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Quadro 37 – Estruturas fraseológicas no inquérito D2-354 da cidade de Salvador Estruturas

fraseológicas

Freqüência

Contexto de ocorrência

Naquele tempo

13 (1). “Inf. 2. Nasci em mil novecentos e vinte e dois, onde minha mãe nasceu né? Minha nasceu em Brejuntes naquele tempo era distrito de Amargosa né? Hoje... é cidade, meu pai nasceu aqui em Salvador”. (linhas 9-10)

(2). “Inf. 2. Fui alfabetizada lá, mas fiz o curso primário completo aqui em Salvador numa escola particular e o último ano também porque naquele tempo tinha o quarto ano primário e eu fiz no Notorensio e o curso fundamental nos Perdões, nos Perdões, depois fiz o curso normal aqui, na escola normal, aqui, terminei o curso em quarenta né... curso pedagógico naquele tempo era normal né? Normal”. (linhas 17- 20)

(3). “Inf. 2. É naquele tempo, era muito exigente...

Inf. 1. Era muita exigência e naquele tempo, a tal da idade, quer dizer, a da escola, todo mundo sabia a pobre da velha, Dona B. e ela era conhecida assim, pobre da velha, pobre da velha, então a velha muito exigente e gostava de todas as supervisoras e então ela dizia apanhe, ali, em tal clínica isso assim, então eu fui depressa”. (linhas 134-138)

(4). “Inf. 2. E naquele tempo, os namoros, era um namoros simples, ficava ali mesmo não era?” (linha 442)

(5). “Inf. 2. [...] eu mesmo, eu saía vendendo, naquele tempo era... pão de mel”. (linha 454)

(6). “Inf. 2. [...] naquele tempo nós não tínhamos medo de chegar tarde em casa, também naquele tempo nós não chegávamos tarde em casa, nós saíamos de noite né? E tinha muito o intensivo, era muito puxado”. (linhas 481-483)

(7). “Inf. 1. Era porque naquele tempo, a escola não seguia o currículo universitário, né? Nós só tínhamos quinze dias de férias no final do ano e uma semana em julho, não tinha feriado, não, carnaval”. (linhas 487-488)

(8). “Inf. 1. Teatro, então eu ensinava a eles, coitado, já estava tudo preparado, eu não vou frustrá-lo, mas naquele tempo não existia a palavra frustrar não, eu não vou decepcioná-lo não, aí fiquei, passei de março, abril, maio, junho, julho e não morri (risos)”. (linhas 583-585)

(9). “Inf. 1. Eu estou há vinte anos na Petrobrás... Inf. 2. É o mesmo tempo que eu tenho na Legião... Inf. 1. Legião?

Inf. 2. É naquele tempo...

Inf. 1. Grande diferença daqueles tempos pra agora, naquele tempo disseram que era pra dar para donas de casa...

Inf. 2. Ah, é, ainda é o bairro de Canela, era para fazer a Saúde Pública, os estágios né?” (linhas 622-628)

Hoje em dia 1 (1). “Inf. 2. Não mais e hoje em dia poucas pessoas não têm Instituto né? As domésticas todas têm, a gente não tem, às vezes também o pai paga o Instituto, mas não tem o cartão, não tem o cartão do Instituto”. (linhas 766-767)

Em quarenta 1 (1). “Inf. 2. Fui alfabetizada lá, mas fiz o curso primário completo aqui em Salvador numa escola particular e o último ano também porque naquele tempo tinha o quarto ano primário e eu fiz no Notorensio e o curso fundamental nos Perdões, nos Perdões, depois fiz o curso normal aqui, na escola normal, aqui, terminei o curso em quarenta né... curso pedagógico naquele tempo era normal né? Normal”. (linhas 17- 20)

Os nossos tempos

1 (1). “Inf. 2. O que estou achando da cidade hoje, comparando com os nossos tempos (risos) quais as dificuldades que nós tínhamos [...]”. (linhas 36-37)

Até hoje 7 (1). “Inf. 1. Eu aqui só tenho nelvralgia, como essa noite eu tive pela manhã é horrível e eu vou pra cama, uma vez eu tive quase pneumonia, minha irmã que me tratou, me levou pra casa dela, recém-casada e eu sou gratíssima até hoje”. (linhas 50-52)

