• Nenhum resultado encontrado

Conclusões, implicações e recomendações

1.19 Recomendações para pesquisas futuras

Esta pesquisa trouxe uma interpretação a respeito da aprendizagem profissional de dez gerentes gerais de agências da Caixa Econômica Federal da Região Metropolitana do Recife. Os dados obtidos no estudo, levaram a algumas conclusões as quais já foram apresentadas na

primeira seção deste capítulo. Alguns dos dados que foram coletados não puderam ser detalhados uma vez que não eram foco deste documento, entretanto serviram para aguçar a curiosidade do pesquisador. Tendo essa curiosidade acadêmica como fonte, esta seção aponta para possibilidades de pesquisas a serem desenvolivdas no futuro.

1) Diante do que se encontrou nesse estudo, as comunidades de prática pareceram ser uma boa possibilidade de estudo dentro da Caixa Econômica Federal. O estudo aqui descrito tem o seu foco bem estabelecido dentro da área geográfica da Região Metropolitana do Recife, um estudo mais aprofundado sobre o tema com funcionários de outras regiões e com profissionais de outros níveis hierárquicos seria uma rica oportunidade de comparação entre os resultados. Um estudo que se voltasse exclusiva e especificamente para as comunidades de prática poderia atestar sua existência e os seus benefícios de uma forma mais ampla assim como verificar a forma como diversas delas interagem. Outra alternativa seria identificar as barreiras para a participação dos gerentes nesse tipo de comunidade e os possíveis malefícios que estas podem apresentar.

2) As entrevistas realizadas durante essa pesquisa levantaram dúvidas que não eram foco desta pesquisa e que não puderam ser profundamente esclarecidas. O desenvolvimento de estudos que mostrem quais são as barreiras para a aprendizagem dos gerentes pareceu ser um caminho para uma compreensão mais ampla do processo de aprendizagem desses profissionais, além de representar um conhecimento que também pode ser diretamente aplicado no contexto prático vivido pelas empresas. 3) Também se indica a possibilidade de realizar o mesmo estudo diante do contexto dos gerentes em outras instituições bancárias. A opção por bancos privados pode levar a resultados relevantes e complementares por se tratar de uma realidade diferente da que se encontra na Caixa.

4) Sobre o conteúdo da aprendizagem, uma opção de pesquisa poderia versar sobre as influências das organizações no que se aprende em seus domínios. Mostraram-se indícios de que as empresas podem indicar os caminhos a serem percorridos no desenvolvimento profissional de seus empregados. Um estudo que abordasse esse tema, mais específicamente o modelo de gestão de pessoas por competências, seria uma oportunidade de comprovar ou derrubar essas suspeitas.

Referências

AKIN, G. Varieties of managerial learning. Organizational Dynamics, p.36-48, Autumn, 1987.

ARDICHVILI, A.; PAGE, V.; WENTLING, T. Motivation and barriers to participation in virtual knowledge-sharing communities of practice. Journal of Knowledge Management, v. 7, n. 1, p. 64-77, 2003.

AZEVEDO, S. D.; DIAS, S. M. R. C. Mentoria e comprometimento organizacional: o caso das secretárias executivas da Universidade Federal de Pernambuco. XXVI ENANPAD, Salvador, Bahia, 2002.

BIEREMA, L. How executive women learn corporate culture. Human Resource

Development Quarterly, v. 77, n. 2, p. 145-164, Summer, 1996.

BOUD, D.; MIDDLETON, H. Learning from others at work: communities of practice and informal learning. Journal of workplace learning, v. 15, n. 5, p. 194-202, 2003.

BROADBRIDGE, A. Mentoring in retailing: a tool for success? Personnel Review, v. 28, n. 4, p.336-355, 1999.

BROWN, J.; DUGUID, P. Organizational learning and communities-of-practice: toward a unified view of working, learning, and innovation. Organizational Science, v. 2, n.1, p. 40- 57, feb, 1991.

BROWN, J.; COLLINS, A.; DUGUID, P. Situated cognition and the culture of learning.

Educational Researcher, v. 18, n. 1, p. 32-42, jan./fev. 1989.

CALADO, S. M. R. Feedback de pares como ferramenta estratégica. In: VIEIRA, M. M. F.; OLIVEIRA, L. M. B. Administração contemporânea: perspectivas estratégicas. São Paulo: Atlas, p. 205-284, 1994.

CANDY, Y. Understanding the individual nature of learning. _______. Self direction for

lifelong learning: a comprehensive guide to theory and practice. San Francisco: Jossey-

Bass, 1991.

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. Manual Normativo de Gestão de Pessoas por

Competências. Brasília, 2004.

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. Caixa Econômica Federal. Recife, 2005. Disponível em http://www.caixa.gov.br/acaixa/index.asp. Acesso em 30 de março de 2005.

