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Programa de Apoio à Iniciativa Privada Social (PAIPS)

2.2 OS PROGRAMAS DE INVESTIMENTO

2.2.3 Programa de Apoio à Iniciativa Privada Social (PAIPS)

O PAIPS é um programa de investimento criado em 1999, através da Resolução do Conselho de Ministros n.º 91/99, com o objetivo melhorar e aumentar a capacidade instalada, no segmento dos idosos, nomeadamente, as respostas sociais lar de idosos e centros de acolhimento temporário, para organizações privadas que operam nesta área no

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“O Programa Operacional Potencial Humano (POPH) é o Programa que concretiza a agenda temática para o potencial humano, inscrita no Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), que pretende, entre outras prioridades, conferir especial ênfase ao alargamento da rede de equipamentos sociais, contribuindo assim para uma melhoria efetiva no acesso e, sobretudo, na qualidade dos serviços prestados aos cidadãos e à própria comunidade.” link: http://www4.seg-social.pt/apoio-ao-investimento-a-respostas-integradas-de- apoio-social-poph, consultado em 4-9-2013.

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“Quando acoplado a lar Residencial ou residência autónoma ou a acoplar a estas respostas quando já pré- existentes” (aviso abertura n.º 5/2009, de 26 de fevereiro)

território continental. O programa esteve disponível até 2001 e tinha três vertentes de apoio financeiro: para equipamento, apoio ao emprego e apoio técnico13.

O PAIPS apoia financeiramente duas áreas, equipamentos sociais e criação de emprego para desempregados. Apoia financeiramente equipamentos sociais até um montante máximo de 80% das despesas de investimento elegíveis dos projetos. Estas incluem, segundo o art.º 9º da Resolução do Conselho de Ministros n.º 91/99 de 12 de agosto, a “aquisição da propriedade ou de outros direitos reais sobre imóveis; obras de adaptação, remodelação e ampliação; construção de raiz”, entre outras. O apoio financeiro para a criação de emprego pode ir até ao máximo de 10 postos trabalho por entidade, concedido pelo “Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), (…) sob a forma de subsídio a fundo perdido, de montante correspondente a 18 vezes o salário mínimo nacional.” (art.º 10º da Resolução do Conselho de Ministros n.º 91/99 de 12 de agosto). O apoio técnico versa a formação e qualificação específica de recursos humanos que trabalham nos estabelecimentos de apoio social, dotando-os de qualificações que permitam a melhoria dos serviços prestados. Esta formação é da responsabilidade do IEFP e solicitado pelas organizações (art.º 11º da Resolução do Conselho de Ministros n.º 91/99 de 12 de agosto).

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Link: http://www4.seg-social.pt/programa-de-apoio-a-iniciativa-privada-social-paips, consultado em 4-9- 2013.

3 Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos

Sociais (PARES)

O Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais (PARES) foi criado pela Portaria n.º 426/2006 de 2 de maio, com o propósito de “apoiar o desenvolvimento e consolidar a rede de equipamentos sociais” (art.º 2º), ao nível do território continental, estimulando a criação da capacidade instalada das respostas sociais nas áreas da infância e juventude, população idosa e pessoas com deficiência, contribuindo para a sua inclusão social, melhoria das suas condições de vida e criação de condições para a conciliação da vida familiar e laboral14 (Metelo et al., 2010; Port. n.º 426/2006 de 2 de maio). O programa destinava-se a IPSS ou equiparadas que desenvolvam trabalho nesta área e que estavam interessadas em investir. Aliada à criação de novas vagas está também a criação de novos postos de trabalho e o contributo para o desenvolvimento local.