(2). “Inf. 1. Você gostaria de voltar a morar ali? É uma morada pequena muito adequada, a minha professora quando eu fui pra escola na hora de se despedir até hoje parece que eu estou sentindo, eu tinha seis anos, como eu sofri, depois veio a outra mais velha, H., tava até freqüentando a mesma escola, eu tomei até uma surra, uma vez, porque ela era muito alta, gorda e eu magrinha, na espinha, então ela era

umas das pessoas fortes e aí falaram mas você é irmã de H. é? Você é magrinha, ela é gorda, corada, e tal e eu achava muito bonito dizer parte de pai, parte de mãe, irmã, e eu dizia porque eu sou irmã dela por parte de pai, aí ela disse ah, é, então por isso que você é diferente, ela ouviu e disse em casa minha mãe H. está espalhando na escola que eu sou irmã dela por parte de pai, minha mãe menina, o quê? Mas como você está né? Que promessa, uma grande mentirosa, e o que é isso, aí eu tomei uma surra, nunca mais eu falei na escola”. (linhas 117-126)

(3). “Inf. 1. É e até hoje, eu tenho colegas que chamam ela de mãe, mãe porque ela é maternal mesmo, eu ia pra casa dela e lá nós estudávamos no quintal, mas o curso é muito puxado, muito puxado, não era o curso intensivo?

Inf. 2. Mas, a nossa turma era muito unida, até hoje”. (linhas 295-298) (4). “Inf. 2. Ah, O. é inesquecível da turma até hoje”. (linha 338)

(5). “Inf. 1. Ah, sim, só foi, ele disse olhe volte aqui pra me dá notícias, viu, volte aqui pra me dá, aí eu paguei o dinheiro que minha prima me emprestou, G., aí eu voltei fiquei na sala de espera, todo mundo entrando e eu disse ih meu Deus, eu não posso entrar aí, tem que pagar nova consulta e dessa vez ela não me arranjou, G., minha prima, aí eu escrevi sono o sinal mais, memória o sinal menos, desejo uma medicação para inverter os termos, não tenho médico ainda, porque a minha situação financeira não permite, aí a moça disse, a senhora aguarda, aí ele foi lá e depois quando ela vem, ele mandou dizer que senhora entrasse, eu disse a senhora entregou o bilhete a ele? Aí ela disse entreguei, mas ele disse que a senhora fosse lá, quando eu entrei ele estava se acabando de rir com um jornal, rindo, aí eu sentei aqui e tal, e ele disse olhe eu vou prescrever outra medicação, então abriu a gaveta, aí eu fiquei tão assustada porque eu não paguei a consulta, ele abriu a gaveta pra me dar amostra, aí eu disse não, não precisa não, eu compro, aí ele disse ôh e o bilhete, eu digo ah sim, mas foi muito boa aquela, tá é o que mais, quer dizer, foi o que mais marcou todo mundo até a granfinas, as granfinas não que elas não admitiam, ela não admitia o seguinte ser chamada de granfina né? Ela dizia olhe, O., nós não somos granfina, porque o nível social muito mais elevado né? E até hoje elas dizem todas, né?”. (linhas 346-361).

(6). “Inf. 1. A operação num sabe... e eu disse minha Nossa Senhora, vamos gente, vamos cantar, depois do almoço, soltei dez minutos antes, depois do almoço E., E você passe lá em casa pra eu ir na casa de um médico amigo meu, você me procure que eu soluciono esse problema, ele tá certo... tá certo, menina aí eu cheguei em casa aí a mulher do médico, dona N. disse O..., hoje tem o que você adora, eu disse ‘o que é?’ ‘Galinha de molho pardo’, ‘ah, que beleza’, ela disse ‘tá doente?’ Aí eu disse ‘mais ou menos’... a aritmética do menino, e eu disse ‘meu Deus’, o professor... estou desmoralizada, eu só pensava nisso e eu mais ou menos, não estou muito bem não, quer dizer, o medo, e ela, ‘o que é?’ ‘O que é?’ O medo que você fosse no Marista, ‘me ajude’, ‘o que O.?’ ‘Me fale de Medicina, minha amiga, hoje eu só sei Medicina, nada de Matemática e Matemática’, eu digo ‘meu Deus’, estava São Gerônimo e a sogra dele, a mãe da dona da casa, aí tinha um São Gerônimo, assim sentada... até hoje eu rezo sempre a ele, porque ele fez um milagre, eu considero, porque o aperto que eu estava, eu considero, eu queria morrer... queria morrer, menina, e ele tava assim, o Leão junto... o Leão e ele aqui com o livro aí eu disse ah! Meu São Gerônimo, ajoelhada, meu São Gerônimo, me socorra, eu vou ficar desmoralizada, num centro de responsabilidade... eu vou ficar desmoralizada... eu tenho que ir embora, meu Deus, meu São Gerônimo, eu me sentei, não fui almoçar, menina, e está todo mundo reunido, depois, quando eu tiver fome eu lhe digo, todo mundo almoçando e eu paim paim, meu São Gerônimo, minha filha, eu cheguei a conclusão porque tinha resultado, mas a... a... engrenagem, a solução para chegar a aquela conclusão sabe? Eu não me lembrava, trajano como se fosse o pai do curso superior, já pensou? Menina quando eu a... o... vi, eu vou esperá-lo, contei a ela, ela viu a recusa do marido, o fora, aí eu na janela, quando lá vem ele e um grupo de cinco, um time, seis e ele com a bola, e eu disse Enaldo venha cá desde o hoje que eu lhe espero menino, ele disse o que é? Eu disse o seu livro, menino, e o problema? Aí ele disse, ah, dona O., eu vou cuidar da minha bola (risos), oh, meu Deus”. (linhas 888-912)

