2.2 Métodos de polimerização

Quimicamente ativado

+ Ativador

CH3

N

n,n-dihidroxil-p-toluidina peróxido de benzoíla O O O O O 2 O Iniciador radicais livres HOH5C2 C2H5OH

Ativação por luz ultravioleta

Ativador Iniciador

éter metil benzoico radicais livres CH3 CH3 CH2 CH2 O O hn

Ativação por luz visível

Ar2C O + RCH2CH2NR’ ArC OH + RCH2CHNR’ Ativador amina α-di quetona Iniciador radicais livres hn

RESINAS COMPOSTAS E RESINAS COMPOSTAS MODIFICADAS POR POLIÁCIDO

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temas UV é que a profundidade de cura que pode ser atingida com a luz UV é consideravelmente menor que aquela obtida com a luz visível.

Em particular, existe um risco de polimerização incom- pleta com os sistemas UV quando usados em restaurações profundas, que poderia ser uma séria desvantagem em aplicações posteriores. Para compósitos polimerizados por luz UV, a profundidade máxima de polimerização é um pouco maior que 2,0 mm, enquanto para compósitos ALV, uma profundidade de polimerização de 3-4 mm é possível com uma boa fonte de luz e boa técnica.

Entretanto, a profundidade de polimerização é limi- tada para ambos os sistemas, e existe com frequência o risco de que as partes mais profundas da restauração não sejam completamente polimerizadas. Isso é um problema especialmente com as cavidades proximais de compósitos em dentes posteriores (Fig. 2.2.8). Todas podem parecer perfeitamente satisfatórias na superfície, mas a base da cavidades do compósito pode não estar completamente polimerizada, particularmente quando bandas de matriz de metal estão sendo usadas. Um alto grau de conversão de ligações duplas C=C nas resinas são altamente dese- jáveis para se alcançar ótimas propriedades mecânicas e isso está relacionado ao tempo de polimerização e à potência da unidade de fotopolimerização.

Qualquer falha na polimerização proporciona uma estrutura fraca para a restauração e pode levar à fratura. Isso é devido à ausência de suporte nas margens cervicais, causadas por rachaduras no material restaurador não polimerizado e o desenvolvimento de lesões de cáries recorrentes.

Existem vários pontos que necessitam ser enfatizados. A fonte de luz usada com compósitos ALV é mais preci- samente descrita como luz azul ao invés de luz visível de

intensidade extremamente elevada. Um típico aparelho de

fonte de luz visível de boa qualidade poderia produzir um espectro como demonstrado na Figura 2.2.9. A

seletividade é necessária para assegurar ótimo grau de polimerização e ótima profundidade de polimerização.

Para todos os compósitos ativados por luz, a conversão de uma pasta para um material sólido depende da capa- cidade de a luz acessar e iniciar a polimerização em todas as partes da restauração. O grau que a luz pode penetrar o compósito é limitado, de modo que a profundidade que o material pode ser polimerizado pode ser limitada. Vários fatores afetam a profundidade de polimerização:

O tipo de compósito. Quando a luz atinge o compósito,

ela é refl etida, dispersada e absorvida como mostrado na

Figura 2.2.10, e isso limita a quantidade de penetra-

ção que é alcançado. Essa é uma preocupação particular para os compósitos de matiz mais escuro, e especial cuidado deveria ser dado para polimerização em toda a profundidade da restauração, usando uma técnica de incrementos e longos períodos de exposição.

Fratura Compósito não polimerizado Cárie secundária 400 Int e nsidade da luz Comprimento de onda (nm) 600 500 Absorção e dispersão Reflexão Reflexão do fundo

Figura 2.2.10 Refl exão, dispersão e absorção de luz durante a polimerização do compósito.

Figura 2.2.8 Falta de correta polimerização de um compósito ALV na base de uma caixa proximal.

Figura 2.2.9 Espectro de luz para um fotopolimerizador de luz visível.

MATERIAIS DENTÁRIOS DE USO CLÍNICO

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A qualidade da fonte de luz. A polimerização de resinas em

compósitos ALV é mais efetiva se iniciada por uma luz numa faixa de comprimento de 450-500nm. A fonte de luz deveria ser projetada de modo que produzisse uma saída de luz máxima de 460-480nm, onde o máximo do coefi ciente de absorção da canforoquinona está locali- zado (Fig. 2.2.8). Assim, não é sufi ciente simplesmente ter uma saída de luz elevada, mas esta também deve estar dentro de um comprimento correto. Deterioração da fonte de luz também ocorre, e é importante que a qualidade da saída de luz seja avaliada em intervalos regulares. Uma variedade de medidores de luz baratos está atualmente disponível para esse propósito.

O método usado. A ponta do fotopolimerizador deveria

ser colocada o mais próximo possível da superfície da restauração, pois a efi ciência de polimerização diminui muito quando a ponta é afastada da superfície. De fato, a intensidade da luz numa dada unidade de área da superfície diminui com o inverso do quadrado da distância entre a fonte de luz e a resina, como mos- trado na Figura 2.2.11. Todos os esforços deveriam ser feitos para assegurar que a ponta do fotopolime- rizador não seja contaminada pelo compósito, uma vez que isso poderia reduzir a efi ciência da polimeri- zação quando do uso posterior. O material deveria ser exposto à luz por um período que não seja inferior ao recomendado, de modo que não exista o risco de uma subpolimerização. Para restaurações grandes, a ponta do fotopolimerizador pode não ser grande o sufi ciente para cobrir completamente a restauração e pode existir uma tendência a movimentar o aparelho sobre a superfície. Isso não deveria ser feito, pois é impossível determinar quanto tempo alguma área da superfície foi exposta. Se esta movimentação for rea- lizada, deve ser seguido compolimerização adicional, um ponto de cada vez. Para superfícies grandes, deveria ser assegurada que os sítios sejam sobrepostos.

Existe uma tendência por parte de alguns fabrican- tes em recomendar tempos de polimerização tão curtos quanto 20 segundos, uma vez que isso obviamente reduz o tempo necessário para execução de um procedimento em particular. Isso pode ser sufi ciente para aplicações nas quais apenas uma camada muito fi na de compósito tenha sido aplicada, mas será insufi ciente quando adotado em restaurações grandes. O tempo de polimerização deveria ser de no mínimo 40-60 segundos.

Em situações nas quais o acesso à luz é um problema, tais como cavidades distais de restaurações MOD com compósitos em dentes posteriores, recursos para auxi- liar a polimerização, como cunhas condutoras de luz e matrizes transparentes, devem ser consideradas. Polime- rização por períodos de tempo excessivamente longos, entretanto, não signifi ca atingir maiores profundidades de polimerização. A profundidade de polimerização para um determinado compósito usado em conjunto com uma determinada fonte de luz atinge um limite, que não pode ser excedido (Fig. 2.2.12). Assim, períodos de polimerização superiores há 60 segundos tendem a ser inefi cientes.

A interpretação dos valores para profundidade de poli- merização que são mencionados na literatura é repleta de difi culdades. Até agora, não existe nenhuma defi ni- ção recomendada para profundidade de polimerização, e uma vez que é altamente dependente da técnica, com- parações de resultados de fontes diferentes são quase impossíveis. A regra geral que deveria ser seguida é que uma profundidade de polimerização superior a 2 mm deveria ser evitada, e a fotopolimerização deveria ser de no mínimo 40 segundos. Se a cavidade a ser preenchida é mais profunda que 2 mm, uma técnica de incrementos deveria ser empregada.

Unidades de Fotopolimerização

Além da unidade

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