CHANDLER, A. D. Organizational capabilities and the economic history of the industrial enterprise. Journal of economic perspective, v. 6, n. 3, p. 79-100. Summer, 1992.

CHANLAT, A.; BÉDARD, R. Palavras: a ferramenta do executivo. In: CHANLAT, J. (Org.)

O indivíduo na organização: dimensões esquecidas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1996, p. 125-

CLIFFORD, J. P. Job analysis: why do it, and how should it be done? Public Personnel

Management. v. 23, n. 2, p. 321-340. summer, 1994.

CRAINER, S. Os revolucionários da administração: um guia indispensável dos pensadores e sua idéias que criaram e revolucionaram a administração e o mundo dos negócios. São Paulo: Negócio Editora, 1999.

DAUDELIN, M. W. Learning from experience through reflection. Organizational

Dynamics. p. 36-48, Winter, 1996.

DAVIES, J.; EASTERBY-SMITH, M. Learning and developing from managerial work experiences. Journal of Management Studies, v. 21, n. 2, p. 169-183, 1984.

DRUCKER, P. E assim começa o milênio. HSM Management. Rio de Janeiro, mar./abr. 2000.

DRUCKER, P. O advento da nova organização. In: Gestão do conhecimento. 7. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2001

EASTERBY-SMITH, M.; SNELL, R.; GHERARDI, S. Organizational learning: diverging communities of practice. Management Learning, v. 29, n. 3, p. 259-272, 1998.

EISENHARDT, K. M. Building theories from case study research. The Academy of

Management Review, v. 14, n. 4, p. 532-550, Oct. 1989.

FLEURY, A.; FLEURY, M. A. Competência e aprendizagem organizacional. In: _______.

Estratégias empresariais e formação de competências: um quebra-cabeça caleidoscópico

da indústria brasileira. 2. ed., p. 17-33, São Paulo: Atlas, 2001.

FOX, S. From management education and development to the study of management learning. In: BURGOYNE, J.; REYNOLDS, M. (Ed.). Management learning: Integrating

perspectives in the theory and practice. London: Sage, 1997.

GERSICK, C. J. G.; BARTUNEK, J. M.; DUTTON, J. E. Learning from academia: the importance of relationships in professional life. Academy of Management Journal, v. 43, n. 6, p. 1026-1044, Dec. 2000.

GHERARDI, S.; NICOLINI, D. The organizational learning of safety in communities of practice. Journal of Management Inquiry, v. 9, n. 1, p. 7-18, mar, 2000.

GHERARDI, S.; NICOLINI, D.; ODELLA, F. Toward a social understanding of how people learn in organizations. Management Learning, v. 29, n. 3, p. 273-297, 1998.

GLASERSFELD, E. V. A construção do conhecimento. In: SCHNITMAN, D.F. (org.).

Novos paradigmas, cultura e subjetividade. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.

GONGLA, P; RIZZUTO, C. R. Evolving communities of practice: IBM global services experience. IBM Systems Jornal, v. 40, n. 4, p. 842-862, 2001.

HIGGINS, M. C., KRAM, K. E. Reconceptualizing mentoring at work: a developmental network perspective. Academy of Management Review, v. 26, n. 2, 2001. p. 264-288.

HILL, L. A. Novos gerentes: assumindo uma nova identidade. São Paulo: Makron Books, 1993.

JARVIS, P. Adult learning in the social context. New York: Croom Helm, 1987. KATZ, R. L. As habilitações de um administrador eficiente. Coleção Harvard de

Administração. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1986.

KIM, D. The link between individual learning and organizational learning. Sloan

Management Review, v. 35, n. 1, p. 37-50, Fall, 1993.

KOLB, D. A. A gestão e o processo de aprendizagem. In: STARKEY, Ken. Como as

organizações aprendem: relatos de sucesso das grandes empresas. São Paulo: Futura, 1997.

KOTTER, J. O que os gerentes gerais eficazes realmente fazem. In: _______. Afinal, o que

fazem os líderes: a nova face do poder e da estratégia. Rio de Janeiro: Campus, 2000.

KRAM, K. Phases of the mentor relationship. Academy of Management Journal, v. 26, n. 4, p. 608-625, 1983.

KRAM, K.; ISABELLA, L. Mentoring alternatives: the role of peer relationships in career development. Academy of Management Journal, v. 28, n. 1, p. 110-132, 1985.

LA PARO, M. E. Health care middle managers: what and how they learn. 1991. 219 f. Dissertation (Doutorado em Educação) – Teachers college, Columbia University, USA.

LARANGEIRA, Sônia M.G. Reestruturação produtiva no setor bancário: a realidade dos

anos 90. Educ. Soc. [online]. dez. 1997, vol.18, no.61, p.110-138. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101- 73301997000400006&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 16 março 2004.