Este ano Na época

1 2

(1). (Sobre roupa de frio)

adquirir, pra trazer pra qui pra guardar... Inf. 2. Foi de avião?

Inf. 1. Não, na época, eu fui de ônibus... Inf. 2. Foi?

Inf. 1. Foi, foi até na época pela empresa eu até gostei... Inf. 2. Uma viagem boa?

Inf. 1. Boa, hein?” (linhas 69-76) Há um tempo

atrás

1 (1). “Inf. 1. Há um tempo atrás me chamaram pra um show de Psiri (inint) e eu falei só se for à tarde porque à noite eu não saio”. (linhas 95-96)

Há vinte e seis anos passados, vinte e cinco ou mais vinte e nove

1 (1). “Inf. 1. E ele, sim, me convidou pra ser madrinha, seria no dia seguinte e eu não teria tempo porque o estágio era até tarde e eu não teria tempo de ir ao salão, então eu fiz a unha e ia com um cuidado assim (o informante demonstra como fazia para ter cuidado), mas ela percebeu, quando eu peguei na pinça, ela disse, dona O., aí eu disse que é, unhas anti-profissionais, eu disse ah, mas porque amanhã é a formatura do C., era C., mas eu chamada C., é a formatura do C., dona I., e eu não vou ter tempo de ir ao salão e é cedo a missa, e ela disse não senhora, faz favor de tirar, imagine o dinheiro todo que eu tinha (risos), hoje não né? O salário melhorou muito, mas eu era professora primária, uma babá de europita mil réis, e isso há vinte e seis anos passados, vinte e cinco ou mais vinte e nove [...]”. (linhas 148-156) Em trinta e oito Em quarenta e sete Em quarenta e oito Dez anos depois 1 1 2 1

(1). “Inf. 1. Onde estava a... Inf. 2. A família dele?

Inf. 1. A família dele, esposa, mãe, filha e etc., mas ele achou e decaptou as três que ou não sei se foi isso, porque isso foi em trinta e oito viu? Em quarenta e sete... Inf. 2. Em quarenta e oito...

Inf. 1. Em quarenta e oito, dez anos depois eu tive aquela reação, quando eu vi a cabeça do velho eu acho que eu associei porque eu não me lembro, estava no subconsciente, porque eu não me lembro, eu sei que foi assim, uma coisa assim, uma reação que eu tive, e as colegas M. D., O. você conhecia ele, eu digo não”. (linhas 239-246) Há vinte e cinco anos Esse ano 1 1

(1). “Inf. 2. É a única turma que se reúne né? É a nossa...

Inf 1. Há vinte e cinco anos né? E nos reunimos, todo nove de dezembro... Inf. 2. Todos os anos né?

Inf. 1. Agora esse ano eu não vou mais não, porque eu vou tá lá de cacetete na mão, precisa acabar com isso Z.”. (linhas 301-304)

Há muito tempo

1 (1). “Inf. 1. Pois é, conte agora as suas Z., me lembre, vamos relembrar há muito tempo que nós não nos encontramos, mas graças a Deus você foi tão feliz com seus filhos, suas jóias, é como a mãe dos G., eu não posso me esquecer disso da história universal e uma... uma pote errada mostrando as jóias e a lua olhando e admirando e ela disse e você não tem jóias e ela tá com dois, ela disse eis as minha jóias e foram os G. né? Como se diz que fizeram muito pelo mundo, que são os G. né? Então você também Deus lhe deu duas jóias, alunos que receberam medalhas, você sempre teve muito equilíbrio, quando eu dizia, oh, Z. eu não tolero Psicologia, você dizia ‘ah, O. eu gosto’, eu gosto mais de coisas concretas assim que eu pegue, ‘ah mas O. é tão bonito o estudo da alma’”. (linhas 312-319)

Quando nós nos reunimos

1 (1). “Inf. 1. Quando nós nos reunimos, foi o melhor tempo, foi a melhor época, quer dizer, todas muito bem casadas, realizadas, com os filhos normais, algumas já com netos, mas todas dizem foi a melhor época da minha vida, T., M. D., os passeios né?”. (linhas 363-365)

