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Relação entre ingressos X formados da UFRJ

No documento – PósGraduação em Letras Neolatinas (páginas 48-50)

1. OS CURSOS DE LETRAS PORTUGUÊS/ITALIANO NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO

1.4 Ingressos e conclusões no Curso de LPI nas IES do Estado do Rio de Janeiro

1.4.3 Ingressos e conclusões no Curso de LPI da UFRJ

1.4.3.3 Relação entre ingressos X formados da UFRJ

A relação entre os alunos ingressantes e alunos formados em LPI na UFRJ pode ser visualizada através do gráfico a seguir.

(figura 20)

Como demonstrado no gráfico acima, é possível ver a relação entre o ingresso e a conclusão dos alunos de graduação do curso de LPI na UFRJ. Na coluna da esquerda, de cor azul observa-se o número de ingressos, na coluna da direita e de cor vermelha é possível ver o número de alunos formados a cada ano.

O desempenho da UFRJ na conclusão dos alunos de LPI foi a superior ao número de ingressantes nos anos de 2004, 2005 e 2006. Porém, a partir de 2007, não houve nenhum ano, até a presente data, onde o número de formados fosse igual ou superior ao número de ingressantes.

As informações apresentadas, sobre o número de alunos ingressantes e formados em LPI, são muito relevantes para esta pesquisa, pois a grande evasão comprovada pelos números disponibilizados pelas secretarias e pelos sites das IES/RJ é o que motivou a realização da investigação das motivações e expectativas dos alunos de LPI.

Ao investigar as causas da evasão discente no curso de LPI das IES/RJ um fator que se demonstrou intrinsecamente ligado à motivação e às expectativas dos alunos é a política linguística, que será tratada no próximo capítulo.

2004. 2005. 2006. 2007. 2008. 2009. 2010. 2011. 2012. 2013. 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45

2. A IMPORTÂNCIA DAS POLÍTICAS LINGUÍSTICAS NO ESTUDO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS NO BRASIL. O ENSINO DA LÍNGUA ITALIANA E O CONTATO LINGUÍSTICO ENTRE O ITALIANO E O PORTUGUÊS

Este capítulo destina-se a conduzir um estudo sobre as políticas linguísticas ligadas ao ensino de língua estrangeira no Brasil e focar no ensino da língua italiana, noções teóricas, práticas de ensino de língua estrangeira e o contato entre a língua italiana e a língua portuguesa do Brasil.

Quando se fala de políticas linguísticas no Brasil imediatamente se reporta aos Parâmetros Curriculares Nacionais - documento norteador dos parâmetros de ensino em todo território nacional-, doravante PCNs. Tal documento menciona que deve existir uma pluralidade quanto a escolha de língua estrangeira ensinada na escola pública. Logo, o eixo existente entre a língua inglesa e a necessidade de ser veiculada como língua estrangeira obrigatória nas escolas brasileiras não deve ser imposto. Deve-se empregar como língua estrangeira uma língua que contemple o estudante, seja culturalmente, ou de modo prático. Nesses quesitos a língua italiana foi selecionada para ser ensinada em escolas que estão próximas a comunidades de imigrantes italianos e/ou seus familiares ou escolas que buscaram uma alternativa à língua inglesa ou à língua espanhola.

Porém, não é sempre que esta pluralidade ocorre nas escolas onde a língua estrangeira é ensinada. O inglês é visto por grande parte da população como uma língua global e economicamente mais interessante a ser aprendida devido ao grande número de multinacionais que utilizam a língua, tanto por questões de comunicação interna, ou por culpa do país de origem da empresa que opta pelo uso de sua língua materna.

Com uma demanda grande de alunos e o fato da escola não contemplar plenamente as necessidades do estudante de língua estrangeira, o mercado dos cursos livres está aquecido e crescendo a cada dia, abrindo oportunidades para as empresas lucrarem com o ensino de língua estrangeira. Tais cursos, por outro lado, oferecem opção aos alunos para poderem entrar em contato com uma língua estrangeira não oferecida na escola.

"As necessidades de comunicação entre as pessoas que não falam a mesma língua nunca foram tão expressivas. É o que vemos, por exemplo, no contexto geopolítico ocidental, com os avanços da União Européia e a abertura de suas fronteiras para o leste do continente europeu, com os fluxos turísticos e comerciais em uma rede de intercâmbios doravante globalizada e com as migrações populacionais, livres ou controladas."(MARTINEZ, 2009, p.9)

Conforme afirma Martinez (2009), existem diversos fatores de importância para o aumento no interesse em estudar línguas estrangeiras: o crescimento do fluxo migratório de pessoas de

diferentes países, a possibilidade maior de realizar viagens internacionais e o grande contato que é possível ser realizado através dos meios de comunicação.

Mas é, principalmente, devido à internet que se verifica o aumento do contato entre as línguas. Isso se observa devido à necessidade em publicar e acessar conteúdos de todos os tipos e provenientes de inúmeras línguas, além de fornecer o mercado profissional e econômico relacionado ao ramo das línguas estrangeiras e línguas em contato.

Assim, este capítulo, se organiza em três etapas com o escopo de apresentar uma discussão sobre a importância da política linguística no Brasil para o ensino de língua estrangeira, mais especificamente a língua italiana no território nacional e o contato entre a língua italiana e o português falado no Brasil.

O primeiro ponto deste capítulo trata das políticas linguísticas. Faz-se necessária uma explanação sobre o conceito de política linguística, sua área de ação, seus reflexos nas instituições de ensino no território nacional e como as políticas linguísticas podem influenciar na escolha de uma língua ou para o ensino ou para sua padronização.

O segundo ponto elucidará questões pertinentes ao ensino de língua estrangeira no Brasil. Para isso, se recorrerá a um cerne teórico, a fim de proporcionar um maior aparato científico no desenvolvimento das reflexões necessárias sobre a questão do ensino de língua estrangeira no Estado brasileiro, os problemas enfrentados no Brasil e a situação do ensino de língua italiana no Brasil.

O terceiro ponto discorrerá e contextualizará a respeito dos pontos de contato entre a língua italiana e a língua portuguesa falada no Brasil, explicitando os fenômenos mais frequentes e os traços que ficaram na língua portuguesa falada no Brasil devido à influência da língua italiana.

No documento – PósGraduação em Letras Neolatinas (páginas 48-50)