LAVE, J.; WENGER, E. Situated learning: legitimate peripheral participation. Cambridge, UK: Cambridge University Press, 1991.

LUCENA, E. A. A aprendizagem profissional de gerentes-proprietários do setor de

varejo de vestuário de Florianópolis. 2001. Tese (Doutorado) – Curso de Pós-Graduação

em Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2001. MARSHALL, J.; STEWART, R. Manager’s job perceptions. Part I: Their overall framework and working strategies. Journal of Management Studies, v. 18, n. 2, p. 177-190, 1981. MCCALL, M. Developing executives through work experience. Human Resources

Planning, v. 11, n. 1, p. 1-11, 1988.

MCCAULEY, C. D. Developmental experiences in managerial work: a literature review. Greensboro, USA: Center for Creative Leadership, 1986. 26 p. Technical report n. 26. MELO, M. C. O gerente e a função gerencial nas organizações pós reestruturação

produtiva. VI Encontro Nacional de Estudos do Trabalho, Belo Horizonte, Minas Gerais,

1999. Disponível em: <http://www.race.nuca.ie.ufrj.br/abet/vienc/st.htm>. Acesso em 15 de março de 2004.

MERRIAM, S. Mentors and protégés: a critical review of the literature. Adult Education

Quarterly, v. 33 , n. 3, p. 161-173, Spring, 1983.

MERRIAM, S. Qualitative research and case study application in education. San Francisco: Jossey-Bass, 1998.

MERRIAM, S.; CAFFARELLA, R. Learning in adulthood: a comprehensive guide. 2. ed. San Francisco: Jossey-Bass, 1999.

MEZIROW, J. Contemporary paradigms of learning. Adult Education Quarterly. V. 46, n. 3, p. 158-173, spring, 1996.

MEZIROW, J. Transformative dimensions of adult learning. San Francisco: Jossey-Bass, 1991.

MEZIROW, J. A critical theory of adult learning and education. Adult Education, v. 32, n. 1, p. 3-24, Fall, 1981.

MINTZBERG, H. The manager’s job: folklore and fact. Harvard Business Review, v.5, n.4, p. 49-61, jul./ago. 1975.

MORENO, Alfredo. Enhancing knowledge exchange through communities of practice at the Inter-American Development Bank. Aslib Proceedings. V. 53, n. 8, p. 296-308, sep. 2001. MORGAN, G.; SMIRCICH, L. The case for qualitative research. Academy of Management

Review, v. 5, n. 4, p. 491-500, 1980.

PATTON, M. Q. Qualitative research & evaluation methods. 3. ed. London: Sage, 2002. PRAHALAD, C.; HAMEL, G. The core competence of the corporation. Harvad Business

Review, v. 68, issue 3, p. 79-91, may/jun. 1990.

PRUSAK, L. Where did knowledg come from? IBM System Journal, 40 (4): 1002-1007, 2001.

RICHTER, I.Individual and organizational learning at the executive level. Management

learning, v. 29, n. 3, p. 299-316, 1998.

RICHTER, I. Executive learning and organizational learning: diffuse power or dominant potencial?. Congress of Organizational Learning, 1. Lancaster, June, 1999.

ROCHE, G. Much ado about mentors. Harvard Business Review, v. 57, n. 1, p. 14-28, Jan./Feb. 1979.

SILVA, A. B.; REBELO, L. M. B.; CUNHA, C. J. C. A. Aprendizagem gerencial: a perspectiva da experiência vivida. XXVII ENANPAD, Atibaia, São Paulo, 2003.

SILVA, M. A.; MORAES, L. V. S.. A aprendizagem gerencial dos professores que se

tornam dirigentes universitários: o caso da UDESC. XXVII ENANPAD, Atibaia, São

Paulo, 2003.

STEWART, T. A. Capital intelectual: a nova vantagem competitiva das empresas. Rio de Janeiro: Campus, 1998.

STRAUSS, A.; CORBIN, J. Basics of qualitative research: techniques and procedures for developing grounded theory. 2. ed. Thousands Oaks, USA: Sage, 1998.

TAYLOR, S.; BOGDAN, R. Introduction to qualitative research methods: the search for meanings. 2. ed. USA: John Wiley and Sons, 1984.

WENGER, E. Communities of practice: the social fabric of a learning organization. The

Healthcare Forum Journal, v. 39, n. 4, p. 20-26, jul/aug 1996.

WENGER, E. Communities of practice: a brief introduction. Disponível em http://www.ewenger.com. Acesso em 03 de julho de 2004.

WENGER, E.; SNYDER, W. M. Comunidade de prática: a fronteira organizacional. In: Aprendizagem Organizacional. Série Harvard Business Review. Rio de Janeiro: Campus, 2001.

YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001. ZEY, M. G. A mentor for all reasons. Personnel Journal. 1988, p. 46 – 51.

APÊNDICE A – Carta de apresentação enviada aos