De cinqüenta e dois

1 (1). “Inf. 2. Não, mas era uma turma muito animada, muito alegre, muito conhecida, na escola, já sabia da turma de cinqüenta e dois”. (linhas 379-380)

Em trinta e três Em trinta e quatro 1 2

(1). “Inf. 1. Em Bebedourro? Olhe eu passei, eu fui em março viu? E em outubro os cangaceiros entraram lá, não eu fui em março, e eu me formei em, tão longe menina, essas coisas do século passado, eu não consigo me lembrar, per´aí, eu me formei em trinta e três... em trinta e quatro foi a minha primeira investidura não sabe? Por isso que nas festas quando me chamavam pra dançar eu dizia não sei mais, a última vez que dancei foi com D.Pedro II (risos), sim, minha primeira investidura foi em trinta e quatro” . (linhas 547-551)

Em trinta e oito

2 (1). “Inf. 1. [...] acabasse de morrer fora do ambiente dela pra eu beber aquela água, usava dois dedos, então aí eu bebia o que tava por cima e aí eu pensei eu vou

Em março de sessenta e oito No princípio de novembro 1 1

morrer... eu vou morrer e eu quero ir pra lá, apaixonada... apaixonada um grande amor da minha vida (risos) que eu tinha, não (inint), sim... aí ele me deixou ensinando na sede e aí eu tava muito bem ensinando com a minha irmã e tudo, mas a segunda vez que eu fui em trinta e oito eu tive que ir pra lá, tava tinha mais progresso e tudo foi quando os cangaceiros entraram para lá, foi em trinta e oito, foi quando Lampião morreu... morreu em julho, quer dizer passamos março e abril lá, depois mandaram me buscar, o prefeito mandou me buscar, e eu fui embora por causa da a travessia, catorze léguas atravessa o rio Cláudia Barris catorze vezes e são catorze léguas, as catorze vezes, cada légua uma virada do rio, aí eu ia a cavalo assim, aí eu saía da cela e o que ia me levando dizia, mas a senhora parece uma cigana, e eu leve, leve, viajando à cavalo, botava pra estipar, vai, sim, e depois eu passei , fui em março de sessenta e oito... fui em março e fiquei até outubro, novembro, porque o prefeito, eles entraram em outubro... os cangaceiros e em novembro o prefeito mandou me buscar, no princípio de novembro, aí eu disse não eu vou até o dia 15 porque eu preparei trabalhos pra exposição e dramas, a gente preparava dramas pra exposição que a gente fazia não era Z. antigamente?” (linhas 566-581)

Há vinte anos 1

(1). “Inf. 1. Eu estou há vinte anos na Petrobrás...

Inf. 2. É o mesmo tempo que eu tenho na Legião”. (linhas 622-623) Daqueles

tempos

1 (1). “Inf. 1. Eu estou há vinte anos na Petrobrás... Inf. 2. É o mesmo tempo que eu tenho na Legião... Inf. 1. Legião?

Inf. 2. É naquele tempo...

Inf. 1. Grande diferença daqueles tempos pra agora, naquele tempo disseram que era pra dar para donas de casa...

Inf. 2. Ah, é, ainda é o bairro de Canela, era para fazer a Saúde Pública, os estágios né?” (linhas 622-628) De uns tempos pra cá Até uns três anos atrás 1 1

(1). “Inf. 2. Bem, venho atendendo assim, agora, de uns tempos pra cá é que está nessa faixa de plano de idade e pediatria, mas até uns três anos atrás era somente de recuperação e reidratação, e a gente se sentia assim, mas não era, rotina não, rotina a qualquer casa que chega e não volta”. (linhas 748-750)

Até ano passado

1 (1). “Inf. 2. É aí eu... aí na Paróquia São Cosme né? Até ano passado eu dei umas aulas do que foi possível de enfermagem e pretendo me aposentar ainda e continuar a fazer o que eu gosto”. (linhas 801-802)

Daqui a mais uns dois ou três anos

1 (1). “Inf. 2. É quer dizer, a aposentadoria já estou requerendo, eu acho que daqui a mais uns dois ou três anos, porque já tive outros tempos”. (linhas 809-810)

De novembro pra cá

2 (1). “Inf. 2. Eu sempre tive essa conjuntivite, agora... de novembro pra cá... eu piorei de novembro pra cá, agora eu não sei se sou alérgica né? Agora alergia a quê?”. (linhas 819-820)

Quadro 38 – Estruturas fraseológicas no inquérito D2-357 da cidade de Salvador

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