A implementação do programa assenta fundamentalmente em duas diretrizes. Uma pretende dar continuidade ao planeamento efetivo das necessidades territoriais, priorizando os projetos em territórios com baixa cobertura e vulneráveis à exclusão social, com o intuito de corrigir as assimetrias existentes na distribuição da capacidade instalada. A outra pretende, através da utilização dos “recursos financeiros provenientes dos jogos sociais”14, estimular o investimento privado, privilegiando os projetos que recorram a um maior financiamento próprio, que pode ser obtido através de parcerias com outras organizações e/ou parceiros locais (Portaria n.º 426/2006 de 2 de maio)14.

O financiamento dos projetos no âmbito do programa PARES é composto por duas componentes:

• O financiamento privado que, segundo o n.º 7 da Portaria n.º 426/2006 de 2 de maio, é todo aquele que não seja comparticipado pelo programa. É a “soma do investimento não elegível e do investimento elegível não comparticipado”. É suportado pela entidade promotora, “designadamente através de recursos financeiros próprios, de doações de particulares, de recurso ao crédito, de financiamento decorrente de parcerias realizadas entre a entidade promotora e entidades diversas, nomeadamente autarquias locais e empresas privadas, ou de qualquer outro apoio público que não corresponda a financiamento, no âmbito do PARES”.

• O financiamento público, segundo o n.º 8 da Portaria n.º 426/2006 de 2 de maio, é o “investimento elegível comparticipado, no âmbito do PARES”. É solicitado pela entidade promotora em sede de candidatura, não podendo exceder 75% do investimento total elegível de referência, em sede de aviso de abertura de candidaturas, podendo ser fixados limites de financiamento público inferiores. Em 16 de janeiro de 2009, o governo publica a Portaria n.º 37/2009, com o objetivo de acelerar o progresso dos projetos em curso, financiando em mais 10% do montante elegível comparticipado, os projetos que consignem a obra até 30 de abril de 2009.

Importa ainda referir que, segundo a Portaria n.º 426/2006 de 2 de maio e o modelo de Contrato de Comparticipação Financeiro, as infraestruturas e os equipamentos financiados

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Link: http://www4.seg-social.pt/programa-de-alargamento-da-rede-de-equipamentos-sociais-pares, consultado em 4-9-2013.

ao abrigo do PARES estão afetos obrigatoriamente “em regime de permanência e exclusividade, aos fins para que foram financiados, durante o período mínimo de 20 anos” (n.º 5.2 do anexo - Portaria n.º 426/2006 de 2 de maio).

Os contratos de comparticipação financeira são assinados entre o ISS, IP, através dos seus Centros Distritais, e as entidades promotoras. O primeiro representa o governo e é responsável por “acompanhar, controlar e verificar a execução dos projetos tendo em vista o cumprimento de todas as obrigações da entidade promotora” (n.º 30 do anexo da Portaria n.º 426/2006 de 2 de maio). As entidades promotoras são IPSS ou equiparadas, que têm a responsabilidade da apresentação das candidaturas ao programa, bem como, a responsabilidade da execução de todo o projeto e financiamento privado (Portaria n.º 426/2006 de 2 de maio).

O programa apoia projetos para a aquisição, remodelação e construção de equipamentos sociais, abrangendo as seguintes respostas sociais (Metelo et al., 2010; Portaria n.º 426/2006 de 2 de maio)15:

• Creche, para a infância e juventude, com o objetivo de facilitar a conciliação da vida familiar com a vida profissional. A meta é aumentar em 50% a capacidade instalada.

• Serviço de apoio domiciliário e centro de dia, para a promoção de condições de autonomia às pessoas idosas, melhorando a resposta ao envelhecimento. A meta é aumentar em 10% a capacidade instalada.

• Lar de Idosos, para apoio às situações de maior dependência de pessoas idosas. A meta é aumentar em 10% a capacidade instalada.

• Resposta residencial e centro de atividades ocupacionais, para pessoas com deficiência para apoio e integração das pessoas com maior dependência, promovendo maiores níveis de integração e o pleno exercício da cidadania. A meta é aumentar entre 10% e 30% a capacidade instalada.